Em 1977, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) efetivou uma ruptura institucional com o regime militar, publicando o documento “Exigências Cristãs de uma Ordem Política”. Afirmava a luta por democracia, justiça social e direitos humanos como os fundamentos da crítica católica à ditadura militar que está instituído no Brasil.
A Igreja será SEMPRE porta-voz dos oprimidos e daqueles que não tem nem voz e nem vez. AQUI EM GRUPO aproximou as pessoas para conscientizar e formar cidadãos críticos:
JOC (Juventude Operária Católica);
ACO (Ação Católica Operária), que buscou se aproximar dos
trabalhadores urbanos;
JEC (Juventude Estudantil Católica) ;
JUC (Juventude Universitária Católica), para os
estudantes;
CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), para as classes
populares, de modo geral;
Nas décadas seguintes, surgiram a CJP (Comissões de
Justiça e Paz), o CIMI(Conselho Indigenista Missionário) e
CPT (Comissão Pastoral da Terra).
DESTACA-SE
O Concílio Vaticano II
(1962-1965) foi fundamental no contexto mundial também era de mudança das
sociedades, o Papa João XXIII decidiu convocar o Concílio Vaticano II para
discutir qual seria o papel da Igreja nas transformações econômicas, sociais e políticas
um profundo impacto na renovação da Igreja Católica, de entre os efeitos mais
visíveis conta-se a utilização das línguas local nas missas, em vez do tradicional
latim e da celebração com o padre virado para a assistência e não para o altar.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) abrangiam grupos
reunidos em torno de uma paróquia ou comunidade, que buscavam soluções
para problemas locais.
Com base ideológica na Teologia de Libertação, corrente da Igreja Católica que defendia a opção preferencial pelos pobres, por meio da metodologia do “ver- julgar-agir”, tomavam consciência da situação que o Brasil sob a ditadura.
Destaca-se na defesa dos Direitos Humanos: Dom Hélder Câmara, bispo de Olinda e Recife; e o arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns.
SUGESTÃO DE FILMES PARA REFLETIR:
Baseado no livro de Frei Betto, o filme conta a história
de cinco frades dominicanos que se engajaram na guerrilha contra a ditadura
militar. Por apoiarem a luta armada, são considerados comunistas, são presos e
torturados. nos anos 60 no Brasil.
Padre Chico, francês, chega
à região do Araguaia, no Pará, para viver na comunidade. Um grupo de jovens
começa a aparecer, mas esconde a real intenção de suas estadias, até insurgir
uma sangrenta guerrilha que deixa um rastro de mortos.
O Anel de Tucum é um filme
documental que simboliza a luta de trabalhadores rurais explorados pelos
latifundiários. Na produção, um grupo de fazendeiros se reúne para combater a
ação das Comunidades Eclesiais de Base, que procuram auxiliar os trabalhadores
nas questões sociais e nas reivindicações trabalhistas. Tal grupo conservador
coloca um infiltrado no movimento dos explorados para investigá-los.
AUTOR: GILVANDRO TORRES
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