terça-feira, 29 de agosto de 2023

Entenda a Guerra da Ucrânia

 Dias antes de iniciar a invasão, Vladimir Putin reconheceu a independência de duas áreas separatistas pró-Rússia da Ucrânia, autodenominadas República Popular de Donetsk e República Popular de Luhansk.



                               República Popular de Donetsk


“Era preciso pôr fim imediatamente a esse pesadelo: um genocídio voltado contra milhões de pessoas que lá vivem e cuja única esperança está na Rússia, pessoas que só têm esperança em nós, ou seja, em mim e em vocês”

Vladimir Putin em discurso em 24 de fevereiro, dia da invasão da Ucrânia

 

República Popular de Donetsk é uma república separatista rebelde Pró-russa na Ucrânia que quer dominar todo o leste da Ucrânia e só é reconhecido pela Rússia e Ossétia do Sul.








A invasão e as sanções ocidentais levaram a aumentos acentuados nos preços de fertilizantes, trigo, metais e energia, propiciando uma crise alimentar e uma onda inflacionária na economia global.

O Governo russo tem forte apoio de Belarus. O país faz fronteira tanto com a Rússia quanto a Ucrânia.

Tanto a Ucrânia quanto a Rússia são grandes produtores de alimentos, que são exportados para diversas regiões do mundo e um terço do trigo de todo o globo é cultivado por essas duas nações.


Bandeira ucraniana acenada em meio à destruição provocada pela guerraMetin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images Tiago Tortellada CNN* em São Paulo

FONTE: 
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/entenda-a-guerra-da-ucrania-em-10-pontos.




segunda-feira, 28 de agosto de 2023

FILME SOBRE A VIDA - Santo Óscar Romero


Óscar Arnulfo Romero Galdámez, conhecido como Santo Óscar Romero (Ciudad Barrios, San Miguel15 de agosto de 1917 — San Salvador24 de março de 1980) foi um sacerdote católico salvadorenho, quarto arcebispo metropolitano de San Salvador (1977-1980), capital de El Salvador.

Biografia

Romero nasceu em Ciudad Barrios, um povoado onde se produzia café do Departamento de San Miguel, a 156 quilômetros de San Salvador, no dia 15 de agosto de 1917, numa família de origem humilde.[1]

Em 1931 ingressou no Seminário Menor de San Miguel, onde ficou conhecido como 'O menino da flauta', por sua habilidade em utilizar uma flauta de bambu que herdou de seu pai.

Em 1937, ingressou no Seminário Maior San José de la Montaña, em San Salvador, e sete meses depois, viajou para estudar teologia em Roma, onde presenciou as calamidades da Segunda Guerra Mundial.

Em 4 de abril de 1942 foi ordenado padre.[1]

Bispo

Em 21 de junho de 1970 foi nomeado bispo auxiliar de San Salvador, e em 15 de outubro 1974, bispo de Santiago de María no Departamento de Usulután.[2][1]

Arcebispo

Em 3 de fevereiro de 1977 foi nomeado arcebispo de San Salvador.[3] Escolhido como arcebispo por seu aparente conservadorismo.

Em março de 1977, ocorreu o assassinato de seu amigo, o padre Rutilio Grande, junto com dois camponeses. Esse incidente transformou Romero, que passou a denunciar as injustiças sociais por meio da rádio católica Ysax e do semanário Orientación. Por isso, chegou a ser conhecido como "A voz dos sem voz".[1]

Por ter aderido aos ideais da não violência, chegou a ser comparado ao Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Óscar Romero denunciava, em suas homilias dominicais, as numerosas violações de direitos humanos em El Salvador e manifestou publicamente sua solidariedade com as vítimas da violência política, no contexto da Guerra Civil de El Salvador.[4] Dentro da Igreja Católica, defendia a "opção preferencial pelos pobres".

