segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

 

Como o primeiro Gurupaense que vai tomar Posse Academia Marajoara de letras, estou muito feliz. É um momento ímpar na minha vida como Escritor, mas também um grande compromisso, porque a Academia tem no seu estatuto o compromisso com  a cultura do Estado do Pará.

E eu chego aqui exatamente com essa missão de dar seguimento aos projetos que já tem no âmbito de divulgar sobre nossa terra em especial as belezas naturais e culturais da cidade de Gurupá.

POSSE como Membro

Local: Cidade de Ponta de Pedra- Ilha do Marajó

Dia: 24/02/2024


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

1º Dia da Reunião Ordinária do Conselho da Paróquia Sto. Antônio de Gurupá- Diocese de Xingu/Altamira.
Momento de VER( A REALIDADE HOJE! ), elaborar e construir o plano de ação do Conselho Paroquial para o ano de 2024.
Com objetivo de fortalecer as CEBs e todos gestos de partilha solidária como Igreja em Saída e Sinodal comprometida com o Evangelho de Cristo Redentor.








quarta-feira, 24 de janeiro de 2024


 


Defenda sempre o oprimido, ainda que aparentemente ele não tenha razão. 

São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refinada. 

Em todos os setores da sociedade há corruptos e bandidos. 

A diferença é que, na elite, a corrupção se faz com a proteção da lei e os bandidos são defendidos por mecanismos econômicos sofisticados, que permitem que um especulador leve uma nação inteira à penúria.
A vida é o dom maior de Deus.

 A existência da pobreza clama aos céus. 
Não espere jamais ser compreendido por quem favorece a opressão dos pobres(Frei Beto).








 





 


 


 

sábado, 20 de janeiro de 2024


 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

 A FUNDAÇÃO DE BELÉM, e a RESISTÊNCIA DE UM HEROICO POVO TUPINAMBÁ.


A Expedição Militar comandada pelo Capitão FRANCISCO CALDEIRA CASTELO BRANCO, que saiu da Cidade de São Luiz do Maranhão, indo em direção pelo delta do rio amazonas, ancorou as margens da atual Baia do Guajará no dia 12 de janeiro de 1616.

Erguendo Forte Militar do Presépio (forte do castelo) de madeira e taipa, com muro de pedras e canhões em direção do mar. Posteriormente fundou o povoado denominou Santa Maria de Belém. E a região foi chamada Feliz Lusitânia. Os portugueses ao chegarem à região acharam o rio era muito largo e denominarão de GRÃO PARÁ, ou seja, rio mar.

Devido aos abusos cometidos pelos portugueses na busca de mão de obra indígena, diversos grupos INDIGENAS liderados pelo tuxaua GUAIMIABA se reuniram em 1618. Os levantes contra os portugueses se estenderam e, em janeiro de 1619, os Tupinambás atacaram o Forte do Presépio, na cidade de Belém. A morte de Guaimiaba, e mais dois mil guerreiros rebelados contra a dominação portuguesa.

GUAIMIABA morreu bravamente defendendo Mairi, como era DENOMINADA A POVOAÇÃO TUPINAMBÁ onde hoje se encontra a CAPITAL DO ESTADO DO PARÁ.

O Verdadeiro nome da cidade SANTA MARIA DE BELÉM é MAIRI TUPINAMBÁ, moradia dos Tupinambás e Pacajás, comandados pelo cacique Guaimiaba .

Aqueles que sabem da ancestralidade, podem notar a ampla INFLUÊNCIA do TUPINAMBÁ nos NOMES e Lugares da região de Belém, uma prova da ancestralidade desses tempos antigos, numa miríade de nomes como os das ruas dos: JURUNAS, TIMBIRAS, CARIPUNAS, TUPINAMBÁS, MUNDURUCUS, TAMOIOS E APINAGES.

A primeira rua na cidade foi à rua do norte, hoje ladeira do castelo. E o primeiro bairro é a cidade velha, em seguida o bairro da campina, que se se originou as margens do igarapé Pirí.

