A FELICIDADE
Projeto Cultural foi idealizado e Coordenado por GILVANDRO TORRES com objetivo do dialogo sobre a realidade de nossa Amazônia Gurupaense.
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sábado, 11 de novembro de 2023
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quinta-feira, 9 de novembro de 2023
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terça-feira, 7 de novembro de 2023
Uma
igreja aberta para a realidade, através da teologia da libertação que
interpreta os ensinamentos de jesus cristo como libertador da opressão e
injustiças.
Segundo
o teólogo professor Leonardo Boff, as comunidades eclesiais de base seriam um
novo modo de ser igreja e de experimentar a salvação comunitariamente, o lugar
de encontro do povo oprimido. seriam capazes de "reinventar a igreja"
a partir da fé do povo.
O
sofrimento dos servos de Jesus está previsto, inevitável, mais faz parte da
missão, pois é uma caminhada de fé longa e cheio de desafios, ser servo de
jesus cristo, significa um amor fiel, quem aceita e responde este chamado como o
Apostolo Saulo se converteu renuncia a sua autonomia se perder sua identidade,
pelo contrario esta é a profunda conversão que se encontra a sua verdadeira
identidade.
Esta
reflexão responde as perguntas sobre a vivência comunitária: o meu papel na
comunidade em que vivo; meu compromisso com a caminhada e a minha necessidade
de viver em comunidade.
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3-
Igreja
sinodal em Gurupá, processo de educação popular nas Comunidades eclesiais de base.
O que o Papa Francisco diz sobre a Igreja: “A Igreja é aberta a
todos, então existem regras que regulam a vida dentro da Igreja”, disse Papa Francisco.
“Cada um encontra Deus a seu modo dentro da Igreja.
E a igreja é mãe e guia cada um a seu modo”. O Papa Francisco e
a Sinodalidade.
Não se esqueçam: Igreja em saída. ‘Igreja
em saída’: este é o tema. Sim, a Igreja é como a água: se a água não corre no
rio, fica estagnada, adoece. Por outro lado, a Igreja quando sai, quando
caminha, se sente mais forte. Sigam adiante e que a Igreja de vocês seja sempre
em saída, nunca escondida”, mensagem do Papa Francisco para 15º Intereclesial.
Em suas próprias palavras, a Sinodalidade “é precisamente o
caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” porque é uma “dimensão
constitutiva da Igreja”.
É por isso que o Papa Francisco pediu um Sínodo sobre a
Sinodalidade, que vem acontecendo desde 2021 e vai até 2024.
Igreja em saída” é um termo cunhado pelo papa
Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium, a alegria do evangelho
(EG).
É nessa exortação que o pontífice exprime
suas principais preocupações a respeito da Igreja e do mundo, e desenvolve
alguns temas que têm implicação direta na dinâmica pastoral e missionária da
Igreja, a fim de delinear novo perfil eclesial.
O convite do papa Francisco para uma “Igreja
em saída” é a marca predominante do seu pontificado, que deseja ver renascer na
Igreja nova experiência de fé cristã missionária, fundamentada no evangelho, de
modo que a mensagem da salvação chegue realmente a todos, sem exclusão.
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Em 1652, a Coroa Portuguesa permitiu que os Jesuítas
estabelecessem uma missão na Capitania de Gurupá, os Jesuítas estavam ansiosos
por controlar a área, pois sentiam que Gurupá era o portão de entrada para a
Amazônia. 1655 Padre Antônio Vieira passou por Gurupá viajando em canoa descoberta
anunciando a boa nova. Em 1655, dois Jesuítas Missionários chegaram a Gurupá,
segundo relatórios.
Entretanto, a chegada deles provocou hostilidades entre os
colonos, que não queriam admitir a interferência Jesuítas no modo como
utilizavam os nativos, no trabalho. Por volta de 1656, os Jesuítas
estabeleceram uma missão, com o nome de São Pedro, próxima ao forte de Gurupá.
Os Frades Capuchinhos da Piedade de São José assumiram a
responsabilidade Pastoral da matriz de Santo Antônio de Gurupá em 1692, sendo
erguido a segunda Paróquia no Estado do Pará, no mesmo ano Dom Pedro mandou
construir um convento no Carrazedo, a cata régia de 19 de março de 1693
confirma as atribuições aos Frades em 1693 é criado Paróquia de Santo Antônio
de Gurupá, em 1831 Gurupá pertence a Diocese de Belém e em 1948 é incorporado a
Prelazia do Xingu. Em 1661 a hierarquia jesuíta ordenou ao Padre de Gurupá, na
época um alemão chamado Betendorf, que fugisse dos colonos, ele escondeu-se na
floresta, com dezesseis nativos, por vários meses até que ficassem sem comida,
quando ele retornou a Gurupá, vários moradores tentaram prendê-lo o Capitão-mor
do Forte de Gurupá era a favor dos jesuítas e protegeu o Padre Betendorf, ele
prendeu os principais agitadores anti-jesuítas e mandou enforcá-los, após
confessarem-se com o padre Betendorf.
O papel da Igreja católica na redemocratização do Brasil em
1977, a conferência nacional dos bispos do brasil (CNBB) efetivou uma ruptura
institucional com o regime militar, publicando o documento “exigências cristãs
de uma ordem política”. afirmava a luta
por democracia, justiça social e direitos humanos como os fundamentos da crítica
católica à ditadura militar que está instituído no Brasil.
