sábado, 27 de abril de 2024

A vinda da família Real para o Brasil

Reconhecer a importância do povos indígenas.

Questão indígena

Uma questão de História!

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Historia de Gurupá por Gilvandro Torres

Democracia

Reconhecer a importância do povos indígenas.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

domingo, 21 de abril de 2024

Sócrates, de aposta corintiana a ícone da democracia

sábado, 20 de abril de 2024

PELOS RIOS DO MARAJÓ

PELOS RIO DO MARAJÓ

RIOS DO MARAJÓ

EXPERIÊNCIA NAS CEBS DE GURUPÁ-PARÁ

PELOS RIOS DO MARAJÓ

quinta-feira, 18 de abril de 2024

 

A poluição do ar prejudica a vida das pessoas, , causando problemas de saúde.

As atividades humanas também liberam grande quantidade de gases poluentes:

Industrialização, Queimadas e queima de combustíveis fósseis.

As consequências da poluição do ar comprometem a qualidade do meio ambiente.

terça-feira, 16 de abril de 2024







 

segunda-feira, 15 de abril de 2024





 

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Questão ambiental

 

ASPECTOS HISTÓRICOS Gurupá

 


Gurupá é fruto de um longo processo de ocupação pelos holandeses que desejavam uma melhor comercialização com os nativos da região, chamados pelos holandeses de Mariocay. 

Em 1623, o Forte denominado de Mariocay pelos holandeses foi arrasado por Bento Maciel Parente Capitão Mor e descobridor e conquistador de Gurupá, tendo fundado o Forte de Santo Antônio. 

Em 1639 a freguesia de Santo Antônio de Gurupá foi criada e mantida por uma lei de 05 de outubro de 1827.

O historiador Theodoro Braga descreve que a origem de Gurupá é indígena e significa “Porto de canoas”. Gurupá é um município localizado no Estado do Pará.

Fica a uma distância de 500 km da sua capital Belém, é um dos municípios mais antigos do arquipélago do Marajó e da região do Xingu, que há quase quatro séculos encanta nativos e estrangeiros, moradores e turistas, tanto pela sua beleza natural, quanto pela sua riqueza histórica e patrimonial. 

A cidade de Gurupá foi elevada à categoria de cidade através da Lei Provincial nº 1.209 de 11 de novembro de 1885. Com 393 anos de existência e possui uma importante riqueza histórica. Na zona urbana do município de Gurupá foram encontrados 50(cinquenta) sítios arqueológicos neste município, comprovados pelo museu Emilio Goeldi.

Localizado na margem direita do Rio Amazonas logo abaixo do delta (foz) do Rio Xingu, o município de Gurupá conta com dois (dois) distritos: Carrazedo, localizado entre a sede do município e o município de Porto de Moz, bem como o distrito de Itatupã localizado entre Gurupá e o município de Santana no Estado do Amapá. Além desses distritos destacam - se também as comunidades localizadas na zona rural nos rios Ipixuna, Mararú, Mojú, Marajoí, Pucuruí, Cojuba, Taiassui grande, Santana do Flexal, Jaburu, Tauarí, Baquiá, Muruchaua, Piracuí, Gurupá Miri, Maria ribeira e Jocojó. O município de Gurupá conta com uma população de 31.623 habitantes, tendo como principais atividades econômicas: o extrativismo da madeira, a coleta do fruto do açaí, a pesca da dourada e do camarão, a agricultura familiar, a piscicultura e o comercio. 

Os holandeses pretendiam colonizar o Brasil. 

Não seria possível construir alguma coisa na Amazônia sem a mão de obra escravocrata. Então, eles trouxeram escravos angolanos para as tarefas braçais, na construção das feitorias do Xingu e Gurupá. 

Os exploradores neerlandeses cultivaram amizade com os índios locais Mariocay da nação Tupinambá e impuseram seu ritmo comercial na região, tendo os fortes denominados de Nassau, Maturu e Mariocay como deposito das mercadorias. 