Relação com a Teologia da Libertação

Segundo Jesus Delgado, seu biógrafo e Postulador da sua Causa, Oscar Romero concordava com a visão católica da Teologia da Libertação e não com a visão marxista. "Um jornalista uma vez perguntou-lhe: “Concorda com a Teologia da Libertação?” E Romero respondeu: “Sim, claro. Contudo, há duas teologias da libertação. Uma vê a libertação como libertação material. A outra é de Paulo VI. Eu estou com Paulo VI".[5] Delgado disse que Romero não leu os livros sobre Teologia da Libertação que recebeu, e que deu a prioridade mais baixa à Teologia da Libertação entre os tópicos que estudou.[6]

Romero pregou que "A mais profunda revolução social é a reforma séria, sobrenatural, interior de um Cristão". Enfatizou também: "A libertação de Cristo e da Sua Igreja não é reduzida à dimensão de um puro projecto temporal. Não reduz os seus objectivos a uma perspectiva antropocêntrica: a um bem-estar material ou apenas a iniciativas de uma ordem política ou social, económica ou cultural. Muito menos pode ser uma libertação que apoia ou é apoiada pela violência".[7]

Morte

Na Galeria dos mártires do século XX da Abadia de WestminsterMadre Elisabeth da Rússia, o Rev. Martin Luther King, o Arcebispo Óscar Romero e o Pastor Dietrich Bonhoeffer.

Na homilia de 11 de novembro de 1977, Dom Romero afirmou: "A missão da Igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua salvação". Na véspera de sua morte, fez um pronunciamento contundente a respeito da repressão em seu país: "Em nome de Deus e desse povo sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão".[8]

Óscar Romero foi assassinado enquanto celebrava a missa, em 24 de março 1980, por um atirador de elite do exército salvadorenho, treinado na Escola das Américas. Sua morte provocou uma onda de protestos em todo o mundo e pressões internacionais por reformas em El Salvador. Em 1992, uma investigação conduzida pela ONU concluiu que o autor intelectual do assassinato foi o político de direita e ex-oficial do exército Roberto D’Aubuisson.[9]

Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas em reconhecimento à atuação de Dom Romero em defesa dos direitos humanos.[10]

Beatificação e canonização

Em 1997 Romero foi declarado "Servo de Deus" pelo papa João Paulo II. Em fevereiro de 2015 o papa Francisco aprovou o decreto de beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir.[11] A solenidade de beatificação foi realizada no dia 23 de maio de 2015 na capital salvadorenha e presidida pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Estima-se que cerca de 300 mil pessoas estiveram presentes na cerimônia.[12] Durante a cerimônia, Amato afirmou que a memória de Romero ainda estaria viva dando conforto aos pobres e marginalizados, e que Romero foi a luz do mundo e o sal da terra, pois seus perseguidores desapareceram e foram esquecidos, mas Romero continuaria a lançar luz sobre os pobres e marginalizados.

Celebração da Canonização realizada em 14 de outubro de 2018.

O papa Francisco enviou uma mensagem pessoal, lida no início da cerimônia, na qual afirmou que: "Em tempos de coexistência difícil, Romero soube como guiar, defender e proteger o seu rebanho. [...] Damos graças a Deus porque concedeu ao bispo mártir a capacidade de ver e ouvir o sofrimento de seu povo. [...] Quando se entende bem e se assume até as últimas consequências, a fé em Jesus Cristo cria comunidades artífices de paz e solidariedade".[9] Romero foi canonizado pelo papa Francisco em 14 de outubro de 2018.[13] A Igreja Luterana também participou da cerimônia, com a presença do bispo salvadorenho Medardo Gómez.[14]

Óscar Romero é o primeiro salvadorenho a ser elevado aos altares, o primeiro arcebispo martirizado da América, o primeiro a ser declarado mártir depois do Concílio Vaticano II,[15] e o primeiro santo nativo da América Central.[16] Embora também São Pedro de Betancur tenha sido canonizado na cidade de Santiago de los Caballeros, na Guatemala por seu trabalho na região e portanto, também um santo centro-americano, era nascido em TenerifeEspanha.[17]

Manifestações populares

A maior obra do mundo dedicada a um santo, chamada "San Romero de América", mede 20mx15m e foi pintada pelo arquiteto e artista salvadorenho Josué Villalta.
Ver também: Romero

Ao legado deixado por Romero, somam-se inúmeras manifestações culturais e artísticas do povo salvadorenho e pessoas de todo o mundo. Destaca-se a maior pintura do mundo feita a um santo, intitulada "San Romero de América", feita em 2005 pelo artista e arquiteto salvadorenho Josué Villalta, como fruto da devoção e agradecimento por seu envolvimento nas lutas populares

Frei Betto, Leonardo Boff Mario Sérgio Cortella- PARTE II

Frei Betto, Leonardo Boff e Mario Sergio Cortella - Parte 1

PEDRO, PROFETA DA ESPERANÇA - Documentário da Verbo Filmes sobre Dom Pedro Casaldáliga.