A expansão da colonização territorial teve vários episódios de combates os conflitos entre colonizadores e os povos originários, transformou-se em várias batalhas sangrentas, ocultada pelas paginas dos LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA.

O norte já estava sendo explorados pelos os holandeses ergueram Fortes COMERCIAIS e MILITARES ao longo do rio Xingu e na cidade de Gurupá.

A língua universal indígena era NHEENGATU, quer dizer língua geral, os indígenas em diferentes dialetos se entediam e posteriormente depois de muitos anos seria essencial para comunicar-se no PERÍODO DA CABANAGEM.

Em maio 1623, junto com LUÍS ARANHA DE VASCONCELOS, AIRES DE SOUZA CHICHORRO E SALVADOR DE MELO, retomou dos holandeses os pontos fortificados de Muturu( rio Xingu) e Mariocay ( atual cidade de Gurupá), próximo á foz do rio Xingu, fundando no lugar o Forte de Santo Antônio de Gurupá, fazendo desta fortaleza a base de apoio para os colonizadores portugueses, expulsando nos anos seguintes os holandeses do Baixo Xingu e do rio Tapajós.

Texto e Pesquisa: GILVANDRO TORRES

Imagem: Belém em 1825, por Johann Baptist von Spix & Carl Friedrich Philipp von Martius.

Referencia: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/.../heranca...

Fonte: História do Pará, autor Paraense: Benedicto Monteiro- editora Amazônia-2006. 
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terça-feira, 2 de janeiro de 2024





 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

A INCRÍVEL conquista luso-brasileira da AMAZÔNIA

sábado, 11 de novembro de 2023

 A FELICIDADE

Aprendemos, no mundo em que estamos, a nos apegar, a termos e possuirmos cada vez mais. COISAS DESSE MUNDO MATERIAL.
Toda pessoa que é apegada a bens é uma pessoa sofrida e machucada, não encontra o sentido de ser feliz. NÃO ENCONTRA O SENTIDO DA VIDA.
Aqui, não é uma questão de ter ou não bens, a questão é onde colocamos o nosso coração. O QUE GUARDAMOS NOSSO CORAÇÃO É O AMOR FRATERNAL.
Não há felicidade na ambição, na cobiça, em ter por ter, e cada vez querer ter mais.
Experimente a felicidade de um coração que sabe PARTILHAR, DIVIDIR E CUIDAR.
Experimente ser feliz. SEJAMOS FIRMES NO ESPERANÇAR.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023



 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

 

Uma igreja aberta para a realidade, através da teologia da libertação que interpreta os ensinamentos de jesus cristo como libertador da opressão e injustiças.

Segundo o teólogo professor Leonardo Boff, as comunidades eclesiais de base seriam um novo modo de ser igreja e de experimentar a salvação comunitariamente, o lugar de encontro do povo oprimido. seriam capazes de "reinventar a igreja" a partir da fé do povo.

O sofrimento dos servos de Jesus está previsto, inevitável, mais faz parte da missão, pois é uma caminhada de fé longa e cheio de desafios, ser servo de jesus cristo, significa um amor fiel, quem aceita e responde este chamado como o Apostolo Saulo se converteu renuncia a sua autonomia se perder sua identidade, pelo contrario esta é a profunda conversão que se encontra a sua verdadeira identidade.

Esta reflexão responde as perguntas sobre a vivência comunitária: o meu papel na comunidade em que vivo; meu compromisso com a caminhada e a minha necessidade de viver em comunidade.

 

3-    Igreja sinodal em Gurupá, processo de educação popular nas Comunidades eclesiais de base.

 

O que o Papa Francisco diz sobre a Igreja: “A Igreja é aberta a todos, então existem regras que regulam a vida dentro da Igreja”, disse Papa Francisco. “Cada um encontra Deus a seu modo dentro da Igreja.

E a igreja é mãe e guia cada um a seu modo”. O Papa Francisco e a Sinodalidade.

