quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Entre Rios Uma viagem com olhar ribeirinho- GILVANDRO TORRES-2022

 Em dezembro de 2021 visitei a cidade de Manaus com a família, coletei informações históricas e culturais, do estado do Amazonas, visitamos a aldeia indígena dos Tuyuka são um dos povos da família linguística Tukano Oriental do Noroeste Amazônico, habitando a fronteira entre o Brasil e Colômbia.

Um historiador deve e pode aproveitar suas ferias para disseminar a conhecimentos de outros povos para compreender melhor o meio em que vive.

Durante a minha primeira viagem a Manaus fomos de avião de Belém para Manaus aproximadamente duas horas de voo, e no retorno a Gurupá fomos de ferry boaty de Manaus-AM a Gurupá-PA lindas paisagens a ser navegado pelo Rio Amazonas entre as cidades que passamos Itacoatiara-AM, Parintins-AM, Juruti-PA, Óbidos-PA, Santarém-PA, Monte Alegre-PA, Prainha-PA, Almeirim-PA e finalmente Gurupá a viagem durou 51 horas via marítima.

Vi de perto a grandeza da árvore Samaúma da Amazônia, os indígenas da Amazónia consideram-na a "mãe-das-árvores", as suas raízes tubulares são também chamadas de sapopema, que em determinadas épocas rebentam irrigando toda a área em torno dela e o reino vegetal que a circunda.

 É conhecida como "Árvore da Vida" ou a "escada do céu", o seu diâmetro de porte belo e majestoso unido às sapopema (raízes), muitas vezes formam verdadeiros compartimentos, transformados em habitações pelos indígenas,  sua altura, porte e beleza é o destaque na imensidão da flora amazónica.

Visitei o Teatro Amazonas é um dos mais importantes teatros do Brasil e o principal cartão-postal da cidade de Manaus.  Localizado no Centro Histórico, foi inaugurado em 1896 para atender ao desejo da elite amazonense da época, que idealizava a cidade à altura dos grandes centros culturais.

De estilo renascentista entorno de sua estrutura externa com os detalhes únicos na sua cúpula, tornou-se o maior símbolo cultural de Manaus, e uma das expressões arquitetônicas responsáveis pela fama da cidade de Paris dos Trópicos.

Por ser uma obra singular no país e representar o apogeu de Manaus durante o ciclo da borracha, foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1966.

O Ciclo da Borracha corresponde ao período da história brasileira em que a extração e comercialização de látex para produção da borracha foram atividades basilares da economia.

De fato, ocorreram na região central da floresta amazônica, entre os anos de 1879 e 1912, revigorando-se por pouco tempo entre 1942 e 1945.

Na Amazônia a belle époque deu-se pela riqueza proveniente da extração do látex que era  extraído da árvore havea brasiliensis, e o período entre 1870 e 1913, foi uma época sem igual para as cidades de Belém e de Manaus, os centros da economia da borracha.

Conheci também o município de Presidente Figueiredo no Estado do Amazonas, foi criado no ano de 1981 e recebeu este nome em homenagem ao primeiro Presidente da Província do Amazonas, João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha. Localizado na região metropolitana de  Manaus, com acesso pela BR- 174,  tem  reservas ecológicas, indígena, mineração, hidroelétrica e uma  floresta com várias  cachoeiras.

A BR-174 é a principal rodovia existente na localidade, sendo responsável por interligar Manaus-AM e Boa Vista, capital do Estado de Roraima. O município Presidente Figueiredo está a Usina Hidrelétrica de Balbina, cuja obra foi criticada pelos impactos sobre as populações  tradicionais, a hidrelétrica é a única no Estado do Amazonas.

A capital do Estado do Amazonas é considerada a mais importante do país, e também é vista como uma oportunidade de entender melhor o nosso passado.

Manaus já foi uma das mais importantes e desenvolvidas capitais do nosso país, tendo sido inclusive a primeira cidade brasileira a ter energia elétrica.

A natureza dentro da área urbana na cidade de Manaus principalmente nos parques que foram preservados, como a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Bosque da Ciência, calçadão da Ponta Negra, onde o belíssimo Rio Negro aponta um novo horizonte manauara.

Dos tempos áureos da borracha restou o esplendor de construções históricas como o impressionante Mercado Municipal Adolpho Lisboa, também conhecido como Mercadão, está localizado às margens do rio Negro, no Centro da cidade de Manaus, foi construída durante o ciclo da borracha com material importado da Europa, sua estrutura em ferro fundido foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo que projetou e deu seu nome à famosa Torre Eiffel de Paris.

Conheci vários bairros tradicionais de Manaus, entre eles o bairro indígena Tarumã, foi uma grande experiência cultural para toda vida em terras manauaras. E o banho na ponta Negra, zona Oeste de Manaus.


