quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 

Imagens de minha querida cidade de Gurupá







 

Rascunho poético do Gil



Fico horas no trapiche de Gurupá
Olhando o mar agitado.

A bela visão do Amazonas
Procuro por você.

Bela gurupaense
Em cada maresia
Em cada brisa fria
A noite se aproxima.

O mar se agita na saída da lua
Mergulho em teus profundos segredos
Lavando minha alma impura.

Decifrando incertezas
Do amor e da poesia absurda.

Nesta noite fria e escura
Olhando estas águas barrentas
Passa uma embarcação frágil
Levando-te nesta ausência
Silenciosa...

Dos meus pensamentos solitários.
:



Recordações de Gurupá, meu exílio voluntário
Conheço naquele povo a beleza exótica de uma cultura unindo o passado com o presente, minha origem jamais negou e às vezes fico com os olhos cheios de lágrimas, toda vez que lembro desse tempo que passei lá, toda vez que vejo O mar vem em minha lembrança as embarcações, casas de madeiras sobre palafitas, paisagens naturais e relembro com emoção tudo que vivi, logo eu que sempre fui urbano e de repente me vi na zona rural, cercado por uma beleza incomensurável, com pessoas e estilos de vida completamente diferente do meu, foi um tempo de aprendizagem.

AUTOR: GILVANDRO TORRES 1998 

 

Belezas interioranas da ilha grande de Gurupá







Dia de fé, festejo na comunidade de Nazaré
Muiraquitã brilha nas águas escuras do Mararú.

Rio de cores e crendices da Amazônia.

Misticismo caboclo invade os barcos desse rio num mar de gente.

No mês de outubro, mantidos na emoção e devoção por nossa senhora, graças à fé de um povo em união às margens do rio Mararú.

É uma festa no rio a romaria fluvial, barcos enfeitados, colorindo o rio Mararú.

Caminhando num ritual em devoção a procissão de fé, até a derrubada do mastro, se encontra na festa do barracão da comunidade. Invade de fé e alegria.

Nos dias do festejo as famílias frequentam a capela de noite em cada rosto a expressão de fé, cada devoto sente orgulho de estar ali, à água alivia a dor e o calor, promesseiros entram na capela de pés descalços, agraciados pela nossa rainha da Amazônia.

A tradição do festejo na família Fernandes, resistindo ao tempo.
A fé fortalece ao ver a imagem dentro da berlinda de perto.
Como pode uma pequena imagem, levar tantas pessoas a expor sua fé em suor e lágrimas de emoção.

Entregamos nossas vidas a ti, em tuas mãos.

AUTOR: GILVANDRO TORRES

 

Sonho sobre as águas


Rio Mararú, meu eterno refúgio




 Misturando-me na canção popular

Vejo na rua o povo dançando carimbo.
Com chapéu de palha com fitas diversas,
Alegra a cidade num cortejo de alegria
No bar do parque, me abasteço.

Ao som do reco reco, me encantando dos tambores do povo
A cidade de Belém se inspira, num gole de alegria.

Numa caligrafia linda em ritmo de poesia.

O pavulagem contagia nestas ruas da capital coloridas.

Entre as mangueiras centenárias
A bela cultura é admirada.

Recanto da boêmia belenense
O cortejo termina na praça da república
Ali todos se misturam.

Dançando nossa cultura paraense.


Belém encanta com seu povo e seus ritmos.

AUTOR: GILVANDRO TORRES

 Atravessando a baía do Marajó

Em Soure, te poetizei
Ás margens do rio Paracauari
Do lado esquerdo, separando de Salvaterra
Admirei-te, terra sedutora
Ao ver o farol, do mata-fome.

Encantei-me.
Cidade marajoara
Pérola desta ilha
Raízes maruanazes.

Suas lindas praias
Surpreende na vila do pesqueiro
Tomando açaí com gurijuba,
Com um bom Araruna,
Buscando no mangue
O lado selvagem.

Ao sabor do queijo regional
Búfalos correndo neste extenso campo verde
Onde o vaqueiro domina o diabo preto
De olhos vermelhos.