Os índios faziam da relação comercial um pacto de luta, afinal ser da etnia tupinambá era estar em guerra constante contra os próprios índios da região, enquanto isso intensificava as rotas de navegação no mundo. 

E a palavra que deu origem ao nome Gurupá, basear-se na denominação dada pelos portugueses que chamavam aquela região de “Corupá”, porque os indígenas afirmavam que ali era um porto de canoa ou seja origem era Iguaru pába= porto e seria chamado pelos indios de igararupá ou seja um porto de muitas canoas. Sabe-se que os holandeses defenderam o forte no ataque dos portugueses sobre o comando de Luís Aranha Vasconcellos. 

Os holandeses que sobreviveram fugiram para ilha grande de Gurupá. Houve outra batalha após a chegada de um navio holandês, comandado por um capitão inglês. 

Ao chegar à frente da cidade de Gurupá, os portugueses atacaram e afundaram o navio, matando todos os tripulantes. 

Os indígenas  leais aos holandeses foram mortos, alguns sobreviveram e se tornaram escravos. Bento Maciel Parente ficou em Gurupá, onde, após destruir o forte dos holandeses, construiu um forte em 1623 sobre taipa, invocando a proteção de Santo Antônio. 

Em 1625 os portugueses sobre o comando de Pedro Teixeira grandes batalhas ferozes.

Os holandeses fugiram em retirada, de barco.

Com a morte do Capitão Philip Purcell o irlandês que era tido como herói pelos holandeses e irlandeses naquela região, os 45 prisioneiros foram impiedosamente executados. Pedro Teixeira foi aniquilando qualquer povoamento e massacrando os índios aliados aos holandeses, que se escondiam pela ilha grande de Gurupá. 

Alguns holandeses se refugiaram para o interior da ilha grande de Gurupá com auxílio dos INDIGENAS , e ali viveram silenciosamente escondido, sem dúvida deixando descendentes, 1629 o Capitão inglês Roger North, tentou atacar o forte de Gurupá, mais foi atacado destroçando seu navio por Pedro Teixeira. 

A coroa portuguesa elevou Gurupá à capitania, sendo um dos cincos em toda região amazônica. Anos depois foi realizada a construção de um forte permanente e a cidade cresceu em torno do forte de Santo Antônio de Gurupá. 

Em 1639 um navio holandês foi interceptado pela guarnição de Gurupá, próximo à cidade. Tendo assim último registro de invasão dos holandeses na cidade de Gurupá. 

O nome do novo forte Santo Antônio foi uma homenagem e agradecimento à ajuda dos frades da província que colaborou com o recrutamento dos índios Tupinambás. 

 

AUTOR: GILVANDRO TORRES

 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

 .......As casas eram de taipa, com assoalhos de paxiuba, muitas eram de palha, a agua era do amazonas, as mulheres lavavam roupa na beira do rio, algumas casa da segunda rua eram um espécie de barracão sem divisórias, parede de palha. As casas da primeira rua eram pintadas de branco, existia a casa Borralho, forte comerciante, que no dia da sexta feria santa distribuía alimentos e benções..... ...Imigrantes marroquinos judeus estabeleceram comercio e até dois integrantes dessas famílias foram intendentes municipal. No rio jupati tive os melhores anos da riqueza da borracha, nosso comercio era grande, tínhamos fregueses e no estilo aviamento conhecido na região, por atracar no nosso porto, muitos barcos grandes com mercadoria sendo fregueses J. Fonseca. Ao compramos terras do português Tito Bastos, a politica sempre esteve no nosso dia a dia, sempre de oposição ao baratismo, até o próprio intendente em suas visitas no interior do estado passou pelo rio Mararú, onde fez uma parada na casa comerciante português Tito Basto, depois do almoço chamou nossa família e pegou no colo meu filho Adauto Torres, depois desse momento e alguns minutos reservados na sala com Santino Torres, passamos a ser aliados, sendo seu avó candidato a vereador junto com o comerciante Antônio Nogueira, ambos ficaram com a suplência. No ano de 1972 seu avó Santino Torres, foi eleito Vice Prefeito de Gurupá, elegendo seu pai “ Vavá Torres”, Vereador, mais não ganhavam salário. Sua tia Dulcicleia Torres se destacava como Secretaria Geral da Prefeitura de Gurupá. Compramos uma casa na cidade e no rio Mararú construímos uma casa de três andares, com comercio forte, denominamos “CASA TORRES”, fazíamos aviamento na região, problemas de saúde fizeram a família comprar uma casa na capital com ajuda do José Rebelo, a morte da sua tia Dulcicleia Torres foi um grande baque, que nunca nos recuperamos, em 1979, seu avó Santino Torres faleceria seis anos depois. Gurupá só resta saudade, o rio amazonas é lindo visto daquele forte, as ruas de terra batida se enchem em dezembro com festa.....saudades de Gurupá’’. (depoimento da minha avó Palmira Diamantino Torres- 2005)

