quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Guerrilha do Araguaia - Parte 5

Guerrilha do Araguaia - Parte 4

Guerrilha do Araguaia - Parte 2


Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), tinha por objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseada nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa.

Os ataques aos combatentes do Araguaia duraram cerca de três anos, sendo necessárias três grandes campanhas dos militares para pôr fim à guerrilha, o que só aconteceu em dezembro de 1974. A repressão resultou em prisões, mortes e cerca de 70 guerrilheiros desaparecidos até hoje.


Guerrilha do Araguaia - Parte 3

Guerrilha do Araguaia - Parte 1


Em 12 de abril de 1972 começou um dos episódios mais violentos envolvendo a ditadura militar iniciada no Brasil em 1964. Foi nesta data, que o Exército chegou à região de Xambioá, no norte de Goiás, hoje Tocantins para sufocar a resistência armada a ditadura organizada pelo PCdoB.



quarta-feira, 30 de agosto de 2023

UM POUCO DA HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE GURUPÁ-PARÁ- AUTOR GILVANDRO TORRES

 

IMAGEM: GURUPÁ- PEDRO ALVES VIEIRA

O nome Gurupá, Segundo Theodoro Braga é de origem Indígena e

significa “Porto de Canoas”, devido o nome Gurupá ter surgido na

fundação do forte Santo Antônio. 


O território do município de Gurupá,

primitivamente era habitado por índios, até que em épocas

desconhecidas, os holandeses se estabeleceram nas terras da

região e construíram feitorias e portos fortificados.


Com a chegada dos portugueses na região, travaram-se fortes

batalhas terrestres e navais. Os holandeses foram vencidos o forte

holandês destruído. 



No lugar os portugueses ergueram o “Forte

Santo Antônio” em 1623, na aldeia da nação tupinambá, a margem

direita do rio Amazonas, dando origem a cidade de Gurupá que na

época era chamada de Ita. Do lugar, partiram as expedições

portuguesas que expulsaram holandeses e ingleses da região,

período de 1623-1647.



Distrito criado com a denominação de Gurupá, em 1639. Elevado à

categoria de vila com a denominação de Gurupá em 1639. Elevado

à condição de cidade com a denominação de Gurupá, pela lei

provincial nº 1209, de 11-11-1885. Em divisão administrativa

referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Pelo decreto estadual nº 6, de 04-11-1930, adquiriu o extinto o

município de Porto de Moz. Em divisão administrativa referente ao

ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Gurupá e Porto

de Moz. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII1937, o município aparece constituído de 5 distritos: Gurupá,

Carrazedo, Baquiá Preto, Taiassuí e Areias. Pelo decreto-lei estadual

nº 2972, de 31-03-1938, são extintos os distritos de Carrazedo,

Baquiá Preto, Taiassuí e Areias. Pelo decreto-lei estadual nº 3131,

de 31-10-1938, é criado novamente o distrito de Carrazedo e

anexado ao município de Gurupá. No quadro fixado para vigorar no

período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos:

Gurupá e Carrazedo. Pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-

1943, o município de Gurupá adquiriu o distrito de Itatupã ExSacramento, transferido do município de Mazagão, do território

federal do Amapá. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o

município é constituído de 3 distritos: Gurupá, Carrazedo e Itatupã,

assim permanecendo até os dias atuais.



O município de Gurupá está situado no estuário do Rio Amazonas,

na chamada “Região das Ilhas”, no Estado do Pará. Conta com uma

população estimada, segundo o IBGE de 33.755 habitantes (2020)

dos quais 70% ainda residem no meio rural, dedicando-se

principalmente a atividades como pesca artesanal, extrativismo e

agricultura de subsistência. A rede hidrográfica é a principal via de

comunicação do município com as regiões vizinhas, e também entre

a cidade de Gurupá e as comunidades ribeirinhas. Esta rede é

formada pelo próprio Rio Amazonas, seus canais e furos. A sede

municipal localiza-se a cerca de 24 horas de barco de Belém – PA e

a 12 horas de Macapá – AP. Cerca de 70% da área do município de

Gurupá é considerada várzea, sendo, portanto, sujeita ao movimento

sazonal e diário do nível das águas, situação comum em todo o

estuário do Rio Amazonas. 