A Igreja será sempre porta-voz dos oprimidos e daqueles que não
tem nem voz e nem vez. aqui em grupo aproximou as pessoas para conscientizar e
formar cidadãos críticos: JOC (Juventude Operária Católica); ACO (Ação Católica
Operária), que buscou se aproximar dos trabalhadores urbanos; JEC (Juventude
Estudantil Católica) ; JUC (Juventude Universitária Católica), para os
estudantes; CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), para as classes populares, de
modo geral;
Nas décadas seguintes, surgiram a CJP (Comissões de Justiça e
Paz), o CIMI(Conselho indigenista missionário) e CPT (comissão pastoral da
terra).
Destaca-se o Concílio Vaticano II (1962-1965) foi fundamental no
contexto mundial também era de mudança das sociedades, o Papa João XXIII
decidiu convocar o Concílio Vaticano II para discutir qual seria o papel da
Igreja nas transformações econômicas,
sociais e políticas um profundo impacto na renovação da Igreja Católica, de
entre os efeitos mais visíveis conta-se a utilização das línguas local nas
missas, em vez do tradicional latim e da celebração com o padre virado para a
assistência e não para o altar.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) abrangiam grupos
reunidos em torno de uma paróquia ou comunidade, que buscavam soluções para
problemas locais com base ideológica na Teologia de Libertação, corrente da
Igreja Católica que defendia a opção preferencial pelos pobres, por meio da
metodologia do “ver- julgar agir”, tomavam consciência da situação que o Brasil
sob a ditadura. Destaca-se na defesa dos Direitos Humanos: Dom Hélder Câmara,
bispo de Olinda e Recife; e o arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns.
Em 06 de novembro de 2019, o Papa Francisco elevou
a Prelazia do Xingu à categoria de Diocese de Xingu Altamira com sede em
Altamira (PA). foi
nomeado como primeiro Bispo Diocesano: Dom Frei João Muniz Alves, OFM.
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Os impactos causados pela chegada dos
colonizadores e exploradores (doenças dos brancos para a comunidade indígena
que habitava a região e sua dizimação pelas guerras e doenças.) e os benefícios
que tivemos (termos um Brasil unificado e o mesmo idioma falado em todo o
Território Nacional.
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As batalhas contra os holandeses, franceses e
corsários ingleses para assegurar o domínio da Amazônia oriental, os povos
indígenas no processo de colonização foram perdendo suas terras, devido ao
surgimento de Vilas e fortificações, essas fortificações eram bases militares
construída uma pequena casa de madeira e palha com um muro de pedras e canhões
médios carregáveis de frente para o rio.
Os conflitos brutais entre indígenas e
portugueses resultaram em mortes e aprisionamentos.
As relações entre os dois povos foi marcada
pela violência e imposição dos lusitanos, em 1639 a Vila Santo Antônio de
Gurupá foi criada e mantida por uma lei de 05 de outubro de 1827. Gurupá foi
elevada à categoria de cidade através da Lei Provincial nº 1.209 de 11 de
novembro de 1885. Completando 400 anos de existência possui uma importante
riqueza histórica no município de Gurupá foram encontrados 50(cinquenta) sítios
arqueológicos neste município, comprovados pelo museu Emilio Goeldi. O
município de Gurupá conta com dois distritos: 1- Carrazedo, localizado entre a
sede do município e o município de Porto de Moz. 2-Itatupã localizado entre
Gurupá e o município de Santana no Estado do Amapá.
A cidade de Mazagão no Estado do Amapá é
considerado, praticamente, o porto de entrada da raça negra no Amapá. Para lá
foram negros originários do Norte da África, na região de Marrocos
(Mauritânia), colonizados pelos portugueses que os trouxeram visando os
domínios lusitanos. Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram
os negros escravizados para a localidade Gurupá Mirim.
O Quilombo Gurupá Mirim, em, foi certificado
como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares. Associação Das
Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupá foi fundada em 05/11/1999.
Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o Governo do Estado do Pará,
através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA, outorga em favor da ARQMG -
Associação dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá. Aproximadamente 12.587 mil
escravos africanos, muitos ficaram espalhando nas fazendas do Marajó no
trabalho da pecuária. Alguns conseguindo fugir e se organizando em quilombo.
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3-
Gurupá,
identidade afro amazônida. Rumo aos 400 anos. autor GILVANDRO TORRES
Gurupá é fruto de um longo processo de
ocupação pelos holandeses que desejavam uma melhor comercialização com os
nativos da região, chamados pelos holandeses de Mariocay.
O termo “nativo”, entre outros significados,
é aquele que nasceu no lugar, ou originário daquele lugar. Dessa forma, o
correto é tratar os povos que chamamos de índios de povos originários ou
nativos.
Em 1623, o Forte denominado de Mariocay pelos
holandeses foi arrasado por Bento Maciel Parente capitão Mor e considerado conquistador
de Gurupá, tendo fundado o forte de Santo Antônio.
Os holandeses pretendiam colonizar o Brasil.
Não seria possível construir fortificações na Amazônia sem a mão de obra
escravocrata.
Então, eles trouxeram pessaos escravizadas da
Africa para as tarefas braçais, na
construção das feitorias no Xingu e Gurupá. O historiador Theodoro Braga descreve que a origem de Gurupá é indígena
e significa “Porto de canoas”.