 

PORQUE RESOLVI ESCREVER SOBRE GURUPÁ

E nas raízes culturais que se nutre a identidade de um povo, sua memoria, seus valores, suas vivencias, suas historias.

Primeiramente iniciei no ano de 1998, foi se aperfeiçoando em uma pesquisa respaldada por uma minuciosa consulta em documentos nos arquivos público do Pará, na biblioteca UEPA e CENTUR, entre acervos pessoais das inúmeras viagens ao município até os dias atuais. 

A importante colaboração dos amigo o Oficial de Justiça Manoel Lobato que gentilmente emprestou históricos documentos e livros sobre a cidade de Gurupá, colaborando para novas gerações. 

Minha família Torres, nas inúmeras conversas sobre o cotidiano de Gurupá, informações preciosas para aperfeiçoar esta pesquisa. 

Tenho certeza que esta obra regional será lida pelos gurupaenses interessados em conhecer a historia de Gurupá, nossa essência amazônica, nossas belezas naturais, através de uma linguagem simples e de fácil acesso. 

Convido o leitor a ler e “reler” a historia que nos pertence e dela não podemos abrir mão e nem esquecer nossa origem.

Esta obra verdadeiramente gurupaense é um futuro protótipo para criação do museu municipal

PRESENÇA DE JUDEUS EM GURUPÁ NO SECULO XIX

 

PRESENÇA DE JUDEUS EM GURUPÁ NO SECULO XIX

A presença judaica na Amazônia tem registro no ano de 1810, século XIX, intensa imigração de judeus provenientes de Marrocos, alguns Portugueses, que deixaram seu país para exercer atividades comerciais, construindo famílias e ate acumulando o suficiente para trazer suas famílias, até um cemitério de judeu na cidade, situado no setor Nossa Senhora das Graças, e descendentes da famílias Benathar e Benaion.

Alguns se estabeleceram na zona rural de Gurupá, se adaptando ao cenário do ribeirinho, onde era feito um sistema de aviamento, participando da historia econômica e politica de Gurupá. 

A queda do preço da borracha foi um fato negativo, reduzindo moradores a 300 pessoas, e comerciantes estabelecidos tanto na zona rural quanto na zona urbana fecharam suas portas, a família Castiel muda-se para o estado de Roraima. 

A geração pioneira veio com um desafio, foram para o interior como comerciantes, vendedores, caixeiros viajantes, buscando oportunidades em Gurupá estabeleceram famílias Azulay, Serfaty, Althar e Levy. Muitas acham que os judeus se estabeleceram na Amazônia, pela valorização da borracha, mais sim essa imigração ocorreu pelas históricas perseguições religiosas, sabemos que o judeu marroquino José Benjó no ano de 1823, teve licença concedida para se estabelecer na cidade de Belém, para fins comerciais. 

Foi com o inicio da segunda guerra mundial em 1939 e inicio do segundo ciclo de borracha, muitos judeus buscaram seringais na Amazônia, as gerações se destacaram na politica como a família Benathar e Castiel, economicamente se tornaram comerciantes de grande valor.