PEDRO, PROFETA DA ESPERANÇA Uma homenagem de Verbo Filmes a este grande Profeta de nossos tempos. Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br

O Anel de Tucum- FILME

Gurupá, Uma Comunidade Amazônica. CANAL YOUTUBE CINEMA GURUPÁ


Através da fotografia de charles Wagley de 1948/1968

Dom Maurício da Silva Jardim, bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga





XV Intereclesial das CEBs, Rondonópolis, MT: celebração de abertura.


XV Intereclesial das CEBs, em Rondonópolis, MT: celebração de abertura, beleza espiritual e profética! 18/07/23 Filmagem, Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com - www.cebimg.org.br - www.cptmg.org.br - www.cptminas.blogspot.com.br Todos os vídeos, músicas e imagens utilizados no vídeo pertencem aos seus respectivos proprietários. O material é utilizado apenas para fins educacionais e se enquadra nas diretrizes de uso aceitável. Não se pretende infringir direitos autorais.

Celebração de ABERTURA do 15º Intereclesial das CEBs


Símbolo de sinodalidade e partilha. CEBs Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas.

ASPECTOS HISTÓRICOS Gurupá

 


ASPECTOS HISTÓRICOS Gurupá é fruto de um longo processo de ocupação pelos holandeses que desejavam uma melhor comercialização com os nativos da região, chamados pelos holandeses de Mariocay. 

Em 1623, o Forte denominado de Mariocay pelos holandeses foi arrasado por Bento Maciel Parente Capitão Mor e descobridor e conquistador de Gurupá, tendo fundado o Forte de Santo Antônio. 

Em 1639 a freguesia de Santo Antônio de Gurupá foi criada e mantida por uma lei de 05 de outubro de 1827.

O historiador Theodoro Braga descreve que a origem de Gurupá é indígena e significa “Porto de canoas”. 

Gurupá é um município localizado no Estado do Pará.

Fica a uma distância de 500 km da sua capital Belém, é um dos municípios mais antigos do arquipélago do Marajó e da região do Xingu, que há quase quatro séculos encanta nativos e estrangeiros, moradores e turistas, tanto pela sua beleza natural, quanto pela sua riqueza histórica e patrimonial. 

A cidade de Gurupá foi elevada à categoria de cidade através da Lei Provincial nº 1.209 de 11 de novembro de 1885. 

Com 393 anos de existência e possui uma importante riqueza histórica. 

Na zona urbana do município de Gurupá foram encontrados 50(cinquenta) sítios arqueológicos neste município, comprovados pelo museu Emilio Goeldi.

Localizado na margem direita do Rio Amazonas logo abaixo do delta (foz) do Rio Xingu, o município de Gurupá conta com dois (dois) distritos: Carrazedo, localizado entre a sede do município e o município de Porto de Moz, bem como o distrito de Itatupã localizado entre Gurupá e o município de Santana no Estado do Amapá. 

Além desses distritos destacam - se também as comunidades localizadas na zona rural nos rios Ipixuna, Mararú, Mojú, Marajoí, Pucuruí, Cojuba, Taiassui grande, Santana do Flexal, Jaburu, Tauarí, Baquiá, Muruchaua, Piracuí, Gurupá Miri, Maria ribeira e Jocojó. 

O município de Gurupá conta com uma população de 31.623 habitantes, tendo como principais atividades econômicas: o extrativismo da madeira, a coleta do fruto do açaí, a pesca da dourada e do camarão, a agricultura familiar, a piscicultura e o comercio. 

Os holandeses pretendiam colonizar o Brasil. Não seria possível construir alguma coisa na Amazônia sem a mão de obra escravocrata. 