Não se esqueçam: Igreja em saída. ‘Igreja em saída’: este é o tema. Sim, a Igreja é como a água: se a água não corre no rio, fica estagnada, adoece. Por outro lado, a Igreja quando sai, quando caminha, se sente mais forte. Sigam adiante e que a Igreja de vocês seja sempre em saída, nunca escondida”, mensagem do Papa Francisco para 15º Intereclesial.

 

Em suas próprias palavras, a Sinodalidade “é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” porque é uma “dimensão constitutiva da Igreja”.

É por isso que o Papa Francisco pediu um Sínodo sobre a Sinodalidade, que vem acontecendo desde 2021 e vai até 2024.

Igreja em saída” é um termo cunhado pelo papa Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium, a alegria do evangelho (EG).

É nessa exortação que o pontífice exprime suas principais preocupações a respeito da Igreja e do mundo, e desenvolve alguns temas que têm implicação direta na dinâmica pastoral e missionária da Igreja, a fim de delinear novo perfil eclesial.

O convite do papa Francisco para uma “Igreja em saída” é a marca predominante do seu pontificado, que deseja ver renascer na Igreja nova experiência de fé cristã missionária, fundamentada no evangelho, de modo que a mensagem da salvação chegue realmente a todos, sem exclusão.

 

Em 1652, a Coroa Portuguesa permitiu que os Jesuítas estabelecessem uma missão na Capitania de Gurupá, os Jesuítas estavam ansiosos por controlar a área, pois sentiam que Gurupá era o portão de entrada para a Amazônia. 1655 Padre Antônio Vieira passou por Gurupá viajando em canoa descoberta anunciando a boa nova. Em 1655, dois Jesuítas Missionários chegaram a Gurupá, segundo relatórios.

Entretanto, a chegada deles provocou hostilidades entre os colonos, que não queriam admitir a interferência Jesuítas no modo como utilizavam os nativos, no trabalho. Por volta de 1656, os Jesuítas estabeleceram uma missão, com o nome de São Pedro, próxima ao forte de Gurupá.

Os Frades Capuchinhos da Piedade de São José assumiram a responsabilidade Pastoral da matriz de Santo Antônio de Gurupá em 1692, sendo erguido a segunda Paróquia no Estado do Pará, no mesmo ano Dom Pedro mandou construir um convento no Carrazedo, a cata régia de 19 de março de 1693 confirma as atribuições aos Frades em 1693 é criado Paróquia de Santo Antônio de Gurupá, em 1831 Gurupá pertence a Diocese de Belém e em 1948 é incorporado a Prelazia do Xingu. Em 1661 a hierarquia jesuíta ordenou ao Padre de Gurupá, na época um alemão chamado Betendorf, que fugisse dos colonos, ele escondeu-se na floresta, com dezesseis nativos, por vários meses até que ficassem sem comida, quando ele retornou a Gurupá, vários moradores tentaram prendê-lo o Capitão-mor do Forte de Gurupá era a favor dos jesuítas e protegeu o Padre Betendorf, ele prendeu os principais agitadores anti-jesuítas e mandou enforcá-los, após confessarem-se com o padre Betendorf.

O papel da Igreja católica na redemocratização do Brasil em 1977, a conferência nacional dos bispos do brasil (CNBB) efetivou uma ruptura institucional com o regime militar, publicando o documento “exigências cristãs de uma ordem política”. afirmava  a luta por democracia, justiça social e direitos humanos como os fundamentos da crítica católica à ditadura militar que está instituído no Brasil.

A Igreja será sempre porta-voz dos oprimidos e daqueles que não tem nem voz e nem vez. aqui em grupo aproximou as pessoas para conscientizar e formar cidadãos críticos: JOC (Juventude Operária Católica); ACO (Ação Católica Operária), que buscou se aproximar dos trabalhadores urbanos; JEC (Juventude Estudantil Católica) ; JUC (Juventude Universitária Católica), para os estudantes; CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), para as classes populares, de modo geral;

Nas décadas seguintes, surgiram a CJP (Comissões de Justiça e Paz), o CIMI(Conselho indigenista missionário) e CPT (comissão pastoral da terra).