Acredito que os judeus daquela época não esqueceram suas tradições hebraicas, como o almoço do Shabat, a benção do pão que chamavam Hamossí, quando os pedaços são distribuídos pelo oficiante, tocados no sal e jogados aos pratos das pessoas presentes. 

O pacto com Abrahão, através do nascimento de uma criança a família, através da Berit Milá. 

É interessante as famílias marroquinas tinham muitos filhos, costumavam dar nomes dos avós assim perpetuando e homenageando em vida, além dos tradicionais nomes bíblicos. 

Procurei citar essas tradições de um povo que colaborou muito na historia de Gurupá, para que as gerações não esqueçam que aqui estiveram famílias grandes de um pais distante, de costumes e religiões diferentes e precisamos respeitar sua historia. 

Transmiti-la para novas gerações compreenderem a essência dos valores que ainda estão presente em descendentes que aqui permanecem nesta cidade.

Em relatos do pesquisador Charles Wagley, consegui farta documentação e descreveu costumes dos últimos hebreus como D. Alegria mãe de Rafael Castiel, que preservava o cemitério dos judeus limpando três vezes ao ano, ainda preservava a alimentação é não comiam peixe de pele, nem peixe e carne no mesmo prato, não cozinha nos sábados.

Haviam 14 negociantes em Gurupá no ano de 1889, judeus Abrahan, Bensabeth, Abraham Azulay, Jacinto Aben Athar, Marcos Aben Athar, Moyses Levy.
texto: GILVANDRO TORRES

 

Gurupá é uma cidade do interior do Pará – pequena no tamanho, mas riquíssima em história e cultura. 

É a porta de entrada da maior e mais cobiçada floresta tropical do planeta. 

Ela surgiu às margens do rio Amazonas, num lugar que era habitado pelos  Mariocai e, posteriormente, recebeu influencia dos diversos colonizadores holandeses e portugueses que ali se instalaram. 


No decorrer de 400 anos de história grande número de pessoas famosas pisaram em suas terras e interagiram com os moradores locais. 

Religiosos, naturalistas, pesquisadores e cientistas de renome passaram por lá, como por exemplo: Padre Antônio Vieira, Alexandre Rodrigues Ferreira, Domingos Ferreira Penna, Charles Wagley, Eduardo Galvão, Dalcídio Jurandir, Moacir Werneck de Castro, Jacques Cousteau.

Dessa interação tão diversificada, surgiu um povo forte e combatente. 

Os gurupaenses são reconhecidos como uma gente aguerrida, que não se intimida diante das dificuldades e luta bravamente por seus objetivos. 

Muitos fatos interessantes e curiosos fizeram parte de sua história, tornado essa cidade uma referência em movimentos populares e de valorização das populações tradicionais.

 

PADRE ANTONIO VIEIRA, MAIOR MISSIONÁRIO DA AMAZÔNIA, PASSOU POR GURUPÁ EM 1655

Padre Antônio Vieira Certamente, lá pelo ano de 1655, passou por Gurupá o maior missionário da Amazônia, o Padre Antônio Vieira. 

Viajava semanas e semanas em canoa descoberta, impelido pelo desejo de anunciar a Boa Nova e dar a sua vida pelos indígenas. 

A intransigente defesa destes povos criou-lhe inimigos ferozes que não descansaram até que o vissem por detrás das grades. 

Em 17 de julho de 1661, o Padre Antônio Vieira é preso no Colégio Santo Alexandre em Belém. 

Primeiro é mantido incomunicável em prisão domiciliar da Ermida São João Batista, no mesmo lugar, onde hoje, na Cidade Velha de Belém, se encontra a Igrejinha dedicada ao Precursor do Senhor. 

Finalmente é expulso do Brasil, chegando a Lisboa após inúmeros perigos do mar. 

