IGREJA SINODAL EM GURUPÁ, PROCESSO DE EDUCAÇÃO POPULAR NAS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE.
"A missão
da Igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua
salvação". Na homilia de 11 de novembro de
1977, Dom Oscar Romero.
O que o Papa Francisco diz sobre a Igreja: “A Igreja é aberta a
todos, então existem regras que regulam a vida dentro da Igreja”, disse Papa Francisco.
“Cada um encontra Deus a seu modo dentro da Igreja.
E a igreja é mãe e guia cada um a seu modo”. O Papa Francisco e
a Sinodalidade.
Não
se esqueçam: Igreja em saída. ‘Igreja em saída’: este é o tema. Sim, a Igreja é
como a água: se a água não corre no rio, fica estagnada, adoece. Por outro
lado, a Igreja quando sai, quando caminha, se sente mais forte. Sigam adiante e
que a Igreja de vocês seja sempre em saída, nunca escondida”, mensagem do Papa
Francisco para 15º Intereclesial.
Em suas próprias
palavras, a Sinodalidade “é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do
terceiro milênio” porque é uma “dimensão constitutiva da Igreja”.
É por isso que o Papa Francisco pediu um Sínodo sobre a
Sinodalidade, que vem acontecendo desde 2021 e vai até 2024.
Igreja em saída” é um termo cunhado pelo papa
Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium, a alegria do evangelho
(EG).
É nessa exortação que o pontífice exprime
suas principais preocupações a respeito da Igreja e do mundo, e desenvolve
alguns temas que têm implicação direta na dinâmica pastoral e missionária da
Igreja, a fim de delinear novo perfil eclesial.
O convite do papa Francisco para uma “Igreja
em saída” é a marca predominante do seu pontificado, que deseja ver renascer na
Igreja nova experiência de fé cristã missionária, fundamentada no evangelho, de
modo que a mensagem da salvação chegue realmente a todos, sem exclusão.
Guiamo-nos pelo método ver-julgar-agir, nos dias de 18 a 22 de julho. Com o tema “ Cebs: Igreja em saída, na busca da vida plena para todos e todas” e o lema “ Vejam! Eu vou criar novo céu e uma nova terra”( Is 65,17ss). Método consagrado pela tradição da Igreja na América Latina e Caribe.
O reconhecer os sinais dos tempos a presença e atuação de Deus. Dialogos
e varias realidades e regiões do Brasil. Vimos que a desigualdade social é
fruto de um sistema capitalista, de natureza excludente constatamos uma triste
realidade, como: Diocese de Xingu- Altamira :
A imensa fila de desempregados e desempregadas, de trabalhadores e
trabalhadoras informais, muitos/as em trabalhos análogos à escravidão.
O desmatamento e incêndios criminosos afetando os diversos biomas.
A poluição das águas, do ar e da terra, destruindo a vida do planeta e
das pessoas, o uso desregulado de agrotóxicos, o avanço do agronegócio e da
mineração ilegal.
O
processo de reorganização das Cebs, trazendo e Identificando o rosto das Comunidades
eclesiais de base ouvindo suas dores e
lutas, dos ribeirinhos, pescadores(as), quilombolas e povos originários como
identidade das Cebs.
A luz
do discipulado de Jesus de Nazaré, uma igreja profetica e sinodal. Com a
inserção nos conselhos sociais e pastorais.
Neste
compromiso assumido das Cebs como Igreja autamente Sinodal. Ressignificar a
identidade das Cebs, via documentos da Igreja. Implantando grupos de Estudos e
reflexões dos documentos da Igreja.
Revendo
a realidade enquanto regionais com o estudo do “Documento de Santarém 50 anos:
Gratidão e Profecia”.
Com
objetivo e prioridades principais o fortalecimento das comunidades eclesiais de
base, a formação dos discípulos e discípulas missionárias na Amazônia, a defesa
da vida dos povos da Amazônia, o cuidado com a Casa Comum, a evangelização das
juventudes e a igreja com rostos amazônicos.
