terça-feira, 18 de junho de 2024

 

RESUMO SOBRE A VIDA DE PEDRO TEIXEIRA, QUANDO PASSOU POR GURUPÁ

Após a expulsão destes, em fins de 1615, a Coroa Portuguesa determinou o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar a sua posse sobre a região. 

Uma expedição de três embarcações, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, foi enviada, nela seguindo o então alferes Pedro Teixeira. 

A 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram na baía de Guajará onde, numa ponta de terra, foi fundado o Forte do Presépio, núcleo da atual cidade de Belém do Pará. 

Em 1625 lutou contra os neerlandeses que estavam em um forte no rio Xingu e os ingleses ao longo da margem esquerda do rio Amazonas. 

Em 1626 subiu o rio Tapajós atrás dos Tupinambás para o comércio de escravos. 

Em 1627, frei Vicente do Salvador, na sua obra "Historia do Brazil", destacou a sua atuação.

Em 25 de Julho de 1637, chefiou uma expedição partindo do Maranhão, com 45 canoas, setenta soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do rio Amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano Atlântico e o Peru, rota percorrida no século anterior por Francisco de Orellana. Seu destino final foi Quito, no Equador.

 Fundou Franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. 

A viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641. 

Como reconhecimento por sua extensa lista de serviços prestados na conquista da Amazônia brasileira, foi agraciado com o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará. 

Tomou posse em fevereiro de 1640, mas a sua gestão foi curta, tendo durado apenas até Maio de 1641, vindo a falecer em Julho desse mesmo ano.

 

PEDRO TEIXEIRA E SUA EXPEDIÇÃO

A expedição de Pedro Teixeira e o "Tesouro Escondido" De Gurupá partiu, em outubro de 1637, comandada por Pedro Teixeira, uma expedição oficial com o objetivo de explorar um rio dominado por mulheres cavaleiras e guerreiras - o rio das Amazonas. 

Esta incursão, considerada por muitos como a maior façanha sertanista da região, contava com 47 grandes canoas, 70 soldados e 1200 índios flecheiros.

Observando a área, Teixeira buscou viabilizar o acesso à região peruana por via atlântica.

Neste trajeto, Belém seria a porta de entrada e, por isto mesmo, deveria ser muito bem guardada. 

A expedição - composta, entre outros, pelo cronista Maurício de Heriarte e alguns religiosos importantes, como o capelão franciscano Agostinho das Chagas - subiu os rios Amazonas e Negro onde deixou parte do grupo. Prosseguindo, alcançou Quito, em outubro de 1638. 

Pedro Teixeira tomava posse das terras em nome do rei de Portugal, embora este Reino ainda estivesse sob o domínio espanhol. 

Favorecidos pelas boas condições de navegação, aqueles homens aventureiros deparavam-se a todo instante com riquezas naturais da flora amazônica como o urucu, primeira especiaria a ser exportada para a Europa. 

Pousavam onde era possível, conduzidos por índios remeiros, montando acampamentos improvisados e navegando sempre nas mesmas horas do dia. 

Já na viagem de volta, em uma das margens do Rio Napo, na confluência com o Rio Aguarico, Pedro Teixeira fundou o povoado da Franciscana (16 de agosto de 1639) que, conforme as instruções que constavam no seu Regimento, deveria servir (...) "de baliza aos domínios das duas Coroas (de Espanha e Portugal)". Esta expedição foi descrita no livro Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas, editado em Madri em 1641. 

O governo espanhol mandou imediatamente recolher e destruir a publicação. 

Preocupava-se com a divulgação da rota para as minas peruanas e com as pretensões territoriais portuguesas relacionadas à sua Colônia na América, sobretudo no momento da Restauração. 

Esta medida, entretanto, não impediu que, mais tarde, a expedição de Pedro Teixeira fosse usada pela Coroa lusitana para reivindicar a posse da Amazônia. 

Vista por outro ângulo esta incursão deu condições, pelo menos no que se refere à identificação do território, para a ocupação do Vale do Amazonas, através da instalação de fortes e missões religiosas nas margens dos rios. 