CAPITULO I

MANAUS UMA CIDADE DENTRO DA FLORESTA AMAZÔNICA

Em  1542, a expedição de Francisco de Orellana descobriu o rio Negro, que lhe pôs o nome. Foi o capitão espanhol Francisco Orelhana quem batizou a região após descer o Rio Amazonas em 1541 neste percurso, encontrou grupos indígenas, com quem guerreou.

Quando em 1954 o espanhol Francisco Orellana explorava a região, sua expedição foi atacada por uma tribo indigena cujos guerreiros eram mulheres, por isso foi chamado de Amazonas, segundo a lenda grega comparavam as indias destemidas identificando o rio em que navegavam e que posteriomente deu nome ao Estado da Federação da Republica do Brasil.

Manaus surgiu a partir da Fortaleza do Rio Negro, vivenciou o auge do ciclo da borracha, ficou conhecida no início do século XX como a Paris dos Trópicos, atraindo investimentos estrangeiros e imigrantes de todas as partes do mundo. A região de Manaus, antes da chegada dos colonizadores, era habitada pelos povos originários, com destaque aos MANAÓS e os BARÉS.

A cidade de Manaus  tem sua origem na construção da fortificação portuguesa ocorrida, possivelmente, em 1669.

Havia conflitos entre os portugueses e os índios da tribo dos manaós possivelmente entre os anos de 1723 a 1728.

A tribo dos MANAÓS negava-se a ser dominada e servir de mão de obra escrava.

As lutas só cessaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos manaós através de casamentos com as filhas dos tuxauas, iniciando assim, a miscigenação na região segundo alguns livros e fontes de pesquisas.                                                           












A construção da fortaleza foi iniciada por Mota Falcão e finalizada pelo seu filho, Manoel da Mota Siqueira. Possuía um formato quadrangular e foi construída em pedra e barro, sem conter um fosso. Surgiu, então, o Forte de São José da Barra do Rio Negro, que recebeu esse nome em invocação a Jesus, José e Maria, erguido na margem esquerda do rio Negro.

Um dos líderes da tribo dos manaós foi o indígena Ajuricaba, forte opositor da colonização portuguesa. Ajuricaba foi preso e seria conduzido a Belém para julgamento.

Mas, mesmo acorrentado, lançou-se nas águas do Amazonas, preferindo a morte do que a escravidão.

Os portugueses temiam outros povos indígenas da região seguindo o exemplo dos Manaós, assim abrindo o caminho para uma invasão neerlandesa no vale do Rio Negro.

Após negociações de paz, que não duraram, os portugueses começaram uma "guerra justa" contra os manaós em 1727.

Enviado a Belém onde seria vendido como escravo, durante a viagem, preso em ferros, Ajuricaba e seus homens tentaram matar os soldados da canoa onde estavam.

Falhada a tentativa, Ajuricaba atirou-se à água com outro chefe, preferindo o suicídio à escravidão. o indígena Ajuricaba. Guerreiro manaó, Ajuricaba foi líder de uma das maiores guerras indígenas de resistência na Amazônia.

Os nascidos em Manaus adotam a forma indígena MANAUARA para identificarem sua naturalidade.

O decreto de criação da Província do Amazonas foi assinado por Dom Pedro II em 1850. O nome Amazonas é de origem indígena. Vem da palavra AMASSUNU, que significa RUÍDO DAS ÁGUAS.

A área que hoje corresponde ao Estado do Amazonas não pertencia a Portugal pelos limites definidos no Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha em 1494.


      FONTE: https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/tratado-de-madri

 

Manaus foi criada no século XVII para demonstrar a presença lusitana e fixar domínio português na região amazônica, que na época já era considerada posição estratégia em território brasileiro.

A Amazônia, de posse espanhola pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494, manteve-se inexplorada até o século XVI, quando se tornou alvo de interesse de holandeses, franceses, ingleses, irlandeses e, principalmente, de portugueses, que saíram em 25 de dezembro de 1615 de São Luís do Maranhão e chegaram ao Pará, onde em 1616, instalaram na baía do Guajará o Forte do Presépio, nome que fazia referência ao dia da saída do Maranhão.

Ao redor do Forte de São José do Rio Negro se desenvolveu o povoado do Lugar da Barra, que por conta da sua posição geográfica passou a ser sede da Comarca do São José do Rio Negro.

A história de Manaus inicia em uma aldeia indígena, em torno da Fortaleza de São José da Barra, em 1669.

A Fortaleza foi construída para assegurar o domínio da coroa de Portugal na região, área da confluência do rio Negro com o Amazonas e o Solimões, e controlar o portão de entrada dos confins ocidentais da Amazônia, reservados à Espanha (1494), pelo Tratado de Tordesilhas. A Fortaleza que deu origem a cidade desapareceu em ruínas em torno de 1850 em um incêndio, dando lugar a um prédio que atualmente pertence à administração do Porto de Manaus.