Então, eles trouxeram escravos angolanos para as tarefas braçais, na construção das feitorias do Xingu e Gurupá. 

Os exploradores neerlandeses cultivaram amizade com os índios locais Mariocay da nação Tupinambá e impuseram seu ritmo comercial na região, tendo os fortes denominados de Nassau, Maturu e Mariocay como deposito das mercadorias. 

Os índios faziam da relação comercial um pacto de luta, afinal ser da etnia tupinambá era estar em guerra constante contra os próprios índios da região, enquanto isso intensificava as rotas de navegação no mundo. 

E a palavra que deu origem ao nome Gurupá, basea-se na denominação dada pelos portugueses que chamavam aquela região de “Corupá”, porque os indígenas afirmavam que ali era um porto de canoa ou seja origem era Iguaru pába= porto e seria chamado pelos indios de igararupá ou seja um porto de muitas canoas. 

Sabe-se que os holandeses defenderam o forte no ataque dos portugueses sobre o comando de Luís Aranha Vasconcellos. 

Os holandeses que sobreviveram fugiram para ilha grande de Gurupá. 

Houve outra batalha após a chegada de um navio holandês, comandado por um capitão inglês. 

Ao chegar à frente da cidade de Gurupá, os portugueses atacaram e afundaram o navio, matando todos os tripulantes. 

Os índios leais aos holandeses foram mortos, alguns sobreviveram e se tornaram escravos. 

Bento Maciel Parente ficou em Gurupá, onde, após destruir o forte dos holandeses, construiu um forte em 1623 sobre taipa, invocando a proteção de Santo Antônio. 

Em 1625 os portugueses sobre o comando de Pedro Teixeira grandes batalhas ferozes.

Os holandeses fugiram em retirada, de barco. 

Com a morte do Capitão Philip Purcell o irlandês que era tido como herói pelos holandeses e irlandeses naquela região, os 45 prisioneiros foram impiedosamente executados. 

Pedro Teixeira foi aniquilando qualquer povoamento e massacrando os índios aliados aos holandeses, que se escondiam pela ilha grande de Gurupá. 

Alguns holandeses se refugiaram para o interior da ilha grande de Gurupá com auxílio dos INDIGENAS , e ali viveram silenciosamente escondido, sem dúvida deixando descendentes, 1629 o Capitão inglês Roger North, tentou atacar o forte de Gurupá, mais foi atacado destroçando seu navio por Pedro Teixeira. 

A coroa portuguesa elevou Gurupá à capitania, sendo um dos cincos em toda região amazônica. 

Anos depois foi realizada a construção de um forte permanente e a cidade cresceu em torno do forte de Santo Antônio de Gurupá. 

Em 1639 um navio holandês foi interceptado pela guarnição de Gurupá, próximo à cidade. 

Tendo assim último registro de invasão dos holandeses na cidade de Gurupá. 

O nome do novo forte Santo Antônio foi uma homenagem e agradecimento à ajuda dos frades da província que colaborou com o recrutamento dos índios Tupinambás. 

AUTOR: GILVANDRO TORRES
IMAGEM: JAISON COIMBRA

 