No entanto, para o padre João Daniel, que ali já vivia, o verdadeiro "tesouro escondido" eram os nativos, cujas almas podiam ser convertidas. Alguns capitães e sertanistas experientes, como Antônio Raposo Tavares, Manuel Coelho e Francisco de Melo Palheta, passaram a percorrer o Amazonas e seus afluentes descobrindo comunicações fluviais, atingindo aldeamentos espanhóis na região oriental da Bolívia, e coletando sem cessar as especiarias, com ajuda dos nativos. 

Também estabeleceram algumas feitorias e postos de pesca. 

Combateram e foram combatidos por diversas tribos; vencedores, escravizaram milhares de indígenas.

As atividades desenvolvidas por sertanistas e capitães, assim como por franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas, foram importantes na expansão territorial, na conquista e na consolidação do domínio português.

 As relações amistosas entre holandeses e os indígenas  eram harmoniosas, os índios produziam e os Mercadores Holandeses que compravam na base da troca, escambo tradicional. 

Os holandeses seguiram os indígenas e irlandeses que desde o século XVII já tinha estabelecido feitorias na região. 

A plantação do tabaco era menina dos olhos dos mercadores, pois era uma planta que crescia rápido e dava retorno imediato. 

O delta do rio amazonas, apesar de ser conhecido pelos navegadores europeus desde a viagem de Orellana em 1541, outras expedições de exploradores como John Ley, que gradualmente chegou ao rio Xingu, depois de fazer feitorias os navios holandeses abasteciam as feitorias dos irlandeses e ingleses e transportavam para Europa os produtos, segundo fontes histórica produziam algodão, urucu e tabaco. 

Tinham objetivos comerciais, investiam dinheiro na armação dos barcos e queria lucro rápido, o tabaco era um caso especifico onde o hábito de fumar criou uma demanda alta na Inglaterra e Holanda. 

O cultivo da plantação e maneira de preparar na forma que estava demandando o mercado com rolos de tabacos fermentado, foi ensinado para os indígenas, um panfleto anônimo datado no ano de 1676 foi encontrado e preservado na Holanda que descreve sobre a plantação de tabaco, deve começar antes do tempo da chuva; a semente boa deve estar pronta, os canteiros protegidos contra as formigas, a alguns relatos de africanos da Angola, trabalhando como escravos nos fortes holandeses no Xingu. Dr. LodewijkHulsman, com vários estudos publicados sobre a relação de índios e holandeses no brasil, descreve que o delta do rio amazonas tinha se transformado num campo de batalha onde forças portuguesas atacavam os assentamentos dos estrangeiros, os valões preferiam ficar longe dos portugueses, que já haviam destruídos dois fortes no rio Xingu, incluindo Mariocai.










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MINHAS PESQUISAS

SOBRE GURUPÁ AOS 18 ANOS

No ano de 1998 pesquisei no rio Mararú na zona rural de Gurupá a extração de açaí, depois da decadência da produção de palmito em conserva e da exploração de madeira, a ausência das fabricas e madeireiras, veio o novo eldorado o ouro dos gurupaense. 

A colheita do açaí é praticada por muitas famílias, sendo destinado ao consumo familiar como para a venda, utilizando mão de obra na sua grande maioria masculina normalmente jovem. 

O trabalho é frequentemente realizado por duas pessoas, uma para subir nos açaizeiros e colher os cachos e outra para debulhar os frutos, colocando o açaí em peneiros. 

Quando para o consumo, em que a quantidade colhida é menor, os cachos podem ser debulhados em casa com a ajuda das mulheres. 

Muitas crianças (meninos, principalmente) a partir dos 12 anos, já participam desta atividade, tendo a vantagem de poder subir nos açaizeiros mais finos que não suportariam o peso de um adulto. 

Os açaizais de onde se extraí o fruto situam-se principalmente nas margens dos rios e igarapés, 

Mais só depois da organização do sindicato dos trabalhadores rurais de Gurupá, os posseiros passaram a ter consciência ambiental. 