Foi condenado à privação de pregar e a voz ativa e passiva para sempre e à reclusão, por tempo indeterminado, numa casa da Companhia.

 

CONVERSANDO COM MEU PAI VAVA TORRES, SOBRE A EXPLORAÇÃO MADEIREIRA EM GURUPÁ NA DÉCADA DE 80

Conversando com meu pai Sr. HENRY WANDERLAN DIAMENTINO TORRES, conhecido como VAVA TORRES, Ex Vereador de Gurupá eleito  em 1972 foi comerciante do rio Mararú, relatos  sobre o eldorado da venda de madeira com a implantação das madeiras no município como a CIA AMAZÔNIA em 1957 com sede em Portel, controlada pela empresa norte americana GEORGIA PACIFIC, que adquiriu muitos hectares nos municípios de Portel e Melgaço. 

Nos anos 60 foi criada a empresa MAGESA para controlar a região e adquirir terras em breves e Almeirim, obtendo isenções fiscais, Outra madeira se instalou na região a BRUMASA- BRUYNZEEL MADEIRAS S.A controlada pela empresa holandesa fundou em 1947 na cidade de Paramaribo a BRUYNZEEL SURINAME.

Através de um inventário florestal em 1965 com aprovação da SUDAN a BRUMASA adquiriu uma vasta extensão de terra em Gurupá, Breves, Afuá, Anajás e Melgaço. 

Na época a ICOMI estabelecida no estado do Amapá, assumiu a BRUMASA em 1989 foi vendida a TREVO com sede em Curitiba no estado do Paraná. 

Também cito a empresa EIDAI do Brasil madeireiras S.A com sede em Belém a maior fabricante de compensado no Japão. 

Mais podemos dizer que a CIA AMAZONAS, foi a maior exploradora de madeira na região, em 1969 foi responsável por 27,64 % do valor total das exportações de madeiras paraenses.

 

1619- Carta conservada no museu britânico, avisando a coroa portuguesa sobre a existência de holandeses aliando aos índios locais na atual Gurupá.

"O que de prezente se deve ´procurar, he o descobrimento do rio corupá, onde está a força do gentio e dizem Haver gente branca, porê nen português auiso até agora e o descobrimento de cabo do norte que dista pouco do rio curupá, onde vão todos os anos ingleses e holandeses ao resgate do tabaco, e de algumas tintas, com são orocu e cariuru e de algumas madeiras.
De facto a Região de Corupá estiveram os hollandezes, com feitorias, fundada em mariocai, tendo tratado com os indígenas e até possuindo fortificado, primeiro assento de pretendida colonização estável".
Manuel de Souza Déça

FONTES CONSULTADAS PARA PESQUISAS SOBRE GURUPÁ

 

FONTES CONSULTADAS PARA PESQUISAS SOBRE GURUPÁ

FONTES CONSULTADAS: 
1- Charles Wagley, Amazon Town, a study of man in the tropics/1953 

2- Eduardo Galvão, The Religion of an amazon community: a study in culture change/ 1952- Universidade Columbia. 

3- Arlene Mari Kelly, Familiy, Church and Crown:a social and demographic history of the lower xingu river valley and the municipality of Gurupá, 1623/1889- 1984/ University Of Florida. 

4- Richard Brown Pace, Economic and political change in the amazonian community of Ita, Brazil/ 1987- University Of Florida. 

5- Paulo Henrique Borges de Oliveira, Ribeirinhos e Roceiros, Gêneses, subordinação e resistência camponesa em Gurupá/ 1991- Universidade de São Paulo. 

6- Jean Marie Royer, Logiques sociales et extractivisme. Etude anthropologique d’une collectivité de la forêt amazonienne, etat du Pará, Brésil/ 2003- Université Paris III- Sorbonne Nouvelle, Institut des Hautes Etudes d’amérique Latine. 

7- Girolamo Domenico Treccani, Regularizar a terra: um desafio para as populações tradicionais de Gurupá/ 2006- Universidade Federal do Pará, Núcleo de altos estudos amazônicos. 