Destaca-se o Concílio Vaticano II (1962-1965) foi fundamental no contexto mundial também era de mudança das sociedades, o Papa João XXIII decidiu convocar o Concílio Vaticano II para discutir qual seria o papel da Igreja nas  transformações econômicas, sociais e políticas um profundo impacto na renovação da Igreja Católica, de entre os efeitos mais visíveis conta-se a utilização das línguas local nas missas, em vez do tradicional latim e da celebração com o padre virado para a assistência e não para o altar.

As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) abrangiam grupos reunidos em torno de uma paróquia ou comunidade, que buscavam soluções para problemas locais com base ideológica na Teologia de Libertação, corrente da Igreja Católica que defendia a opção preferencial pelos pobres, por meio da metodologia do “ver- julgar agir”, tomavam consciência da situação que o Brasil sob a ditadura. Destaca-se na defesa dos Direitos Humanos: Dom Hélder Câmara, bispo de Olinda e Recife; e o arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns.

Em 06 de novembro de 2019, o Papa Francisco elevou a Prelazia do Xingu à categoria de Diocese de Xingu Altamira com sede em Altamira (PA). foi nomeado como primeiro Bispo Diocesano: Dom Frei João Muniz Alves, OFM. 

 

Os impactos causados pela chegada dos colonizadores e exploradores (doenças dos brancos para a comunidade indígena que habitava a região e sua dizimação pelas guerras e doenças.) e os benefícios que tivemos (termos um Brasil unificado e o mesmo idioma falado em todo o Território Nacional.

 

 

 

As batalhas contra os holandeses, franceses e corsários ingleses para assegurar o domínio da Amazônia oriental, os povos indígenas no processo de colonização foram perdendo suas terras, devido ao surgimento de Vilas e fortificações, essas fortificações eram bases militares construída uma pequena casa de madeira e palha com um muro de pedras e canhões médios carregáveis de frente para o rio.

Os conflitos brutais entre indígenas e portugueses resultaram em mortes e aprisionamentos.

As relações entre os dois povos foi marcada pela violência e imposição dos lusitanos, em 1639 a Vila Santo Antônio de Gurupá foi criada e mantida por uma lei de 05 de outubro de 1827. Gurupá foi elevada à categoria de cidade através da Lei Provincial nº 1.209 de 11 de novembro de 1885. Completando 400 anos de existência possui uma importante riqueza histórica no município de Gurupá foram encontrados 50(cinquenta) sítios arqueológicos neste município, comprovados pelo museu Emilio Goeldi. O município de Gurupá conta com dois distritos: 1- Carrazedo, localizado entre a sede do município e o município de Porto de Moz. 2-Itatupã localizado entre Gurupá e o município de Santana no Estado do Amapá. 

A cidade de Mazagão no Estado do Amapá é considerado, praticamente, o porto de entrada da raça negra no Amapá. Para lá foram negros originários do Norte da África, na região de Marrocos (Mauritânia), colonizados pelos portugueses que os trouxeram visando os domínios lusitanos. Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram os negros escravizados para a localidade Gurupá Mirim.

O Quilombo Gurupá Mirim, em, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares. Associação Das Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupá foi fundada em 05/11/1999.
Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o Governo do Estado do Pará, através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA, outorga em favor da ARQMG - Associação dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá. Aproximadamente 12.587 mil escravos africanos, muitos ficaram espalhando nas fazendas do Marajó no trabalho da pecuária. Alguns conseguindo fugir e se organizando em quilombo.

 

3-    Gurupá, identidade afro amazônida. Rumo aos 400 anos. autor GILVANDRO TORRES

 

Gurupá é fruto de um longo processo de ocupação pelos holandeses que desejavam uma melhor comercialização com os nativos da região, chamados pelos holandeses de Mariocay.