Nestas limpezas de açaizal, a área é roçada, retiram-se cipós e plantas trepadeiras agarradas às touceiras do açaizeiro, cortam-se os estipes mais altos, que já não suportam o peso de uma pessoa, permitindo-se assim uma maior penetração dos raios do sol. 

No passado houve intensa extração de palmito por palmiteiros as áreas de açaizais foram muito reduzidas, com isto poucas famílias dispõem de uma produção suficiente para a comercialização.

A safra do açaí, nesta região ocorre de março a agosto, a presença de marreteiros, no período da safra percorrem o rio Mararú comprando o açaí que é destinado principalmente ao mercado de Breves. 

Estes atravessadores entregam os paneiros na tarde do dia anterior ou pela manhã e recolhem a produção nos portos das casas até o início da tarde, aproveitando para vender alguma mercadoria. 

O preço pago pela lata do fruto de açaí é bastante variável de atravessador para atravessador variando até numa mesma de localidade. 

A venda do açaí, principalmente no início da safra, quando os preços são mais elevados, permite às famílias a acumulação de capital suficiente para a realização de investimentos, como motores a óleo diesel que serve de gerador de luz, motores rabeta para pequenas embarcações e aquisição de parabólica, produtos de serventia ao modo de vida dos ribeirinhos. 

Quando viajava no barco da família observava grandes geleiras ancoradas às margens do canal de Gurupá, barco de menor porte adaptados a barcos de pesca com redes de pesca, as atividade pesqueira no município de Gurupá no ano de 1998, nesta época é caracterizada de forma artesanal, onde os transportes utilizados para pescar e para se locomover são o barco (com capacidade de armazenamento de aproximadamente de uma tonelada), o casco ou canoas (praticamente todas as casas possuem em torno de uma ou duas canoas para seu transporte); 

Hoje é raro encontra esse tipo de transporte, nos trapiches, encontra-se uma nova embarcação popularizada com “catraia”, uma embarcação pequena embutida por um motor rabeta de 5hp, por sinal muito veloz, nos rios da grande ilha de Gurupá. 

A atividade pesqueira em Gurupá é voltada ao consumo familiar e a comercialização, sendo afetada por pescadores de outros municípios. 

Os peixes capturados que ganham expressivo destaque à comercialização são os grandes bagres migradores: dourada (Brachyplatystoma rousseauxii), piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii) filhote (Brachyplatystoma filamentosum), e independente de não ser bagre a sarda (Sarda sarda), a pescada (Plagioscion spp.) e o pacu (Methynnis spp.) também ganha espaço neste cenário, porém em menor dimensão. 

Pesca-se também o aracu (Leoporinus agassi) e o acará (Aequidens spp.), contudo são destinados ao consumo familiar e comercializados em pequena escala no mercado municipal. 

Ocorre também a pesca do camarão regional (Macrobrachium amazonicum), que nos períodos de junho a dezembro. 

É realizada, sobretudo com matapi, uma armadilha de talas de jupati (Raphia vinifer) que juntamente com uma isca feita de farelo de babaçu (Orbinya speciosa) a “poqueca” serve à captura de camarão. Estes matapis são confeccionados na própria região, 

Destacam-se também para a pesca de peixes no igarapé denominada tapagem com malhadeiras e pari( feito de tala de bambu, tecido com cipó), esta pesca artesanal é feita por familiares e membros da comunidade. 

Foi com 18 anos de idade em uma viagem de mais de 24 horas de Belém para Gurupá, de barco, deitado na rede, passando pelas belezas da ilha do Marajó, em Breves e seus rios e estreitos, movimentados de barcos de diferentes calados, vilas e povoados, casas cobertas de palha à beira do rio.

diário pessoal de GILVANDRO TORRES

 



HISTÓRIAS DE SÃO BENEDITO DE GURUPÁ

Dona Felícia, faleceu com 103 anos de idade, genitora de José Libânio de Souza Pará( Zeca Pará), que era Advogado e foi Adjunto de Promotor em Gurupá.

Contava que a imagem de são Benedito todo ano era pintada na capital paraense, a imagem era retirado do altar e levado em canoas a vela, próximo ao mês de dezembro como era de costume. 