Trechos da Carta de João da Maia da Gama ao rei D. João V referindo o castigo dos Manaós, a prisão e morte de Ajuricaba

(...) dei conta a V. Magde. das mortes, damnos, e invazões que fazião os Indios Manaus o (sic) Rio Negro, aos vaçallos de V. Magde.”; “o tracto, e amizade que tinhão com os Olandezes”; “(...) zombando os Indios Manaus das nossas Tropas, se levantavão com os resgates de V. Magde. huns sem o quererem pagar, outros insultando e acometendo as nossas bandeiras que hião fazer os resgates impedindolhe a força de armas a paçagem dos rios, matando alguns dos nossos, e ainda o fizerão a outros debaixo de pás.”; “(...) aquelles Barbaros, e principalmente ao infiel Ajuricaba, soberbo, e insollente que se intitullava gor. de todas aquellas Nações”; “(...) e todos os insultos que se nos fazião erão por sua ordem, ou indução como depuzerão muitas testemunhas.”; “(...) ao mesmo tempo se queixavão os frades Missionarios daquelle rio da infidillidade do dito Barbaro”; “(...) asaltou tres vezes com os seus aliados as nossas Aldeyas Missionadas, athe que dezenganado o Rdo. Pe. de ver o seu trabalho baldado requereo ao cabo prendesse o dito Ajuricaba, o qual o temeo fazer”; “(..) mandei votar por todos os Ministros da Junta das Missões, que todos votarão na guerra, exceto o Pe. Reytor do Collegio que variou no paresser dos mais, e votando ultimamente o Bispo, requeria, ou recomendava a prompta execução do castigo.”; “(...) vendo cheias todas as Condições que os tiolligos (sic), Juristas, e Canonistas requerem para a guerra ser justa”; “(...) entendi que não só de justissa, e de obrigação, mas de nececidade estava obrigado a mandar fazer a guerra”; “(...) como tãobem mandar prender o Ajuricaba, e castigallo”; “(...) por se comerem huns aos outros continuamente e não fazerem difirensa de May a filha, e terem muitas mulheres”; “(...) quando me rezolvi a mandalla executar [a guerra], foi por entender era preciza ao servisso de V. Magde. e mais necessaria para o de Deos, e para a propagação da Santa Fé, e sigurança dos dominios de V. Magde.”.

Fonte: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?documento=carta-de-joao-da-maia-da-gama-ao-rei-d-joao-v-referindo-o-castigo-dos-manaos-a-prisao-e-morte-de-ajuricaba

 

Fonte:  

https://vivamanaus.com/historia/

https://www.todamateria.com.br/estado-do-amazonas/

 

A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada, e o Amazonas, como um dos principais produtores mundiais, orientou sua economia para atender à crescente demanda.

Intensificou-se o processo de migração para Manaus imigraram para o Amazonas, atraídos pela produção da borracha, sendo que a maioria destes passou a viver em Manaus, gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas.

Em 1892, iniciou-se o governo de Eduardo Ribeiro, que teve um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento, esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha a  cidade ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, energia elétrica (segunda rede elétrica do Brasil datada de 1895) e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras.

Teatro Amazonas em 1906, a expressão mais significativa da riqueza na cidade durante o ciclo da borracha.

O Teatro Amazonas tem uma importância significativa na construção da identidade histórica de Manaus, pois resgata a memória Cultural  e possibilita a tentativa de vislumbre de parte do cotidiano daqueles que construíram o teatro Amazonas.

Teatro Amazonas. Foto de 1957. FONTE: Revista O Cruzeiro (RJ), 1957. PESQUISA: Fábio Augusto. https://www.facebook.com/Manausdeantigamente/photos/teatro-amazonas-foto-de-1957/2088640864532694/

 


 

O Teatro Amazonas representa o apogeu do ciclo da borracha, bem como a elite amazonense da época.

De estilo renascentista entorno de sua estrutura externa com os detalhes únicos na sua cúpula, tornou-se um dos monumentos mais conhecidos do Brasil e, consequentemente, o maior símbolo cultural de Manaus, e uma das expressões arquitetônicas responsáveis pela fama da cidade de Paris dos Trópicos.

Por ser uma obra singular no país e representar o apogeu de Manaus durante o ciclo da borracha, foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1966.

Na área externa, a famosa cúpula chama a atenção pela imponência, composta por 36 mil peças nas cores da bandeira brasileira, importadas da Alsácia, na França.

