quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 

REALIZANDO UMA PALESTRA CULTURAL

 

A diversidade cultural em Gurupá e ampla e rica em criatividade. 

São grupos e pessoas que com muito carinho e dedicação mantém as diversas culturas vivas em Gurupá. 

São entidades e pessoas que fazem a diferença na sociedade gurupaense.

 As associações e grupos comunitários oficialmente registrados no município são os que possuem inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. 

Podem ser reconhecidos pelas referências como promotores do desenvolvimento cultural e educacional de Gurupá. 

Faremos, a seguir, uma breve descrição sobre esses grupos e associações.



ASSOCIAÇÃO CULTURAL, ESPORTIVA E BENEFICENTE “MAÇÃ DO AMOR”. Na década de 80 em Gurupá, surgiu uma manifestação folclórica denominada “Quadrilha Maluca”, aonde seus brincantes vinham caracterizados dos mais diversos personagens folclóricos brasileiros. Essa iniciativa partiu de um grupo de amigos que tinham o interesse voltado apenas para o entretenimento, visto que tais amigos reuniam-se somente em período de férias. Contudo, o grupo teve um crescimento significativo tanto em número de brincantes quanto nas participações em terreiros juninos. 

Em 1989, o grupo foi intitulado “Quadrilha Maçã do Amor” assim também reconhecida pela população, conquistando um considerável número de simpatizantes e admiradores.

 A E.E.E.F.M. Marcilio Dias, no ano de 1994 realizou o 1º concurso de quadrilhas, onde a Maçã do Amor conquistou o seu primeiro título. 

A partir daí a quadrilha já se apresentava em terreiros promovidos por escolas, e comunidades existentes no município de Gurupá. 

Através de convites passou a se apresentar também em quadras juninas de outros municípios, como: Breves, Porto de Moz, Souzel e Almeirim, entre outros. 

Foi Campeã municipal nos anos de 1994, 1996, 1997, 1999, 2000 e 2012. E Campeã Intermunicipais nos anos de 1998, 2002 e 2003. 

Em 2006 os ex-brincantes, também chamados de veteranos, assumiram a coordenação do grupo e com todas as adversidades possíveis, principalmente o apoio financeiro, a Quadrilha Maçã do Amor trouxe para a quadra junina as mais variadas temáticas.
 Por uma cultura junina fortalecida em nosso município, foi despertado no grupo o desejo de se tornar esta simples quadrilha junina em uma associação legalmente reconhecida, onde seus interesses abrangessem não somente o cultural mais também o sócio educacional dessa forma, inicia-se o processo de legalização, que finalmente foi concluída em 2008, fundando-se assim a “Associação Cultural Desportiva e Beneficente Maçã do Amor”.

 

O art. 215 da Constituição da República Federativa do Brasil diz que é garantido a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional. Portanto, o acesso à arte e à cultura são condições fundamentais para o exercício pleno da cidadania é necessário fazer com que todos tenham contato com os bens simbólicos e conteúdos culturais do passado e do presente, diversificando as fontes de informação. Isso requer a qualificação dos ambientes e equipamentos culturais em patamares contemporâneos, aumento e diversificação da oferta de programações e exposições, atualização das fontes e canais de conexão com os produtos culturais e a ampliação das opções de consumo cultural doméstico. O Poder Público e a Sociedade devem pactuar esforços para garantir as condições necessárias à realização dos ciclos que constituem os fenômenos culturais, fazendo com que sejam disponibilizados para quem os demanda e necessita. Nessa perspectiva, a cultura é vetor essencial para a construção e qualificação de um modelo de desenvolvimento sustentável e a implantação do Plano Municipal de Cultura em construção no município, visa práticas e bens artísticos e culturais nas dinâmicas econômicas contemporâneas, com vistas à geração de trabalho, renda e oportunidades de inclusão social, será um desafio permanente para os gestores culturais. PAPEL DO GESTOR NA POLÌTICA CULTURAL DO MUNICÌPIO DE GURUPÁ O Gestor Cultural deverá priorizar a qualidade, eficácia e a eficiência, bem como o atendimento às demandas sociais; estimulando a criação, produção, difusão, acesso, consumo, documentação e memória por meio de subsídios diversos, como os mecanismos de crédito e fundos privados, além de diversos patrocinadores para que haja desenvolvimento efetivo na área da Cultura. É necessário, para isso, promover a diversidade cultural reconhecendo a abrangência das atividades e valores culturais populares, compreendendo a cultura a partir dos direitos e da liberdade dos cidadãos. Ao gestor cultural cabe, sobretudo, apresentar propostas para o desenvolvimento da cultura no município fomentando a promoção e o desenvolvimento das atividades culturais, esportivas, de entretenimento e lazer no município, aproveitando os espaços públicos e abertos onde a população possa desfrutar das iniciativas culturais, sendo, também, um instrumento de integração cultural, resguardando bens, documentos, acervos, artefatos, vestígios e sítios, assim como as atividades, técnicas, saberes, linguagens e tradições. Para tanto, junto ao poder público municipal, deverá contribuir para o desenvolvimento de estratégias e ações em curto prazo, tais como a Implantação do Plano e do Sistema Municipal de Cultura.

