Em dezembro de 2021 visitei a cidade de
Manaus com a família, coletei informações históricas e culturais, do estado do
Amazonas, visitamos a aldeia indígena dos Tuyuka são um dos povos da família
linguística Tukano Oriental do Noroeste Amazônico, habitando a fronteira entre
o Brasil e Colômbia.
Um historiador deve e pode aproveitar suas férias para
disseminar a conhecimentos de outros povos para compreender melhor o meio em
que vive.
Durante a minha primeira viagem a Manaus
fomos de avião de Belém para Manaus aproximadamente duas horas de voo, e no
retorno a Gurupá fomos de ferry boaty de Manaus-AM a Gurupá-PA lindas paisagens
a ser navegado pelo Rio Amazonas entre as cidades que passamos Itacoatiara-AM,
Parintins-AM, Juruti-PA, Óbidos-PA, Santarém-PA, Monte Alegre-PA, Prainha-PA, Almeirim-PA
e finalmente Gurupá a viagem durou 51 horas via marítima.
Vi de perto o
encontro das águas do Rio Solimões é um nome brasílico frequentemente dado ao
trecho superior do rio Amazonas no Brasil, desde sua confluência com o rio
Negro até a tríplice fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia.
O nome foi
dado pelos cronistas ibéricos na época do descobrimento por não possuírem de
conhecimento e equipamentos suficientes para a navegação na região, a fim de
facilitar suas entradas no reconhecimento das regiões compreendidas pelo grande
rio.
E do rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na
Amazônia, na América do Sul.
É o sétimo maior rio do mundo em volume de água.
Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica. Conecta-se com o
Orinoco através do canal do Cassiquiare.
Na Colômbia, onde tem a sua nascente,
é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o rio Branco e o rio
Vaupés. Disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare. Drena a
região leste dos Andes na Colômbia.
Após passar por Manaus, une-se ao rio
Solimões e, a partir dessa união, este último passa a chamar-se rio Amazonas.
Vi de perto a grandeza da árvore Samaúma da
Amazônia, os indígenas da Amazónia consideram-na a "mãe-das-árvores",
as suas raízes tubulares são também chamadas de sapopembas, que em determinadas
épocas rebentam irrigando toda a área em torno dela e o reino vegetal que a
circunda.
É conhecida como "Árvore da Vida" ou a "escada do
céu", o seu diâmetro de porte belo e majestoso unido às sapopemas
(raízes), muitas vezes formam verdadeiros compartimentos, transformados em
habitações pelos indígenas, sua altura,
porte e beleza é o destaque na imensidão da flora amazónica.
Visitei O Teatro Amazonas é um dos mais
importantes teatros do Brasil e o principal cartão-postal da cidade de Manaus.
Localizado no Centro Histórico, foi inaugurado
em 1896 para atender ao desejo da elite amazonense da época, que idealizava a
cidade à altura dos grandes centros culturais.
De estilo renascentista entorno
de sua estrutura externa com os detalhes únicos na sua cúpula, tornou-se o
maior símbolo cultural de Manaus, e uma das expressões arquitetônicas
responsáveis pela fama da cidade de Paris dos Trópicos.
Por ser uma obra
singular no país e representar o apogeu de Manaus durante o ciclo da borracha,
foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1966.
O Ciclo da
Borracha corresponde ao período da história brasileira em que a extração e
comercialização de látex para produção da borracha foram atividades basilares
da economia.
De fato, ocorreram na região central da floresta amazônica, entre
os anos de 1879 e 1912, revigorando-se por pouco tempo entre 1942 e 1945.
Na
Amazônia a belle époque deu-se pela riqueza proveniente da extração do látex
que era extraído da árvore havea
brasiliensis, e o período entre 1870 e 1913, foi uma época sem igual para as
cidades de Belém e de Manaus, os centros da economia da borracha.
O Teatro Amazonas tem uma importância
significativa na construção da identidade histórica de Manaus, pois resgata a
memória Cultural e possibilita a
tentativa de vislumbre de parte do cotidiano daqueles que construíram o teatro
Amazonas.
Conheci também o município de Presidente Figueiredo no Estado do
Amazonas, foi criado no ano de 1981 e recebeu este nome em homenagem ao
primeiro Presidente da Província do Amazonas, João Baptista de Figueiredo
Tenreiro Aranha.
Localizado na região metropolitana de Manaus, com acesso pela BR- 174, tem
reservas ecológicas, indígena, mineração, hidroelétrica e uma floresta com várias cachoeiras.
A BR-174 é a principal rodovia
existente na localidade, sendo responsável por interligar Manaus-AM e Boa
Vista, capital do Estado de Roraima.
O município está a Usina Hidrelétrica de
Balbina, cuja obra foi criticada pelos impactos
sobre as populações tradicionais, a
hidrelétrica é a única no Estado do Amazonas.
A capital do Estado do Amazonas é considerada
a mais importante do país, e também é vista como uma oportunidade de entender
melhor o nosso passado. Manaus já foi uma das mais importantes e desenvolvidas
capitais do nosso país, tendo sido inclusive a primeira cidade brasileira a ter
energia elétrica.
A natureza dentro da área urbana na cidade de
Manaus principalmente nos parques que foram preservados, como a
Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Bosque da Ciência,
calçadão da Ponta Negra, onde o belíssimo Rio Negro aponta um novo
horizonte manauara.
Dos tempos áureos da borracha restou o
esplendor de construções históricas como o impressionante Mercado
Municipal Adolpho Lisboa, também conhecido como Mercadão, está localizado às
margens do rio Negro, no Centro da cidade de Manaus, capital do estado do
Amazonas.
Construído durante o ciclo da borracha com material importado da
Europa, sua estrutura em ferro fundido foi projetada pelo engenheiro francês
Gustave Eiffel, o mesmo que projetou e deu seu nome à famosa Torre Eiffel de
Paris. Arena da Amazônia, uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014.
Conheci
vários bairros tradicionais de Manaus, vivi uma grande experiência cultural para
toda vida em terras do Estado Amazonas.
Citando
o poeta latino americano Eduardo Galeano. Ao falar sobre o sentido da luta e
para que serve a utopia respondeu: A utopia esta la no horizonte. Me aproximo dois passos ela se afasta dois
passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu
caminhe, jamais alcançarei. Para quer serve a utopia? Serve para isso: para que
eu não deixe de caminhar.
GILVANDRO TORRES