Documento de Santarém 50 anos: Gratidão e
Profecia, acervo pessoal.
Neste Documento jubilar, fruto do Encontro de
Santarém em 2022, as diretrizes e prioridades assumidas há 50 anos são
ratificadas e atualizadas à luz do recente Sínodo para a Amazônia. Assim como o
Documento de Santarém de 1972 constituiu uma criativa recepção do Concílio
Vaticano II e da Conferência de Medellín, esse Encontro de 2022 deu
prosseguimento ao caminho do Sínodo para a Amazônia, assumindo suas inspirações
a partir da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazônia. Autoria:
Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da CNBB / Rede Eclesial
Pan-Amazônica - REPAM-BRASIL.
Uma igreja aberta para a realidade, através da teologia da libertação que interpreta os ensinamentos de jesus cristo como libertador da opressão e injustiças.
Segundo
o teólogo professor Leonardo Boff, as comunidades eclesiais de base seriam um
novo modo de ser igreja e de experimentar a salvação comunitariamente, o lugar
de encontro do povo oprimido seriam capazes de "reinventar a igreja"
a partir da fé do povo.
O
sofrimento dos servos de Jesus está previsto, inevitável, mais faz parte da
missão, pois é uma caminhada de fé longa e cheio de desafios, ser servo de
jesus cristo, significa um amor fiel, quem aceita e responde este chamado como o
Apostolo Saulo se converteu renuncia a sua autonomia se perder sua identidade,
pelo contrario esta é a profunda conversão que se encontra a sua verdadeira
identidade.
Esta
reflexão responde as perguntas sobre a vivência comunitária: o meu papel na
comunidade em que vivo; meu compromisso com a caminhada e a minha necessidade
de viver em comunidade.
De
acordo com seu sentido etimológico, o termo grego “sínodo” significa “caminhar
juntos”.
A
sinodalidade expressa a participação e a comunhão em vista da missão. A
unidade, a variedade e a universalidade do Povo de Deus se manifestam no
caminho sinodal.
Essa é a conversão é a vida em comunidade como
uma ferramenta de transformação, na medida em que seus membros vão participando
intensamente das comunidades, passa a conhecer suas necessidades e sua
realidade.
Os questionamentos aparecem essa é a essência
de viver em comunidade. as comunidades eclesiais de base são o porto seguro
para tua viagem, para tua caminhada, são através desses questionamentos que se
constrói o tecido seguro o resistente.
Vivência na comunidade: a igreja povo, as Cebs
são a presença mais linda, mais verdadeira, mais autentica da igreja base: Igreja
do povo.
Com o trabalho evangelizador dentro das
diretrizes da educação popular percebe-se que o povo começa a ter consciência
dos seus direitos e deveres na sociedade e na família.
Para isso tem que viver desprendido de bens
materiais, viver a realidade, viver o dia a dia fundamentado no verdadeiro
evangelho. como uma pessoa simples, popular, trabalhadora, a serviço dos
humildes e oprimidos.
O verdadeiro evangelho: “ quando o povo coloca
sua esperança em deus ele responde com todo o seu amor” sl 34-(20.22) é aquele
que vive o compromisso libertador, onde a igreja é do povo, é a essência da
comunidade. é neste trabalho de conscientização que se desenvolve o despertar
crítico e o compromisso sociopolítico das lideranças comunitárias.
Que cristo encoraje todos nos nesta reflexão:
vivência comunitária, onde um vive para o outro, pois é muito importante para
nós numa época em que as pessoas se submetem a este sistema capitalista, onde o
homem pensa tanto em ganhar em ter é preciso à gente pensar em ser e ser em
função dos outros.
Um olhar de irmãos onde perdure o amor
fraterno, justiça e a paz nas Comunidade Eclesial de Base no município de
Gurupá para isso é preciso viver um processo de conversão permanente, porque a
vida é um processo dinâmico onde ninguém nasce perfeito aos pouco se corrige,
nas quedas, nas falhas enfim somos imperfeitos.