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3-
A Lei 10.639/2003
obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e
cultura afro-brasileira.
O conteúdo programático deve incluir o estudo
da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
afro-brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à
história do Brasil.
O calendário escolar deve incluir o dia 20 de
novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Em referência a morte de ZUMBI dos
Palmares.
Já em 2008, outra lei federal 11.645/ 2008,
tornou obrigatório também o estudo da história e da cultura indígena, incluindo
a contribuição na formação da sociedade brasileira, conforme a lei anterior.
Qual a importância da Lei 10.639 nas escolas
que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana,
ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.
O objetivo dessa lei é combater o racismo em
nossa sociedade através da educação, visto que em nossa educação existe uma
supervalorização da história e cultura branco europeia em detrimento das
africanas e ameríndias.
Ensinado na escola que o brasileiro é
resultado da mistura de três etnias: o branco europeu, o negro africano e o
indígena nativo. A divisão do conteúdo ensinado, entretanto, não segue essa
proporção.
A história e complexidade dos povos indígenas
e da população negra se encontram muitas vezes resumidas à descoberta do Brasil
e ao período da escravidão.
A nossa grande diversidade é apagada nos
bancos escolares. Há uma tentativa de homogeneizar a cultura brasileira sob o
olhar do colonizador europeu. No Brasil desde 1989 existe a Lei Federal n.
7.716 que define como crime qualquer forma de preconceito de raça ou de cor.
Lei está que foi atualizada em 1997.
Determinando crime discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião. Transformando racismo em crime.
atualmente o dia 13 de maio é rememorado como
o dia nacional da luta contra o racismo. o brasil é uma mistura étnica dos
povos que aqui chegaram e já estavam os povos indígenas, atualmente 50% da
população se identifica como negra ou parda.
Muitos livros didáticos não expressão o lado
verdadeiro da história, em 1755 foi fundado a companhia geral do comercio do
Grão Pará e Maranhão com a finalidade de transportar os produtos da produção
paraense para Portugal e no retorno as embarcações traziam pessoas escravizada
de origem africana, funcionado durante 22 anos.
Aproximadamente 12.587 mil escravos
africanos, muitos ficaram espalhando nas fazendas do marajó no trabalho da
pecuária. alguns conseguindo fugir e se organizando em quilombo.
Os escravos africanos e seus descendentes
crioulos e mestiços influenciaram em profundidade a formação cultural do País,
os aspectos de nossa cultura na religião, música, dança, alimentação, língua,
temos a influência negra, apesar da repressão que sofreram as suas
manifestações culturais mais cotidianas. A preservação da cultura negra
significava a luta diária pela sobrevivência.
Embora ameaçados pelo cativeiro, proibidos de
praticar os seus ritos, vítimas de violência e separação física entre pessoas
do mesmo grupo familiar, eles continuaram lutando pela manutenção de seus
valores culturais.
A partir desse dialogo expressado neste livro com objetivo de
compreender nossa história Afro Amazônida com a necessidade de entender a
multiplicidade dos clamores e gritos amazônicos provocados e mantidos, até
hoje, pelo colonialismo interno.
Da mesma maneira que é importante, também, conhecer as bases, a realidade
e a história da Amazônia brasileira a partir de seus povos, etnias e
comunidades.
A presença afro- indigena é forte em vários aspectos culturais, como
culinária, música e religião.
A influência não é apenas em elementos tradicionais. Hoje, a mistura de
ritmos mostra que é possível trazer sons africanos, indígenas e ribeirinhos para
estilos típicos do região do norte e compartilhado pelas regiões do Brasil em
estilo único.
A cidade de Mazagão no Estado do Amapá é considerado, praticamente, o
porto de entrada da raça negra no Amapá.
Para lá foram negros originários do Norte da África, na região de
Marrocos (Mauritânia), colonizados pelos portugueses que os trouxeram visando
os domínios lusitanos a partir da construção de um forte na África.
Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram os negros
escravizados para a localidade Gurupá Mirim.
O Quilombo Gurupá Mirim, em Gurupá-PA, foi certificado como remanescente
de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.
No período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos
fugidos, mas também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços,
indígenas, entre outros.
Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que
possuem as mesmas tradições.
Associação Das Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupá foi
fundada em 05/11/1999. Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o
Governo do Estado do Pará, através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA,
outorga em favor da ARQMG - Associação dos Remanescentes de Quilombos de
Gurupá.
O que teria acontecido com os indígenas da nação Tupinambá que habitavam
próximo ao rochedo do forte de Gurupá antes da chegada dos portugueses. Os
indígenas foram dizimados, escravizados, o certo que a coroa portuguesa se
apoderou das terras gurupaense, num holocausto escondido entre os livros
didáticos nas inúmeras batalhas entre portugueses e holandeses.
A verdadeira vitima da invasão estrangeira e dos colonizadores
portugueses, foram os indígenas da nação Tupinambá; Que ocupavam pacificamente
essas terras. os verdadeiros donos.
À medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se
consumindo em guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no
trabalho escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.
Com a colonização portuguesa atraindo comerciantes que transferiam para
Portugal em navios de pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os
indígenas que eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos
onde era sua aldeia central.