Uma parcela menor do território, cerca de 30% é considerada terra fir

me. A região de várzea é formada por um aglomerado de ilhas cuja vegetação original é a Floresta Amazônica

(Floresta Ombrófila). O modo de vida e a sobrevivência da população

ribeirinha estão intimamente ligados ao uso dos recursos florestais

(exploração madeireira, extração do açaí em fruto e palmito, pupunha

e óleos vegetais), caça e pesca, além da agricultura de subsistência,

na qual destaca-se o cultivo da mandioca.

(Fonte: SETUR/PA, IBGE, Revista Regularização Fundiária e Manejo

Florestal na Amazônia/IMAZON, pag. 14/15, abril de 2011).

Turismo

Principais patrimônios artísticos e históricos:

Forte de Santo Antônio de Gurupá: Localiza-se na ilha grande de

Gurupá, na confluência do rio Xingu com o delta do rio Amazonas,

sobre um rochedo em posição dominante daquele canal de

navegação, no atual município de Gurupá, no Estado do Pará, no

Brasil.


Igreja Matriz de Santo Antônio de Gurupá: Localiza-se na Avenida

São Benedito. Construída em 1864 por ordem de D. Pedro II. O

patrimônio pertence a Paróquia Santo Antonio – Diocese de Xingu. A

matriz recebe


anualmente inúmeros devotos de São Benedito, cuja

festividade se realiza no período de 09 a 28 de dezembro.

Prefeitura Municipal de Gurupá: Localiza-se na Avenida São

Benedito, sede do Executivo Municipal, constituída de dois andares,

é um dos mais antigos patrimônios de toda a região do baixo

Amazonas.


Símbolos Municipais: Criados através da Lei Municipal nº 352, de

06 de junho de 1969 na Administração do Prefeito Municipal José

Vicente de Paula Barreto Melo.


Bandeira:

A bandeira de Gurupá foi, Projeto de autoria do Poder Executivo

juntamente com os vereadores da época. As cores simbolizam céus

e rios, nosso sol tropical e o Estado. As três simbolizam os três

Distritos: Gurupá, Carrazedo e Itatupã.

Brasão:

Em estilo hispano-lusitano, tendo no alto o sol a irradiar raios sobre

uma estrela de cor azul, em cada centro superior, inferior e dos

flancos direito e esquerdo de seu todo, haverá uma flor de lis em

vermelho, lembrando as cores do Estado, ao centro do florão,

dividido em duas partes, na direita uma Fortaleza recordando o

marco inicial da cidade e os feitos heroicos de nossos antepassados.

À esquerda, uma árvore de seringueira em corte, baseado no

extrativismo do látex e da madeira, sobre fundo verde simbolizando

nossas florestas. A fortaleza estará sobre fundo azul, lembrando

nossos céus, rios. Uma faixa branca com a inscrição Gurupá – Pará

– 1623 definirá o município, o Estado a que pertence e a data de sua

fundação.


ASPECTOS HISTÓRICOS Gurupá é fruto de um longo processo de

ocupação pelos holandeses que desejavam uma melhor

comercialização com os nativos da região, chamados pelos

holandeses de Mariocay.

Em 1623, o Forte denominado de Mariocay pelos holandeses foi

arrasado por Bento Maciel Parente Capitão Mor e descobridor e

conquistador de Gurupá, tendo fundado o Forte de Santo Antônio.

Em 1639 a freguesia de Santo Antônio de Gurupá foi criada e mantida

por uma lei de 05 de outubro de 1827.

O historiador Theodoro Braga descreve que a origem de Gurupá é

indígena e significa “Porto de canoas”.

Gurupá é um município localizado no Estado do Pará.

Fica a uma distância de 500 km da sua capital Belém, é um dos

municípios mais antigos do arquipélago do Marajó e da região do

Xingu, que há quase quatro séculos encanta nativos e estrangeiros,

moradores e turistas, tanto pela sua beleza natural, quanto pela sua

riqueza histórica e patrimonial.

A cidade de Gurupá foi elevada à categoria de cidade através da Lei

Provincial nº 1.209 de 11 de novembro de 1885.