Segundo a historia, o barco que estava ancorado no porto de Belém, que sairia com destino a Gurupá, quando chegou próximo ao horário de sair um certo senhor moreno com poucas roupas, perguntou se poderiam vender uma passagem para tal destino, com a resposta dos tripulantes positiva, o certo homem calmamente entrou no barco a vela, seriam longos dias até o destino.

Ao saírem de Belém já ao entardecer, os tripulantes com sono e certo passageiro perguntou se quisessem dormir, que ele conhecia a rota e sabia pilotar o barco, todos ao concordarem foram dormi. 

Quando acordaram já de dia, estavam ancorados na frente da cidade de Gurupá, todos ficaram assustados, porque a vigem durava dias. 

O barco estava ancorado na frente da igreja matriz, o zelador da igreja ao fazer a limpeza da igreja ficou surpreso ao ver a imagem de são Benedito no altor, como a mesma estava em Belém para ser restaurada, foi em direção do barco para saber quem havia trazido a imagem e quem colocou no altar, pois a igreja estava fechada e só ele terias as chaves. 

Ao olhar o barco viu os tripulantes no toldo da embarcação e foi indagar a situação, ao conversar com os tripulantes estavam assustados e surpresos por estarão ali, então perceberam que o passageiro era São Benedito, que veio com eles.

O zelador tocou os sinos e avisou a todos que a imagem de São Benedito tinha chegado, em poucas horas todos estavam na igreja louvando tal fato com milagre.

 


PESQUISA DO MUSEU EMILIO GOLD REVELA GRANDE DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA EM GURUPÁ NO ESTADO DO PARÁ

Gurupá está localizado na confluência dos rios Xingu e Amazonas, no arquipélago do Marajó. 

O município possui pouco mais de 31 mil habitantes (IBGE, 2014) e “já foi uma localidade central nas principais transformações históricas da Amazônia, desde a colonização europeia até a época da borracha, depois da qual houve uma grande decaída populacional e econômica da região. 

Os trabalhos arqueológicos iniciaram na Reserva Ambiental do Jacupi. Helena Lima afirma que a região de Gurupá possui mais de cinquenta sítios arqueológicos identificados e estima que haja um número muito maior de sítios ainda não descobertos. 

Vários materiais já foram coletados como cerâmicas, carvões e amostras de solo, de diversas épocas. 

Há vestígios de povos desde antes da chegada dos europeus à Amazônia até períodos mais recentes. 

Os materiais coletados foram trazidos para a Reserva Arqueológica do Museu Goeldi onde se encontram em análise. 
Apesar de recentes, os estudos já possibilitam inferir algumas informações surpreendentes.

As cerâmicas, por exemplo, apresentam traços estilísticos que mostram contatos culturais com povos do norte da América do Sul. 

Isso é muito interessante porque a arqueologia vinha falando de fluxos estilísticos no sentido leste-oeste, ao longo do Rio Amazonas. 

Mas, ao contrário do que se imaginava em Gurupá, a cerâmica mostra uma circulação de informações no sentido norte-sul, passando pelas Guianas e Amapá e indo até o rio Xingu, atingindo regiões como a Volta Grande. 

As pesquisas arqueológicas também demonstram que nós ainda temos muito para aprender sobre sustentabilidade com as populações nativas que habitaram a Amazônia. 

Um exemplo são as chamadas terras pretas antropogênicas, solos férteis de coloração escura que não existem na natureza por si só, e são resultado de trabalho humano realizado há centenas e até milhares de anos atrás. 

Existem várias áreas de terra preta em toda a Amazônia, com tamanho variando de poucos metros quadrados a muitos hectares. 

Sítios grandes em Gurupá mostram intensidade de ação humana e vários locais onde essa terra preta era formada.

 


PADRE ANTONIO VIEIRA, MAIOR MISSIONÁRIO DA AMAZÔNIA, PASSOU POR GURUPÁ EM 1655

Padre Antônio Vieira Certamente, lá pelo ano de 1655, passou por Gurupá o maior missionário da Amazônia, o Padre Antônio Vieira. 