A maior parte do material usado na construção do teatro foi importada da Europa: as paredes de aço de Glasgow, na Escócia; os 198 lustres e o mármore de Carrara das escadas, estátuas e colunas, são da Itália.

A decoração interior veio da França e é de estilo Louis XV.

 

Palácio Rio Negro construído no início do século XX, em estilo eclético, para ser residência particular do comerciante da borracha, o alemão Waldemar Scholz, foi adquirido pelo governo em 1917, para tornar-se sede do Poder Executivo e residência do governador, permanente como palácio de despachos até abril de 1995.

Atual Centro Cultural Palácio Rio Negro e antigo Palácio Rio Negro, também conhecido como Palacete Scholz .

Construído em 1903. Foi residência de um rico exportador de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. Conhecido à época como Palacete Scholz.

O prédio é um marco do período em que o Amazonas era um dos estados mais prósperos da União.

O comerciante alemão teve de hipotecar o imóvel, em seguida foi arrematado em leilão pelo rico seringalista Luiz da Silva Gomes, o prédio foi primeiramente alugado ao Estado do Amazonas.

Em 1918, o Governador Pedro Bacellar adquiriu o imóvel, que passou a denominar-se Palácio Rio Negro.

O Palácio serviu de sede do Governo e de residência dos governadores até 1959. Foi utilizado apenas como sede do Governo em 1995. Tombado como Patrimônio Histórico e Estadual em 1980.

O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, também conhecido como Mercadão, está localizado às margens do rio Negro, no Centro da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Construído durante o ciclo da borracha com material importado da Europa, sua estrutura em ferro fundido foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo que projetou e deu seu nome à famosa Torre Eiffel de Paris.

O Mercadão é um símbolo da arquitetura do período áureo da economia da borracha e uma relíquia para todo o Brasil.

O nome Adolpho Lisboa na época da construção, era Prefeito da cidade de Manaus.

O mercado foi construído em estilo Art Nouveau, sendo um dos mais importantes exemplares mundiais da arquitetura de ferro, seguindo as características do antigo mercado Les Halles de Paris.

A construção também possui frentes formados por grades ornados em ferro, e vidros coloridos, ladeando esse pavilhão existem dois menores, de forma octogonal, possuindo também venezianas laterais em seu contorno e janelas em vidro (acima das venezianas).

As janelas são encimadas por grades de ferro decorados por motivos florais. Possui duas fachadas totalmente distintas, uma de frente para o rio Negro e outra para a Rua dos Barés. Sua inauguração se deu em 1883 e dessa época é datado o edifício principal contendo um galpão de aproximadamente 45 metros de comprimento e 42 metros de largura, construído com estrutura de ferro.

A estrutura é sustentada por 28 colunas, sendo os parapeitos onde estas se apoiam, e as duas salas laterais, em alvenaria de pedra e tijolo. Seu calçamento é de laje de cantaria, de forma retangular, e sua rua central é calçada em paralelepípedos. As salas laterais possuem vinte "boxes", separados entre si, por grades de ferro possuindo cada um, balcões de madeira, com tampo em mármore.

Em 1890 foram construídos dois outros pavilhões (galpões) laterais de igual tamanho, também com estruturas de ferro e cobertura de zinco.

O Palacete Provincial foi inaugurado oficialmente somente em 28 de fevereiro de 1875, quase um ano depois de haver sido dado como concluído.

Nele moraram e cumpriram missões de governo os Presidentes da Província do Amazonas até 1888. Inaugurado oficialmente em 1875, o prédio já foi sede do Governo e residência dos Presidentes da Província do Amazonas até 1888.

Funcionou como Quartel da Polícia Militar do Amazonas por mais de 100 anos e, atualmente, a Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas.

Sua construção foi iniciada em 1861 pelo comerciante português Alexandre Paulo de Brito Amorim para servir de residência a sua família, porém não concluiu a construção.

O prédio foi comprado pelo Custódio Garcia, capitão da Guarda Nacional e depois vendido para José Bernardo Michellis, Presidente da Província.

As obras foram concluídas no dia 25 de março de 1874 e, até 1875, o Palacete passou a abrigar simultaneamente várias repartições públicas: a Assembléia Provincial, a Repartição de Obras públicas, a Biblioteca Pública e o Liceu Provincial, atual Colégio Amazonense D. Pedro II.

A Biblioteca Pública do Amazonas está localizada no Centro da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Fundada em 1871, é a mais antiga biblioteca pública no estado e a maior em número de acervos.

Na biblioteca estão obras raras, periódicos antigos, material acadêmico extenso, além de ser um dos lugares mais belos do Centro de Manaus para visitar para estudar.

A Biblioteca Pública do Amazonas está localizada mais precisamente na Rua Barroso, esquina com a Avenida Sete de Setembro.