O termo “nativo”, entre outros significados, é aquele que nasceu no lugar, ou originário daquele lugar. Dessa forma, o correto é tratar os povos que chamamos de índios de povos originários ou nativos.

Em 1623, o Forte denominado de Mariocay pelos holandeses foi arrasado por Bento Maciel Parente capitão Mor e considerado conquistador de Gurupá, tendo fundado o forte de Santo Antônio.

Os holandeses pretendiam colonizar o Brasil. Não seria possível construir fortificações na Amazônia sem a mão de obra escravocrata.

Então, eles trouxeram pessaos escravizadas da Africa  para as tarefas braçais, na construção das feitorias no Xingu e Gurupá. O historiador Theodoro Braga descreve que a origem de Gurupá é indígena e significa “Porto de canoas”.

 

 


3-            A Lei 10.639/2003 obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e cultura afro-brasileira.

O conteúdo programático deve incluir o estudo da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura afro-brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.

O calendário escolar deve incluir o dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Em referência a morte de ZUMBI dos Palmares.

Já em 2008, outra lei federal 11.645/ 2008, tornou obrigatório também o estudo da história e da cultura indígena, incluindo a contribuição na formação da sociedade brasileira, conforme a lei anterior.

Qual a importância da Lei 10.639 nas escolas que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.

O objetivo dessa lei é combater o racismo em nossa sociedade através da educação, visto que em nossa educação existe uma supervalorização da história e cultura branco europeia em detrimento das africanas e ameríndias.

Ensinado na escola que o brasileiro é resultado da mistura de três etnias: o branco europeu, o negro africano e o indígena nativo. A divisão do conteúdo ensinado, entretanto, não segue essa proporção.

A história e complexidade dos povos indígenas e da população negra se encontram muitas vezes resumidas à descoberta do Brasil e ao período da escravidão.

A nossa grande diversidade é apagada nos bancos escolares. Há uma tentativa de homogeneizar a cultura brasileira sob o olhar do colonizador europeu. No Brasil desde 1989 existe a Lei Federal n. 7.716 que define como crime qualquer forma de preconceito de raça ou de cor. Lei está que foi atualizada em 1997.

Determinando crime discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião. Transformando racismo em crime.

atualmente o dia 13 de maio é rememorado como o dia nacional da luta contra o racismo. o brasil é uma mistura étnica dos povos que aqui chegaram e já estavam os povos indígenas, atualmente 50% da população se identifica como negra ou parda.

Muitos livros didáticos não expressão o lado verdadeiro da história, em 1755 foi fundado a companhia geral do comercio do Grão Pará e Maranhão com a finalidade de transportar os produtos da produção paraense para Portugal e no retorno as embarcações traziam pessoas escravizada de origem africana, funcionado durante 22 anos.

Aproximadamente 12.587 mil escravos africanos, muitos ficaram espalhando nas fazendas do marajó no trabalho da pecuária. alguns conseguindo fugir e se organizando em quilombo.

Os escravos africanos e seus descendentes crioulos e mestiços influenciaram em profundidade a formação cultural do País, os aspectos de nossa cultura na religião, música, dança, alimentação, língua, temos a influência negra, apesar da repressão que sofreram as suas manifestações culturais mais cotidianas. A preservação da cultura negra significava a luta diária pela sobrevivência.

Embora ameaçados pelo cativeiro, proibidos de praticar os seus ritos, vítimas de violência e separação física entre pessoas do mesmo grupo familiar, eles continuaram lutando pela manutenção de seus valores culturais.

A partir desse dialogo expressado neste livro com objetivo de compreender nossa história Afro Amazônida com a necessidade de entender a multiplicidade dos clamores e gritos amazônicos provocados e mantidos, até hoje, pelo colonialismo interno.

Da mesma maneira que é importante, também, conhecer as bases, a realidade e a história da Amazônia brasileira a partir de seus povos, etnias e comunidades.