 

Vila Carrazedo tem vários séculos de história, pois, lá é um de nossos distritos e antigamente foi denominado de Vila de Arapijó, o lugar a ser estudado fica próximo a sede do município de Gurupá a uns 35 quilômetros aproximadamente, é um distrito que faz divisa com o Município de Porto de Moz. O Distrito do Carrazedo é um dos principais pontos de referência do Município de Gurupá, sendo sua história um marco importante na história desse município, pois esse lugar já funcionou Cartório, Delegacia e teve até Prefeito. Além de possuir uma vasta riqueza arqueológica e natural, que deveria ser mais valorizada pelo poder público, num processo de preservação e exploração turística dessa riqueza. A comunidade hoje no geral é constituída por uma escola de grande porte onde funciona o ensino pré-escola, ensino fundamental e ensino médio, além do Projeto Mundiá e o EJA (Educação de Jovens e Adultos), temos também o Centro Comunitário para realização de eventos religiosos e a Capela de São José que destina-se unicamente para os momentos de orações da comunidade. A vila conta também com uma filial do STTR de Gurupá, onde os associados pagam suas mensalidades e garantem seus direitos enquanto trabalhadores rurais e é em Carrazedo que encontra-se a diretoria da maior associação de remanescentes de quilombos de Gurupá que é a ARQMG. A Vila do Carrazedo já situou-se na Terra Firme, com o nome de povoado de Arapijó em meados do século XVIII. Há relatos que na década de 60, as famílias começaram a descer para a margem do Rio Xingu, devido às dificuldades encontradas para a sobrevivência no alto, principalmente pela falta de água, que na época era retirada do rio. Isso era feito de modo rudimentar onde as pessoas carregavam a água, subindo uma longa ladeira causando uma extenuante rotina. Esse povoado funcionava como uma Sub-Sede do município, onde por muito tempo funcionou o Cartório de registro civil que tinha como Juiz o senhor Vieira e como registradores Laurindo Bastos e José Bastos, sendo depois da morte deste último transferido para a Cidade de Gurupá onde Juiz era o Doutor Cristo. No local também havia uma Cadeia Pública, na forma de gaiola e sem cobertura. Na época o comissário de polícia era o senhor Manoel Magalhães. O antigo Carrazedo tinha duas ruas, onde situaram-se também um Grupo escolar que já tinha o nome de São José, duas Igreja (capela) e um Cemitério chamado pelo nome de São Sebastião, dos quais ainda podemos ver ruínas em decomposição. FONTE: VILA CARRAZÊDO – HISTÓRIAS E CONQUISTAS- OZIMAR DA SILVA ALHO- 2016

 O legado que o antropólogo - Charles Wagley, (09/11/1913 – 25/11/1991), antropólogo americano que se notabilizou por estudos de populações indígenas e caboclas, notadamente em Gurupá, Pará, onde realizou a pesquisa que deu origem a uma de suas obras mais conhecidas, “Uma Comunidade Amazônica” , Charles Wagley chegou ao Brasil em 1938/1939, a teve importância fundamental na consolidação da Antropologia no Brasil, sendo várias vezes citado como estando entre os mais importantes representantes da disciplina. 

Além de heranças em outras áreas, como a saúde, quando funcionário do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), e ter se envolvido com a população brasileira, desconstruindo a ideia de sujeito/objeto como entes separados e distantes. 

Deste modo, sua vida e sua obra são de extrema importância para a historia de Gurupá. 

