Poema de sangue - AUTOR GILVANDRO TORRES
Poema de sangue
Numa época em que o ser humano de cor diferenciada era tratado de forma desumana.
Eram presos a espera da liberdade. Tirados de suas famílias, levados em porões de navios.
Vendidos como bicho.
Exposto e torturado pelo seu “senhor”.
Chicoteados na presença de outros escravos.
Sob ordem do dono da fazenda.
Era assim o cotidiano de Gurupá Mirí na época de Pedro Lima.
Que se dizia através de supostas cartas de sesmaria proprietário destas terras.
Tinha uma fazenda e comprava escravos em Belém e revendia para outros senhores.
O sangue escorria nos corpos desses angolanos
Era jogado vinagre e sal. Castigo severo para os que amanheciam doentes e não trabalhavam Até o dia da libertação através de escravos que fugiram para Jocojó e dali se espalharam.
Ali se estabeleceram com proteção de Antônio do manituba. Segundo relatos passados por gerações.
Quem vai a Gurupá Mirí não sabe que ali foi um palco de tortura e agressões no passado.
Vivencia pela centenária sumaúma, testemunha intacta de tantos cotidianos.
Autor: Gilvandro Torres
Nenhum comentário:
Postar um comentário