A presença afro- indigena é forte em vários aspectos culturais, como culinária, música e religião.

A influência não é apenas em elementos tradicionais. Hoje, a mistura de ritmos mostra que é possível trazer sons africanos, indígenas e ribeirinhos para estilos típicos do região do norte e compartilhado pelas regiões do Brasil em estilo único.

A cidade de Mazagão no Estado do Amapá é considerado, praticamente, o porto de entrada da raça negra no Amapá.

Para lá foram negros originários do Norte da África, na região de Marrocos (Mauritânia), colonizados pelos portugueses que os trouxeram visando os domínios lusitanos a partir da construção de um forte na África.

Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram os negros escravizados para a localidade Gurupá Mirim.

O Quilombo Gurupá Mirim, em Gurupá-PA, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.

No período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos fugidos, mas também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços, indígenas, entre outros.

Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que possuem as mesmas tradições.

Associação Das Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupá foi fundada em 05/11/1999. Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o Governo do Estado do Pará, através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA, outorga em favor da ARQMG - Associação dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá.

O que teria acontecido com os indígenas da nação Tupinambá que habitavam próximo ao rochedo do forte de Gurupá antes da chegada dos portugueses. Os indígenas foram dizimados, escravizados, o certo que a coroa portuguesa se apoderou das terras gurupaense, num holocausto escondido entre os livros didáticos nas inúmeras batalhas entre portugueses e holandeses.

 A verdadeira vitima da invasão estrangeira e dos colonizadores portugueses, foram os indígenas da nação Tupinambá; Que ocupavam pacificamente essas terras. os verdadeiros donos.

À medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.

Com a colonização portuguesa atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em navios de pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os indígenas que eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era sua aldeia central.

O que temos é uma praça a beira mar que homenageia através de um coreto o nome Mariocay que provavelmente eram da nação tupinambá, que de inicio a praça era denominada "Coronel Magalhaes Barata". em homenagem ao Interventor da época que tinha aliados políticos em Gurupá, com a troca de poderes Ascenção de um novo modelo politico e aqueda do Baratismo, foi trocado o nome da praça e rebatizada como Praça Mariocay.

Jorge Hurley em 1936 no livro “ noções de historia do Brasil ” descreve que a Palavra mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary= queimado. Verdadeiro nome em Tupi: UMARY-CAY

Os holandeses chamavam de Mariocay os remanescentes da nação tupinambá que viviam no local onde atualmente é a sede da cidade de Gurupá.

Alguns historiadores e pesquisadores acreditam que os holandeses fizeram amizade com os indígenas e até comercializavam produtos, podemos descrever que o cotidiano dessa época:

1- Os indígenas produziam  roças, e trocavam os produtos com os Holandeses, eram especialistas também na pesca de tartaruga e no escambo troca de seus derivados como o óleo;

2- A  caça de animais silvestre com a comercialização da pele de onça, em troca os holandeses davam espelhos, roupas e utensílios para agricultura.

3-  Os Holandeses trouxeram pessoas escravizadas em suas embarcações provavelmente angolanos e ajudavam no trabalho pesado e no cultivo das terras pretas existentes em Gurupá para plantação do tabaco que tinha um preço muito bom na Europa.

Acredito que deveria ter um trabalho arqueológico de campo, ainda temos muitas informações guardadas neste solo. Gurupá Mirim é um dos maiores sítios arqueológicos do período  Pré colonial.

 


3-            Pedro Teixeira, a Expedição que expandiu as fronteiras da Amazônia brasileira.

 

Pedro Teixeira revelou-se decisivo para a definição do território do Brasil, ao subir o rio Amazonas até Quito, no Equador, assim, este português contribuiu para a definição do maior país da América Latina.

O Brasil é o único da América que tem o português como língua oficial. Para delimitar as terras de Portugal e de Espanha, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, ele fundou o povoado da Franciscana, na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão em 25 de julho de 1637, chefiou uma expedição partindo de Belém, com 45 canoas, setenta soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do rio amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano atlântico e o peru, rota percorrida no século anterior por Francisco de Orellana.

