Gilvanadro Torres,fala sobre Gurupá
Minha cidade de Gurupá conta com dez comunidades quilombolas: Alto do Pucuruí, Gurupá-Mirim, Jocojó, Flexinha, Carrazedo, Santo Antônio Camutá do Ipixuna, Bacá do Ipixuna, Alto Ipixuna, Maria Ribeira e Alto Pucuruí. Todas com direito ao Título de Domínio Coletivo em nome da ARMG (Associação dos Remanescentes Quilombolas do Município de Gurupá), pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa).
Gurupá-Mirim, a mais antiga, é considerada, importante sítio arqueológico, com resquícios de cerâmica indígena, provavelmente Pré-colonial e Colonial.
Percebe-se que a cerâmica encontrada guarda semelhanças com a tapajônica, devido a motivos antropomorfos (cerâmica com forma humana) e/ou zoomorfos (formas animais).
A economia gira em torno do extrativismo de açaí, borracha, madeira, palmito, peixe e camarão, além de mandioca e cacau. O açaí é o destaque, com mais de 800 mil latas/safra, destinadas a Belém e Macapá.
A pesca é bem organizada graças à Colônia de Pescadores. São mais de dois mil sócios, resultando, em média, duas a três toneladas de peixe por semana.
Há conflitos com a pesca industrial, por embarcações de maior porte de Belém e Abaetetuba.
Falta uma fábrica de gelo para o armazenamento do pescado.
Na educação o destaque é para a Casa da Família Rural, na “região das ilhas’, onde os alunos recebem educação voltada para o campo.
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