Com 393 anos de existência e possui uma importante riqueza

histórica.

Na zona urbana do município de Gurupá foram encontrados

50(cinquenta) sítios arqueológicos neste município, comprovados

pelo museu Emilio Goeldi.

Localizado na margem direita do Rio Amazonas logo abaixo do delta

(foz) do Rio Xingu, o município de Gurupá conta com dois (dois)

distritos: Carrazedo, localizado entre a sede do município e o

município de Porto de Moz, bem como o distrito de Itatupã localizado

entre Gurupá e o município de Santana no Estado do Amapá.

Além desses distritos destacam - se também as comunidades

localizadas na zona rural nos rios Ipixuna, Mararú, Mojú, Marajoí,

Pucuruí, Cojuba, Taiassui grande, Santana do Flexal, Jaburu, Tauarí,

Baquiá, Muruchaua, Piracuí, Gurupá Miri, Maria ribeira e Jocojó.

O município de Gurupá conta com uma população de 31.623

habitantes, tendo como principais atividades econômicas: o

extrativismo da madeira, a coleta do fruto do açaí, a pesca da

dourada e do camarão, a agricultura familiar, a piscicultura e o

comercio.

Os holandeses pretendiam colonizar o Brasil. Não seria possível

construir alguma coisa na Amazônia sem a mão de obra

escravocrata.

Então, eles trouxeram escravos angolanos para as tarefas braçais,

na construção das feitorias do Xingu e Gurupá.

Os exploradores neerlandeses cultivaram amizade com os índios

locais Mariocay da nação Tupinambá e impuseram seu ritmo

comercial na região, tendo os fortes denominados de Nassau, Maturu

e Mariocay como deposito das mercadorias.

Os índios faziam da relação comercial um pacto de luta, afinal ser da

etnia tupinambá era estar em guerra constante contra os próprios

índios da região, enquanto isso intensificava as rotas de navegação

no mundo.

E a palavra que deu origem ao nome Gurupá, basea-se na

denominação dada pelos portugueses que chamavam aquela região

de “Corupá”, porque os indígenas afirmavam que ali era um porto de

canoa ou seja origem era Iguaru pába= porto e seria chamado pelos

indios de igararupá ou seja um porto de muitas canoas.

Sabe-se que os holandeses defenderam o forte no ataque dos

portugueses sobre o comando de Luís Aranha Vasconcellos.

Os holandeses que sobreviveram fugiram para ilha grande de

Gurupá.

Houve outra batalha após a chegada de um navio holandês,

comandado por um capitão inglês.

Ao chegar à frente da cidade de Gurupá, os portugueses atacaram e

afundaram o navio, matando todos os tripulantes.

Os índios leais aos holandeses foram mortos, alguns sobreviveram e

se tornaram escravos.

Bento Maciel Parente ficou em Gurupá, onde, após destruir o forte

dos holandeses, construiu um forte em 1623 sobre taipa, invocando

a proteção de Santo Antônio.

Em 1625 os portugueses sobre o comando de Pedro Teixeira

grandes batalhas ferozes.

Os holandeses fugiram em retirada, de barco.

Com a morte do Capitão Philip Purcell o irlandês que era tido como

herói pelos holandeses e irlandeses naquela região, os 45

prisioneiros foram impiedosamente executados.

Pedro Teixeira foi aniquilando qualquer povoamento e massacrando

os índios aliados aos holandeses, que se escondiam pela ilha grande

de Gurupá.

Alguns holandeses se refugiaram para o interior da ilha grande de

Gurupá com auxílio dos INDIGENAS , e ali viveram silenciosamente

escondido, sem dúvida deixando descendentes, 1629 o Capitão

inglês Roger North, tentou atacar o forte de Gurupá, mais foi atacado

destroçando seu navio por Pedro Teixeira.

A coroa portuguesa elevou Gurupá à capitania, sendo um dos cincos

em toda região amazônica.

Anos depois foi realizada a construção de um forte permanente e a

cidade cresceu em torno do forte de Santo Antônio de Gurupá.

Em 1639 um navio holandês foi interceptado pela guarnição de

Gurupá, próximo à cidade.