O edifício-sede da biblioteca foi construído no período de 1904 e 1912, e, desde lá, coleciona muitos fatos marcantes, como o incêndio que quase o destruiu, em 1945.

Reconstruído dois anos depois, o lugar recebeu uma restauração parcial em 1985 e uma mais completa em 2013, quando abriu novamente ao público.

Símbolo oficial do Estado amazonense, a bandeira, foi adotada em janeiro de 1982. Seu desenho consiste em um retângulo dividido em três faixas horizontais de mesma largura nas cores branco, vermelho e branco.

No canto esquerdo superior há um cantão azul, contendo 25 estrelas brancas de cinco pontas. As estrelas apresentam-se dispostas de uma maneira peculiar: duas linhas, uma na parte superior e outra na inferior, com oito estrelas cada.

Há ainda mais oito estrelas dispostas em duplas em posição vertical entre as linhas superior e inferior.

No centro há uma estrela maior que as demais.

SIMBOLISMO: A combinação de azul e branco vem do fim do século XI, tempo em que foram adotadas como cores do Condado Portucalense.

Foram as cores levadas à batalha de Ourique, depois estiveram presentes nas bandeiras real, imperial e republicana do Brasil e em quase todos os escudos e bandeiras estaduais e municipais.

As duas faixas brancas na horizontal representam esperança e a faixa vermelha, as dificuldades superadas.

O vermelho é explicado pelo contexto histórico em que a criação da bandeira estava inserida. A cor simboliza os combates e foi adicionada à bandeira porque ela seria levada aos campos de combate em Canudos, no ano de 1897.

As 25 estrelas presentes no cantão azul da bandeira do Amazonas representam os 25 municípios em que se dividia o estado em agosto de 1897. A estrela maior representa a capital, Manaus.

Fonte: https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/bandeira/bandeira-do-amazonas/

O Brasão de Manaus é um dos símbolos oficiais de Manaus, município brasileiro do estado do Amazonas.Foi adotado primeiramente por Adolfo Guilherme de Miranda Lisboa, à época intendente municipal por nomeação legal. O Escudo Municipal foi aprovado por Taumaturgo Vaz mediante Decreto-Lei em 17 de abril de 1906.

Composição: Sol que ilumina, na parte superior do croquis, encimando o Escudo, há a figura do sol, em cujos raios (no sentido horário de um relógio redondo, em 180 graus angulares) se inscreve a divisa 21 de Novembro de 1889. Quanto a esse elemento cronológico, não se apresenta problema de interpretação, pois o artigo 1º do Decreto esclarece que o mesmo se refere à data de adesão da antiga Província do Amazonas à Proclamação da República.

Quanto à figura do sol em si, a mesma já era de amplo uso em antigos brasões aristocráticos e monárquicos europeus. Além disso, a figura solar passou a fazer parte do Escudo D’Armas do Estado do Amazonas, sendo, portanto, de amplo conhecimento dos dirigentes municipais de Manaus;

Encontro das águas, para a seção menor do lado esquerdo do Escudo, o Decreto n. 17 evocava;

a)                               elementos naturais hidrográficos, ou seja, o encontro das águas dos rios Solimões e Negro;

b)                               elementos históricos concernentes à expedição espanhola comandada por Francisco de Orellana, em meados do século XVI (1542), cujo transporte se deu em duas embarcações tipicamente europeias, os bergantins devem ser elaborados no sentido de descida do Rio Solimões, bem como respeitando o sentido de descida das águas do Rio Negro.

Origens: para a seção menor do lado direito do Escudo, o Decreto n. 17 evocava elementos do núcleo humano que foi considerado a origem mais remota da cidade de Manaus:

a) o Forte de São José da Barra do Rio Negro;

b) as casas de palha de índios;

c) o encontro de um português com uma índia, representando as pazes entre os adventícios e os nativos por meio do casamento do comandante militar com a filha de um cacique.

Riqueza: para a seção maior do Escudo, o Decreto n. 17 evocava, mas não mencionava diretamente, a seringueira, que representava a origem da riqueza que tornara Manaus um dos grandes centros urbanos do norte brasileiro.

Quanto à representação alegórica da seringueira, a mesma deve levar em conta que essa espécie botânica, embora seja altamente dispersa no interior da floresta, alcança até cinquenta metros de altura e apresenta uma copa bastante irregular, nada frondosa em comparação, por exemplo, a da castanha-da-amazônia.

Vi de perto o encontro das águas do Rio Solimões é um nome brasílico frequentemente dado ao trecho superior do rio Amazonas no Brasil, desde sua confluência com o rio Negro até a tríplice fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia.

O nome foi dado pelos cronistas ibéricos na época do descobrimento por não possuírem de conhecimento e equipamentos suficientes para a navegação na região, a fim de facilitar suas entradas no reconhecimento das regiões compreendidas pelo grande rio.

