Poema de sangue
Numa
época em que o ser humano de cor diferenciada era tratado de forma desumana.
Eram presos a espera da liberdade.
Tirados
de suas famílias, levados em porões de navios.
Vendidos
como bicho. Exposto e torturado pelo seu “senhor”.
Chicoteados
na presença de outros escravos.
Sob
ordem do dono da fazenda.
Era assim o cotidiano de Gurupá Mirí na época
de Pedro Lima.
Que se dizia através de supostas cartas de
sesmaria proprietário destas terras.
Tinha uma fazenda e comprava escravos do
municipio de Mazagão e revendia para outros senhores.
O
sangue escorria nos corpos desses angolanos
Era
jogado vinagre e sal.
Castigo
severo para os que amanheciam doentes e não trabalhavam Até o dia da libertação
através de escravos que fugiram para Jocojó e dali se espalharam.
Ali se estabeleceram com proteção de Antônio
do manituba. Segundo relatos passados por gerações.
Quem
vai a Gurupá Mirí não sabe que ali foi um palco de tortura e agressões no
passado.
Vivencia
pela centenária sumaúma, testemunha intacta de tantos cotidianos.
Autor:
Gilvandro Torres-2015
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