Viajava semanas e semanas em canoa descoberta, impelido pelo desejo de anunciar a Boa Nova e dar a sua vida pelos indígenas. 

A intransigente defesa destes povos criou-lhe inimigos ferozes que não descansaram até que o vissem por detrás das grades. 

Em 17 de julho de 1661, o Padre Antônio Vieira é preso no Colégio Santo Alexandre em Belém. 

Primeiro é mantido incomunicável em prisão domiciliar da Ermida São João Batista, no mesmo lugar, onde hoje, na Cidade Velha de Belém, se encontra a Igrejinha dedicada ao Precursor do Senhor. 

Finalmente é expulso do Brasil, chegando a Lisboa após inúmeros perigos do mar. “Foi condenado à privação de pregar e a voz ativa e passiva para sempre e à reclusão, por tempo indeterminado, numa casa da Companhia.

 Gurupá é um pedaço da história do Brasil, do Pará, e principalmente da Amazônia, foi um dos primeiros povoados a se constituir em meio à floresta, é uma cidade privilegiada, além de está no coração da Amazônia carrega em suas raízes a força de um povo lutador. 

A História de Gurupá é marcado por lutas e conquistas desde seu povoamento, foi palco de grandes batalhas os Mariocay, por isso o povo de Gurupá traz em suas raízes essa resistência. 

É um povo que luta pelos seus ideais, percebemos isso no decorrer de sua história, seja na época dos estrangeiros, na época da borracha contra os patrões, ou na luta dos trabalhadores rurais em prol de seus direitos. 

Essa história de luta e resistência se reflete nas múltiplas organizações criadas em Gurupá, como as CEBS (comunidade eclesiais de base), as associações, partidos políticos, sindicatos, pastorais, etc.



 

A EXTRAÇÃO DE AÇAÍ EM GURUPÁ EM 1999

No ano de 1999 pesquisei no rio Mararú na zona rural de Gurupá a extração de açaí, depois da decadência da produção de palmito em conserva e da exploração de madeira, a ausência das fabricas e madeireiras, veio o novo eldorado o OURO DOS GURUPAENSE. 

A colheita do açaí é praticada por muitas famílias, sendo destinado ao consumo familiar como para a venda, utilizando mão de obra na sua grande maioria masculina normalmente jovem. 

O trabalho é frequentemente realizado por duas pessoas, uma para subir nos AÇAIZEIROS e colher os cachos e outra para debulhar os frutos, colocando o açaí em paneiros. 

Quando para o consumo, em que a quantidade colhida é menor, os cachos podem ser debulhados em casa com a ajuda das mulheres. 

Muitas crianças já participam desta atividade, tendo a vantagem de poder subir nos açaizeiros mais finos que não suportariam o peso de um adulto. 

Os açaizais de onde se extraí o fruto situam-se principalmente nas margens dos rios e igarapés, 

Nestas limpezas de açaizal, a área é roçada, retiram-se cipós e plantas trepadeiras agarradas às touceiras do açaizeiro, cortam-se os estipes mais altos, que já não suportam o peso de uma pessoa, permitindo-se assim uma maior penetração dos raios do sol. 

No passado houve intensa extração de palmito por palmiteiros as áreas de açaizais foram muito reduzidas, com isto poucas famílias dispõem de uma produção suficiente para a comercialização. 

A safra do açaí, nesta região ocorre de março a agosto, a presença de atravessadores, no período da safra percorrem o rio Mararú comprando o açaí que é destinado principalmente ao mercado de Breves. 

Estes atravessadores entregam os paneiros na tarde do dia anterior ou pela manhã e recolhem a produção nos portos das casas até o início da tarde, aproveitando para vender alguma mercadoria. 

O preço pago pela lata do fruto de açaí é bastante variável de atravessador para atravessador variando até numa mesma de localidade. 

A venda do açaí, principalmente no início da safra, quando os preços são mais elevados, permite às famílias a acumulação de capital suficiente para a realização de investimentos, como motores a óleo diesel que serve de gerador de luz, motores rabeta para pequenas embarcações e aquisição de parabólica, produtos de serventia ao modo de vida dos ribeirinhos.