E do  é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na Amazônia, na América do Sul.

É o sétimo maior rio do mundo em volume de água.

Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica. Conecta-se com o Orinoco através do canal do Cassiquiare.

Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o rio Branco e o rio Vaupés.

Disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare. Drena a região leste dos Andes na Colômbia.

Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e, a partir dessa união, este último passa a chamar-se rio Amazonas.

 

A influência europeia logo apareceu em Manaus e Belém, na arquitetura das construções e no modo de vida, fazendo do final do século XIX e começo do século XX a melhor fase econômica vivida por ambas cidades. A borracha chegou a representar 40% das exportações brasileiras.

Belém e Manaus viveram uma era de prosperidade, destacando-se entre as cidades mais ricas do Brasil nessa época, em decorrência de toda a borracha extraída e exportada da Amazônia.

Ex-Governador do Amazonas, Eduardo Ribeiro, que nasceu no dia 18 de setembro de 1862 e faleceu no dia 14 de outubro de 1900. Entre suas ações mais importantes, estão a construção do Teatro Amazonas, o Reservatório do Mocó, a Ponte de Ferro da Sete de Setembro, o Palácio de Justiça e inúmeras outras obras, que transformaram Manaus na conhecida Paris dos Trópicos. O objetivo da ação é, além de promover o resgate da memória do Estado do Amazonas. Eduardo Gonçalves Ribeiro, governador do Amazonas entre 1890 e 1891; e entre 1892 e 1896. Esse é um dos poucos registros de Eduardo Ribeiro, morto prematuramente em 1900 aos 38 anos. Ele foi o primeiro negro a exercer um cargo de Governador de Estado no Brasil.

 

A Região Metropolitana de Manaus, situa-se no Estado do Amazonas e é composta pela união de oito municípios: Manaus, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.

Os bairros de Manaus, município brasileiro e capital do estado do Amazonas. Desde 2010, a Prefeitura Municipal de Manaus reconhece 63 bairros oficiais, e os dados foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A imponente floresta amazônica ocupa praticamente toda a totalidade do maior estado brasileiro em extensão territorial, o Amazonas possuindo a maior biodiversidade do mundo, estima-se que a bacia do rio Amazonas concentra em torno de 20% de toda a água doce do nosso globo.

CAPITULO II

MANAUS FICOU CONHECIDA COMO A "PARIS DOS TRÓPICOS" DURANTE O CICLO DA BORRACHA, ENQUANTO BELÉM FICOU CONHECIDA COMO "PARIS N'AMERICA".

A era da borracha deixou uma riquíssima herança arquitetônica e cultural nas cidades de Manaus e Belém. A extração da borracha ; que teve seu ápice entre 1879 e 1912 e, depois declinou, experimentando uma sobrevida entre os anos de 1942 e 1945.

Durante os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, oi na floresta amazônica que de fato se desenvolveu a atividade da extração da borracha, a partir da seringa ou seringueira (Hevea brasiliensis), uma árvore que pertence à família das Euphorbiaceae; Extração de látex de uma seringueira.

Do caule da seringueira é extraído um líquido branco, chamado látex, que é a borracha. Através de um tratamento industrial, eliminam-se do coágulo as impurezas e submete-se a borracha resultante a um processo denominado vulcanização, resultando a eliminação das propriedades indesejáveis.

Torna-se assim imperecível, resistente a solventes e a variações de temperatura, adquirindo excelentes propriedades mecânicas e perdendo o carácter pegajoso.

A semente da seringueira é rica em óleo, que pode servir de matéria-prima para a produção de resinas, vernizes e tintas, e, por ser rica em nutrientes é usada na fabricação de suplementos alimentares. Indígenas ainda usam as sementes da seringueira como alimento.

                               

O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em Manaus e o Mercado Ver-o-Peso, em Belém, foram construídos durante o Ciclo da Borracha.

A Malásia, que investiu no plantio de seringueiras e em técnicas de extração do látex, foi a principal responsável pela queda do monopólio brasileiro. Henry Wickham foi buscar as semente da seringueira que produzia a borracha mais forte, durável e almejada pelos ingleses.

Após enfrentar os perigos da floresta, e experiências que quase o levaram à morte, Henry Wickham retorna à Inglaterra com milhares de sementes raras de seringueira que, depois foram estudadas no jardim botânico de Londres, o Kew Gardens, foram enviadas para plantações nas colônias inglesas tropicais.

Trinta anos depois, a Inglaterra conseguiu superar o Brasil no monopólio da borracha e dominar os suprimentos mundiais da matéria-prima. foram contrabandeiadas mais de 70 mil sementes de seringueira e por isso o Brasil faliu na sua extração e exportação.