O que temos é uma praça a beira mar que homenageia através de um coreto
o nome Mariocay que provavelmente eram da nação tupinambá, que de inicio a
praça era denominada "Coronel Magalhaes Barata". em homenagem ao
Interventor da época que tinha aliados políticos em Gurupá, com a troca de
poderes Ascenção de um novo modelo politico e aqueda do Baratismo, foi trocado
o nome da praça e rebatizada como Praça Mariocay.
Jorge Hurley em 1936 no livro “ noções de historia do Brasil ” descreve
que a Palavra mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e
Umary= queimado. Verdadeiro nome em Tupi: UMARY-CAY
Os holandeses chamavam de Mariocay os remanescentes da nação tupinambá
que viviam no local onde atualmente é a sede da cidade de Gurupá.
Alguns historiadores e pesquisadores acreditam que os holandeses fizeram
amizade com os indígenas e até comercializavam produtos, podemos descrever que
o cotidiano dessa época:
1- Os indígenas produziam roças,
e trocavam os produtos com os Holandeses, eram especialistas também na pesca de
tartaruga e no escambo troca de seus derivados como o óleo;
2- A caça de animais silvestre
com a comercialização da pele de onça, em troca os holandeses davam espelhos,
roupas e utensílios para agricultura.
3- Os Holandeses trouxeram
pessoas escravizadas em suas embarcações provavelmente angolanos e ajudavam no
trabalho pesado e no cultivo das terras pretas existentes em Gurupá para
plantação do tabaco que tinha um preço muito bom na Europa.
Acredito que deveria ter um trabalho arqueológico de campo, ainda temos
muitas informações guardadas neste solo. Gurupá Mirim é um dos maiores sítios
arqueológicos do período Pré colonial.
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3-
Pedro Teixeira, a Expedição que expandiu as fronteiras da
Amazônia brasileira.
Pedro Teixeira revelou-se decisivo para a definição
do território do Brasil, ao subir o rio Amazonas até Quito, no Equador, assim,
este português contribuiu para a definição do maior país da América Latina.
O Brasil é o único da América que tem o
português como língua oficial. Para delimitar as terras de Portugal e de
Espanha, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, ele fundou o povoado da
Franciscana, na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão em 25 de
julho de 1637, chefiou uma expedição partindo de Belém, com 45 canoas, setenta
soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do
rio amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano atlântico e o
peru, rota percorrida no século anterior por Francisco de Orellana.
Fundou
franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para
delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o tratado de Tordesilhas a
viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.
Pedro
Teixeira foi responsável por achar o melhor caminho terrestre fluvial entre os
Estados do Pará e o Maranhão e, as vias para as transações comerciais entre as
cidades de Belém e Bragança, que antes ocorria somente via rio Caeté.
Assim
encontrou o Caminho do Maranhão, criado pelos Tupinambás, posteriormente também
serviu para condução do gado de Piauí à Belém, atualmente é uma das principais
vias da capital, chamada de avenida Almirante Barroso.
De Gurupá partiu, em outubro
de 1637, esta incursão, considerada por muitos como a maior façanha sertanista
da região, observando a área, buscou viabilizar o acesso à região peruana por
via atlântica. Subiu os rios Amazonas e Negro onde deixou parte do grupo.
Prosseguindo, alcançou Quito, em outubro de 1638.
Pedro Teixeira tomava posse
das terras em nome do rei de Portugal, embora este Reino ainda estivesse sob o
domínio espanhol favorecidos pelas boas condições de navegação, aqueles homens
aventureiros deparavam-se a todo instante com riquezas naturais da flora
amazônica como o urucu, primeira especiaria a ser exportada para a Europa.
A Expedição de Pedro
Teixeira foi usada pela Coroa lusitana para reivindicar a posse da Amazônia. No
contexto histórico essa ocupação do Vale do Amazonas, foi realizada através da
instalação de fortes e missões religiosas nas margens dos rios.
Alguns capitães e
sertanistas experientes, como Antônio Raposo Tavares, Manuel Coelho e Francisco
de Melo Palheta, passaram a percorrer o Amazonas e seus afluentes descobrindo
comunicações fluviais, atingindo aldeamentos espanhóis na região oriental da Bolívia,
e coletando sem cessar as especiarias, com ajuda dos indígenas.
As atividades desenvolvidas
pela Coroa Portuguesa , assim e pelo religiosos
entre eles franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas, foram
importantes na expansão territorial, na conquista e na consolidação do domínio
português.
Pedro Teixeira Capitão
português expandiu as fronteiras da atual Amazônia brasileira e sua maior façanha, a primeira expedição subindo o
rio Amazonas, de leste para oeste, até Quito, percorrendo mais de 10000km em
terras desconhecidas, entre 1637 e 1639, possibilitou a aquisição de terras a
oeste do Tratado de Tordesilhas, por Portugal, no século seguinte, aumentando o
território da Coroa Portuguesa.
Em 1639
“O Capitão-mor Pedro Teixeira começa em Quito a sua viagem de regresso para o
Pará. Acompanhavam-no vários religiosos, entre os quais o Padre Christobal de
Acuña, jesuíta autor da relação desta viagem (Nuevo descubrimento del gran rio
de las Amazonas), que partira de Cametá em 28 de outubro de 1637, terminou a
sua famosa expedição no dia 12 de dezembro de 1639.
O
Capitão-mor Pedro Teixeira, de volta de Quito, chega à foz do Aguarico no Napo,
e toma posse da margem esquerda deste último rio, em nome de Filipe IV, para
servir de divisa entre os domínios de Portugal e Castela”.
