As poeiras de um Gabinete
Um dos grandes erros do político
é se acostumar com o conforto do gabinete, o luxo desse local de trabalho, suas
cortinas venezianas, central de ar, computadores de ultima geração e os
serviços prestados de seus auxiliares.
Isso afasta o povo e do objetivo
ao qual este político foi eleito. Posso contar tantas historias palaciana onde
isso acontece, onde a sociedade organizada se dispõe a ir ao gabinete do
Parlamentar e espera por horas ser atendido pelo Chefe de Gabinete, enquanto o
Parlamentar está ausente.
Mas prefiro contar boas
experiências que trago em minha trajetória. Ainda adolescente trabalhei com o
ex Governador do Pará Carlos Santos, proprietário do Grupo Avistão, onde
aprendi muito em meu estágio proletariado.
Umas das características que
adotei deste marajoara nascido na cidade de Salvaterra, que ao chegar a Belém
trabalhou de ambulante nas ruas chegando a Vice Governador do Pará em 1990,
assumindo o Governo Estadual em 1994. Ele era um pensador ambulante caminhava
por toda loja e do nada começava a fazer promoções e sorteios todo mês era um
tema diferente, ele mesmo sorteava e mandava registrar para arquivo fotográfico
a imagens das pessoas olhando, pessoas por perto e sorrindo, era um marqueteiro
profissional. Desta pessoa só tenho boas lembranças. O homem do povo, amigo de
todos que não gostava de gabinete fechado.
Foi à arte de apertar a mão das
pessoas, um simples gesto de cordialidade que adotei também em meu dia a dia, o
aperto de mão e a sinceridade do olhar era um ato de espontaneidade que via
Carlos Santos fazer todos os dias em que chegava à loja avistão e na rádio
Marajoara.
Este cidadão repassava a cada
um de nos funcionários do grupo, gestos tão simples e ao mesmo tempo tão
essenciais para todos na nossa vida. Ainda lembro quando este Ex Governador
chegava à sede do grupo e cumprimentava um por um, olhava nos olhos e
perguntava:
- Tudo bem?
- Como você esta?
São pequenas coisas que passam em
nossa vida e que ficam para sempre, temos que aproveitar esses momentos e
absorve-los como lições de vida.
Tenho boas referencias do gerente
da loja senhor Antunes Nunes, evangélico e temente a Deus, era correto e ético,
contou-me que foi por muito tempo vendedor depois conseguiu assumir a função de
Gerente da loja, com ele aprendi a “ empatia”, ou seja sempre me colocar no
lugar do outro, não fazer aos outros o que não quero que faça comigo, desta
visão de empatia e seu significado aprendi a “ética” estes tesouros são
valiosos para um ser humano.
O olhar das pessoas é importante
compreender e estar atento a todas essas situações, simples coisas que se
tornam eternas em nossas mentes como lembranças que ao passar por aquele local
esquina da Rua Padre Eutíquio na área comercial de Belém, ainda lembro aos
poucos forjava um idealista.
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