 

 Sir Henry Alexander Wickham (29 de maio de 1846 – 27 de setembro de 1928), botânico inglês, conhecido por ser o autor do contrabando de cerca de 70.000 sementes  de seringueira, Hevea brasiliensis, na região de Santarém no Pará em 1876. As sementes foram encaminhadas ao Royal Botanic Gardens em Londres e, após selecionadas geneticamente, enviadas para plantações na Malásia. É um dos mais ilustrativos casos de biopirataria de espécies amazônicas.

Fonte: livro “O ladrão do fim do mundo: Como um inglês roubou 70 mil sementes de seringueira e acabou com o monopólio do Brasil sobre a borracha”.Autor Joe Jackson-editora Objetiva- 2011.

 

Manaus uma das mais belas cidades da Amazônia, rica pela natureza e suas belezas arquitetônicas, vasto hábitos, aromas e costumes que só em Manaus podemos observar, desde as delicias do café regional com tucumã, é para o almoço uma banda de tambaqui,

No dia 5 de setembro como feriado estadual, celebrando a elevação da categoria de Província, deixando de pertencer a Província do Grão Pará e se tornando independente, com a Proclamação da República houve a mudança de Província para Estado.

  

Parque Ecológico do Janauari é um dos pontos desse roteiro, é o local onde fica o Restaurante (Almoço Incluso), e a trilha por dentro da selva, habitadas por macacos e preguiças, para ir até o lago das Vitórias Régias.

A viagem segue com destino à comunidade indígena onde os índios oriundos do alto Rio Negro e de diferentes etnias se reúnem para compartilhar conosco suas danças e cultura.

Como convidados de honra, somos chamados para participar de um ritual de apresentação acompanhado de muita alegria,.

Próximo ao parque, visitaremos a comunidade de casas flutuantes para a contemplação do peixe Pirarucu, o gigante das águas doces da Amazônia.

A experiência da pesca do pirarucu é feita no Flutuante. Eles ficam em tanques e você adquire a isca no local.

Por fim, a última parada para observar o fenômeno Encontro das Águas, local onde o Rio Negro e Solimões se encontram sem que suas águas se misturem, uma experiência que encanta aos olhos de todos.

Uma incrível experiência o encontro das águas é fenômeno hidrológico que une os rios Negro e Solimões, onde as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km.

 

Nas margens do Rio Negro, numa área acessível apenas por barco, fica a base da tribo indígena.

.Essa atividade mostra um pouco da sua cultura e costumes através de cerimônias, danças e culinária, este último, uma mistura de peixe, farinha e formiga frita.

Depois de percorrer quase uma hora de barco, pelo rio Negro, a primeira parada foi na Tribo Indígena Tuyuka, onde fomos recebidos com uma pequena demonstração da cultura, costumes e rituais indígenas da tribo. Dançamos, comemos e apreciamos o estilo de vida deles.

Uma pequena caminhada na floresta que terá em media 30 minutos de duração, durante o percurso teremos a oportunidade de conhecer a sumaúma, uma das maiores espécies de árvore da Amazônia.

Na aldeia tivemos a oportunidade de provar as formigas fazem parte da alimentação deles. As formigas tinham gostinho de amendoim.













sábado, 8 de janeiro de 2022

 Sócrates durante a residência médica, atendendo em um posto na cidade de Ribeirão Preto. O jogador conciliou o estudos e carreira de médico com a profissão de jogador de futebol. Foi um dos mais brilhantes personagens da história do futebol brasileiro. Altamente politizado, Sócrates partiu em 2011. 

Fonte https://www.facebook.com/Grandes-Esquadr%C3%B5es-e-Grandes-Jogadores-1334354346655017/





 Dupla que fez sucesso!



Técnicos do Brasil nas Copas.


 

O Brasileirão completou 50 anos em 2021. Esses são os campeões de cada ano. Fonte: Futebol Brasileiro Memória

 


quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

A utopia de Henry Ford no meio da Amazônia

 Ford estava pronto para a fundação de uma cidade ao estilo americano no Pará.Entre 1879 e 1912, o látex extraído das seringueiras paraenses era o de melhor qualidade  e abastecia a Europa e América do Norte.Dois navios carregados de equipamentos  navegaram pelo rio Tapajós, seria erguida a Fordlândia.A selva acabou sendo mais forte que o sonho do americano. Em 1945, os americanos finalmente fizeram as malas e foram para casaEmbora nunca tenha posto os pés na Fordlândia, Ford investiu  duas décadas e uma fortuna em seu sonho amazônico.