8-  Arthur Viana, As fortificações na Amazônia, anais da biblioteca e arquivo do Pará, tomo IV, Belém/ 1905, página 227-307. 

10- Robson Wander Costa Lopes, Cebs Ribeirinhos: análise do processo de organização das comunidades eclesiais de base em Gurupá/ 2013- UEPA, Mestrado em Ciência da religião. 


 Historias que o povo conta em Gurupá 

Fonte: Dona Felicia 

Pesquisa: Manoel Lobato 

Tema: Passageiro padroeiro Dona Felicia, faleceu com 103 anos de idade, genitora de José Libanio de Souza Pará( Zeca Pará), que era Advogado e foi Adjunto de Promotor em Gurupá. Contava que a imagem de são Benedito todo ano era pintada na capital paraense, a imagem era retirado do altar e levado em canoas a vela, próximo ao mês de dezembro como era de costume. 

Segundo a historia, o barco que estava ancorado no porto de Belém, que sairia com destino a Gurupá, quando chegou próximo ao horário de sair um certo senhor moreno com poucas roupas, perguntou se poderiam vender uma passagem para tal destino, com a resposta dos tripulantes positiva, o certo homem calmamente entrou no barco a vela, seriam longos dias até o destino. 

Ao saírem de Belém já ao entardecer, os tripulantes com sono e certo passageiro perguntou se quisessem dormir, que ele conhecia a rota e sabia pilotar o barco, todos ao concordarem foram dormi. 

Quando acordaram já de dia, estavam ancorados na frente da cidade de Gurupá, todos ficaram assustados, porque a vigem durava dias. 

O barco estava ancorado na frente da igreja matriz, o zelador da igreja ao fazer a limpeza da igreja ficou surpreso ao ver a imagem de são Benedito no altor, como a mesma estava em Belém para ser restaurada, foi em direção do barco para saber quem havia trazido a imagem e quem colocou no altar, pois a igreja estava fechada e só ele terias as chaves. 

Ao olhar o barco viu os tripulantes no toldo da embarcação e foi indagar a situação, ao conversar com os tripulantes estavam assustados e surpresos por estar ali, então perceberam que o passageiro era São Benedito, que veio com eles. 

O zelador tocou os sinos e avisou a todos que a imagem de São Benedito tinha chegado, em poucas horas todos estavam na igreja louvando tal fato com milagre.

 

No âmbito religioso, é criado os espaços de debates, de formação e articulação das lideranças em Gurupá, dentre eles destacamos: 

O Conselho Paroquial criado em 1975 é um órgão articulador da organização das comunidades e fórum de debate nas questões sócio-políticas e eclesiais da realidade das comunidades. 

A Semana Catequética a primeira realizada em 1973 é um fórum de debate das questões conjunturais sócio-político econômicas das realidades nacional, estadual e local. 

O Encontro de Lavradores foi realizado pela primeira vez em 1981, reuniu 192 lavradores e debateu o tema “A luta pela terra, alternativas de organização da produção e comercialização e organização sindical”. O encontro é um espaço de estudo e debate sobre temas relativos à questão agrária e organização social. Reúne anualmente no mês de maio. 

O Encontro de Mulheres realizado pela primeira vez em 1984, este fórum busca criar consciência feminina acerca da organização sócio-política e desencadear um processo de participação da mulher trabalhadora na luta popular. Com o passar do tempo elas criaram o Movimento de Mulheres de Gurupá (MMG) como pessoa jurídica. O encontro acontece uma vez por ano com cerca de 250 participantes. 

O Encontro da Pastoral da Juventude aconteceu pela primeira vez em 1986, é um congresso anual da juventude que discute temas relativos à sua realidade e seus anseios. No ano de 2003 o tema foi “Política e Educação”. A média de participação é de 250 jovens de todas as comunidades da Paróquia. 

Em julho de 2008, cerca de 150 jovens participaram do Curso de Formação de lideranças Jovens. 