Tendo assim último registro de invasão dos holandeses na cidade de

Gurupá.

O nome do novo forte Santo Antônio foi uma homenagem e

agradecimento à ajuda dos frades da província que colaborou com o

recrutamento dos índios Tupinambás.

PREFEITOS DE GURUPÁ

1- FLODOALDO PONTES PINTO, Funcionário Público Federal,

nascido no distrito do Itatupã, casou-se com Balbina Paz Barreto e

faleceu no estado de Roraima.

2- MARIO SILVA MACHADO, Funcionário Público Municipal, casou-se com Terezinha Sanches da Silva, faleceu na cidade de Porto de

Moz.

3- WILSON ALFREDO LIMA, nasceu no rio Baquiá na zona rural de

Gurupá, casou-se com Edy Terezinha Panpolha de Lima, faleceu na

cidade de Belém.

4- WILSON JACOB BENATHAR, nasceu no rio Taiassuí na zona

rural de Gurupá, fiho de Jacob Marcos Benathar que foi Intendente

de Gurupá, casou com Indá Saldanha Benathar.

5- OSCAR SANTOS, nascido em Breves, manteve residência no rio

Muruchaua na zona rural de Gurupá, faleceu em Gurupá em 1999.

6- JOSÉ VICENTE DE PAULA BARRETO MELO, Funcionário

Público Municipal, casou-se com Maria Raimunda Fernandes Melo,

foi Prefeito em duas legislaturas, faleceu em Anapolis-GO em 2015.

7- JORGE PALHETA SOUZA, nasceu no rio Baquia, casou-se com

Alice Coimbra Palheta, faleceu em Gurupá no ano de 2003.

8- JUVENAL DO VALE TAVARES, Funcionário Público Estadual,

nasceu na cidade de Ponta de Pedras.

9- BENEDITA CECILIA PALHETA PEREIRA, casou-se com

Francisco Antônio Pimentel Pereira, foi Prefeita em duas legislaturas

faleceu em 2013.

10- ESMERALDINA NUNES DOS SANTOS, Funcionária Pública

Municipal, nasceu no Mazagão-AP, casou -se com José dos Santos.

11- MANOEL MOACIR GONÇALVES ALHO, nasceu no rio Mojú na

zona rural de Gurupá, casou-se com Rosalina Pombo Almeida,

fundador do PT em Gurupá, foi Prefeito em duas legislaturas.

12- RAIMUNDO NOGUEIRA MONTEIRO DOS SANTOS, nasceu no

rio Mararú, casou-se com Humbertina dos Santos Monteiro, foi

Prefeito em três legislaturas, três vezes Vereador e Membro fundador

do PT em Gurupá, onde já ocupou a Presidência municipal por duas

vezes, em 2009 recebeu a Comenda do Legislativo Estadual “mérito

legislativo”.

13- Nelciney de Souza Fernandes .ex Defensora pública, vereadora

eleita em 2012, foi eleita prefeita em 2016.

14-João da Cruz Teixeira de Souza, eleito vice prefeito em 2012 e

eleito Prefeito em 2020.

AUTOR: GILVANDRO TORRES

 s direitos civis nos Estados Unidos.

Os Panteras Negras assumiram uma ideologia revolucionária que advogava pela autodefesa armada dos negros contra a violência do Estado contra essa comunidade. Eles possuíam um projeto de autogestão social, isto é, a comunidade afro-americana deveria autogovernar-se, e defendiam a realização de projetos sociais para atender os mais pobres.

Os Panteras Negras sofreram consideravelmente com a repressão do governo dos Estados Unidos. O FBI realizou inúmeras ações para enfraquecer o grupo, que acabou desaparecendo na década de 1980. Um dos símbolos da luta dos Panteras Negras era o punho erguido para o alto.

Até a década de 1960, os Estados Unidos eram marcados por intensa discriminação racial. Era comum, até esse período, que os negros fossem proibidos de frequentar determinados locais, como alguns restaurantes e lojas. Existiam lugares que separavam banheiros de brancos e negros, e até mesmo bebedouros eram separados dessa forma.

