quinta-feira, 25 de novembro de 2021

 

VIVA A CABANAGEM!

Quando falamos em populações indígenas temos que considerar que elas não são identificadas entre si. 

As populações que sobrevivem ao avanço da “ nova sociedade”, imposta pelos europeus, que além de se associarem ao novo cotidiano ainda foram escravizados, índios de diversas etnias e angolanos que vieram forçados em navios negreiros para serem escravizados nessa imensa nação, alguns membros maçônicos lutaram incansavelmente em defesa da liberdade dos escravos: Paes de Andrade, João Campbell, Raimundo Leal Castelo Branco, Bertoldo Nunes, Cônego Andrade Pinheiro Perdigão.

 Nesse cenário surge uma revolta popular da classe oprimida que vivia a beira dos rios, igarapés, índios e escravos fugidos, este movimento mobilizou o povo e se tornou a revolução da cabanagem. 

Usando o elemento surpresa como táticas de guerrilha com a utilização de canoas e flechas, com a morte do Padre Batista Campos, mentor intelectual do movimento, após inúmeras reuniões no sitio Murutucu dos irmãos Vinagre destaca-se Eduardo Angelim. 

A tomada do arsenal e a morte do governador na escadaria do palácio do governo a bandeira vermelha tingida por muruxi tremula no alto. 

A revolução popular toma o poder e escolhe Felix Antônio Malcher para Governador Cabano, traio os seus companheiros e foi deposto, afinal era fazendeiro no Acará e não tinha interesse em abolir os escravos o mesmo tratava seus companheiros com soberba e de forma arbitraria. 

O povo revoltado começa nova rebelião interna, e Malcher refugia-se no barco onde foi deposto e morto com um tiro na cabeça após Malcher insultar um companheiro de “negro imundo”. 

A falta de experiência dos cabanos foi a causa da derrota, sendo indicado para ser o 2º Governador Cabano Francisco Vinagre entregou o governo aos Imperialistas, que culminou numa reação popular. 

Os Imperialista nomeados pela Regência fez uma política anti cabana. 

O Muitos companheiros cabanos presos foram enforcados, mortos e presos, os cabanos se refugiaram nos interiores e nas matas, nas cabeceiras dos igarapés e centros, a ordem Imperial era matar todos que viviam a beira do rio, sendo que Vigia e Cametá se torna um ponto de resistência cabana, inclusive Gurupá, onde muitos companheiros Cabanos se esconderam nas matas da várzea da ilha grande de Gurupá. 

A bandeira vermelha tremulava nos ideias de liberdade, os cabanos se refugiaram nas cabeceiras dos igarapés as famosas terras pretas, experiência do convívio com os índios. 

Após a morte de Antônio Vinagre em combate, Eduardo Angelim assume o comando cabano atacando o governo Imperialista e ergue-se o 3º Governo Cabano, sem plano de governo acaba caindo novamente. 

Este motivo os cabanos novamente se refugiaram após o bloqueio econômico e supostos arrastões e saques nos comércios e casas de barões foram necessários para manter o exercito do povo, viveram por muito tempo escondidos e isolados, após a prisão de Eduardo Angelim em estado cadavérico o sonho termina, sendo enviado ao exílio por longos anos até retornar ao Pará e morrer olhando o horizonte na espera de ressurgir a revolução cabana outra vez o que não aconteceu. 

Sendo a única revolução popular que tomou o poder e por falta de experiência política foram derrotados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário