quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Estirão do rio (Conto) autor: GIVANDRO TORRES

 

APRESENTAÇÃO

Quando comecei a escrever esse livro foi uma experiência muito gratificante, descrever um cotidiano de extrema beleza interiorana, um conto misturado com senso realista de conflitos sociais.

De um olhar poético e sensível as causas sociais, misturando sentimentos e descrevendo nas palavras que se transformavam em um livro consciente e baseado em uma história real, tendo como objetivo fazer o leitor se questionar sobre sua sociedade que pertence, esta mesma sociedade que abriga um sistema opressor e desigual.

Tento passar um cotidiano de transformações sociais e forçar através das palavras ocultas e políticas que não se consegue nada sem lutar por melhorias e condições sociais para a comunidade em que vivemos.

Espero que o leitor viaje intensamente nos poemas e perceba que proteger o meio ambiente é um dever de todos nos.

Tendo infiltrado em cada leitor a pergunta: em que lado do rio você está, do lado dos opressores ou do lado dos oprimidos?

A vida é uma sensação de riscos ou se molha ou se afoga o certo que tem que se conhecer o outro lado da margem.

Quando as matas se fecham, surge no lugar uma voz que tenta gritar, um povo que merece viver, anos de tradição levados pela obsessão, aqueles que trouxeram a desenvolvimento, comprado pelo escambo tradicional.

Palavras enganadas ao povo um grito ecoou nas florestas deste imenso rio.

Cala-se a voz, é imposto um muro de concreto. É visto de longe um belo monte de mentiras, desenvolvimento à custa de exploração.

Quando imaginamos que os patrões faziam seu aviamento à custa de um sistema econômico opressor e injusto...

Os trabalhadores rurais passavam o dia em seus roçados e vendiam o fruto do seu trabalho a troco de vale.

Os comerciantes que se diziam donos de grandes lotes de terra colocavam seu preço nas mercadorias e aumentavam o quanto podiam nunca os trabalhadores pagavam sua dívida.

Primeiro foi às sementes de ucuuba, depois palmito e por ultimo as toras de madeira.

Passados os anos esses trabalhadores unidos se rebelaram e se organizaram.

Não teve sangue na luta mais teve luta no dia a dia.

Os patrões se acabaram, as grandes empresas madeireiras faliram, as casas de comercio e seu sistema hoje está abandonada pelo tempo.

Fizeram representantes legítimos da classe trabalhadora. Com os anos fizeram representantes no legislativo, combatentes a serviço da luta.

A luta se concretizou e o povo venceu e a terra hoje é de todos. 



Uns grupos de trabalhadores rurais uniram-se e se organizaram era uma longa caminhada também estava decidida a luta sem foice e nem martelo mais frente a frente com as imposições dos patrões.

Um tempo onde os patrões dominavam a vida econômica e política da região fictícia chamada ESPERANÇA e o sistema econômico era o aviamento na base do escambo, e o sistema político era o coronelismo, onde o posseiro era obrigado a votar no candidato do dono da terra onde o posseiro trabalhava.

A família trabalhando na roça, o pai cansado de uma noite mariscando tapando igarapé e despescando com timbó, a mãe fazendo comida, tratando peixe e amolecendo os caroços de açaí para fazer o vinho tão esperado e as crianças brincando a beira do rio com um olhar esperançoso ao ver o barulho do rio em que vem um barco de pequeno calado, encosta no trapiche da casa do trabalhador rural José ( personagem fictício) .

Era um dos empregados do latifundiário e comerciante local conhecido como Coronel SILVEIRA( personagem fictício), que estava convidando para trabalhar, ou seja, intimando já que seu Jose morava em suas terras.

O pai da família foi convidado para roçar na casa do patrão dono de uma porção improdutiva de terras de várzea ao ouvir o convite.

Ficou segundo pensando em silencio e acocado decidi ir atrás, embarca na canoa se despedindo da família, com um terçado rabo de galo e uma pedra para amolar coloca na canoa, arruma no porão da canoa uma panela contendo seu almoço, tira com uma cuia a água da canoa e embarcando com o remo de pracuuba segue seu destino.

Com um porronca acesso, remando há algum tempo, as paisagens do rio são lindas, o verde das palmeiras do açaizeiro faz a diferença, o barulho da mata batiza o momento único entre o ser humano e a natureza.

Rio é longo cheio de estirões e correnteza leva com a força nos braços do pai de família ao remar com seu remo feito de pracuuba.

Chega ao porto da casa grande, o patrão já está no comercio atendendo os fregueses, aviando os posseiros com preços impagáveis. 


José o pai de família amarra sua canoa, no trapiche, subindo com seu material de trabalho, olha a casa do patrão Lima era feita de madeira de lei e telhas de barro, pintada a óleo, caminho era novo e velho ao mesmo tempo, entre as paredes notas antigas e muita mercadoria, o lugar era calmo e sereno mais escondia um sistema duvidoso economicamente onde os preços eram altos e quase sempre deixavam seus fregueses ainda mais endividados e forçados a entregar a produção pelo um preço menor.

 Seu José passa pelo patrão com um olhar com desconfiança, um olhar de dono da situação imagine um comercio lotado de mercadorias, onde os posseiros se atolavam em dividas.

Fala cordialmente com os amigos que já estão no local para roçar a área em torno da casa do patrão, José o pai de família pega seu terçado rabo de galo e sua pedra para amolar, prepara o instrumento e começa a trabalhar.

Era sol de meio dia, os rostos dos trabalhadores suando, um olhar sem esperança mais ativo ao horizonte, o barulho do mato grande não dá tempo de se esquivar era a serpente que encontraria seu calcanhar, a dor era insuportável era o sangue que sai de sua perna e se misturava na terra, era os companheiros que acudiram, mais não do tempo.  

A temida jararaca venenosa, não deu tempo de chegar a cidade atravessaram o rio sob tormenta e dor, seu José gritava, mais em seu pensamento vinha a dor maior sua família, pois sabia que ia ter que deixar em poucas horas.

Os olhos do pai de família se fecham a dor do luto de seus familiares e o patrão intacto não reconhece e apenas fecha a porta de sua casa, alguma hora depois estava no comercio aviando seus fregueses era um dia de luto a morte daquele trabalhador fez seus filhos lutarem por dias melhores.


 

OS ANOS SE PASSAM...

A casa de madeira coberta de palha, ponte de tala de açaizeiro, a terra emprestada onde roçava, tirava madeira e pescava no rio, o cenário não mudaria era a continuação do opressor contra o oprimido, uma época de medo e sem consciência política, onde o povo vivia na escuridão intelectual dos seus direitos, onde o grito era calado com a força dos patrões.

Era o dia de abastecer a dispensa, era o dia de ir à casa do patrão, preparam-se a família para remar horas pelo estirão de rio, as crianças com um olhar de temer afinal era o patrão.

A chefa da família viúva coloca o remo na canoa, era 13hs o sol estavam beirando os 32 graus, a localidade fictícia ESPERANÇA estava agitada se preparando para um temporal.

Remando há quase duas horas chega-se a casa do patrão, fazia muito tempo que seu esposo tinha falecido naquele local, as crianças desembarcam com certo medo, pois as dívidas da família estavam atrasadas, as crianças ficaram atrás da mãe enquanto ela esperava o patrão jogar baralho no pátio de sua residência, com os amigos.

Depois de horas esperando, ele resolve atende-la com certa arrogância e indiferença social, gesticulando e com um tom ameaçador, ao mesmo tempo em que atende a viúva despachando sua nota de mercadorias pelo meio.

As crianças com medo do tom do patrão estavam assustadas, entre elas um menino de quase oito anos, com uma roupa bem usada estava descalço e de cabelos grande, um olhar no horizonte observa com temor toda aquela situação.

A família da viúva embarca na canoa com as mercadorias, e retornam para sua casa, afinal levavam a farinha, querosene e demais mantimentos que davam para se manter até pagar a dívida no sistema de escambo, o olhar da mãe ficou marcado na vida deste menino... Chamado JOSÉ MARIA( filho de José, personagem fictício). 


Anos se passam esta família passou muita fome, tiveram que aprender desde cedo a caçar, pescar e tirar açaí, tirar madeira em troncos com machado e fazer roça para sobreviver.

Os anos se passam este menino chamado JOSÉ MARIA, foi estudar fora do município como Seminarista na cidade de BOA VISTA( cidade fictícia), bem distante da família e passa a viver a efervescência do movimento social da época.

A luta pela terra e conscientização de seus direitos e deveres baseado na constituição universal dos direitos humanos, retorna a sua terra natal e passa a atuar diretamente na fundação partidária e na conquista dos trabalhadores rurais.

Um tempo de lutas sociais na localidade ESPERANÇA e estuda o estatuto da terra.  As conquistas são feitas a parti do momento em que o povo conhece seus direitos, a luta pela terra baseada no estatuto da terra provocou a tomada do sindicato dos Trabalhadores rurais dos pelegos.

O povo estava se organizando em comunidades eclesiais de base, preparando e formando lideranças, a união de pensamentos contra a exploração do trabalhador foi à ideia de fundar um partido político para tomar o poder dos patrões, seria o ponto de partida para revolucionar a época. 

Reuniões intensas foram debatidas, candidaturas forma definidas entre encontros em 1980 lança para candidato ANTÔNIO COSTA( personagem fictício), sendo derrotados pela elite econômica da época composta por latifundiários improdutivos, mesmo assim não desistiram da luta e elegeram dois companheiros  para o legislativo municipal legítimos representantes da localidade ESPERANÇA e da localidade NOVO HORIZONTE( local fictício).

Tornando uma grande força sindical com a tomada do sindicato dos trabalhadores rurais, nas eleições posteriores foi às urnas para o pleito municipal elegendo o candidato ANTONIO COSTA e oposição às famílias tradicionais latifundiários da região, de origem rural com a conscientização feita com trabalho de base elegeu um trabalhador rural para Prefeito de ESPERANÇA. 


Ao entrar na Sede do Poder Municipal de ESPERANÇA, aquele menino JOSÉ MARIA filho de JOSÉ tinha crescido e fazia parte do governo municipal, sentou-se na cadeira da Chefia de Gabinete do Prefeito e ali usaria sua razão e emoção para fazer de uma reflexão uma lição de vida.

Aquele mesmo patrão que um dia humilhou sua família CORONEL SILVEIRA retornaria ao cenário atual da vida daquele menino que se tornou Chefe de Gabinete do Prefeito eleito  pelo povo  e teria que atende-lo.

 Olhou de sua sala e toda aquela situação de opressão retornaria em seu pensamento, ficaram alguns minutos lembrando tudo que presenciou essa época onde a vida dos seringueiros era sofrida e saiam para trabalhar entre as 04 horas da manhã ou 05 horas da manhã os seringueiros saiam para coletar o látex, obedeciam ao sistema injusto do aviamento de mercadorias a credito, com preços altos.

O patrão cedia ao seringueiro mantimentos e material de trabalho como botas, terçado, querosene e tabaco, e o seringueiro pagaria a dívida com a produção de borracha, o preço das mercadorias era injusto e nunca o seringueiro conseguia pagar sua dívida.

Depois de retirar o látex da árvore peneira o liquido tirando as impurezas e adicionando o agente vulcanizador é levado ao fogo por uma hora.

O látex era adicionado ainda na mata com água de cinza, um conservante natural que impede a coagulação.

Os posseiros burlavam e vendiam para os regatões que passavam, o comercio clandestino entre os posseiros e donos das embarcações ficaram altamente perigosos e a força regional passou a multar os donos de regatões, na época CORONEL SILVEIRA era o maior comerciante de ESPERANÇA.

Foi uma época onde os posseiros vivam numa situação da escravidão dos seringueiros que trabalhavam no seringal do comerciante CORONEL SILVEIRA que se dizia dono de uma extensa faixa de terra ficou claro a desigualdade e crueldade com o povo de menor renda.  


Veio em seus pensamentos aquela luta diária para tirar a colheita do açaí é praticada por muitas famílias, sendo destinado ao consumo familiar.

O trabalho era feito frequentemente com seus irmãos, uma para subir nos açaizeiros e colher os cachos e outra para debulhar os frutos, colocando o açaí em peneiros.

Uma lágrima chegou a cair em seus olhos lagrimados, olhou para cima e mandou chamar o velho CORONEL SILVEIRA em vez de usar o sentimento de raiva que sentia, usou a cordialidade e atendeu aquele que um dia foi seu opressor.

"Pois, se perdoardes aos homens as suas ofensas, assim também vosso Pai celeste vos perdoará. Entretanto, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus, 6, 14-15).

AUTOR: GILVANDRO TORRES 2021 
PRIMEIRO RASCUNHO


 









 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

 





 

Se prosseguirmos com o extermínio do meio ambiente

Nossos filhos, netos e bisnetos.

Vão nos cobrar

Aquela que foi uma grande floresta

Que um dia existiu

Há tempo

Para refletir

Cabe a nos

Determinar

E decidir

PRESERVAR

Meio ambiente.





























 




Reaprender a calar e ouvir, como fazem as crianças nas primeiras fases da vida, parece ser o grande desafio e uma metodologia importante. Saber escutar é uma arte profunda, representa um processo ativo de interação com nosso (a) interlocutor(a). Ao escutar, temos a possibilidade de perceber e entender o que está a nossa volta.

Saber ouvir interfere significativamente nas relações interpessoais, pois exige que façamos opções conscientes em estar presente para o outro, de forma realmente solidária e sem preconceitos, com o intuito de buscar o entendimento.

 


 





"Não há mudança sem sonho, não há sonho sem esperança", esta frase de Paulo Freire. Todos os dias eu preciso recomeçar.

  

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...

 Sun Tzu



 Quem vence a si mesmo é um herói maior do que quem enfrenta mil batalhas contra muitos milhares de inimigos.

Textos Budistas


domingo, 1 de agosto de 2021

 

O USO DA PALAVRA NAS REUNIÕES

O uso da palavra nas reuniões e de praxe por ser um fator democrático, mas é onde é o momento que a pessoa se destaca ou perde o controle de uma reunião em determinado assunto.

Em geral e onde as questões levantadas podem gerar mal estar nos apartes ou debates com o tema abordado.

Contudo devam adotar as devidas cautelas sendo distintos uns ao outro.

E exatamente a reunião onde nossas diferenças que faz com que o grupo seja forte. Diversificado e unido.

Recomenda-se a pratica da tolerância e da ética em não falar mal do integrante da reunião e se unir em torno do ideal, sobrepondo às divergências que são muitas.

Ao utilizar a palavra, levante para ser visto, fale alto para ser ouvido e pouco para se aplaudido”, conselho de um ex Deputado Federal Constituinte por três legislatura e Prefeito de Altamira-PA por quatro vezes Engenheiro Domingos Juvenil.

 

Na adolescência tive um sonho em relação ao socialismo, revelou-se um pesadelo porque descobri que em todos os lugares onde o socialismo Stalinista passou foi implantado ditaduras ferozes e sanguinárias contra o povo.

Em uma viagem de Belém a Gurupá conheci e vim conversando com músicos de origem Estônia. 

Onde me contaram sobre a Sibéria e todas as maldades dos governos russo, desde Josef Stalin a Wladimir Putim, fiquei bastante impressionado com os relatos.

Sentei na proa do navio e pensei em toda minha experiência na teoria e pratica as passeatas em Belém contra o Governo Almir Gabriel, à esquerda no que se refere à revolução permanente.

 O Marxismo que era nossa referência ideológica, as ideias  Trotskista, que eram nossa ferramenta de luta, no encontra da massa e minha ruptura com este fase ideologia foi por divergências e decepção, ideias ainda bens claras desde os bancos escolares, percebi que era ainda militante apostilado apesar de tudo teria que me reinventar e atualizar.

Lembro que ao tomar conhecimento sobre politica ao conhecer o Professor Babá e seus inflamados discursos, busquei a consciência critica, em 1997 participei de passeatas de protesto em repudio a morte dos 19 sem terras em Eldorado dos Carajás, promovido por ordem do Governador Almir Gabriel, participando de históricas passeatas contra a privatização da CELPA, COSAMPA e TELEPARA. Chegando a ser atingido por balas de borracha no braço.

De oposição as desastrosas políticas de FHC, em meio às agremiações estudantis que vivei a efervescência do radicalismo, ainda estudante do ensino fundamental analisei profundamente as questões sociais.

Mais mesmo tendo lido mais de 100 livros sabia que tinha que viver aquilo que realmente acreditava.

Aos 22 anos participei do processo político no Estado do Amapá, na Coordenação de campanha a reeleição Deputado Estadual Dr. Alexandre Torrinha, onde militamos nas ruas da capital amapaense engajado com a bandeira de luta, viajamos para varias cidades do Amapá, Vitória do Jarí, laranjal do Jarí, Santana, Macapá, Porto Grande, Ferreira Grande, Itaúba, Tartarugalzinho, Pracuuba, Amapá, Laranjal do Jarí, Calçoene e Oiapoque.

Fiz parte da geração que elegeu um operário a Presidente da República, depois retorno a Belém onde participo dos movimentos contra a ALCA, FMI e a politica de Bush. Sendo eleito e reeleito Representante dos Alunos, e depois candidato ao Conselho Escolar da E.E.E.M Magalhães Barata onde sou eleito com uma votação expressiva.

Recebendo medalha de honra ao mérito ao me destacar nas ações beneficentes da escola e na aquisição de livros para a biblioteca.

Recrio-me novamente com uma pessoa burocrática, estudando tudo que seria importante na Administração Pública.

Fiz-me necessário entre os leões que queriam me devorar novamente.

 

Subindo as escadarias do Parlamento Estadual

 

Alguns achavam que tinha largado a luta, jogado fora as camisas vermelhas, as bandeiras, mais não tinha que vestir o paletó e gravata para adotar o protocolo de uma nova etapa de minha vida.

Após eleição do Ex Deputado Federal Constituinte por três mandatos, nesta época foi convidado para trabalhar como estagiário na seção de controle e Patrimônio da ALEPA, e posteriormente virei Assessor do Presidente, afinal já conhecia há muito tempo meu padrinho e madrinha D. Rute Souza, a quem muito me ajudou mesmo sabendo da minha posição ideológica mantive meu ideais e aprendi a burocracia dos gabinetes parlamentares.

O que podíamos falar o que podíamos ver e ouvir, regras para um bom funcionamento para impor articulações nos 41 gabinetes parlamentares.

Primeiramente comecei a estudar e participar de seminários e palestras promovidas pela ALEPA, lendo bastante e convivendo diariamente com pessoas de opiniões diferentes.

Lembrei-me quando era adolescente onde eu era um rato de biblioteca, retorno agora como ratão dos documentos históricos da politica paraense.

Comecei a fazer meu acervo, também longa conversas com o Presidente, que me falava sobre a como foi dura a conquista da CF 88 onde ele foi um dos autores quando era Deputado Constituinte.

Comecei a fazer tudo que tinha aprendido ao longo dos anos, do simples aperto de mão ao cordial Vossa Excelência, aos Parlamentares que encontrava no corredor do parlamento, cumprimentava desde o limpador de vidro ao cozinheiro, só usava o terno dentro da instituição nunca me vi usufruindo o cargo de Assessor da Presidência, acumulei amigos de todos as esferas ideológicas.

Sem duvida aquele Parlamento contribuiu muito para me especializar em assessoria, tanto que acumulei muitas tarefas e tinha confiança de todos, quando o Presidente nos chamou em seu gabinete, estava convicto numa solida candidatura a Deputado Federal, mais resolveu disputar uma campanha a governo do Estado do Pará. Ele próprio anunciou que seria candidato com uma simplicidade e um tom familiar, transbordava em sua figura carismática.

Todos esperavam que ele discursasse em estilo formal como Presidente, mais não ele falou como amigo convidando a participarem daquele projeto político como uma opção de mudança, foi à primeira lição que recebi deste engenheiro Domingos juvenil: Fidelidade partidária.

Sua esposa D Rute Barros me convidou pessoalmente para fazer parte da coordenação da campanha no Comitê central, e fomos para a luta, não tinha hora para terminar, foram 90 dias de dedicação a candidatura do Vigiense Domingos Juvenil, onde fomos a terra natal dele em Vigia de Nazaré a cidade histórica paraense, andar nas ruas do bairro do Arapiranga as margens do rio Guajara Miri, sentir o calor do povo vigiense onde parávamos ele era aplaudido.

Arregaçamos as mangas e fomos à luta, carreatas, blitz, panfletagens, comícios, trabalhos no comitê central dia e noite. Visitas às cidades, distribuição de material de campanha aos candidatos e nas cidades onde tinha comitê.

Esta era uma comunicação importante entre o eleitor e o candidato, fizemos o curriculum dele na gráfica e distribuíamos pessoalmente nas casas, foi uma onda verde, e ao mesmo tempo traição entre candidatos.

Foi uma oportunidade onde visitamos muitas cidades, acompanhamos o sofrimento do povo nas periferias de Marituba, as incertezas dos moradores dos bairro de Ananindeua, entre outras cidades Santa Maria, Benevides, Castanhal, Santarém Novo, Ourém, Santa Luzia, Vigia, Salinópolis, entre outras que a memória deu um branco, mais foi gratificante entender como funciona uma campanha a Governo, ao sair da ALEPA após um produtivo estágio nos bastidores dos gabinetes parlamentares, prestando serviços de assessoria em fim encerra um ciclo em minha vida, acrescentando em meu currículo.

Muitas vezes é necessário abrir mão de uma estabilidade momentânea pode ser menos estressante ou duradoura, neste sentido percebemos que se faz de melhor é importante para se viver com alegria.

Sempre fui o senhor do meu destino e responsável pelos meus atos improvisando e me adaptando as situações que crio.

Disciplina é algo que trago em minha vida aprendi esta palavra ainda criança na escola Santo Afonso, ética aprendi com a vida e por isso me qualifiquei com minhas experiências no movimento estudantil, experiência proletária e na sede do Legislativo Estadual do Pará, de Estagiário a Assessor da Presidência, o Palácio da Cabanagem se aprende tudo.

Não podemos desperdiçar as oportunidades, as chances que te dão de subir na vida profissional, independente de cor ideológica, não se feche, sejam profissionais. 

Humildade é chave que abre gabinetes, ela nos ajuda a conquistar pessoas, quando realmente decidimos fazer o melhor em qualquer coisa que se propormos, convencemos que somos indispensáveis naquele gabinete ou naquele projeto político.

 

De feirante a militante estudantil

 

Aos sete anos ingressei na escola de 1º grau Santo Afonso no bairro do telegrafo em Belém, uma escola rígida ainda administrada pelos padres redentorista.

Estudava de tarde e de manha ajudava meu tio Edmilson, foi na feira que convivi com todos os tipos de pessoas, ideologias e preferências futebolísticas. 

É nessa relação de amizade com os clientes do comercio do meu tio, a cada dia armazenava em minha mente o valor do “silêncio”, escutar sempre e cada conversa não impor o que acreditava e sim saber ser o bom vizinho.

A feira foi uma escola de vida dos 12 anos até a adolescência convivendo em harmonia com os vizinhos dando bom dia e ao mesmo tempo parando para escutar, de casa para a feira localizada atrás da agencia dos Correios era um percurso que fazia todos os dias. 

Na escola não era diferente particularmente nunca sobre de bulling também nunca incentivei meus colegas a fazerem isso com os outros, desde cedo aprendi a respeitar as diferenças. 

Os Padres Redentoristas eram severos e rígidos, nosso ensino religioso era padrão até eu questionar com a professora o porquê tinha que estudar a religião católica, imediatamente foi à diretoria e tive que ir ao confessionário rezar como forma de punição, ao poucos ia me afastando da religião, ao começar a frequentar a biblioteca da Universidade Estadual do Pará e aos treze anos li desde o manifesto comunista, iluminismo, renascença, Martinho Lutero, Florestan Fernandes, Paulo Freire e Karl Marx e sua obro “O capitalismo”. Tornei-me um esquerdista forjado nas leituras.

Estas escolas da vida me proporcionaram uma breve reflexão onde estou e porque estou.

Ainda pré-adolescente era questionador, lia muito, mas devido eu ser reprendido pela direção da escola fique com certo trauma de falar de imediato o que pensava, aprendi a arte de Sócrates responder através de outra pergunta, isso me evito de arranjar inimigos, porque mesmo que não concorda-se com o que o colega de sala falava eu defendia o direito dele falar.

Logo fiquei amigo dos lideres da turma que eram os mais velhos, isso me forjou a ser liderança pelos meus atos, quando um colega de cor morena foi alvo de risos irreverentes  de alguns alunos mais velhos do ginásio, eu vi de longe sai da sala de aula e encarei eles, quando vi ao meu lado estava mais de dez colega de sala e entre eles os nerds que tiraram os óculos para briga, acabamos todos na direção da escola.

São lições que tiramos ao decorrer da vida, aprendemos a cada dia e a cada momento, onde o silencio vale mais de que mil palavras.

Mais saber fazer alianças é muito importante para sobreviver neste regime capitalista, meu reencontro com Deus veio após um breve inverno...

Ao começar a entender como funcionava a politica e seu sistema eleitoral, comecei a passar da teoria a pratica, nas manifestações de oposição ao Governador Almir Gabriel da época e suas desastrosas políticas neoliberais.

Assistir uma palestra aos 17 anos do ativista político Professor Babá, ex Parlamentar do PT e fundador do PSOL, onde aderi ao trotskismo e passei a militar no movimento estudantil em históricas passeatas estudantil, invasões da ALEPA, SEDUC contra as privatizações, contra ALCA, FMI entre protestos e balas de borracha.

Era um pé na escola e outro nas passeatas até ser eleito em 2005 Conselheiro Escolar da E.E.E.M Magalhães Barata. 

Pensei que meu ciclo tinha encerrado mais férias parra que abraçou a militância social e politica não existe. 

Ao ser eleito numa disputa de doze alunos, percebi que tinha que viver com intensidade tudo e abracei nesta vida a bandeira vermelha.

Meu olhar não era o mesmo daquele aluno Afonseano, meu olhar era crítico a situação que vivia, sentado a beira do Guamá após uma radical eleição DCE-UFPA, onde fomos apoiar e fomos derrotados, após algumas doses de heroísmo e fumaças ideológicas em uma rodada de idealistas sonhadores, vi que nossa luta não era em vão, mais precisava saber articular e não me fechar precisava pensar e me atualizar e não acreditar na mídia gráfica que davam para a gente ler precisa mergulhar em outras fontes ideológicas, mantendo mesmo perfil e a mesma luta.

Precisei caminhar e pensar precisou olhar para o horizonte e adotar estratégias para sobreviver numa caverna onde os leões querem te devora a todo o momento.

 

As poeiras de um Gabinete

              Um dos grandes erros do político é se acostumar com o conforto do gabinete, o luxo desse local de trabalho, suas cortinas venezianas, central de ar, computadores de ultima geração e os serviços prestados de seus auxiliares.

               Isso afasta o povo e do objetivo ao qual este político foi eleito. Posso contar tantas historias palaciana onde isso acontece, onde a sociedade organizada se dispõe a ir ao gabinete do Parlamentar e espera por horas ser atendido pelo Chefe de Gabinete, enquanto o Parlamentar está ausente.

                Mas prefiro contar boas experiências que trago em minha trajetória. Ainda adolescente trabalhei com o ex Governador do Pará Carlos Santos, proprietário do Grupo Avistão, onde aprendi muito em meu estágio proletariado.

               Umas das características que adotei deste marajoara nascido na cidade de Salvaterra, que ao chegar a Belém trabalhou de ambulante nas ruas chegando a Vice Governador do Pará em 1990, assumindo o Governo Estadual em 1994. Ele era um pensador ambulante caminhava por toda loja e do nada começava a fazer promoções e sorteios todo mês era um tema diferente, ele mesmo sorteava e mandava registrar para arquivo fotográfico a imagens das pessoas olhando, pessoas por perto e sorrindo, era um marqueteiro profissional. Desta pessoa só tenho boas lembranças. O homem do povo, amigo de todos que não gostava de gabinete fechado.

                Foi à arte de apertar a mão das pessoas, um simples gesto de cordialidade que adotei também em meu dia a dia, o aperto de mão e a sinceridade do olhar era um ato de espontaneidade que via Carlos Santos fazer todos os dias em que chegava à loja avistão e na rádio Marajoara.

                Este cidadão repassava a cada um de nos funcionários do grupo, gestos tão simples e ao mesmo tempo tão essenciais para todos na nossa vida. Ainda lembro quando este Ex Governador chegava à sede do grupo e cumprimentava um por um, olhava nos olhos e perguntava:

- Tudo bem?

- Como você esta?

              São pequenas coisas que passam em nossa vida e que ficam para sempre, temos que aproveitar esses momentos e absorve-los como lições de vida.

              Tenho boas referencias do gerente da loja senhor Antunes Nunes, evangélico e temente a Deus, era correto e ético, contou-me que foi por muito tempo vendedor depois conseguiu assumir a função de Gerente da loja, com ele aprendi a “ empatia”, ou seja sempre me colocar no lugar do outro, não fazer aos outros o que não quero que faça comigo, desta visão de empatia e seu significado aprendi a “ética” estes tesouros são valiosos para um ser humano.

              O olhar das pessoas é importante compreender e estar atento a todas essas situações, simples coisas que se tornam eternas em nossas mentes como lembranças que ao passar por aquele local esquina da Rua Padre Eutíquio na área comercial de Belém, ainda lembro aos poucos forjava um idealista.

              

 Podemos tolerar a arrogância e a RESISTÊNCIA dos poderosos e dos parlamentares, o que não podemos é DEFRAUDAR a esperança de todo um POVO. Teólogo Leonardo Boff

 REFERÊNCIAS:

Dom Erwin Krautler, Servo de Cristo Jesus, memórias de luta e esperança-2009.

Dom Erwin Krautler, Celebrando a caminhada- Gurupá- 1997

Carlos Borromeu, Cartas Históricas do Xingu-Porto de Moz-1940

História da companhia de Jesus no Brasil/ Serafim Leite-1943.

Charles Wagley, Ita, uma comunidade amazônica: um estudo do homem nos trópicos. Tradução de Clotilde da Silva Costa. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.

Eduardo Galvão, The Religion of an Amazon community: a study in culture ange/ 1952- Universidad Columbia.

Arlene Mari Kelly, Family, Church and Crown: a social and demographic history of the lower Xingu river valley and the municipality of Gurupá, 1623/1889- 1984/ University Of Florida.

Richard Brown Pace, Economic and political change in the Amazonian community of ITA, Brazil/ 1987- University of Florida.

João Felipe Bettendorf, Crônicas dos padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão, Belém- CENTUR/1990.

Regularização Fundiária e Manejo Florestal Comunitário Sistematização de uma experiência inovadora em Gurupá – PA/2006 FASE.


 Em 1652, a Coroa Portuguesa permitiu que os Jesuítas estabelecessem uma missão na Capitania de Gurupá. Os Jesuítas estavam ansiosos por controlar a área, pois sentiam que Gurupá era o portão de entrada para a Amazônia.

1655 Padre Antônio Vieira passou por Gurupá viajando em canoa descoberta anunciando a boa nova.

Em 1655, dois Jesuítas Missionários chegaram a Gurupá, segundo relatórios. Entretanto, a chegada deles provocou HOSTILIDADES entre os colonos, que não queriam admitir a interferência Jesuítas no modo como utilizavam os nativos, no trabalho.

Por volta de 1656, os Jesuítas estabeleceram uma missão, com o nome de São Pedro, próxima ao forte de Gurupá.

Os Frades Capuchinhos da Piedade de São José assumiram a responsabilidade Pastoral da matriz de Santo Antônio de Gurupá em 1692, sendo erguido a segunda Paróquia no Estado do Pará, no mesmo ano Dom Pedro mandou construir um convento no Carrazedo, a cata régia de 19 de março de 1693 confirma as atribuições aos Frades.

1693 é criado Paróquia de Santo Antônio de Gurupá, em 1831 Gurupá pertence a Diocese de Belém e em 1948 é incorporado a Prelazia do Xingu.

Em 1661 a hierarquia jesuíta ordenou ao Padre de Gurupá, na época um alemão chamado BETENDORF, que fugisse dos colonos. Ele escondeu-se na floresta, com dezesseis nativos, por vários meses até que ficassem sem comida. Quando ele retornou a Gurupá, vários moradores tentaram prendê-lo. O Capitão-mor do Forte de Gurupá era a favor dos jesuítas e protegeu o Padre, ele prendeu os principais agitadores anti-jesuítas e mandou enforcá-los, após confessarem-se com Betendorf.


               Quando estive em Altamira estado do Pará pela primeira vez, senti a necessidade de falar sobre está cidade, que se originou de antigas missões jesuítas, pioneiros da civilização que venceram por terra a volta grande do rio Xingu, em meados de 1750.

O Jesuíta austríaco Roque Hunderfund, ousou navegar nas águas do rio Xingu e ultrapassar a grande cachoeira, tornou-se o primeiro desbravador de Altamira.

Depois que os missionários foram expulsos por ordem superior, aquela estrada entre Vitória do Xingu e Altamira foi desaparecendo até o ano de 1868, quando outra missão católica se estabeleceu na região com ajuda dos índios das tribos Tacuuba, Penes e Jurunas, posteriormente fizeram amizades com outras tribos locais: Achipaias, Curiarias, Araras e Carajas, dando inicio a cidade de Altamira graças à valorosa missão comandada pelos frades capuchinhos: Ludovico e Carmelo Mazarino, cuja extensão foi até a margem esquerda do Rio Xingu a foz do rio Ambé.

Segundo vários historiadores e pesquisadores, foi reconstruído o caminho não mais do distrito de Cachoeira e sim da foz do rio Tucurui pelo Major do Exercito Brasileiro Leocácio de Souza que fez uma ariscada expedição mata adentro, desaparecendo na selva.  

Com ajuda de escravos o Coronel Gaiôso refez o caminho da expedição abrindo um pico da foz do rio Juá até o rio Ambé, iniciando uma grande estrada no meio da mata fechada.

Ficando paralisado o trabalho após o ano de 1888 com a Lei Áurea, que libertaria os escravos.

Um baiano chamado Agrário Cavalcante retomou os trabalhos para abertura da estrada, até seu falecimento, ficando responsável pela abertura dos ramais e escoamento da produção na região, seu sobrinho José Porfirio de Miranda Júnior.

Altamira foi incluída ao município de Souzel através da Lei nº 8.111 de 14 de abril de 1874. Sendo o maior município do Estado do Pará, o que exigia que a região do alto Xingu estabelecesse um governo municipal.

Em 1892 Altamira não parava de crescer, começando a se tornar Vila, dando aspecto de cidade, em 1911 foi criada uma comissão para administrar a Vila de Altamira, nomes como Coronel Raimundo de Paula Marques e Major Pedro de Oliveira lemos eram influentes comerciantes na época.

Devido a extensão territorial e a falta de comunicação com a região via marítima, o próprio Coronel José Porfirio de Miranda Junior defendeu a desmembramento de Souzel, assim o município foi criado pela Lei Estadual nº 1.234 de 6 de novembro de 1911, data de sua emancipação na categoria de cidade somente pela Lei nº 1604 de 27 de setembro de 1917.

Em 1940 a região torna-se um núcleo de exploração de suas riquezas naturais, expedições, concentrando-se os famosos “soldados da borracha”, garimpeiros e êxodo rural.

Aquela região cresceu de forma espantosa alicerçada através do sistema do aviamento e da própria navegação em seus rios, a busca do minério dourado, mortes violentas nas florestas cercadas por etnias indígenas.      

Em 1950 entre conflitos agrários e o declínio econômico com a queda do preço da borracha, a pirataria dos segredos da mata fechada, caçadores e seu comercio de peles de animais, pesca predatória e o enfrentamento ariscado com os índios ao entrar em lugares considerados sagrados pelos indígenas na região.        

Em 1970 houve a abertura da rodovia Transamazônica onde foi implantada pelo Governo Federal na época uma politica de colonização da Amazônia.

Uma fase marcada por ocupações de extensas terras, para uso agropecuário, colonizando ocupações sem uso, devastando e interferindo na pacata vida indígena.        

Era necessário preencher os chamados vazios demográficos. Intensificada pelo Programa de Integração Nacional, iniciado pelos órgãos: SUDAM e do BASA.        

Apesar do crescimento populacional possuindo menos de 6 mil habitantes, migrantes de todos os estados brasileiros,

Foi um crescimento rápido e desordenado, em 1974 foi apresentado pelo Governo Federal uma politica de concentração de polos agropecuários e agro minerais, tornando-se um polo direcionado as empresas agropecuárias.       

Um processo de ocupação desastroso nas áreas alagadas ao redor da cidade, tornando uma espécie de periferia urbana, surgindo novos bairros habitados por ex-colonos empregados e assalariado urbanos rurais.      

Em 1991 a cidade de Altamira possuía mais 50 mil habitantes,  já década 2000 houve um grande salto econômico e social com uma população de mais de 70 mil habitantes.      

No ano de 2010 com o inicio das obras de Belo Monte o município ficaria marcado por uma nova fase de ocupação da cidade, com muitas oportunidades de emprego, em contra mão as populações atingidas diretamente pela barragem com o enchimento do reservatório e as populações indígenas, seriam temas de grandes debates.