O preconceito nos Estados Unidos era uma “herança” dos períodos da escravidão naquele país. Desde o fim dela, com a Guerra de Secessão, a separação entre negros e brancos na sociedade era evidente. Muitos negros tinham seu direito de votar restrito, a pobreza que eram obrigados a viver era enorme, assim como a violência que sofriam, principalmente pela polícia.

Tudo isso levou ao movimento dos direitos civis, iniciado na década de 1950, quando Rosa Parks negou-se a ceder seu lugar no ônibus para um branco. A partir daí, uma série de protestos das pessoas negras espalhou-se pelos Estados Unidos e grandes lideranças surgiram para exigir o fim da segregação que existia no país.

Martin Luther King Jr. foi um desses nomes. Ele era um pastor batista que morava na Geórgia, sul dos Estados Unidos, e defendia que a luta dos negros deveria dar-se pela desobediência civil e por protestos pacíficos. Existiam também aqueles que defendiam a autodefesa armada por parte dos negros, como foi o caso da Nação do Islã, um grupo que defendia o separatismo dos negros norte-americanos. Nesse cenário de efervescência social é que surgiram os Panteras Negras.

Panteras Negras: a história do gesto mais famoso dos Jogos Olímpicos

Tommie Smith e John Carlos foram medalhistas nos Jogos Olímpicos de 1968 e viraram heróis da luta dos negros por direitos civis nos Estados Unidos

Tommie Smith, John Carlos e o gesto simbólico (Foto: Angelo Cozzi/Mondadori Publishers)

fonte: 

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/os-panteras-negras-e-o-movimento-racial-nos-eua.htm#:~:text=Os%20Panteras%20Negras%20foram%20um,direitos%20civis%20nos%20Estados%20Unidos.


OS PANTERAS NEGRAS- canal Iconografia da História

Nesse vídeo, Joel Paviotti fala sobre o contexto histórico que fez emergir nos Estados Unidos os Panteras Negras, um grupo que defendia a resistência armada contra a opressão dos negros. Fundado em 1966, ele surgiu com o objetivo de patrulhar os bairros negros contra a opressão policial. Com o passar do tempo, os Panteras Negras se tornaram um partido político, que visava a garantia da igualdade racial e o fim da violência policial contra pessoas negras. Além de vigiar abordagens policiais, os Black Panters organizavam diversas ações sociais, oferecendo café da manhã para crianças negras, financiando cursos de Medicina para jovens negros, abrindo hospitais e distribuindo cestas básicas para os necessitados. Após diversas investidas da polícia federal dos Estados Unidos, mais da metade de seus líderes foram mortos e o partido foi dissolvido em 1982. ▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀ Siga-nos em todas as redes: https://linktr.ee/iconografiadahistor... ▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀ Apresentação: Joel Paviotti Texto e roteirização: Joel Paviotti Câmera e produção: Fernando Zeneratto Edição e finalização: IB Media Direção: Caio Picinini

CARLOTA JOAQUINA: OS ENIGMAS DA RAINHA MÁ - EDUARDO BUENO


Carlota Joaquina, a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder. Sentiu-se contrariada quando a Corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio depois que foi embora. 

 


Por desvio de rota, erro ou acerto, e toda a polêmica que envolve a descoberta do Brasil, se por Pedro Alvares Cabral ou pelo seu conterrâneo, o navegador Duarte Pacheco Pereira ou se pelo fato de o Brasil não precisar ser descoberto, já que os indígenas pertencentes a várias etnias já habitavam o nosso território, a verdade é que os portugueses ajudaram a formar a sociedade brasileira e nos deixaram o maior legado: a língua portuguesa.

Além da língua portuguesa ser falada em todas as regiões do país, a religião católica também foi decorrência do contato com a cultura portuguesa. Herdamos as tradições das festas religiosas de Portugal com procissões. 

Os portugueses dominaram, colonizaram e escravizaram os primeiros povos brasileiros, os povos indígenas, além de se utilizarem da mão de obra escrava dos negros traficados da África para manter a economia do Brasil funcionando, mas é fato que da mistura entre as culturas nos forneceu influências positivas sobre nossa identidade.