O século XVI, quando os europeus atingiram o
rio Amazonas, encontraram uma floresta habitada por povos indígenas durante a
conquista e a colonização portuguesa desse território as populações indígenas
foram reduzidas drasticamente, sobretudo por causa das doenças trazidas pelos
europeus.
Atualmente a Amazônia está composta
principalmente por pessoas miscigenados (índios, brancos e negros). Pedro
Teixeira foi um português que se tornou, em 1637, o primeiro europeu a viajar
até toda a extensão do Rio Amazonas.
Será sempre lembrado pela Expedição através
do Rio Amazonas, chegando a região da Cordilheira dos Andes, de onde seguiram
viagem até Quito (atual capital do Equador), na época a cidade pertencia a Real
Audiência de Quito, um território administrativo, na época parte do Vice-Reino
do Peru.
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Francisco Orellana, o descobrimento do Rio Amazonas. Autor: GILVANDRO TORRES
O primeiro europeu a navegar o rio amazonas foi Francisco Orellana participou com Francisco Pizarro da conquista do Peru submetendo o Império Inca ao domínio espanhol em 1532-1535. O explorador espanhol Francisco Orellana, vindo do Peru por via fluvial, atingiu o rio amazonas, então chamado de mar dulce.
Em seus relatos documentais narram a viagem
onde encontrou o navegador Gonzalo Pizarro navegaram no percurso da Amazônia
uma das mais ricas biodiversidade e um conjunto de ecossistema que abrange a
bacia amazônica uma das maiores florestas tropicais do mundo.
Objetivo da Expedição era encontrar uma
suposta e valiosa plantação de canela, uma valiosa especiaria do século XVI a
canela servia para várias utilidades.
A canela, juntamente com outras especiarias,
como o cravo, a pimenta-do-reino e a noz-moscada, era utilizada como moeda de
troca para pagar serviços, impostos, dívidas, acordos, obrigações religiosas e
servia até mesmo como dotes, heranças, reservas de capital e divisas de um
reino.
A metade da expedição
vários tripulantes haviam morrido ao adentrar pela floresta acharam as arvores
de canela eram poucas e de baixo valor comercial. Esta expedição, como tantas
outras antes e depois dela, foi motivada pela lenda do ‘El Dorado’ e do ‘País
da Canela’, regiões de riquezas incomensuráveis que os espanhóis julgavam
existir na Amazônia.
A comida havia acabado as
expedições se separaram esse período compreende ao século XVI, tendo uma
perigosa descida a rio abaixo Orellana depois de meses de busca e seguindo a
correnteza do rio e temporais no temido inverno amazônico, sendo seguido pelos
indígenas, alguns hostis e outros pacíficos.
Sendo frequentes os ataques
segundo relato do Frei Carvajal foram atacado por mulheres indígenas com
habilidades com arcos e flecha. O
encontro com as conhapuiaras À medida que desciam rio, os espanhóis passaram
por muitas aldeias tributárias das Amazonas, até que no dia 24 de junho teria
ocorrido o violento encontro com as índias guerreiras. O episódio recriou a
lenda das amazonas em uma versão para a América, e inspirou a imaginação dos
aventureiros europeus. Ao ser informado do relato, o Rei Carlos V da Espanha
ficou de certo modo tão impressionado que assim deu o nome ao rio – Amazonas,
nome que também se estendeu à maior floresta equatorial do mundo que o cerca.
Acampam numa ilha do delta, após longas noites, doenças mortais, falta de alimentação, conflitos com indígenas, a tripulação sofre os segredos da floresta amazônica, o próprio Orellana falece em 1546 sem uma localização especifica ao longo do rio amazonas.
Certas fontes históricas acreditam que os
colonizadores e exploradores europeus chegaram a Amazônia, as populações
indígenas falavam mais de 1.300 diferentes línguas.
As terras que os Tupis chamavam de Pindorama
desde antes de 1.500, a região que chamamos de Pan Amazônia é uma região
geográfica latino americana, que compreende nove países e 67% pertencem ao
Brasil.
O território tem 7,8 milhões de KM² de
superfície e conta com 34 milhões de habitantes aos quais cerca de 3 milhões
são povos originário da Amazônia.
Uma mistura de biodiversidade ambiental e uma
vasta riqueza cultural, histórica e religiosa. A cultura indígena possui
importante papel dentro da construção da identidade nacional.
Com a velocidade das águas o rio amazonas tem
uma coloração barrenta, um longo percurso arrastando argila, areia e devido a
densidade e temperatura desde a região dos andes peruano.
O que atraiu os exploradores na Amazônia, as
famosas descrições do El dourado a cidade de ouro, assim sucederam expedições
exploratórias e tentativas de colonização.
Entre várias expedições que percorreram a
região. Importante mencionar que as cerâmicas mais antigas da América, foram
encontradas na Amazônia, na região do Tapajós e no Marajó.
A conquista da Amazônia está marcada por
conflitos pela violência, quando os colonizadores chegaram ao litoral, os
Portugueses encontraram a arvores que chamaram de Pau Brasil, o nome correto na
língua tupi-Guarani “ Ibirapitanga”. Uma arvore com madeira excelente para
moveis, tingir tecidos e ornamentos.
