segunda-feira, 21 de agosto de 2023

REPÚBLICA DO PERU, NOSSOS LAÇOS SUL AMERICANO

República do Peru  é um país sul-americano limitado ao norte pelo Equador e pela Colômbia, a leste pelo Brasil e pela Bolívia e ao sul pelo Chile.

O seu litoral, a oeste, é banhado pelo oceano Pacífico.

Sua geografia é variada, exibindo desde planícies áridas na costa do Pacífico, aos picos nevados dos Andes e à floresta amazônica, características que proporcionam a este país diversos recursos naturais.

O território peruano abrigou a civilização de Caral, uma das mais antigas do mundo, bem como o Império Inca, considerado o maior Estado da América pré-colombiana.

O seu território foi elevado a vice-reinado pelo Império Espanhol, no século XVI. Sua independência foi formalmente proclamada em 1821  e foi definida pela derrota do Exército Espanhol na Batalha de Ayacucho três anos depois.

Na história do Peru independente, sucessivos governos democráticos foram constantemente interrompidos por golpes de estado.

A mistura de tradições culturais produziu uma diversidade de expressões nas artes, na culinária, na literatura e na música.

As principais atividades econômicas incluem a agricultura, a pesca, a exploração mineral e a manufatura de produtos têxteis.

A palavra Peru é, provavelmente, derivada de Birú, o nome de um governante local que morava perto da Baía de São Miguel, no Panamá, no início do século XVI.

Quando os seus domínios foram visitados por exploradores espanhóis em 1522, eles eram a parte mais meridional do "Novo Mundo" conhecida pelos europeus.

 Assim, quando Francisco Pizarro explorou as regiões mais ao sul, as designou de Birú ou Peru.

A Coroa Espanhola oficializou o nome do território em 1529, com a Capitulación de Toledo, que designou o recém-encontrado Império Inca como a Província do Peru. Sob o domínio espanhol, o país era denominado Vice-Reino do Peru, que posteriormente se tornou a República Popular do Peru, após a guerra da independência do país.

 

Os primeiros indícios da presença humana no território peruano datam de aproximadamente 10 560 a.C.

 A mais antiga sociedade complexa conhecida no Peru e nas Américas, a Civilização de Caral, floresceu ao longo da costa do oceano Pacífico entre 3 000 e 1 800 a.C. Caral é o berço da cultura peruana e de grande parte do Continente Americano.

As sociedades andinas foram baseadas na agricultura, utilizando técnicas como a irrigação e terraceamento, pecuária de camelídeos e pesca também eram importantes.

A organização era baseada no princípio da reciprocidade e redistribuição porque estas sociedades não tinham nenhuma noção de mercado ou dinheiro.

Uma dessas sociedades andinas foi a Civilização Huari, ela desenvolveu o modelo clássico do Estado andino com o surgimento de cidades de corte imperial, um modelo que se expandiu no norte em direção ao século XVIII.

Após o abandono de Huari, novos estados centralizadores de alcance regional foram erguidos ao longo da cordilheira dos Andes, como Lambayeque, Chimú e Chincha, período conhecido como o Intermediário Tardío ou Período dos Estados regionais.

Durante o Período dos Estados Regionais, nasceram culturas arqueológicas, como Cupisnique, Chavín, Paracas, Mochica, Nazca e Chimu. No século XV, os incas emergiram como um poderoso Estado e, no espaço de um século, formaram o maior império da América pré-colombiana.





FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peru


No início do século XIX, enquanto a maioria da América do Sul era assolada por guerras de independência, o Peru continuou a ser um reduto monarquista.

Como a elite hesitou entre a emancipação e a lealdade para com a monarquia espanhola, a independência foi obtida apenas após as campanhas militares de José de San Martín e Simón Bolívar.

Durante os primeiros anos da República, lutas endêmicas pelo poder entre líderes militares causaram instabilidade política.

A identidade nacional foi forjada durante este período, com projetos bolivarianos que afundaram, como a Confederação da América Latina, e uma união com a Bolívia que se mostrou efêmera.

Quando a independência foi proclamada, San Martin assumiu o comando político-militar dos departamentos livres do Peru, sob o título de Protetor, por decreto emitido em 3 de agosto de 1821.