A IDEIA DE UMA CULTURA NACIONAL COMEÇAVA A SE TORNAR UMA PREOCUPAÇÃO, PRINCIPALMENTE COM A INDEPENDÊNCIA, EM 1822, E A PARTIR DO MOMENTO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA, EM 1889, UMA VEZ QUE SE FAZIA NECESSÁRIA A CRIAÇÃO DE UM ESTADO NACIONAL LEGÍTIMO, RECONHECIDO INTERNA E EXTERNAMENTE. ISSO PORQUE:

A ideia de uma cultura nacional nessa época não era debatida como hoje, ou seja, não se buscava dentro da própria nação o conteúdo de uma cultura nacional para delinear suas características, para definir seus aspectos que a fizessem única.

O BRASIL SE CONSTITUIU SOBRE O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL. DIFUNDIU-SE, A PARTIR DAÍ, O IDEAL DE MISCIGENAÇÃO COMO MECANISMO DE ABSORÇÃO DO MESTIÇO. ENTRETANTO, ESTE DISPOSITIVO NÃO FORA CRIADO PARA A ASCENSÃO SOCIAL DO NEGRO. PELO CONTRÁRIO. A PROPOSTA SEMPRE FOI MANTER A HEGEMONIA DA CLASSE DOMINANTE. SOBRE ESTA QUESTÃO, É CORRETO AFIRMAR QUE: 

 A miscigenação, apesar de ser vista como fundamental para se constituir a identidade brasileira, tinha de lidar com os problemas impostos pelas teorias raciais que dominavam o mundo no século XIX e que colocavam o negro em posição inferior.

Durante um tempo, a miscigenação se apresentou aos intelectuais da época como um sério dilema: um elemento fundamental da nação brasileira, mas que estava atrelado aos defeitos transmitidos pela herança biológica. Ou seja, diante de teorias raciais extremamente preconceituosas, que elevavam o branco em relação às demais raças. 

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas. (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: Ministério da Educação, 2005.)

A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no texto é resultado do processo de: Mobilização do movimento negro.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental destacam que é preciso reverter o quadro de discriminação e exclusão existente no interior das escolas, originado pelo racismo, sexismo e preconceitos originados por situações socioeconômicas, regionais, culturais e étnicas. Sendo assim, ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar, dentre outros aspectos: 

O reconhecimento da identidade pessoal de alunos e professores conforme estabelecido pela Lei 10.639/2003.

A Lei 10.639 estabeleceu que o ensino das relações étnico-raciais deverá, a partir dos conteúdos lecionados, reforçar a identidade de cada pessoa que faça parte do processo educativo


TEXTO: Renata Luzia Feital de Oliveira

REFERÊNCIAS:  

ALMEIDA, Regina Celestino de. O lugar dos índios na história: dos bastidores ao palco. In: Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010, p. 13-28. 

CALDAS, Waldenyr. O que todo cidadão precisa saber sobre cultura. Rio de Janeiro: Global Editora, 1997. 

DA REDAÇÃO. Veja. Rio de Janeiro, a cidade mais feliz do mundo. In: Revista Veja, 2009. EXAME. IBGE: População negra é principal vítima de homicídio no Brasil. In: Revista Exame, 2019. 

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Dicionário de Ciências Sociais. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1987. 

FURTADO, M. B.; SUCUPIRA, R. L.; ALVES, C. B. Cultura, Identidade e Subjetividade quilombola. Uma leitura a partir da psicologia cultural. Psicologia e Sociedade. Universidade de Brasília, 2014. 26(1), p. 106-115. In: Scielo. 

LOPES, Luiz Roberto. Cultura Brasileira. De 1808 ao pré-modernismo. Porto Alegre: Universidade/RFRGS, 1995. 

LUCIANO, Gersem dos Santos. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; 

LACED/Museu Nacional, 2006. 

ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 1994. REDAÇÃO. RJ: Apenas 1 a cada 5 estudantes de medicina são negros. In: Capital Econômico, 2019. 

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo, Cia da Letras, 2006, p 437. 

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo. Brasiliense, 2005. 

