domingo, 20 de agosto de 2023

Gurupá, poderia ser uma Nederlands amazônica. 

As relações amistosas entre holandeses e indígenas  que moravam na região eram harmoniosas, segundo alguns relatos históricos e documentais existia um comercio de escambo entre os povos europeus e indígenas. 

Os índios produziam e os Mercadores Holandeses compravam na base da troca o famoso escambo tradicional, a terra era fértil e por isso os holandeses e irlandeses que desde o século XVII já tinha estabelecido feitorias na região, começaram a plantação do tabaco que era a menina dos olhos dos mercadores, pois era uma planta que crescia rápido e dava retorno imediato. 

O delta do rio amazonas, apesar de ser conhecido pelos navegadores europeus desde a viagem de Orellana em 1541, outras expedições de exploradores como John Ley, que gradualmente chegou ao rio Xingu, depois de fazer feitorias os navios holandeses abasteciam as feitorias dos irlandeses e ingleses e transportavam para Europa os produtos. Segundo fontes histórica produziam algodão, urucu e tabaco. 

Tinham objetivos comerciais, investiam dinheiro na armação dos barcos e queriam lucro rápido, o tabaco era um caso especifico onde o hábito de fumar criou uma demanda alta na Inglaterra e Holanda. 

O cultivo da plantação e maneira de preparar na forma que estava demandando o mercado com rolos de tabacos fermentado, foi ensinado para os índios. 

Um panfleto anônimo datado no ano de 1676 encontrado e preservado na Holanda descreve que a plantação deve começar antes do tempo da chuva; a semente boa deve estar pronta, os canteiros protegidos contra as formigas. 

A alguns relatos de africanos da Angola, trabalhando como escravos nos fortes holandeses no Xingu, Dr. Lodewijk Hulsman, com vários estudos publicados sobre a relação de índios e holandeses no brasil, descreve que o delta do rio amazonas tinha se transformado num campo de batalha onde forças portuguesas atacavam os assentamentos dos estrangeiros, os valões preferiam ficar longe dos portugueses, que já haviam destruídos dois fortes no rio Xingu, incluindo Mariocai. Autor: GILVANDRO TORRES

FONTES CONSULTADAS: 1- Charles Wagley, Amazon Town, a study of man in the tropics/1953 2- Eduardo Galvão, The Religion of an amazon community: a study in culture change/ 1952- Universidade Columbia. 3- Arlene Mari Kelly, Familiy, Church and Crown:a social and demographic history of the lower xingu river valley and the municipality of Gurupá, 1623/1889- 1984/ University Of Florida. 4- Richard Brown Pace, Economic and political change in the amazonian community of Ita, Brazil/ 1987- University Of Florida. 5- Paulo Henrique Borges de Oliveira, Ribeirinhos e Roceiros, Gêneses, subordinação e resistência camponesa em Gurupá/ 1991- Universidade de São Paulo. 6- Jean Marie Royer, Logiques sociales et extractivisme. Etude anthropologique d’une collectivité de la forêt amazonienne, etat du Pará, Brésil/ 2003- Université Paris III- Sorbonne Nouvelle, Institut des Hautes Etudes d’amérique Latine. 7- Girolamo Domenico Treccani, Regularizar a terra: um desafio para as populações tradicionais de Gurupá/ 2006- Universidade Federal do Pará, Núcleo de altos estudos amazonicos. 8- Pedro Alves Vieira e Girolamo Domenico Treccani, Documentar a terra: uma luta constante/2001- STTR e FASE. 9- Arthur Viana, As fortificações na Amazônia, anais da biblioteca e arquivo do Pará, tomo IV, Belém/ 1905, página 227-307. 10- Robson Wander Costa Lopes, Cebs Ribeirinhos: análise do processo de organização das comunidades eclesiais de base em Gurupá/ 2013- UEPA, Mestrado em Ciência da religião. 11- IBGE- estatística municipal e Gurupá/ 2014. 13- Antônio de Pádua de Mesquita dos Santos Brasil, a atuação da organizações não governamentais na governança ambiental da amazônia: O caso da ONG FASE no município de Gurupá/ 2007- Universidade Católica de Brasilia. 14- Pamela Melo Costa, Acordo de pesca: desafios de implantação e consolidação em áreas de várzea do município de Gurupá/ 2014- UFPA.

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