Projeto Cultural foi idealizado e Coordenado por GILVANDRO TORRES com objetivo do dialogo sobre a realidade de nossa Amazônia Gurupaense.
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
“Citando um grande poeta latino-americano Eduardo Galeano. Ao falar sobre o sentido da nossa luta e para que serve a utopia respondeu: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
Forte de Santo Antônio de Gurupá Das muralhas do forte, visto do alto do rochedo.
O canal de Gurupá se torna uma figura absoluta Primeiramente pelos holandeses e depois pelos portugueses;
Que se renova a cada Maré e cada batalha Surpreendem todos, que te admiram.
Não só pela sua história, mas pelas suas águas profundas.
Vira referência na vida dos ribeirinhos.
Sua essência não se silencia, Com sua beleza incomensurável De esse pôr do sol.
Nas margens do Amazonas.
Em torno da histórica fortaleza Canhões apontando para o horizonte Admiro-te belíssimo.
Forte que originou a cidade de Gurupá. AUTOR: GILVANDRO TORRES
Fonte: Pesquisadora Gurupaense Historiadora Professora CÁSSIA LUZIA LOBATO BENATHAR
O papa nos propõe : ECOLOGIA INTEGRAL, onde o ser humano e a natureza encontram-se interligados. A encíclica chama todos a reconhecer que os efeitos da crise ambiental atinge sobretudo os pobres e lembra que uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem de questões sociais. Papa Francisco critica o CONSUMISMO e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a DEGRADAÇÃO AMBIENTAL e as ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. A promoção da educação ambiental e o compromisso com as atuais e futuras gerações. A Encíclica em seu ponto reflexivo permite fazer questionar: "Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, e as novas gerações como vão viver e crescer?" GILVANDRO TORRES
FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE são virtudes Teologais, infundidas por DEUS e em tudo o que nos revelou, onde a nossa igreja propõe e crer. Pela FÉ: cremos em Deus; pela ESPERANÇA, esperamos nele; pela CARIDADE, amamos a DEUS e ao PRÓXIMO.
terça-feira, 22 de agosto de 2023
XVIII Encontro da Pastoral Afro Indígena 2018 Paroquia de Santo Antônio de Gurupá
Depois de um longo processo de transformação social no município de Gurupá através dos movimentos sociais e religiosos, surge a figura do Padre Italiano Giulio Luppi, defensor da Teologia da Libertação, que conduz um processo de formação política em toda zona rural do município de Gurupá, através de 88 comunidades, formando as comunidades eclesiais de base.
Nestas comunidades o povo ribeirinho conquistou os seus direitos após terem acesso às informações necessárias, desbancando o poder local controlado pelos grandes latifundiários improdutivos que utilizavam o sistema de Aviamento como base de opressão junto aos moradores que tomavam conta de suas propriedades.
Com a mudança social e política na região o sistema de aviamento foi extinto e os produtores rurais passaram a vender sua produção livre, sendo reconhecido seu direito a propriedade.
Com participação ativa do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Cebs, onde o povo organizado passa a ser responsável pela condução de sua própria comunidade.
Uma das grandes vitorias do povo ribeirinho através da Cebs, foi a oficialização com o Título de proprietário de seu próprio imóvel rural.
O STR era um instrumento nosso dentro da organização dos trabalhadores e, que juntos podíamos lutar em defesa da terra, para o homem que nela mora e dela tira o seu sustento com liberdade; Apesar da grande esperança e o poder que o STR tem de lutar em benefício do homem do campo, ele estava sendo coordenado pelos patrões, ou seja, defendia os interesses dos patrões e não dos trabalhadores rurais; isto custou 54 dias de acampamento em frente a sua sede. Movimento este que foi organizado pelos próprios trabalhadores do município de Gurupá.
Sr. Edgar Pantoja. (Escritor, Poeta, Cantor e Ativista político e Comunitário).