SCHWARCZ, Lilia Moritz; 

STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 

WITZEL, Nicollas. Comunidades quilombolas tentam resistir ao avanço de grandes empreiteiras. In: Revista Época, 2019. 



terça-feira, 29 de agosto de 2023

A INDEPENDÊNCIA DE MOÇAMBIQUE || VOGALIZANDO A HISTÓRIA

Clique no link e adquira os produtos da Insider Store com 12% de desconto utilizando o cupom HISTORIA12 : https://bit.ly/InsiderCasuais_Vogaliz... Moçambique é um país africano que assim como o Brasil, também foi colonizado por Portugal. Pra saber mais como foi esse processo, é só conferir o Vogalizando a História de hoje. Referências https://www.bbc.com/news/world-africa... http://historiacolonial.arquivonacion... https://www.dw.com/pt-002/as-feridas-... https://www.dw.com/pt-002/pena-que-na... https://www.dw.com/pt-002/eduardo-mon... https://www.theguardian.com/world/200... https://www.independent.co.uk/news/wo... https://ghostarchive.org/archive/Af0sK BOMFIM, Edcarlos. O colonialismo português em Moçambique segundo Eduardo Mondlane. 2018. _________________________________ AJUDE O VOGALIZANDO A CONTINUAR TRAZENDO CONTEÚDO DE QUALIDADE PARA VOCÊ: Assinatura no PicPay: https://picpay.me/vogalizandoahistoria Chave PIX que também é nosso email: vogalizandoahistoria@gmail.com Apresentação e roteiro: @vitorvogel Direção e edição: @mviricimo Segue a gente no @vogalizandoahistoria História em 1 minuto no TikTok Escuta nosso podcast no Spotify! Procura por Vogalizando a História

Caminhos da Reportagem | Independência e morte: a África portuguesa

As antigas colônias portuguesas no continente africano foram ocupadas, efetivamente, apenas no final do século XIX e têm em comum uma liberdade tardia, conquistada na metade da década de 1970. Quarenta anos depois de proclamada a Independência nas antigas colônias de Portugal, a equipe do Caminhos da Reportagem esteve em Angola, Moçambique e Cabo Verde. Nesses países, a repórter Ana Graziela Aguiar percorreu os lugares de memória da luta pela libertação, conversou com ex-combatentes, pesquisadores e população local, para lembrar o passado e entender o presente. Angola e Moçambique viveram longos anos de guerra civil após a proclamação da Independência. Cabo Verde não foi palco de guerra interna após se libertar do domínio português e hoje é um dos países que mais envia estudantes ao Brasil. Apenas 40 anos depois das guerras coloniais, os cinco países tentam se reestruturar e encontrar os caminhos da verdadeira independência. Reportagem: Ana Graziela Aguiar Imagens: Rogério Verçosa Auxílio técnico: Alexandre Souza Produção: Beatriz Abreu e Mariana Fabre Apoio às gravações São Paulo: Pedro Balciunas, Cadu Pinotti e Rafael Carvalho Edição de texto: Flávia Lima Edição de imagem e finalização: André Eustáquio e Márcio Stuckert Arte: André Maciel e Dinho Rodrigues    

 metical MZN, abreviado como MT), é a unidade monetária oficial da República de Moçambique; foi instituído no país em 16 de junho de 1980 e substituiu a então moeda colonial, escudo português.



 A Guerra Civil Moçambicana (também conhecida como Guerra dos Dezasseis Anos em Moçambique) foi um conflito civil que começou em 1977, dois anos após o fim da Guerra de Independência de Moçambique, e que foi semelhante à Guerra Civil Angolana, visto que ambas eram guerras secundárias dentro do contexto maior da Guerra Fria

Os ideais do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), bem como os das forças armadas moçambicanas eram violentamente opostos aos da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que recebia financiamento da Rodésia e, mais tarde, da África do Sul

Durante o conflito, cerca de um milhão de pessoas morreram em combates e por conta de crises de fome.

 Além disso, cinco milhões de civis foram deslocados e muitos sofreram amputações por minas terrestres, um legado da guerra que continua a assolar o país. 

A recessão económica e social, o totalitarismo marxista, a corrupção política, a pobreza, as desigualdades económicas e o insucesso do planeamento central, fizeram nascer uma vontade revolucionária.

O conflito apenas terminou em 1992 com a assinatura do Acordo Geral de Paz pelo então presidente da república Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama, então presidente da Renamo.