Os trabalhos do Protetorado contribuíram para a criação da Biblioteca Nacional (em favor do conhecimento), a aprovação do Hino Nacional e a abolição de leis contra os indígenas.

 Em 27 de dezembro de 1821, San Martín criou três ministérios: Ministério de Estado e Relações Exteriores, nomeando a Juan García del Río como ministro; Ministério da Guerra e Marinha, para Bernardo de Monteagudo; e Ministério das Finanças, para Hipólito Unanue.

                                              José de San Martín ao anunciar a independência do Peru




FERIADOS
01/01 - Ano Novo.
Março ou Abril - Sexta-feira Santa.
01/05 - Dia Internacional do Trabalho.
Maio – Segundo domingo de maio - Dia das Mães.
07/06 - Dia da Bandeira.
Junho – Terceiro domingo de Junho – dias dos Pais
28 e 29/07 – Festas Pátrias.
30/08 – Festa da padroeira do Perú.
08/10 –Combate Naval de Angamos.
01/11 – Dia de todos os Santos.
02/11 – Dia dos fiéis Defuntos - Finados
08/12 - Imaculada Conceição de Maria.
25/12 - Natal.


FONTE:http://expedicaopelaamericalatina.blogspot.com/p/peru.html 


A moeda do Peru é o Sol (S/). No plural: Soles. As moedas são de 5, 10, 20 e 50 centavos. Também tem moedas de 1, 2 e 5 soles e as notas de 10, 20, 50, 100 e 200 soles.


Origens

A cultura peruana é uma grande mistura de componentes de diferentes grupos étnicos que habitaram e habitam o que é atualmente o território do Peru, os mais importantes são o bloco crioulo ou espanhol, seguido pelo bloco afro-peruano aborígene, asiático e, em menor escala, o ítalo-peruano, tudo isso é potencializado pelas três principais regiões naturais, ou seja, a costa, a selva e serra.

Pintura

A história da pintura no Peru remonta aos tempos pré-hispânicos, onde eram utilizadas ferramentas simples e corantes de origem natural. 

Naquela época, a pintura limitava-se à decoração de objetos ornamentais e utilitários feitos de cerâmica. Com a chegada dos conquistadores espanhóis, a pintura tornou-se sobretudo uma expressão da religiosidade católica. 

Durante a era republicana, a pintura peruana passou por quatro grandes períodos ou estilos: costumbrismo, pintura acadêmica, indigenismo e pintura contemporânea ou modernista.


COMIDA PERUANA 

Comida peruana - Ceviche (comida típica do Peru)

1 – Ceviche

Impossível começar essa lista com outro prato, né? O ceviche é o prato mais famoso do país, tanto que foi declarado como Patrimônio Cultural. Existem muitas versões da receita pelo mundo, mas a original leva peixe branco cru, cebola roxa, pimenta, coentro, sal e limão (ou lima). Como acompanhamento, costuma-se servir milho, alface e batata doce.Em muitas cidades, principalmente as litorâneas, é possível encontrar restaurantes especializados e que servem apenas as variações dessa iguaria: as cevicherias.

2 – Papas a la huancaína

Papas é batatas em espanhol, e se tem batata a chance do prato ser bom é enorme, né?

Huancaína é uma espécie de molho de pimenta amarela, levemente picante. As batatas são cozidas em rodelas mais grossas e cobertas com esse molho.

Como acompanhamento normalmente são servidos ovos cozidos, alface e azeitonas pretas.

3 – Anticuchos

De origem pré-colombiana e muito populares durante o império inca, os anticuchos continuam sendo um prato bastante consumido pelos peruanos e em alguns lugares da Bolívia.

Os anticuchos são bem semelhantes aos nossos espetinhos. Podem ser de carne bovina (normalmente filé mignon ou coração), frango ou peixe.

Para acompanhar, normalmente são servidas batatas ou milho cozidos.

4 – Cuy

Muitas pessoas no Brasil tem o porquinho da índia como pet, porém isso não acontece no Peru.

Por lá, esses bichinhos são servidos em diversos restaurantes de comida peruana, por isso preste atenção quando estiver escrito cuy no cardápio, pra não se assustar quando o prato chegar na sua mesa.

