quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 




Gilvandro Torres, em busca da sua própria ideologia

Eu sempre estava indignado porque uns tinham e outros não, fui aluno frequentador da fundação Curro Velho no Telegrafo onde a cultura era arte em tudo que fazíamos, fiz alguns cursos e aprendi a pintar, conheci o outro lado do asfalto nessa época nas favelas da vila da barca onde mantinha amigos de infância, aquele cenário de pobreza me chocou vi de perto a desigualdade social e onde as pessoas trabalhavam em subempregos, crianças pedindo no sinal de transito, tráfico de drogas e meninas se vendendo nas esquinas, a policia estava corrompida e facilitava tudo, alguns amigos morreram nessa época outros viraram assaltantes e não tiveram tempo de contar suas histórias, enfim o sistema não me corrompeu e sobrevivi diante das coisas que aconteciam tinha que adquirir experiência e ideologicamente já estava inclinado ao socialismo ,está fuga que resultou na solidificação de minha convicção esquerdista.

 Vivi tudo na minha adolescência e claro algo incontrolável e agitado está na capital paraense tudo era sonhos rebeldes sem causa onde decifrar a palavra liberdade era escrever uma poesia entorpecida por um som que virava a cabeça de uma geração, onde aprendi a respeita as diferenças e me arriscar intensamente. 

Percebi uma sociedade consumista vendida pelo capitalismo a imagem de Che Guevara nas estampas de camisas. 

Afastei-me da religião e fiz um pacto comigo mesmo seria o mestre de minhas próprias situações.

Ocupei espaços indevidos num mundo que não era o meu, fui exilado para longe num cenário poético e reflexivo no rio mararú absorvi novas experiências, iniciei minha militância ainda jovem nas passeatas mais agora a natureza que via era uma nova história na foz do rio amazonas em 54 meses de minha vida, estive nas mobilizações estudantis e rurais, fui um líder estudantil, nunca escondendo minha visão política de esquerda.

Gilvandro Torres, adolescência rebelde




Estudei em escolas públicas do bairro do Telégrafo, isso exigia de mim algo importante ser diferente e esperto dentro do sistema, liderava a bagunça na sala, mais era sempre o líder em defesa dos amigos comprava qualquer briga, você pode até fingir mais é difícil de esconder o que quer e ao mundo que pertence. 

Ao ser derrotado pela vida varias vezes aprendi que derrotas são estimulo para as vitórias, se não fosse forte estaria derrotado mais continuo no ringue pronto para dar um nocaute!

Minha adolescência foi marcada por agitações de uma idade de descobertas, participei de muitas passeatas de protesto contra o governador do Pará na época Almir Gabriel, meu julgamento moral me fez manter vivo e as flores do jardim selvagem morriam pouco a pouco.

Defino minha adolescência como uma grande lição de vida onde experimentei tudo e paguei um preço alto.

Fiquei longe de tudo e retornei as minhas origens no rio mararú. 

Preparei-me ideologicamente para voltar para capital onde deixei amigos, família e muita coisa por fazer.

Gilvandro Torres, um pouco de minha história de vida

Gilvandro Torres filho do ex-vereador Vavá Torres e neto do ex. vice-prefeito de Gurupá Santino Torres. 

Nascido na ilha grande de Gurupá na foz do rio amazonas no dia 14 de março de 1980,  batizado pelo padre italiano Giulio Luppi.

Com três anos vim de barco para capital em Belém  morar com a família Torres onde fixaram residência no bairro do Telégrafo. 

De família católica estudei em escolas públicas do bairro vivendo  a efervescência cultural da época no período estudantil tomou contato com a vida política lendo bastante literaturas marxista, com participações em debates e reunia em busca da consciência crítica.

Participei de históricas passeatas de protesto contra o governo de Almir, em meio as bandeiras de agremiações estudantil conheceu a militância radical da esquerda onde aprofundei estudo sobre socialismo, conheceu lideres estudantis da esquerda.

analisei profundamente as questões sociais através de textos de Marx e leu sobre as revoluções da América como Nicarágua e Cuba.

Pinchava como forma de protesto e ao mesmo tempo se aperfeiçoava em cursos de qualificação profissional.

Praticante de esportes participei de duas olimpíadas estudantil e ganhou medalhas nas modalidades de handebol e  fut-sal em um projeto social da guarda municipal de Belém, treinei Karatê e boxe.

Frequentador da fundação CURRO VELHO, no bairro do Telégrafo, onde fiz oficinas de violão com o grande Nego Nelson, teatro e pintura, inicialmente fez seus estudos na escola de 1º grau Santo Afonso em Belém, concluindo o ensino fundamental na rio Mararú, retornando para capital paraense terminou o ensino médio na E.E.E.M Magalhães Barata.

Uma nova maneira de pensar era um pé na sala de aula e outro nas passeatas.

Militante do movimento estudantil teve um exílio voluntário na região amazônica onde conheceu seu povo e suas raízes, em Gurupá no ano de 1998,teve experiências na zona rural com lideres comunitários e foi líder estudantil, radical e socialista.

Foi nas comunidades de base que mudou sua maneira de agir. Conheceu o bispo do Xingu Dom Erwin e defendeu varias lutas ao lado de lideres e estudantes, foi eleito representante dos alunos e para integrar a equipe do regimento interno da escola, onde muita luta foi travada. 

Em 2002 foi para o estado do Amapá onde participou do processo político na campanha do cunhado a reeleição, à deputado estadual Alexandre Torrinha(PSB),onde teve contato como a política funciona e conheceu o então governador do Amapá Capibaribe(PSB),defensor do projeto de desenvolvimento sustentável da Amazônia. 

Na capital paraense e reescreveu sua história Pessoal, novamente líder estudantil esteve ligado a correntes ideológicas trotskistas e defensoras dos movimentos revolucionários da América latina, participou das principais mobilizações estudantis e políticas da esquerda, atingido por balas de borracha algumas vezes nunca recuou.











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