Após o fim da guerra, o país viu a realização das primeiras eleições multipartidárias em 1994.


Entretanto, havia uma centena de milhares de mortes a ser reivindicadas pela guerra, além de inúmeras minas terrestres remanescentes em solo moçambicano, que tornaram-se um grande problema para o país.

Moçambique ganhou independência de Portugal a 25 de Junho de 1975

Os primeiros anos após a independência foram difíceis para o novo Estado

Em vários lugares, diferenças raciais surgiram, e o número de residentes brancos, constituído primariamente por portugueses, diminuiu drasticamente de 200 mil para 30 mil. 

A emigração branca causou uma grande perda de capital e gente com habilitações literárias. Além disso, a população branca emigrante exportou todos os produtos que tinha e destruiu o resto das suas possessões. 

Em Moçambique, a estrutura política era fraca e havia sido estabelecida apenas para a coleção de recursos naturais e para facilitar ataques guerrilheiros contra a Frelimo durante a guerra de independência. 

A Frelimo tinha o objectivo de desenvolver a situação através do implemento de muitas ideologias Marxista-Leninistas, tais como a nacionalização da economia e um banimento da propriedade privada.

Neste momento, militares portugueses e dissidentes da Frelimo instalaram-se na Rodésia, que vivia uma situação de independência unilateral não reconhecida pela maior parte dos países do mundo.

O regime de Ian Smith, primeiro-ministro da Rodésia, já idealizando um movimento interno de resistência que aparentemente tinha algumas bases em Moçambique, aproveitou esses dissidentes para atacar a Frelimo.


De facto, a Frelimo apoiava tais rebeldes rodesianos e, em Março de 1976, decidiu seguir o exemplo internacional e decidiu implementar as sanções estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) contra o governo ilegal de Salisbúria. O governo de Moçambique fechou as fronteiras que tinha com a Rodésia, dificultando as trocas comerciais, visto que a rota comercial do corredor da Beira era bastante importante para o governo rodesiano, incluindo a linha de caminhos de ferro, a estrada e o oleoduto que ligavam o porto da Beira a Salisbúria. 


Embora a Rodésia tivesse boas relações com o regime sul-africano do apartheid, este fecho das suas fontes de abastecimento foi um duro golpe. 

Ademais, Moçambique apoiou a União Nacional Africana do Zimbabwe (ZANU), violando assim as regras do governo branco da Rodésia. 

Pouco tempo depois, para além de intensificarem os ataques contra estradas, pontes e colunas de abastecimento dentro de Moçambique, os rodesianos ofereceram aos dissidentes moçambicanos espaço para formarem um movimento de resistência e criarem uma estação de rádio usada para propaganda antigovernamental.

Foi neste momento que se forma a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) que, inicialmente, não tinha uma inclinação política. 

Consistindo maioritariamente em forças contra o socialismo e a Frelimo, teve André Matsangaíssa como o seu primeiro presidente.

A Renamo iniciou uma guerra civil a 30 de Maio de 1977





 Quando dos problemas económicos que atravessava, Moçambique foi obrigado a abandonar a ideologia Marxista-Leninista, e a República Popular de Moçambique tornou-se na República de Moçambique

Na imagem, um selo postal da URSS dedicado ao décimo aniversário do Tratado de amizade e cooperação entre a URSS e a RPM.



 Moçambique, oficialmente designado como República de Moçambique, é um país localizado no sudeste do continente Africano, banhado pelo oceano Índico a leste e que faz fronteira com a Tanzânia ao norte; Maláui e Zâmbia a noroeste; Zimbábue a oeste e Essuatíni e África do Sul a sudoeste.

A capital e maior cidade do país é Maputo, anteriormente chamada de Lourenço Marques, durante o domínio português.



A única língua oficial de Moçambique é o português, que é falado principalmente como segunda língua por cerca de metade da população. 

Entre as línguas nativas mais comuns estão o macua, o tsongandauchuabo e o sena

A população de cerca de 30 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantus. 

A religião com o maior número de adeptos em Moçambique é o cristianismo (a denominação católica é a que reúne maior número de adeptos), mas há uma presença significativa de seguidores do islamismo