Entre as ações importantes para o desenvolvimento Cultural do município podemos citar a criação de um Plano Municipal de Cultura e do Sistema Municipal de Cultura com apoio popular. A implantação do Plano Municipal de Cultura será um importante instrumento para o desenvolvimento da Cultura de Gurupá, contudo será necessário um conjunto de políticas públicas, diretrizes e critérios, o planejamento, a implementação, o acompanhamento, a avaliação, o monitoramento e a fiscalização das ações, projetos e programas na área cultural, em diálogo entre o governo municipal e participação popular. A gestão pública terá uma grande desafio para implantar o Sistema Municipal de Cultura – SMC, que deverá ser instituído por lei específica, deverá orientar a instituição de marcos legais e instâncias de participação da sociedade gurupaense, o desenvolvimento de processos de avaliação pública, a adoção de mecanismos de regulação e indução do mercado e da economia da cultura. Para o desenvolvimento das ações culturais do município será necessário intensificar o planejamento de programas e ações voltados ao campo cultura, consolidar a execução de políticas públicas para a cultura, com ações voltadas em formular e identificar as áreas estratégicas da nossa região fazendo confluir vozes e respeitando os diferentes agentes culturais, atores sociais, formações humanas e grupos étnicos; através de seminários e audiências publicas. Para a construção e constituição do Plano Municipal de Cultura é importante que se considere ações que possam envolver as diversas manifestações culturais e os vários setores da sociedade gurupaense, tais como: - O incentivo à iniciativa privada para investir em projetos voltados para a recreação e o lazer como balneários, trilhas ecológicas, parques, esportes radicais e ecoturismo; - O apoio aos movimentos artísticos e culturais da comunidade negra e ribeirinhos; realizando o festival de talentos locais para descobrir e incentivar nossos artistas da terra; ampliar o calendário e diversificar os eventos esportivos, que possibilitem geração de trabalho e renda; - O incentivo à Banda Escolar Municipal e a aquisição de instrumentos para a Banda Municipal de Gurupá; - O estímulo ao esporte educacional: destinado a democratizar o acesso à prática esportiva, por meio de atividades esportivas e de lazer realizadas no contra turno escolar, com a finalidade de colaborar para a inclusão social; - A manutenção e preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural do município, criar a política pública municipal de preservação do patrimônio. Manter e preservar os prédios históricos do município, criar programas e políticas de incentivo à preservação e valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural do município.

 





O chamado patrão fez parte da história do município de Gurupá desde o sistema de aviamento até o sistema de votos em que os fregueses eram obrigados a votar no candidato do “patrão”.

 Algumas famílias se diziam donas de grandes faixas de terra, exigindo que fossem os únicos compradores da produção dos posseiros que ocupavam sua propriedade. 


Nessa época como era preciso provocar uma mudança tanto social quanto política. 

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Gurupá começam a conscientizar o povo na questão de seus direitos. 

O patrão cobrava ainda desses moradores 5% de "taxa de uso do solo". 

Esse modelo se perpetuou por décadas, até que um levantamento fundiário feito com apoio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais mostrou que a maioria das escrituras desses latifundiários não tinha validade, havia extensão de terra declarada em escrituras no cartório quase duas vezes maior do que o tamanho do município, sendo que estes documentos não teriam validade. 

A ONG FASE teve um importante trabalho de assessoria e implantou a consciência ambiental na população da zona rural, sendo um instrumento de promoção social do desenvolvimento sustentável, na sua visão como foi essa luta de conscientização. 

O acampamento de 1986 é considerado um marco histórico do STTR- Gurupá e do movimento social de Gurupá, os companheiros de chapa, tiveram grande importância de cada um no processo sindical de organização sindical e os preparativos da luta sindical, onde era uma necessidade tomar o sindicato e ser verdadeiramente representado pelos trabalhadores rurais. 

Na década de 1980 a FASE, apoiou o movimento sindical na conquista do sindicato rural, além de ajudar a programar alguns projetos, como o projeto Bem Te Vi que apoiava os agricultores e pescadores. 

Esse apoio foi essencial para a zona rural. 

As terras de Gurupá pertenciam a cerca de 10 grandes proprietários, isso aconteceu pelo colapso da época da borracha na região com seu processo de aviamento e algumas famílias não conseguindo saldar as dívidas junto ao patrão e entregavam as estradas de borracha como forma de pagamento e com o tempo essas famílias acumularam muitas posses de terras passando a ser latifundiários. 

A madeireira multinacional norte americana BRUMASA S.A que havia comprado em 1966 uma grande área de terras no município de forma duvidosa. 

Os rastros da exploração ilegal no município de Gurupá causaram destruição nos seringais na ilha grande de Gurupá. 

A consequência foi avassaladora dos latifundiários onde os posseiros extraiam madeira e palmito sem consciência ambiental. 

O povo ribeirinho tomou conhecimento dos seus direitos ao se organizarem e perceberem que a mata em pé dá mais lucro do que derrubada, as conclusões da pesquisa socioeconômica realizadas com o auxílio das lideranças sindicais e comunitárias possibilitaram as condições para que, no seminário, fossem definidos os rumos da luta sindical por melhores condições de vida e de trabalho.