O acampamento de 1996 é considerado um marco histórico do STTR- Gurupá e do movimento social de Gurupá, os companheiros de chapa, tiveram grande importância de cada um no processo sindical de organização sindical e os preparativos da luta sindical, onde era uma necessidade tomar o sindicato e ser verdadeiramente representado pelos trabalhadores rurais.
HISTÓRIA SINDICAL DE GURUPÁ- TEXTO E FONTE STTR GURUPÁ
Nas minhas viagens a Gurupá,tenho encontrado no meu povo que é simples e humilde,qualidades que são as maiores riquezas de minha origem cabocla.
Na ilha grande de Gurupá no rio Mararú convivi com pessoas especiais que valorizam a família e o trabalho. Sempre que visito meus amigos, renovo sempre minhas forças para continuar lutando por dias melhores
Gilvandro Torres um viajante que revela seu orgulho caboclo amazônico
Uma cidade deslumbrante talvez a mais bela do norte do Brasil.
de dia e de noite a iluminação vinda dos túnel de mangueiras da Av.Nazaré,
Depois vem Gurupá, cidade que nasci, a festa de são Benedito e o rio Amazonas onde o pôr-do-sol é magnifico.
Macapá vem em seguida, a fortaleza de são José e o trapiche Eliezy Levy,a pedra de são José.
Adoro viajar e mergulhar no inesperado, guardo em minha memória lembranças boas tanto no estado do Amapá quanto aqui no Pará, as cidades que conheci, às vezes penso na embarcação lotada mais tudo é bom e sempre volto abastecido de histórias e conhecimento, onde sempre aprendo com as pessoas o real sentido da vida!
O Padre Giulio Luppi, foi um dos fundadores do movimento que se organizou em comunidade eclesiais de base, esteve em muitas lutas em defesa do direito dos trabalhadores rurais de Gurupá.
Ele é uma pessoa muito respeitada pelos trabalhadores rurais de Gurupá, responsável pela conscientização do povo, se organizando em comunidades de base na zona rural e tomando o sindicato dos trabalhadores rurais na cidade, assim fundaram o partido dos trabalhadores na região.
Tornando senhores do seu próprio destino.
A história do movimento popular de Gurupá por sua atuação junto ao Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Gurupá.
Em1986 entrou em forte confronto contra as classes conservadoras que até então dominavam a entidade.
O conflito, que culminou em um acampamento de protesto em frente ao prédio do sindicato durante 54 dias, resultou na retomada da instituição pelos trabalhadores rurais.
A história de mobilização política de Gurupá é um dos grandes orgulhos da classe trabalhadora e seus líderes.
O processo de conscientização e educação popular na zona rural foi iniciado pelo padre Giulio Luppi desde que chegou à cidade no início dos anos 70.
Olhares de um caboclo
vivi sempre o inesperado;
meu abismo mental....
complicado foi atravessar o rio agitado;
e traiçoeiro de minha vida.
compartilhei saudade;
compartilhei amizade;
ergui barreira, entre eu e o universo;
fui julgado por acredita em um sorriso;
renasceria em meu exilio;
na beleza escondida;
de um rio.....
na ilha que cercava as águas;
tentei nadar, entre as maresias;
do meu cotidiano, sobraria apenas recordações;
delirantes paixões urbanas;
das quedas fiz uma escada, concreto eu pisei;
nas imensas ondas daquele rio naveguei;
Mararuense sou eu!
Gilvanadro Torres,fala sobre Gurupá
Gurupá-Mirim, a mais antiga, é considerada, importante sítio arqueológico, com resquícios de cerâmica indígena, provavelmente Pré-colonial e Colonial.
A economia gira em torno do extrativismo de açaí, borracha, madeira, palmito, peixe e camarão, além de mandioca e cacau. O açaí é o destaque, com mais de 800 mil latas/safra, destinadas a Belém e Macapá.
A pesca é bem organizada graças à Colônia de Pescadores. São mais de dois mil sócios, resultando, em média, duas a três toneladas de peixe por semana.
Na educação o destaque é para a Casa da Família Rural, na “região das ilhas’, onde os alunos recebem educação voltada para o campo.