Esses estrangeiros pesquisaram em epocas diferentes nossa historia gurupaense: Arlene Mari Kelly, Family, Church and Crown: a social and demographic history of the lower Xingu river valley and the municipality of Gurupá, 1623/1889- 1984/ University Of Florida. Richard Brown Pace, Economic and political change in the Amazonian community of ITA, Brazil/ 1987- University of Florida. Girolamo Domenico Treccani, Regularizar a terra: um desafio para as populações tradicionais de Gurupá/ 2006- Universidade Federal do Pará, Núcleo de altos estudos amazônicos.

 

O QUE EU ENTENDI LAUDATO SI

Teólogo Leonardo Boff ressalta que o sujeito histórico desta libertação seria o POVO OPRIMIDO que deve elaborar a CONSCIÊNCIA de sua situação de oprimidos, organizar-se e articular práticas que intencionem e apontem para uma sociedade alternativa menos dependente e injustiçada. 

Paulo Freire no livro “Pedagogia do oprimido” esclareceu “Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora?

 Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? 

Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação? 
Libertação a que não chegarão pelo acaso, mas pela busca; pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela. 

A ideia de libertação em relação à dada condição social passa pelo próprio sujeito seria necessário que no papel pedagógico se desenvolvesse um posicionamento crítico, levasse as pessoas a pensarem na sua condição, para então, refletindo sobre as desigualdades, estaria preparada para engajar-se na luta por sua libertação.

 “A Igreja está na Amazônia não como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderam”.
 Papa Francisco. Aprendemos com a Encíclica Laudato SÌ (Louvado Sejas) que há duas crises graves e urgentes que se articulam e se influenciam: CRISE CLIMÁTICA: Mudanças Climáticas: o impacto mais pesado dessas alterações recai sobre os oprimidos. CRISE ECOLÓGICA: o meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos, os seres humanos de "cultivar e guardar". 

Papa Francisco critica o CONSUMISMO e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a DEGRADAÇÃO AMBIENTAL e as ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. CAPITALISMO: O individualismo consumista como centro da vida social. Os efeitos causados pelos grandes projetos predatórios: hidrelétricas, mineradoras e garimpos, agropecuária e madeireiros. . 

PROVOCA: desordenado êxodo rural; o deslocamento forçado; aumento dos índices de violência urbana, no campo e contra indígenas; 

PIOR: desemprego e degradação humana. O Papa Francisco nos propõe : ECOLOGIA INTEGRAL, onde o ser humano e a natureza encontram-se interligados. 

PARA MANTER UMA POSTURA: de defesa da vida no Planeta, QUE VISA: a promoção da educação ambiental e o compromisso com as atuais e futuras gerações.

 A Encíclica em seu ponto reflexivo permite questionar: "QUE TIPO DE MUNDO QUEREMOS DEIXAR A QUEM VAI SUCEDER-NOS, E AS NOVAS GERAÇÕES COMO VÃO VIVER E CRESCER?" 

A encíclica chama todos a reconhecer que os efeitos da crise ambiental atingem, sobretudo os pobres e lembra que uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem de questões sociais. 

FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE são virtudes Teologais, infundidas por DEUS e em tudo o que nos revelou, onde a nossa igreja propõe e crer. Pela FÉ: cremos em Deus; Pela ESPERANÇA, esperamos nele; 

Pela CARIDADE, amamos a DEUS e ao PRÓXIMO. Quando estudamos um pouco de SOTERIOLOGIA que se relaciona com “salvação”, pois a palavra deriva de SOTER que em grego significa: “SALVAÇÃO” “LIBERTAÇÃO” “PRESERVAÇÃO”, isto porque uma palavra grega pode ter mais do que um significado, trata da redenção da humanidade pecadora pelo sacrifício de Jesus Cristo. “Liberdade” é um dos significados de “SOTER”. Esse é o caminho, a quem adere a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. 

Somos todos discípulos de Jesus. Cristo não morreu numa prisão, foi preso torturado condenado e crucificado por esta ao lado dos oprimidos, a pergunta quando a gente encontra um cristão que não faz nada, que tipo de Fé que tem que ficam inertes as opressões e as situações de desigualdade, o cristão tem que ser ativista

Quem cruza os braços e fica olhando para cima não entendeu nada, não entendeu a mensagem do evangelho de Cristo que veio para ficar ao lado dos pobres e não dos opressores.