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2- Amazônia um território diversificado e intercultural. autor: GILVANDRO TORRES
A floresta amazônica é de uma importância
para o planeta, rica biodiversidade e multicultural, hoje a riqueza da floresta
e dos rios amazônicos está ameaçado pelos grandes interesses econômicos,
contaminação dos rios e expansão das atividades de extração mineral ilegal.
A importância dos indígenas e dos negros na
grande diversidade cultural e religiosa, seus saberes diferentes,
espiritualidade, crenças que provocou expressão amazônica na cultura da
identidade afro amazônida na região.
No contexto histórico percebe-se que a
colonização na região da Amazônia não
foi pacifica, a região Amazônia equivale a 35% das áreas florestais do planeta,
o ecossistema correspondem ao predomínio do clima equatorial úmido, sendo um
dos locais mais chuvosos do planeta.
Apresentando enorme biodiversidade.
Classificando como ecorregiões amazônicas. A floresta amazônica apresenta em
três níveis diferentes: mata do igapó, que permanece alagada com arvores que
chegam a 20 metros, a várzea é alagado durante as cheias e tem arvores
características como seringueira.
A terra firme constitui 75% da floresta onde
a agua não atinge seu solo. Esses são os níveis da floresta amazônica.
Imagem-07 Amazônia Legal- fonte IMAZON
A Amazônia Legal abrange nove estados do
Brasil: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins
e uma parte do estado do Maranhão.
As principais atividades econômicas
desenvolvidas na região são a agricultura, a pecuária e o extrativismo.
Em relação à atuação de indústrias, atualmente,
um dos maiores problemas enfrentados pela Amazônia Legal está relacionado com o
desmatamento excessivo.
Esse fator tem comprometido o ecossistema bem
como as populações que nele vivem. Cerca de 55% de todos os povos indígenas que
habitam o Brasil vivem na área da Amazônia legal.
A degradação do ambiente, potencializada pelo
desmatamento, afeta diretamente a conservação do ambiente natural e traz sérias
consequências ao ecossistema amazônico.
A extração dos recursos minerais valiosos, a
exploração exagerada das florestas e os métodos de mineração levam ao
desmatamento, à erosão do solo e à contaminação da água com o uso do mercúrio e
os resíduos.
Em muitas partes da Amazônia, a exploração ilegítima
do ouro gera prejuízo as comunidades locais.
Amazônia Legal é
uma nomenclatura usada para demarcar os estados brasileiros responsáveis pela
parte no Brasil.
A Amazônia Legal está
dividida em Amazônia Ocidental e Amazônia Oriental.
A primeira se localiza no
centro geográfico da Amazônia continental, ocupando uma área de
2 194 599 km².
Esta área corresponde a
25,7% do território brasileiro, tem 6 242 000 habitantes,
segundo censo de 2010 e foi criada pelo decreto-lei 356/68. segundo este, constitui-se dos estados de Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.
Já a Amazônia Oriental é
definida por exclusão, restando ser constituída por: Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará.
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1- Identidade
Afro Indígena na Amazônia. Autor: GILVANRO TORRES
Para extrair o pau Brasil
os portugueses utilizavam do trabalho e conhecimento indígena, desde a derruba,
corte dos galhos e madeira que traziam até a praia onde estavam ancorados os
navios, era feito o sistema de trocas não utilizando moeda o escambo, trocando
madeira por espelho, facas, machados e tecidos.
Os contatos entre os
colonizadores e os povos indígenas, foram elementos de dominação através da
exploração dos recursos naturais, consequência o desaparecimento das línguas
indígenas e a forte catequese que obrigava os indígenas a mudar o
comportamento, inserindo nomes europeus, costumes, foi um processo de
colonização com escravidão indígena, violência contra mulheres e doenças
transmitidas pelos não indígenas.
Estima-se que populações
inteiras foram dizimadas e tribos abandonaram suas terras, seus costumes e sua
língua de origem, a miscigenação é o resultado da diversidade a diferença se
deve à influência de outras línguas, as línguas indígenas, por exemplo: nosso
vocabulário está cheio de palavras de origem tupi: além da língua, os
portugueses também trouxeram instrumentos feitos de ferros como machados,
espadas, facões, armas de fogos e etc.
Que não eram conhecidos
pelos nossos indígenas, com a chegada dos negros trazidos pelos portugueses, o
Brasil incorporou as características em sua cultura. Para a religião, os negros
trouxeram a crença nos espíritos, o candomblé.
Na música brasileira são
utilizados vários instrumentos de origem africana, os povos africanos também
influenciaram na nossa língua portuguesa, com sotaques e palavras como senzala,
quando os colonizadores chegaram ao Brasil, várias tribos indígenas eram
inimigas entre si.
Os colonizadores faziam uso
das rivalidades, aliando-se a algumas tribos para derrotar outras, o que
facilitava sua dominação sobre o território, durante os primeiros anos da
chegada dos portugueses a América, os nativos foram tratados "como
parceiros comerciais", uma vez que os interesses portugueses voltavam-se
ao comércio do pau-brasil, realizado na base do escambo.
Os missionários jesuítas
eram contra a escravidão indígena no Brasil, mais impunham a conversão a
religião católica.
Os Tupinambás ocupavam a
foz, tiveram suas terras saqueadas, a história não relata mais houve muito
derramamento de sangue indígena, região ancestral tupinambá Mairí, atual Belém
foi um exemplo capitaneado pelo Cacique Guaimiaba.