 Uma beleza de estrema grandeza da mata de várzea. às margens do rio amazonas, suas águas amareladas é tão volumosa repleta de canais e palafitas, é uma viagem cansativa pelo fato de você passar muito tempo no barco mais é uma beleza a cada instante em cada cena que podemos ver as belezas interioranas. 

Recordações de Gurupá, quando tinha dezoito anos de idade eu conheci naquele povo a beleza exótica de uma cultura unindo o passado com o presente, minha origem onde jamais neguei e às vezes fico com os olhos cheios de lágrimas, toda vez que me lembro desse tempo que passei lá, toda vez que vejo o mar vem em minha lembrança às embarcações, casas de madeiras sobre palafitas, paisagens naturais e relembro com emoção tudo que vivi logo eu que sempre fui urbano e de repente me vi na zona rural, cercado por uma beleza incomensurável, com pessoas e estilos de vida completamente diferente do meu, foi um tempo de aprendizagem.



 Eu busquei uma reflexão entre um desenvolvimento sem agressão aquele meio ambiente em que vivíamos, é um grande desafio começar a pensar e cuidar de tudo aquilo que é essencial ao povo, plantar, manejar e ter consciência que temos que preservar uma imensidão de verde, matas fechadas e rios, uma divisão com os contrastes de serrarias clandestinas, desmatamento, queimadas e latifundiários improdutivos, isso ofende a biodiversidade, causa impacto ao mundo todo, essa é a consciência que devemos colocar as futuras gerações que a floresta em pé dá mais lucro que derrubada.



 

FATOS QUE ACONTECERAM EM GURUPÁ NO DISTRITO DE ITATUPÃ

Monstro de Gurupá O cidadão José do Nascimento dos Santos, vulgo Zé Dino, este que para muitos é considerado o monstro de Gurupá, foi autor de um ato considerado desumano e reprovado perante a sociedade. 

Ao decorrer dos anos, este cidadão levava seus filhos para extração de palmito na mata de várzea, em dado momento mandava seus filhos masculinos para outra rota no meio da mata, ficando apenas com uma de suas filhas, que submetia a abusos sexuais desde os 12 anos, ameaçando a mesma e mantendo relações sexuais com o próprio genitor. 

Ao completar 17 anos a filha que foi abusada desde os 12 anos fugiu de casa e constituiu família, mais ao tomar conhecimento que sua irmã menor estaria sendo vitima também dos abusos pelo próprio pai e com cumplicidade de sua genitora. 

A genitora era alcoólatra e fingia não saber da situação, todos na comunidade perceberam e denunciaram, em relatos verídicos sabe-se que a filhas menor teria engravidado três vezes e abortado e Zé Dino teria enterrado vivo as criança no próprio quintal.

As crianças chorando muito foram enterradas, com cumplicidade da própria genitora, ocorreu a prisão preventiva do acusado que confessou com riqueza de detalhe os fatos. 

Em 2014 foi julgado em júri popular foi condenado, o distrito do Itatupá teve essa triste historia verídica que será contata por muitas gerações. Fonte: período cedido a PJ-GURUPÁ, participei como Auxiliar do Promotor de Justiça Dr, Cezar Augusto dos Santos Motta.

 

Andar pelas ruas de Gurupá é sentir nossa cultura. 

Passear pelo Forte de Santo Antônio de Gurupá Fazem desta cidade uma fonte inesgotável de cultura. 

Poetizar Gurupá é algo fantástico, um sentimento de descoberta de uma cidade de cores, cheiros e fé. 

A diversidade cultural, a farinha de tapioca do Bacá o açaí do Rio Mojú. 

O vento do Amazonas, na hidroviária;

A feira dos sábados e quartas, esquina com a praça Oscar Santos;

O recanto dos poetas no bar do ver o rio, sem contar com o por do sol do forte, é sem duvida minha inspiração poética, como Ruy Barata dizia: “tudo que amei estava aqui.”