Lindas caboclas marajoaras
Cavalgando pelas ruas
Desta fascinante, cidade de Soure.

AUTOR: GILVANDRO TORRES

 In Memoriam ao poeta santareno

Rui Barata.

Olhar mocorongo
Entre versos amazônicos.
Essência intelectual da boemia
Deste poeta santareno.
Militante das palavras.
Perseguido pelos fardados opressores
Em seu canto paranatinga
Presença viva
Descansa no rio de palavras infinitas.

autor: GILVANDRO TORRES


 

Velha Vigia de Nazaré




 




Gilvandro Torres, em busca da sua própria ideologia

Eu sempre estava indignado porque uns tinham e outros não, fui aluno frequentador da fundação Curro Velho no Telegrafo onde a cultura era arte em tudo que fazíamos, fiz alguns cursos e aprendi a pintar, conheci o outro lado do asfalto nessa época nas favelas da vila da barca onde mantinha amigos de infância, aquele cenário de pobreza me chocou vi de perto a desigualdade social e onde as pessoas trabalhavam em subempregos, crianças pedindo no sinal de transito, tráfico de drogas e meninas se vendendo nas esquinas, a policia estava corrompida e facilitava tudo, alguns amigos morreram nessa época outros viraram assaltantes e não tiveram tempo de contar suas histórias, enfim o sistema não me corrompeu e sobrevivi diante das coisas que aconteciam tinha que adquirir experiência e ideologicamente já estava inclinado ao socialismo ,está fuga que resultou na solidificação de minha convicção esquerdista.

 Vivi tudo na minha adolescência e claro algo incontrolável e agitado está na capital paraense tudo era sonhos rebeldes sem causa onde decifrar a palavra liberdade era escrever uma poesia entorpecida por um som que virava a cabeça de uma geração, onde aprendi a respeita as diferenças e me arriscar intensamente. 

Percebi uma sociedade consumista vendida pelo capitalismo a imagem de Che Guevara nas estampas de camisas. 

Afastei-me da religião e fiz um pacto comigo mesmo seria o mestre de minhas próprias situações.

Ocupei espaços indevidos num mundo que não era o meu, fui exilado para longe num cenário poético e reflexivo no rio mararú absorvi novas experiências, iniciei minha militância ainda jovem nas passeatas mais agora a natureza que via era uma nova história na foz do rio amazonas em 54 meses de minha vida, estive nas mobilizações estudantis e rurais, fui um líder estudantil, nunca escondendo minha visão política de esquerda.

Gilvandro Torres, adolescência rebelde




Estudei em escolas públicas do bairro do Telégrafo, isso exigia de mim algo importante ser diferente e esperto dentro do sistema, liderava a bagunça na sala, mais era sempre o líder em defesa dos amigos comprava qualquer briga, você pode até fingir mais é difícil de esconder o que quer e ao mundo que pertence. 

Ao ser derrotado pela vida varias vezes aprendi que derrotas são estimulo para as vitórias, se não fosse forte estaria derrotado mais continuo no ringue pronto para dar um nocaute!

Minha adolescência foi marcada por agitações de uma idade de descobertas, participei de muitas passeatas de protesto contra o governador do Pará na época Almir Gabriel, meu julgamento moral me fez manter vivo e as flores do jardim selvagem morriam pouco a pouco.

Defino minha adolescência como uma grande lição de vida onde experimentei tudo e paguei um preço alto.

Fiquei longe de tudo e retornei as minhas origens no rio mararú. 

Preparei-me ideologicamente para voltar para capital onde deixei amigos, família e muita coisa por fazer.

Gilvandro Torres, um pouco de minha história de vida

Gilvandro Torres filho do ex-vereador Vavá Torres e neto do ex. vice-prefeito de Gurupá Santino Torres. 

Nascido na ilha grande de Gurupá na foz do rio amazonas no dia 14 de março de 1980,  batizado pelo padre italiano Giulio Luppi.