Fundou franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o tratado de Tordesilhas a viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.

Pedro Teixeira foi responsável por achar o melhor caminho terrestre fluvial entre os Estados do Pará e o Maranhão e, as vias para as transações comerciais entre as cidades de Belém e Bragança, que antes ocorria somente via rio Caeté.

Assim encontrou o Caminho do Maranhão, criado pelos Tupinambás, posteriormente também serviu para condução do gado de Piauí à Belém, atualmente é uma das principais vias da capital, chamada de avenida Almirante Barroso.

De Gurupá partiu, em outubro de 1637, esta incursão, considerada por muitos como a maior façanha sertanista da região, observando a área, buscou viabilizar o acesso à região peruana por via atlântica. Subiu os rios Amazonas e Negro onde deixou parte do grupo. Prosseguindo, alcançou Quito, em outubro de 1638.

Pedro Teixeira tomava posse das terras em nome do rei de Portugal, embora este Reino ainda estivesse sob o domínio espanhol favorecidos pelas boas condições de navegação, aqueles homens aventureiros deparavam-se a todo instante com riquezas naturais da flora amazônica como o urucu, primeira especiaria a ser exportada para a Europa.

A Expedição de Pedro Teixeira foi usada pela Coroa lusitana para reivindicar a posse da Amazônia. No contexto histórico essa ocupação do Vale do Amazonas, foi realizada através da instalação de fortes e missões religiosas nas margens dos rios.

Alguns capitães e sertanistas experientes, como Antônio Raposo Tavares, Manuel Coelho e Francisco de Melo Palheta, passaram a percorrer o Amazonas e seus afluentes descobrindo comunicações fluviais, atingindo aldeamentos espanhóis na região oriental da Bolívia, e coletando sem cessar as especiarias, com ajuda dos indígenas.

As atividades desenvolvidas pela Coroa Portuguesa , assim e pelo religiosos  entre eles franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas, foram importantes na expansão territorial, na conquista e na consolidação do domínio português.

Pedro Teixeira Capitão português expandiu as fronteiras da atual Amazônia brasileira e sua  maior façanha, a primeira expedição subindo o rio Amazonas, de leste para oeste, até Quito, percorrendo mais de 10000km em terras desconhecidas, entre 1637 e 1639, possibilitou a aquisição de terras a oeste do Tratado de Tordesilhas, por Portugal, no século seguinte, aumentando o território da Coroa  Portuguesa.

Em 1639 “O Capitão-mor Pedro Teixeira começa em Quito a sua viagem de regresso para o Pará. Acompanhavam-no vários religiosos, entre os quais o Padre Christobal de Acuña, jesuíta autor da relação desta viagem (Nuevo descubrimento del gran rio de las Amazonas), que partira de Cametá em 28 de outubro de 1637, terminou a sua famosa expedição no dia 12 de dezembro de 1639.

O Capitão-mor Pedro Teixeira, de volta de Quito, chega à foz do Aguarico no Napo, e toma posse da margem esquerda deste último rio, em nome de Filipe IV, para servir de divisa entre os domínios de Portugal e Castela”.

O século XVI, quando os europeus atingiram o rio Amazonas, encontraram uma floresta habitada por povos indígenas durante a conquista e a colonização portuguesa desse território as populações indígenas foram reduzidas drasticamente, sobretudo por causa das doenças trazidas pelos europeus.

Atualmente a Amazônia está composta principalmente por pessoas miscigenados (índios, brancos e negros). Pedro Teixeira foi um português que se tornou, em 1637, o primeiro europeu a viajar até toda a extensão do Rio Amazonas.

Será sempre lembrado pela Expedição através do Rio Amazonas, chegando a região da Cordilheira dos Andes, de onde seguiram viagem até Quito (atual capital do Equador), na época a cidade pertencia a Real Audiência de Quito, um território administrativo, na época parte do Vice-Reino do Peru.