Normalmente eles são assados ou fritos inteiros – com cabeça e patinhas – o que deixa a situação à mesa ainda mais estranha pra nós, que estamos acostumados a ver o bichinho como animal de estimação.

Não tivemos coragem de provar o cuy (tadinho!), mas quem já o fez garante que o sabor é parecido com frango.

5 – Cancha peruana

Vou confessar que até pouco tempo atrás eu não sabia o nome exato deste aperitivo, embora a gente tenha comido várias vezes durante a viagem pelo Peru.

Comida peruana - Cancha (comida típica do Peru)
cancha peruana (também conhecida por lá como cancha serrana ou maíz tostado) é uma variedade de milho de grãos grandes tostados e salgados, servido normalmente como aperitivo em restaurantes antes da chegada do pedido, como acompanhamento de alguns pratos ou simplesmente como petisco.

É como se fosse o nosso amendoim japonês, sabe?

Comida peruana - Ají de gallina (comida típica do Peru)

6 – Lomo saltado

lomo saltado talvez seja o segundo prato mais popular do Peru, atrás somente do ceviche.

Comida peruana - lomo saltado (comida típica do Peru)

Extremamente fácil de encontrar em restaurantes de comida peruana, o prato consiste em um salteado com tiras de carne bovina, cebola, tomate e condimentos, que normalmente vem acompanhado de arroz e batatas fritas.

7 – Choclo con queso

É difícil resistir a um milho com queijo! E eles estão por toda a parte, servidos como entrada em restaurantes peruanos e até em barraquinhas nos arredores das ruínas incas.

O Peru possui mais de 30 variedades de milho, com cores e tamanhos distintos, mas a combinação perfeita com uma bela fatia de queijo fresco artesanal é feita com famoso “milho gigante de Cusco“!

8 – Ají de gallina

ají de gallina é um ensopado mais consistente de frango, pimenta amarela, açafrão e outros condimentos.

Sua cor amarela lembra muito a do molho huancaína, que leva a mesma pimenta.

Normalmente o prato é servido acompanhado de azeitonas, batatas ou ovos cozidos.

Comida peruana - Rocoto relleno (comida típica do Peru)

9 – Rocoto relleno

Rocoto é um tipo de pimenta peruana, arredondada e que é a grande estrela desse prato, originário da região de Arequipa, Peru.

A pimenta é recheada com carne moída ou picadinha bem temperada e normalmente leva amendoim torrado e ovos cozidos picadinhos.

Por cima do recheio vai uma camada de queijo. O rocoto é levado ao forno e geralmente é acompanhado de batatas.

10 – Causa rellena

causa lembra muito os nossos escondidinhos.

Comida peruana - causa rellena (comida típica do Peru)
Também conhecida como causa limeña, a batata usada no preparo do prato é a variedade amarela, típica do país, mais o nosso conhecido ají amarillo (pimenta amarela, já falamos dela algumas vezes, lembra?) por isso esse amarelo mais forte.

O recheio pode ser de atum, frango ou frutos do mar.

11 – Pollo a la brasa

pollo a la brasa é mais um dos pratos bastante conhecidos e apreciados da comida peruana.

Como o nome já diz, é o frango assado nas brasas do carvão. Há diversos restaurantes especializados no prato, chamados pollerias, onde o frango normalmente é servido inteiro, partido ao meio ou em 4 pedaços.

Costuma ser servido acompanhado de batatas fritas, arroz e salada.

12 – Chupe

Chupes são sopas típicas do sul do Peru. Entre as variações mais comuns do prato estão os preparados com camarões, frango, carne vermelha e vegetais.

Além da proteína, normalmente levam no preparo batatas, cebola, pimenta, tomate e creme de leite.

13 – Suspiro Limeño

Uma das sobremesas mais tradicionais no país, o suspiro a la limeña consiste basicamente num creme de leite e gemas coberto com um merengue que leva vinho do porto, claras em neve e canela.

Comida peruana - suspiro limeño (comida típica do Peru)

14 – Chocotejas

Não sei se elas são fáceis de encontrar em todo o Peru, mas é um docinho originário da região de Ica.