FONTE: Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Gurupá.


 

A IDEIA DE FAZER UM MUSEU EM GURUPÁ

INSTALAÇÃO DO MUSEU MUNICIPAL DE GURUPÁ Caracterização: 

O museu é destinado a preservação da cultura do município e manutenção permanente do acervo para futuras pesquisa e fonte de consulta popular, sobretudo um ponto turístico do município. 

Sendo um espaço amplo e oportuno para atender desde o pesquisador até os turistas e as famílias da comunidade em geral. 

Justificativa Atender as necessidades de um espaço adequado para expor um acervo permanente oportunizando um cenário apropriado para se desenvolver pratica adequado na conservação do material e a importância do conhecimento compartilhado.

Missão Receber, catalogar e conservar elementos do acervo do museu, proporcionando o acesso ao conhecimento e fomentar pesquisas e o aprendizado, na realização de praticas voltada a construção de valores de preservação histórica do município, com desenvolvimento cultural do cidadão gurupaense. 

Visão Manter vinculo constante e permanente com instituições de ensino e pesquisa, com a fundação cultural Tancredo Neves, Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Pará, atendendo a politica nacional de museus. 

0bjetivos Visa ser uma referencia de pesquisa transmitindo ao cidadão conhecimento, oportuniza um espaço de preservação onde se disponibiliza material para pesquisadores; 

Promovendo encontros e dispersão de conhecimento em palestra e seminários no município. 

Difundir conhecimento e firma os conceitos de preservação de historia do município, vincular um espaço para visitantes da comunidade e turistas, o proposito da criação do museu entre outras atribuições é garantia da preservação de material de estudo referente à região. 

 CULTURA, PATRIMÔNIO O QUE QUEREMOS PRESERVAR. 

O projeto nasce na interpretação da necessidade de preservação e fomento de pesquisa sobre a historia de Gurupá após uma pesquisa na zona urbana constatou essa busca de conhecimento principalmente entre os estudantes, sendo que inegável preservar para outras gerações sobre o município, através de relatos dos próprios moradores, contudo muitos relatos de pesquisadores e historiadores que passaram na região. 

O contexto da região e a ousadia do projeto busca na atual administração incorporar a valorização da cidade entre suas responsabilidade; o que queremos realmente é registrar os desejos de memoria das pessoas da cidade, um desejo de preservação de herança cultural. 

O projeto é tecer relações entre o passado, presente e futuro na ocupação da área onde se situa o município de Gurupá. 

Dessa ideia podemos transcrever os fatos que levou a colonização do município que vai do aspecto geográfico, financeiro e histórico; os caminhos da ocupação tanto na zona rural, quanto na zona urbana; quando falamos em aspecto histórico podemos destacar os acervos arqueológicos, igrejas, ruinas de cemitérios, paisagens modificada, pinturas rupestres. 

Sendo o próprio museu municipal como marca constituída hoje para as gerações futuras.

 Neste âmbito o museu municipal de Gurupá, será um espaço ideal para execução de programas, projetos e atividades, promovendo a difusão do conhecimento através de seminários e cursos, contudo será referencia também para visitação publica, contribuindo para o enriquecimento do conhecimento popular ou ainda fortalecendo o turismo regional. 

A criação do museu municipal de Gurupá será referência para pesquisas, principalmente as de cunho pedagógico. 

A história política de Gurupá tem que ter um espaço para o seu acervo, o Memorial Político, onde este local poderá guarda grande parte da biografia Político administrativa do Município. 

Precisávamos de um espaço que contasse e mostrasse as figuras que contribuíram para o desenvolvimento político, social e econômico desse município.

Onde a história política da nossa cidade poderá ser relembrada pela população e preservada para as gerações futuras. 

O ambiente atende justamente a lacuna existente para contar a história política, além de ser um ganho grande na cultura do nosso município. 

Um povo sem memória é um povo sem história.

E um povo sem história está fadado a cometer no presente e no futuro, os mesmos erros do passado.