A
Lei 10.639/2003
obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e
cultura afro-brasileira.
O
conteúdo programático deve incluir o estudo da África e dos africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura afro-brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à história do Brasil.
O
calendário escolar deve incluir o dia 20 de novembro, Dia Nacional da
Consciência Negra. Em referência a morte de ZUMBI dos Palmares. Já em 2008,
outra lei federal 11.645/ 2008,
tornou obrigatório também o estudo da história e da cultura indígena, incluindo
a contribuição na formação da sociedade brasileira, conforme a lei anterior.
Qual a importância da Lei
10.639 nas escolas que versa sobre o ensino da história e cultura
afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação
da sociedade brasileira.
O
objetivo dessa lei é combater o racismo em nossa sociedade através da educação,
visto que em nossa educação existe uma supervalorização da história e cultura
branco-europeia em detrimento das africanas e ameríndias.
Ensinado na escola que o brasileiro é resultado da mistura de três etnias: o branco europeu, o negro africano e o indígena nativo. A divisão do conteúdo ensinado, entretanto, não segue essa proporção.
A história e complexidade dos povos
indígenas e da população negra se encontram muitas vezes resumidas à descoberta
do Brasil e ao período da escravidão.
A nossa grande diversidade é apagada nos bancos escolares. Há uma tentativa de homogeneizar a cultura brasileira sob o olhar do colonizador europeu.
No Brasil
desde 1989 existe a Lei Federal n. 7.716 que define como crime qualquer forma
de preconceito de raça ou de cor. Lei está que foi atualizada em 1997.
Determinando crime discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião.
Transformando racismo em crime.
Atualmente
o dia 13 de maio é rememorado como o dia nacional da luta contra o racismo. O
Brasil é uma mistura étnica dos povos que aqui chegaram e já estavam os povos
indígenas, atualmente 50% da população se identifica como NEGRA ou PARDA.
Muitos livros didáticos não expressão o lado verdadeiro da história, em 1755 foi fundado a companhia geral do comercio do Grão Pará e Maranhão com a finalidade de transportar os produtos da produção paraense para Portugal e no retorno as embarcações traziam pessoas escravizada de origem africana, funcionado durante 22 anos.
Aproximadamente 12.587 mil escravos africanos, muitos ficaram
espalhando nas fazendas do Marajó no trabalho da pecuária. Alguns conseguindo
fugir e se organizando em QUILOMBO.
Os escravos africanos e seus descendentes crioulos e mestiços influenciaram em profundidade a formação cultural do País, os aspectos de nossa cultura na religião, música, dança, alimentação, língua, temos a influência negra, apesar da repressão que sofreram as suas manifestações culturais mais cotidianas.
A
preservação da cultura negra significava a luta diária pela sobrevivência.
Embora
ameaçados pelo cativeiro, proibidos de praticar os seus ritos, vítimas de
violência e separação física entre pessoas do mesmo grupo familiar, eles
continuaram lutando pela manutenção de seus valores culturais.
A
partir desse dialogo expressado neste livro com objetivo de compreender nossa
história Afro Amazônida com a necessidade de entender a multiplicidade dos
clamores e gritos amazônicos provocados e mantidos, até hoje, pelo colonialismo
interno.
Da
mesma maneira que é importante, também, conhecer as bases, a realidade e a
história da Amazônia brasileira a partir de seus povos, etnias e comunidades.
A
presença afro- indígena é forte em vários aspectos culturais, como culinária,
música e religião.
A
influência não é apenas em elementos tradicionais. Hoje, a mistura de ritmos
mostra que é possível trazer sons africanos, indígenas e ribeirinhos para
estilos típicos do região do norte e compartilhado pelas regiões do Brasil em
estilo único.
A
cidade de Mazagão no Estado do Amapá é considerado, praticamente, o porto de
entrada da raça negra no Amapá. Para lá foram negros originários do Norte da
África, na região de Marrocos (Mauritânia), colonizados pelos portugueses que
os trouxeram visando os domínios lusitanos a partir da construção de um forte
na África. Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram os negros
escravizados para a localidade Gurupá-Mirim, O Quilombo Gurupá Mirim, em
Gurupá-PA, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural
Palmares.
No
período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos fugidos, mas
também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços, indígenas, entre
outros. Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que
possuem as mesmas tradições.
Associação Das Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupá foi fundada em 05/11/1999.
Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o Governo do Estado do
Pará, através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA, outorga em favor da
ARQMG - Associação dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá.
O
que teria acontecido com os indígenas da nação Tupinambá que habitavam próximo
ao rochedo do forte de Gurupá antes da chegada dos portugueses. Os indígenas
foram dizimados, escravizados, o certo que a coroa portuguesa se apoderou das
terras gurupaense, num holocausto escondido entre os livros didáticos nas
inúmeras batalhas entre portugueses e holandeses.
A verdadeira vitima da invasão estrangeira e
dos colonizadores portugueses, foram os indígenas da nação Tupinambá; Que
ocupavam pacificamente essas terras. os verdadeiros donos.
À
medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em
guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho
escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.
Com
a colonização portuguesa atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em
navios de pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os indígenas
que eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era
sua aldeia central.O que temos é uma praça a beira mar que homenageia através
de um coreto o nome Mariocay que provavelmente eram da nação tupinambá, que de
inicio a praça era denominada "Coronel Magalhaes Barata". em
homenagem ao Interventor da época que tinha aliados políticos em Gurupá, com a
troca de poderes Ascenção de um novo modelo politico e aqueda do BARATISMO, foi
trocado o nome da praça e rebatizada como Praça Mariocay.
Jorge
Hurley em 1936 no livro “ noções de historia do Brasil ” descreve que a Palavra
mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary=
queimado. Verdadeiro nome em Tupi: UMARY-CAY
Os
holandeses chamavam de Mariocay os REMANESCENTES DA NAÇÃO TUPINAMBÁ que viviam
no local onde atualmente é a sede da cidade de Gurupá.
Alguns
historiadores e pesquisadores acreditam que os holandeses fizeram amizade com
os indígenas e até comercializavam produtos, podemos descrever que o cotidiano
dessa época:
1-
Os indígenas produziam roças, e trocavam
os produtos com os Holandeses, eram especialistas também na pesca de tartaruga
e no escambo troca de seus derivados como o óleo;
2-
A caça de animais silvestre com a
comercialização da pele de onça, em troca os holandeses davam espelhos, roupas
e utensílios para agricultura.
3- Os Holandeses trouxeram pessoas escravizadas
em suas embarcações provavelmente angolanos e ajudavam no trabalho pesado. e no
cultivo das terras pretas existentes em Gurupá para plantação do tabaco que
tinha um preço muito bom na Europa. Acredito que deveria ter um trabalho
arqueológico de campo, ainda temos muitas informações guardadas neste solo.
Gurupá Miri é um dos maiores sítios arqueológicos do período Pré colonial.
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