Conversão: é retomar o caminho que havia
perdido, a conversão verdadeira nasce da fidelidade ao caminho, ao projeto de
vida.
É uma necessidade existencial nesta linha de
pensamento podemos observar as experiências da educação popular como uma
conversão e renovação espiritual só assim poderão entender com clareza que uma
caminhada da Cebs que dentro de um contexto de transformação social só tem futuro se
estiver fundamentada numa profunda experiência de formação permanente.
Identificado com as Cebs sendo orientado pelas
Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil-CNBB e dos ensinamentos
das práticas do Papa Francisco e as orientações do Sínodo para a Amazônia em
seu Documento Final e na Exortação Apostólica Querida Amazônia do Papa
Francisco e do Documento Final do Encontro da Igreja Católica na Amazônia
realizado em Santarém, em junho de 2022.
O caminho sinodal se reveste de uma necessidade
diante dos desafios em que nos encontramos a enfrentar.
O historiador contemporâneo, ao pesquisar e
escrever a partir de diversas fontes documentais, deve considerar a importância
de uma abordagem crítica e reflexiva, levando em conta a diversidade de
perspectivas e interpretações possíveis.
Além disso, é fundamental que o historiador
esteja atento às questões éticas envolvidas na pesquisa histórica, como a
preservação da privacidade e dos direitos dos indivíduos e grupos estudados,
bem como a necessidade de evitar a reprodução de preconceitos e estereótipos, por
fim, é importante que o historiador esteja aberto ao diálogo com outras áreas
do conhecimento, como a antropologia, a sociologia e a filosofia, a fim de
enriquecer sua compreensão do passado e do presente.
DATAS E INFORMAÇÕES
A Paróquia Santo Antônio de Gurupá, foi erguida em 1693, sendo a segunda do estado do Pará.
A Igreja matriz de Santo Antônio foi erguida
em 1864 somente no ano de 1948 foi incorporada na Prelazia do Xingu em 2019 foi
elevada canonicamente a Diocese de Xingu-Altamira pelo Papa Francisco sendo
incorporada a Provincia Eclesiastica de Santarém.
Apostolado da oração foi fundado em Gurupá em
1908.
A chegada do padre Giullio Luppi em 1971, criando
e fundando as Cebs em Gurupá em 1972.
Em 1973 foi realizado a primeira Semana
Catequetica paroquial.
Em 1974 as Irmãs Adoradoras do Sangue de
Cristo passa a atuar na paróquia.
Em 1975 criado o Conselho Pastoral Paroquial.
Em 1981 houve o primeiro encontro de
lavradores(as) de Gurupá, em 1984 foi organizado o movimento de mulheres de
Gurupá.
Em 1985 deu-se início dos estudos
biblicos-CEBI.
Em 29 de março de 1986 foi afundado o barco
Livramento da Paróquia por motivação politica, sendo resgatado em 14 de janeiro
de 1988.
O primeiro encontro de jovens da Pastoral da
Juventude foi no ano de 1986.
Em 2000 foi implantado a Pastoral da Criança,
em 2001 aconteceu o primeiro encontro da Pastoral Afro indígena, Pastoral da
Terra, Pastoral da Partilha, Pastoral da Familia( organização).
Em 2002 foi organizado pela Irmã Paulina a
Pastoral Infância e Adolescencia missionaria, somente em 2006 ocorreu o
primeiro encontro.
1º Bispo Diocesano Dom Frei João Muniz Alves,
OFM. Com A instalação da Diocese e posse do Bispo ocorreu em 1°/02/2020, em
Altamira.
Posse do Paróco Aderney Gemaque Leal no dia
06 de maio de 2022.
2023 o padre Amaro Lopes é cooperador da
Paróquia Sto. Antônio de Gurupá.
Em 2022 a Paróquia completou jubileu das Cebs
em Gurupá, 50 anos de organização, fé e vivência comunitária.
TEXTO: GILVANDRO TORRES
Nenhum comentário:
Postar um comentário