A língua universal indígena
era Nheengatu. Herdamos dos povos originários a culinária, andar descalço,
deitar em redes, tomar banho diário além de praticar artesanatos com fios e
fibras.
Os lusitanos ocuparam a
região com a implantação do forte do presépio em Belém, as batalhas contra os
holandeses, franceses e corsários ingleses para assegurar o domínio da Amazônia
oriental e os povos indígenas no processo de colonização foram perdendo suas
terras, devido ao surgimento de Vilas e Fortificações, essas fortificações eram
bases militares construída uma pequena casa de madeira e palha com um muro de
pedras e canhões médios carregáveis de frente para o rio.
O Estado do Pará apresenta
uma das maiores diversidades etnias do Brasil contando com 55 etnias e 77
territórios indígenas em 52 municípios paraense, o que representa 25% do Pará
pertence aos povos originários contando com 60 mil indígenas.
O Brasil conta com 305
povos indígenas e 274 línguas originárias diferentes, a demarcação de terras
indígenas é um direito ancestral previsto na Constituição cidadã de 1988, há
mais de 500 anos lutam pela proteção de suas famílias, culturas e terras.
A Amazônia, pesquisas
cientificas documentam que a ocupação remontam ao período da pedra, além dos
povos tapajônica, marajoara e konduri, outros povos da Guiana estiveram aqui
entre a região de Santarém e Xingu.
No século XVIII a população
amazônica somava cerca de 54.200 e atualmente são menos de 12.000 com cerca de
21% do território nacional, os primeiros contatos deu-se pelo século XIV com
holandeses na região de Gurupá, relatos que grupos indígenas viviam harmonia
entre engaibas, mapuas, aruanes, taconhapés, ingabaybas.
Os primeiros contatos com
os europeus deu-se necessário através de técnicas necessária como a linguagem
universal indígena, contudo o desaparecimento de línguas indígenas foi
concentrada em dois troncos linguísticos: macro e Tupi.
Estima-se que 75% das línguas
se perderam ao longo de 500 anos e parte dos povos indígenas que viviam na
costa, no período da colonização, falavam línguas que pertenciam ao tronco
Tupi.
Dentro desse tronco, o
Tupinambá era uma das línguas gerais que existiram no Brasil e que era usada
para se comunicar com os indígenas, o Tupi não é o único tronco linguístico
indígena existente no Brasil. O tronco macro-jê é outro grande exemplo.
Os colonizadores se
apossaram de terras e intensificaram o tráfico de pessoas escravizadas trazida
do continente Africano.
O Tupi Guarani era língua
originaria em 1751 uma provisão real proibiu a utilização do Tupi, nossa linga
recebeu influência dos povos originários e também dos povos da África que aqui
chegaram forçadamente para trabalhar.
O Tupi se originou da
língua tupinambá que foi incorporado a nação indígena tupinambás e a nossa
língua ganhou diferencial da língua portuguesa falada em Portugal.
Os dialetos, costumes
linguísticos, o legado do povo africano e indígenas contribuiu para os dias
atuais uma enorme herança cultural, a beleza e cultura a culinária tem
influência dos negros e indígenas assim como as festas populares danças e
ritmos
Quem somos nós e uma
pergunta a ser em nossas comunidades, reconhecer a diversidade cultural de
nossa formação pode ser uma maneira de compreender nossa riqueza cultura.
A cultura
afrodescendente no Brasil veio da cultura africana chegou às terras brasileiras
pelos africanos trazidos para cá para servirem de escravos, os navios
carregavam pessoas de várias etnias africanas, o que permitiu a pluralidade
cultural de origem africana no Brasil.
Deste contexto
nasceu a fusão entre a cultura africana e os vários elementos da
cultura indígena e europeia, nasceu no país uma cultura muito vasta.
Se buscarmos em nossas
origens, diversos são os elementos que compõem a nossa formação tradicional e
têm origem no continente africano.
Candomblé e umbanda são
religiões originalmente brasileiras, mas que surgiram com base em elementos religiosos
africanos, consiste no culto aos orixás da cultura iorubá, enquanto a umbanda é
uma forma sincrética entre o candomblé, o catolicismo e o espiritismo
kardecista. Sendo uma religião monoteísta que acredita na existência da alma e
na vida após a morte. A palavra “candomblé” significa “dança” ou “dança com
atabaques” e cultua os orixás, normalmente reverenciados por meio de danças,
cantos e oferendas.
A partir do momento que a
Igreja Católica faz a fusão de elementos culturais desse povo na religiosidade,
ela já configurou uma forma de sincretismo religioso, o sincretismo de origem
afro surge com a religião católica, numa busca de camuflar as suas crenças, que
eram totalmente proibidas em país católico.
Embaixo do altar católico e
das imagens de santos os negros louvavam e cultuavam seus orixás, tendo assim o
sincretismo afro-brasileiro, os santos foram justapostos aos orixás africanos.
Essa mistura religiosa originou as religiões afro-brasileiras. Os portugueses
aderiram ao comercio de pessoas escravizadas da África para o Brasil ficou
conhecido na história como Tráfico negreiro.
No continente africano os
portugueses trocavam armas, tecidos por pessoas capturadas por chefes tribais,
essas pessoas escravizadas eram aprisionados nas guerras tribais e eram
negociados por mercadores, embarcados nos navios negreiros, muitos adoeciam e
faleciam, as viagem ao Brasil levava até seis semanas, uma viagem com
violência, suicídio, pouca agua potável, e alimentação escassa, as regiões que
mais forneceram pessoas escravizadas, foram os países: Cabo da Guiné, Reinos do
Congo e Angola.
