Projeto Cultural foi idealizado e Coordenado por GILVANDRO TORRES com objetivo do dialogo sobre a realidade de nossa Amazônia Gurupaense.
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
A diversidade cultural em Gurupá e ampla e rica em criatividade.
São grupos e pessoas que com muito carinho e dedicação mantém as diversas culturas vivas em Gurupá.
São entidades e pessoas que fazem a diferença na sociedade gurupaense.
As associações e grupos comunitários oficialmente registrados no município são os que possuem inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.
Podem ser reconhecidos pelas referências como promotores do desenvolvimento cultural e educacional de Gurupá.
Faremos, a seguir, uma breve descrição sobre esses grupos e associações.
O art. 215 da Constituição da República Federativa do Brasil diz que é garantido a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional. Portanto, o acesso à arte e à cultura são condições fundamentais para o exercício pleno da cidadania é necessário fazer com que todos tenham contato com os bens simbólicos e conteúdos culturais do passado e do presente, diversificando as fontes de informação. Isso requer a qualificação dos ambientes e equipamentos culturais em patamares contemporâneos, aumento e diversificação da oferta de programações e exposições, atualização das fontes e canais de conexão com os produtos culturais e a ampliação das opções de consumo cultural doméstico. O Poder Público e a Sociedade devem pactuar esforços para garantir as condições necessárias à realização dos ciclos que constituem os fenômenos culturais, fazendo com que sejam disponibilizados para quem os demanda e necessita. Nessa perspectiva, a cultura é vetor essencial para a construção e qualificação de um modelo de desenvolvimento sustentável e a implantação do Plano Municipal de Cultura em construção no município, visa práticas e bens artísticos e culturais nas dinâmicas econômicas contemporâneas, com vistas à geração de trabalho, renda e oportunidades de inclusão social, será um desafio permanente para os gestores culturais. PAPEL DO GESTOR NA POLÌTICA CULTURAL DO MUNICÌPIO DE GURUPÁ O Gestor Cultural deverá priorizar a qualidade, eficácia e a eficiência, bem como o atendimento às demandas sociais; estimulando a criação, produção, difusão, acesso, consumo, documentação e memória por meio de subsídios diversos, como os mecanismos de crédito e fundos privados, além de diversos patrocinadores para que haja desenvolvimento efetivo na área da Cultura. É necessário, para isso, promover a diversidade cultural reconhecendo a abrangência das atividades e valores culturais populares, compreendendo a cultura a partir dos direitos e da liberdade dos cidadãos. Ao gestor cultural cabe, sobretudo, apresentar propostas para o desenvolvimento da cultura no município fomentando a promoção e o desenvolvimento das atividades culturais, esportivas, de entretenimento e lazer no município, aproveitando os espaços públicos e abertos onde a população possa desfrutar das iniciativas culturais, sendo, também, um instrumento de integração cultural, resguardando bens, documentos, acervos, artefatos, vestígios e sítios, assim como as atividades, técnicas, saberes, linguagens e tradições. Para tanto, junto ao poder público municipal, deverá contribuir para o desenvolvimento de estratégias e ações em curto prazo, tais como a Implantação do Plano e do Sistema Municipal de Cultura.
Vila Carrazedo tem vários séculos de história, pois, lá é um de nossos distritos e antigamente foi denominado de Vila de Arapijó, o lugar a ser estudado fica próximo a sede do município de Gurupá a uns 35 quilômetros aproximadamente, é um distrito que faz divisa com o Município de Porto de Moz. O Distrito do Carrazedo é um dos principais pontos de referência do Município de Gurupá, sendo sua história um marco importante na história desse município, pois esse lugar já funcionou Cartório, Delegacia e teve até Prefeito. Além de possuir uma vasta riqueza arqueológica e natural, que deveria ser mais valorizada pelo poder público, num processo de preservação e exploração turística dessa riqueza. A comunidade hoje no geral é constituída por uma escola de grande porte onde funciona o ensino pré-escola, ensino fundamental e ensino médio, além do Projeto Mundiá e o EJA (Educação de Jovens e Adultos), temos também o Centro Comunitário para realização de eventos religiosos e a Capela de São José que destina-se unicamente para os momentos de orações da comunidade. A vila conta também com uma filial do STTR de Gurupá, onde os associados pagam suas mensalidades e garantem seus direitos enquanto trabalhadores rurais e é em Carrazedo que encontra-se a diretoria da maior associação de remanescentes de quilombos de Gurupá que é a ARQMG. A Vila do Carrazedo já situou-se na Terra Firme, com o nome de povoado de Arapijó em meados do século XVIII. Há relatos que na década de 60, as famílias começaram a descer para a margem do Rio Xingu, devido às dificuldades encontradas para a sobrevivência no alto, principalmente pela falta de água, que na época era retirada do rio. Isso era feito de modo rudimentar onde as pessoas carregavam a água, subindo uma longa ladeira causando uma extenuante rotina. Esse povoado funcionava como uma Sub-Sede do município, onde por muito tempo funcionou o Cartório de registro civil que tinha como Juiz o senhor Vieira e como registradores Laurindo Bastos e José Bastos, sendo depois da morte deste último transferido para a Cidade de Gurupá onde Juiz era o Doutor Cristo. No local também havia uma Cadeia Pública, na forma de gaiola e sem cobertura. Na época o comissário de polícia era o senhor Manoel Magalhães. O antigo Carrazedo tinha duas ruas, onde situaram-se também um Grupo escolar que já tinha o nome de São José, duas Igreja (capela) e um Cemitério chamado pelo nome de São Sebastião, dos quais ainda podemos ver ruínas em decomposição. FONTE: VILA CARRAZÊDO – HISTÓRIAS E CONQUISTAS- OZIMAR DA SILVA ALHO- 2016
O legado que o antropólogo - Charles Wagley, (09/11/1913 – 25/11/1991), antropólogo americano que se notabilizou por estudos de populações indígenas e caboclas, notadamente em Gurupá, Pará, onde realizou a pesquisa que deu origem a uma de suas obras mais conhecidas, “Uma Comunidade Amazônica” , Charles Wagley chegou ao Brasil em 1938/1939, a teve importância fundamental na consolidação da Antropologia no Brasil, sendo várias vezes citado como estando entre os mais importantes representantes da disciplina.
Além de heranças em outras áreas, como a saúde, quando funcionário do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), e ter se envolvido com a população brasileira, desconstruindo a ideia de sujeito/objeto como entes separados e distantes.
Deste modo, sua vida e sua obra são de extrema importância para a historia de Gurupá.
Esses estrangeiros pesquisaram em epocas diferentes nossa historia gurupaense: Arlene Mari Kelly, Family, Church and Crown: a social and demographic history of the lower Xingu river valley and the municipality of Gurupá, 1623/1889- 1984/ University Of Florida. Richard Brown Pace, Economic and political change in the Amazonian community of ITA, Brazil/ 1987- University of Florida. Girolamo Domenico Treccani, Regularizar a terra: um desafio para as populações tradicionais de Gurupá/ 2006- Universidade Federal do Pará, Núcleo de altos estudos amazônicos.