Em 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram
na baía de Guajará onde, numa ponta de
terra, foi fundado o Forte do
Presépio,
atual cidade de Belém, capital do Estado do Pará.
A
fundação de Belém do Pará, em 1616, serviria de ponto de apoio e partida para
várias entradas que iriam explorar a Floresta Amazônica, no que hoje seriam os
territórios do Pará, Amazonas e Amapá.
O
Militar Bento Maciel Parente, veterano de guerra da Paraíba e Rio Grande do
Norte, e que posteriormente confrontou os holandeses e ingleses, com a criação
do Estado do Maranhão, foi nomeado Capitão-Mor do Grão-Pará.
Fundou
alguns fortes ao longo do rio Xingu, como os fortes Santo Antônio de Gurupá. Ao
longo do rio Xingu, confrontou forças holandesas que haviam montado fortes ali,
saindo vitorioso no final.
Em
maio 1623, junto com Luís Aranha de Vasconcelos, Aires de Souza Chichorro e
Salvador de Melo, Bento Maciel Parente conquistou dos holandeses os pontos
fortificados de Muturu (atual Porto de Moz) e Mariocay atual Gurupá), próximo à
foz do rio Xingu, fundando no lugar do Forte de Mariocay, o Forte de Santo
Antônio de Gurupá, fazendo dele a base de apoio para as suas arrancadas,
expulsando nos anos seguintes os neerlandeses do Baixo Xingu e do rio Tapajós.
A
ação realizada no Forte de Mariocay foi um grande feito. Liderando cerca de 70
soldados e aproximadamente mil índios em canoas nativas, o Capitão-mor do Pará
investiu contra os invasores holandeses, que não impediram o ataque
luso-brasileiro à fortificação.
Bento
Maciel Parente, buscando ludibriar a guarnição holandesa, manobrou na parte
leste do Baixo Xingu, provocando a debandada dos invasores fugindo rumo à
selva.
O
que teria acontecido com os indígenas que habitavam próximo ao rochedo do Forte
Mariocay, fundado pelos holandeses em Gurupá, certo que foram dizimados,
escravizados, num holocausto escondido nas inúmeras batalhas entre portugueses
e holandeses.
A
verdadeira vítima da invasão estrangeira e dos colonizadores portugueses, foram
os indígenas que viviam e ocupavam pacificamente essas terras.
À
medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em
guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho
escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.
Com
a colonização atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em navios de
pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os povos originários que
eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era sua
aldeia central, que provavelmente eram da nação Tupinambá.
Jorge
Hurley em 1936 no livro “noções de história do Brasil ” descreve que a Palavra
mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary=
queimado e a palavra que deu origem ao nome Gurupá, baseia-se que os
portugueses chamavam de “Corupá”, porque os indígenas afirmavam que ali era um
porto de canoa ou seja origem era Iguaru pába, porto e seria chamado de
igararupá ou seja um porto de muitas canoas. Informações precisas de Francisco
Adolpho Varnhagem no seu livro história do Brasil do ano de 1962.
Os
holandeses que sobreviveram fugiram para ilha grande de Gurupá. Houve outra batalha
após um navio holandês, comandado por um capitão inglês chegando a frente a
cidade de Gurupá, os portugueses atacaram e afundaram o navio, matando todos, os
indígenas leais aos holandeses foram mortos, alguns sobreviveram e se tornaram
escravos, para posterior reconstrução do forte em pedras e argila.
Bento
Maciel Parente ficou em Gurupá, onde após destruir o forte dos holandeses,
construí sobre taipa um forte invocando a proteção de Santo Antônio em 1623.
AUTOR: GILVANDRO TORRES
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