Pertenciam grupos étnicos
sudaneses(Nigéria), Daomé (Costa do Marfim), Bantos (capturados no Congo),
Angola e Moçambique. 388 anos o Brasil teve economia ligado ao trabalho
escravo, as formas mais desumanas eram o acoitamento público e o chicote amento
na senzala, as feridas eram aplicadas limão e sal.
Os africanos trazido a
força do continente africano, alguns se atiravam em alto mar, a travessia do
atlântico era tormento mais de 12 mil africanos vieram nos navios negreiros.
Alimentação era constituída por farinha de mandioca, milho e carne seca, uma
das doenças mais comuns era o Escorbuto que provoca dores no corpo, inchaço
pela falta de vitamina C no organismo.
A cultura indígena e
africana possui importância fundamental na construção da identidade nacional
brasileira, ela está presente estudar a história e cultura Afro-brasileira e
indígena é descobrir nossas raízes, nos ajuda a entender o passado, pensar no
presente desmistificando ações e falas preconceituosas e nos possibilita
construir um futuro melhor, mais humano e igualitário.
A obrigatoriedade de
inclusão de História e Cultura afro-brasileira e africana nos currículos da
educação básica é um momento histórico que objetiva não apenas mudar um foco
etnocêntrico, marcadamente de raiz europeia para um africano, mas sim ampliar o
foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e
econômica brasileira.
Nessa perspectiva cabe às
escolas incluir, no contexto dos estudos, atividades que abordem diariamente as
contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de
asiáticos, além das raízes africanas e europeias.
Em 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram na baía de Guajará onde, numa ponta de
terra, foi fundado o Forte do Presépio, atual cidade de Belém,
capital do Estado do Pará.
A
fundação de Belém do Pará, em 1616, serviria de ponto de apoio e partida para
várias entradas que iriam explorar a Floresta Amazônica, no que hoje seriam os
territórios do Pará, Amazonas e Amapá.
O
Militar Bento Maciel Parente, veterano de guerra da Paraíba e Rio Grande do
Norte, e que posteriormente confrontou os holandeses e ingleses, com a criação
do Estado do Maranhão, foi nomeado Capitão-Mor do Grão-Pará.
Fundou
alguns fortes ao longo do rio Xingu, como os fortes Santo Antônio de Gurupá. Ao
longo do rio Xingu, confrontou forças holandesas que haviam montado fortes ali,
saindo vitorioso no final.
Em
maio 1623, junto com Luís Aranha de Vasconcelos, Aires de Souza Chichorro e
Salvador de Melo, Bento Maciel Parente conquistou dos holandeses os pontos
fortificados de Muturu (atual Porto de Moz) e Mariocay atual Gurupá), próximo à
foz do rio Xingu, fundando no lugar do Forte de Mariocay, o Forte de Santo
Antônio de Gurupá, fazendo dele a base de apoio para as suas arrancadas,
expulsando nos anos seguintes os neerlandeses do Baixo Xingu e do rio Tapajós.
A
ação realizada no Forte de Mariocay foi um grande feito. Liderando cerca de 70
soldados e aproximadamente mil índios em canoas nativas, o Capitão-mor do Pará
investiu contra os invasores holandeses, que não impediram o ataque
luso-brasileiro à fortificação.
Bento
Maciel Parente, buscando ludibriar a guarnição holandesa, manobrou na parte
leste do Baixo Xingu, provocando a debandada dos invasores fugindo rumo à
selva.
O
que teria acontecido com os indígenas que habitavam próximo ao rochedo do Forte
Mariocay, fundado pelos holandeses em Gurupá, certo que foram dizimados,
escravizados, num holocausto escondido nas inúmeras batalhas entre portugueses
e holandeses.
A
verdadeira vítima da invasão estrangeira e dos colonizadores portugueses, foram
os indígenas que viviam e ocupavam pacificamente essas terras.
À
medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em
guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho
escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.
Com
a colonização atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em navios de
pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os povos originários que
eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era sua
aldeia central, que provavelmente eram da nação Tupinambá.
Jorge
Hurley em 1936 no livro “noções de história do Brasil ” descreve que a Palavra
mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary=
queimado.
E a
palavra que deu origem ao nome Gurupá, baseia-se que os portugueses chamavam de
“Corupá”, porque os indígenas afirmavam que ali era um porto de canoa ou seja
origem era Iguaru pába, porto e seria chamado de igararupá ou seja um porto de
muitas canoas.
Informações
precisas de Francisco Adolpho Varnhagem no seu livro história do Brasil do ano
de 1962.
Os
holandeses que sobreviveram fugiram para ilha grande de Gurupá. Houve outra
batalha após um navio holandês, comandado por um capitão inglês chegando a frente
a cidade de Gurupá, os portugueses atacaram e afundaram o navio, matando todos.
Os
indígenas leais aos holandeses foram mortos, alguns sobreviveram e se tornaram
escravos, para posterior reconstrução do forte em pedras e argila.
Bento
Maciel Parente ficou em Gurupá, onde após destruir o forte dos holandeses,
construí sobre taipa um forte invocando a proteção de Santo Antônio em 1623.
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