quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

187 anos da revolução da Cabanagem

 Hoje completam-se 187 anos da revolução da Cabanagem. Em 1835 os Cabanos liderados por Antônio Vinagre tomaram a cidade de Belém e mataram o então Presidente da Província Lobo de Sousa. Começou aí o período do Governo Cabano, que separou o Grão Pará do Império do Brasil.

Mesmo sendo a maior revolução popular do Brasil, a cabanagem é pouco conhecida pelos brasileiros.

Quando Belém foi retomada em 1836, os dois primeiros Governadores cabanos estavam mortos e Angelim, o terceiro Governador, já não controlava as massas cabanas. Ao trair as principais reivindicações dos rebeldes, foi abandonado enquanto tentava negociar sua deposição.

Os cabanos, entretanto, negaram-se a entregar as armas, embrenhando-se nos rios e florestas da Amazônia.
A população do Estado do Pará era de 119.877 habitantes na época, sendo 32.751 indígenas, 29.977 escravos negros, 42 mil mestiços.
Três grandes nações indígenas participaram da cabanagem: Mawé, Mura, Mundurucu.
A Cabanagem foi contada pelos livros como ações criminosas em uma visão elitistas. Depois, tentaram apagar dos livros, razão pela qual muitos não sabe objetivo da revolução da cabanagem, inclusive na própria Amazônia muitos desconhecem.
O nome Cabanagem se deve ao tipo de moradia da população ribeirinha, uma espécie de cabana sobre estacas (palafita).



Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues.
Livros:
O negro no Pará – Sob o regime da escravidão
Vicente Salles.
Cabanagem, o povo no poder. São Paulo: Brasiliense, 1984. José Júlio Chiavenato.
A Revolução dos Cabanos. Belém-PA, 2004. Aécio Palheta.
Cabanos! Novela histórica. Carlos Arruda.
Texto:
“História e memórias da cabanagem no baixo amazonas”
Prof. Dr. Frei Florêncio Almeida Vaz.
Documentário:
A Revolta dos Cabanos
Direção: Renato Barbiere

MEMORIAL DA CABANAGEM

O Memorial da Cabanagem é um monumento de 15 metros de altura por 20 de comprimento, todo em concreto, erguido no complexo do entroncamento, Belém/Pa. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer a pedido do então governador do Pará Jader Barbalho, o monumento foi construído para compor as comemorações do sesquicentenário da Cabanagem, que aconteceu em 7 de janeiro de 1985. 
Esteticamente a obra pode ser definida como uma rampa elevada em direção ao céu com uma inclinação acentuada apontando para um ponto sem fim, tendo no meio uma "fratura", um pedaço do monumento que jaz no chão.
 
A rampa elevada em direção ao céu representa a grandiosidade da revolta popular que chegou muito perto de atingir seus objetivos e a "fratura" faz alusão à ruptura do processo revolucionário. 
Mas embora tenha sido sufocada, a Cabanagem permanece viva na memória do povo, por isso, o bloco continua subindo para o infinito, simbolizando que a essência, os ideais e a luta cabana continuam latentes na história do país.

FONTE:
http://adilson-moreira.blogspot.com/2009/07/cabanagem-revolucao-popular-1835-1840.html


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