domingo, 1 de agosto de 2021

 

As poeiras de um Gabinete

              Um dos grandes erros do político é se acostumar com o conforto do gabinete, o luxo desse local de trabalho, suas cortinas venezianas, central de ar, computadores de ultima geração e os serviços prestados de seus auxiliares.

               Isso afasta o povo e do objetivo ao qual este político foi eleito. Posso contar tantas historias palaciana onde isso acontece, onde a sociedade organizada se dispõe a ir ao gabinete do Parlamentar e espera por horas ser atendido pelo Chefe de Gabinete, enquanto o Parlamentar está ausente.

                Mas prefiro contar boas experiências que trago em minha trajetória. Ainda adolescente trabalhei com o ex Governador do Pará Carlos Santos, proprietário do Grupo Avistão, onde aprendi muito em meu estágio proletariado.

               Umas das características que adotei deste marajoara nascido na cidade de Salvaterra, que ao chegar a Belém trabalhou de ambulante nas ruas chegando a Vice Governador do Pará em 1990, assumindo o Governo Estadual em 1994. Ele era um pensador ambulante caminhava por toda loja e do nada começava a fazer promoções e sorteios todo mês era um tema diferente, ele mesmo sorteava e mandava registrar para arquivo fotográfico a imagens das pessoas olhando, pessoas por perto e sorrindo, era um marqueteiro profissional. Desta pessoa só tenho boas lembranças. O homem do povo, amigo de todos que não gostava de gabinete fechado.

                Foi à arte de apertar a mão das pessoas, um simples gesto de cordialidade que adotei também em meu dia a dia, o aperto de mão e a sinceridade do olhar era um ato de espontaneidade que via Carlos Santos fazer todos os dias em que chegava à loja avistão e na rádio Marajoara.

                Este cidadão repassava a cada um de nos funcionários do grupo, gestos tão simples e ao mesmo tempo tão essenciais para todos na nossa vida. Ainda lembro quando este Ex Governador chegava à sede do grupo e cumprimentava um por um, olhava nos olhos e perguntava:

- Tudo bem?

- Como você esta?

              São pequenas coisas que passam em nossa vida e que ficam para sempre, temos que aproveitar esses momentos e absorve-los como lições de vida.

              Tenho boas referencias do gerente da loja senhor Antunes Nunes, evangélico e temente a Deus, era correto e ético, contou-me que foi por muito tempo vendedor depois conseguiu assumir a função de Gerente da loja, com ele aprendi a “ empatia”, ou seja sempre me colocar no lugar do outro, não fazer aos outros o que não quero que faça comigo, desta visão de empatia e seu significado aprendi a “ética” estes tesouros são valiosos para um ser humano.

              O olhar das pessoas é importante compreender e estar atento a todas essas situações, simples coisas que se tornam eternas em nossas mentes como lembranças que ao passar por aquele local esquina da Rua Padre Eutíquio na área comercial de Belém, ainda lembro aos poucos forjava um idealista.

              

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