domingo, 20 de agosto de 2023

 


Um padre alemão em Gurupá

João Felipe Betendorf, após anos de trabalho com os indígenas em Gurupá, os colonos se revoltaram com o jesuíta e a hierarquia religiosa. 

O padre fugiu para a mata com 16 índios, ficando por vários meses até que a comida acabou ele retornaram para Gurupá, vários moradores tentaram prende-lo, porem o capitão mor era a favor dos padres e protegeu no forte. 

Prendeu os agitadores e mandou enforca-los, antes se confessaram com o padre alemão. 

Enquanto na capital havia rumores do conselho municipal que enviariam um destacamento para prender o padre em Gurupá. 

O capitão mor não podendo intervir nessa situação, um índio tentou defender o padre que acabou morrendo, um africano que pertencia a Antônio de França, defendeu o padre mais acabou se ferindo gravemente.

 Com a prisão do padre pelo destacamento vindo de Belém, a cora portuguesa rescindiu o controle dos jesuítas sobre os índios, em 1670 o padre Gaspar Misch, visitou Gurupá para retirar um sino que o capitão mor da época tinha levado para a igreja da fortaleza. 

Esta rivalidade entre colonos e jesuítas se estabeleceu mais de uma década. 

O capitão mor de Gurupá da época o senhor chamado Manuel Guedes Aranha, invadiu um missão religiosa em 1687 e confiscou os indígenas, em 1692 destruí um obra missionaria do padre João Maria Gorsony . 

Em 1693, foi erigida canônica a matriz de santo Antônio de Gurupá, sendo a segunda paroquia de Gurupá. 

Os indígenas que ali permaneceram sem auxilio dos holandeses que eram seus aliados e agora sem proteção dos jesuítas, ficaram sobre controle escravo dos portugueses, alguns viajantes relatam que sucessivas epidemias de varíola e sarampo eliminaram os índios. 

Fonte: 

Betendorf: 1909 “ crônica da missão dos padres da companhia de jesus no estado do maranhão”. Hemming: 1978 “ red gold: the conquest of brazilian Indians”.

 Kelly: 1984 “ family, church and crown: a social and demographic history of the lower Xingu river valley and municipality of Gurupá ”;(1623/1889)

TEXTO: GILVANDRO TORRES


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