sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Poema de sangue

 

Numa época em que o ser humano de cor diferenciada era tratado de forma desumana. Eram presos a espera da liberdade.

Tirados de suas famílias, levados em porões de navios.

Vendidos como bicho. Exposto e torturado pelo seu “senhor”.

Chicoteados na presença de outros escravos.

Sob ordem do dono da fazenda.

 Era assim o cotidiano de Gurupá Mirí na época de Pedro Lima.

 Que se dizia através de supostas cartas de sesmaria proprietário destas terras.

 Tinha uma fazenda e comprava escravos do municipio de Mazagão e revendia para outros senhores.

O sangue escorria nos corpos desses angolanos

Era jogado vinagre e sal.

Castigo severo para os que amanheciam doentes e não trabalhavam Até o dia da libertação através de escravos que fugiram para Jocojó e dali se espalharam.

 Ali se estabeleceram com proteção de Antônio do manituba. Segundo relatos passados por gerações.

Quem vai a Gurupá Mirí não sabe que ali foi um palco de tortura e agressões no passado.

Vivencia pela centenária sumaúma, testemunha intacta de tantos cotidianos.

Autor: Gilvandro Torres-2015

 

 


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