Fonte: 

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46010638


PARA PESQUISAR:

O ciclo da borracha no Brasil viveu seu auge entre 1879 e 1912 , e entrou em declínio depois que os britânicos levaram 70.000 sementes de seringueira da Amazônia para o Sudeste da Ásia e começaram a produzir látex com maior eficiência e produtividade devido às condições do solo. Em 1945, com o surgimento da borracha sintética, feita com derivados de petróleo o projeto já não havia mais razão de existir. Em 1945 o então pelo presidente da companhia, Henry Ford II (neto de Henry Ford) cancelou o programa.

A cidade e distrito anexo ocupavam 14,5 mil quilômetros quadrados. Foram construídas casas tipicamente americanas, em áreas diferentes para os trabalhadores brasileiros (a cidade comportava até dez mil) e os gerentes da Ford. 

A Fordlândia tinha ainda hospital, hotel, piscina e playground, além de serraria e turbina a vapor para gerar energia. Até um campo de golfe. 

Fonte:

https://oglobo.globo.com/epoca/economia/fordlandia-cidade-operaria-no-para-construida-para-produzir-latex-para-os-pneus-da-ford-24835172

Desconhecida até hoje por muitos brasileiros, a cidade de Fordlândia, às margens do Rio Tapajós no Pará, foi uma audaciosa aposta do empresário norte-americano Henry Ford (1863-1947) para dominar a indústria da borracha na década de 1920. A ideia se tornou um grande fiasco, mas deixou marcas profundas de devastação na Floresta Amazônica.

Fonte: https://revistapb.com.br/entrevistas/um-devaneio-industrial-na-amazonia



50 ANOS DA CEBS EM GURUPÁ-MURAL DA PAROQUIA SANTO ANONIO DE GURUPÁ

 

























187 anos da revolução da Cabanagem

 Hoje completam-se 187 anos da revolução da Cabanagem. Em 1835 os Cabanos liderados por Antônio Vinagre tomaram a cidade de Belém e mataram o então Presidente da Província Lobo de Sousa. Começou aí o período do Governo Cabano, que separou o Grão Pará do Império do Brasil.

Mesmo sendo a maior revolução popular do Brasil, a cabanagem é pouco conhecida pelos brasileiros.

Quando Belém foi retomada em 1836, os dois primeiros Governadores cabanos estavam mortos e Angelim, o terceiro Governador, já não controlava as massas cabanas. Ao trair as principais reivindicações dos rebeldes, foi abandonado enquanto tentava negociar sua deposição.

Os cabanos, entretanto, negaram-se a entregar as armas, embrenhando-se nos rios e florestas da Amazônia.
A população do Estado do Pará era de 119.877 habitantes na época, sendo 32.751 indígenas, 29.977 escravos negros, 42 mil mestiços.
Três grandes nações indígenas participaram da cabanagem: Mawé, Mura, Mundurucu.
A Cabanagem foi contada pelos livros como ações criminosas em uma visão elitistas. Depois, tentaram apagar dos livros, razão pela qual muitos não sabe objetivo da revolução da cabanagem, inclusive na própria Amazônia muitos desconhecem.
O nome Cabanagem se deve ao tipo de moradia da população ribeirinha, uma espécie de cabana sobre estacas (palafita).



Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues.
Livros:
O negro no Pará – Sob o regime da escravidão
Vicente Salles.
Cabanagem, o povo no poder. São Paulo: Brasiliense, 1984. José Júlio Chiavenato.
A Revolução dos Cabanos. Belém-PA, 2004. Aécio Palheta.
Cabanos! Novela histórica. Carlos Arruda.
Texto:
“História e memórias da cabanagem no baixo amazonas”
Prof. Dr. Frei Florêncio Almeida Vaz.
Documentário:
A Revolta dos Cabanos
Direção: Renato Barbiere

MEMORIAL DA CABANAGEM

O Memorial da Cabanagem é um monumento de 15 metros de altura por 20 de comprimento, todo em concreto, erguido no complexo do entroncamento, Belém/Pa. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer a pedido do então governador do Pará Jader Barbalho, o monumento foi construído para compor as comemorações do sesquicentenário da Cabanagem, que aconteceu em 7 de janeiro de 1985. 
Esteticamente a obra pode ser definida como uma rampa elevada em direção ao céu com uma inclinação acentuada apontando para um ponto sem fim, tendo no meio uma "fratura", um pedaço do monumento que jaz no chão.
 
A rampa elevada em direção ao céu representa a grandiosidade da revolta popular que chegou muito perto de atingir seus objetivos e a "fratura" faz alusão à ruptura do processo revolucionário. 
Mas embora tenha sido sufocada, a Cabanagem permanece viva na memória do povo, por isso, o bloco continua subindo para o infinito, simbolizando que a essência, os ideais e a luta cabana continuam latentes na história do país.

FONTE:
http://adilson-moreira.blogspot.com/2009/07/cabanagem-revolucao-popular-1835-1840.html