Com três anos vim de barco para capital em Belém  morar com a família Torres onde fixaram residência no bairro do Telégrafo. 

De família católica estudei em escolas públicas do bairro vivendo  a efervescência cultural da época no período estudantil tomou contato com a vida política lendo bastante literaturas marxista, com participações em debates e reunia em busca da consciência crítica.

Participei de históricas passeatas de protesto contra o governo de Almir, em meio as bandeiras de agremiações estudantil conheceu a militância radical da esquerda onde aprofundei estudo sobre socialismo, conheceu lideres estudantis da esquerda.

analisei profundamente as questões sociais através de textos de Marx e leu sobre as revoluções da América como Nicarágua e Cuba.

Pinchava como forma de protesto e ao mesmo tempo se aperfeiçoava em cursos de qualificação profissional.

Praticante de esportes participei de duas olimpíadas estudantil e ganhou medalhas nas modalidades de handebol e  fut-sal em um projeto social da guarda municipal de Belém, treinei Karatê e boxe.

Frequentador da fundação CURRO VELHO, no bairro do Telégrafo, onde fiz oficinas de violão com o grande Nego Nelson, teatro e pintura, inicialmente fez seus estudos na escola de 1º grau Santo Afonso em Belém, concluindo o ensino fundamental na rio Mararú, retornando para capital paraense terminou o ensino médio na E.E.E.M Magalhães Barata.

Uma nova maneira de pensar era um pé na sala de aula e outro nas passeatas.

Militante do movimento estudantil teve um exílio voluntário na região amazônica onde conheceu seu povo e suas raízes, em Gurupá no ano de 1998,teve experiências na zona rural com lideres comunitários e foi líder estudantil, radical e socialista.

Foi nas comunidades de base que mudou sua maneira de agir. Conheceu o bispo do Xingu Dom Erwin e defendeu varias lutas ao lado de lideres e estudantes, foi eleito representante dos alunos e para integrar a equipe do regimento interno da escola, onde muita luta foi travada. 

Em 2002 foi para o estado do Amapá onde participou do processo político na campanha do cunhado a reeleição, à deputado estadual Alexandre Torrinha(PSB),onde teve contato como a política funciona e conheceu o então governador do Amapá Capibaribe(PSB),defensor do projeto de desenvolvimento sustentável da Amazônia. 

Na capital paraense e reescreveu sua história Pessoal, novamente líder estudantil esteve ligado a correntes ideológicas trotskistas e defensoras dos movimentos revolucionários da América latina, participou das principais mobilizações estudantis e políticas da esquerda, atingido por balas de borracha algumas vezes nunca recuou.











 

Orla de Icoraci, um ótimo lugar para tomar água de coco


Icoaraci é um distrito de Belém, capital do estado do Pará, distante aproximadamente 20km, possui cerca de 300 mil habitantes. Localiza-se próximo da Ilha de Marajó com quem mantém travessias diárias de balsa. Icoaraci, que significa "de frente para o sol", é o nome atual da antiga Vila do Pinheiro.

As margens do Guajará estação das docas, tem lugar melhor pra morar?

Às margens do rio Guamá, o Mangal das Garças pode ser visto de mirantes que ficam em deques de madeira. No local há um restaurante, além de um viveiro e um borboletário.

Só em Belém tem tacacá quentinho

Glvandro Torres, uma receita paraense de tapioca

Ingredientes da Receita de Tapioquinha
1/2 kg de tapioca
Manteiga a gosto
leite de coco a gosto
coco fresco ralado a gosto.

Como Fazer Tapioquinha
Modo de preparo: Numa frigideira de 21 cm de diâmetro, coloque uma camada fina de tapioca até cobrir o fundo da frigideira. Coloque no fogo até que as bordas desgrudem dos lados. Vire e deixe cozinhar do outro lado. Retire da frigideira, passe um pouco de manteiga. Molhe com um pouco de leite de coco ou polvilhe coco ralado por cima.

Gilvandro Torres, orgulhosamente paraense!

o açaí nossa riqueza paraense