Provamos essa delícia em Huacachina, e me arrependo MUITO por não ter comido mais hahaha

O docinho lembra um bombom, com recheios que variam bastante – nozes, doce de leite, pistache, coco, etc – cobertos com uma casquinha de chocolate ou de açúcar. Não deixe de experimentar!

15 – Tiraditos

Os tiraditos são feitos de peixe cru ou marinado – cortado em lâminas finas, mais ou menos como se fosse um sashimi, e servidos com molho picante.

Comida peruana - tiraditos (comida típica do Peru)
Geralmente vem acompanhado de milho e batata doce (que é um pouco diferente da que consumimos aqui no Brasil, alaranjada, mas gostosinha!).

16 – Arroz chaufa

O arroz chaufa é a fusão da gastronomia peruana e chinesa, conhecida como chifa, e que possui mais de 150 anos de existência.

Comida peruana - Arroz chaufa (comida típica do Peru)
É basicamente um ‘mexido’ de arroz com diversas variações, como mariscos, carne vermelha ou frango.

17 – Humitas

Humita é a versão andina da pamonha. Também existe nas variações doce e salgada, e podem ser recheadas com queijo (huuuumm 😋), passas ou ainda levar canela no preparo.

Assim como as pamonhas daqui, costumam ser servidas envolvidas na palha do milho.


Bebidas típicas do Peru

18 – Pisco Sour

Talvez a bebida mais famosa do país, ou melhor, de dois países: Chile e Peru disputam a autoria do drink, mas seja lá de quem for, é uma delícia!

pisco sour é uma bebida bastante refrescante e lembra um pouco a nossa caipirinha.

As receitas tradicionais levam pisco, que é uma espécie de cachaça de uva, limão, xarope de açúcar, gelo e clara de ovo (siiiim, mas garanto que você nem vai lembrar desse detalhe quando estiver tomando haha).

19 – Chicha morada

A chicha morada é uma espécie de ‘suco’ de milho. A bebida é feita a partir de um tipo de milho de cor roxa (maíz morado), frutas e especiarias.

Além de refrescante, a chicha morada possui propriedades antiinflamatórias, auxilia na produção de colágeno e diminui a pressão sanguínea.

Bebida peruana - Inca Kola (Bebida típica do Peru)

20 – Inca Kola

Apesar do nome soar semelhante à Coca Cola, as bebidas são completamente diferentes, seja na cor ou no sabor.

Seu amarelo quase radioativo se destaca nas prateleiras dos mercados peruanos e, como todo bom turista, ficamos tentados a experimentar.

E experimentamos. Se gostamos? Não muito. Talvez a cor amarela nos induza a pensar num sabor meio abacaxi (você também tem essa ilusão? kkk), mas no final o refri era beeemm docinho, meio tutti-frutti, sei lá.

Vale como experiência, tem até quem goste, mas acho que eu não tomaria de novo hahaha.

21 – Mate de coca

Se você esteve em grandes altitudes nos Andes, provavelmente tomou um chazinho de coca pra aliviar os sintomas do soroche. Mas você sabia que ele também auxilia na digestão?

O chá é obtido através da infusão das folhas de coca, em pequenas quantidades, e pode ser tomado quente ou frio.

Bebida peruana - chá de coca (Bebida típica do Peru)
Não, o chá não é alucinógeno. Para se fazer poucas gramas de cocaína, deve-se processar quilos e mais quilos da coca, o que não ocorre neste caso. Pode tomar o seu chazinho sem preocupações! 😉

22 – Cusqueña

Se você gosta de conhecer cervejas locais durante as viagens, não deixe de provar uma Cusqueña gelada!

É super fácil de encontrar ela nos bares e mercados do país – é como se fosse a nossa Brahma ou Skol.

23 – Chilcano

chilcano é um drink peruano e leva, além do pisco, o suco de limão, angostura (um bitter usado para aromatizar diversos drinks), açúcar, gelo e ginger ale (refrigerante de gengibre).

É um dos drinks peruanos mais consumidos no país, ao lado do pisco sour.

fonte: https://viajandonajanela.com/comida-peruana



A Lei 10.639/2003 obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e cultura afro-brasileira.

 


A Lei 10.639/2003 obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e cultura afro-brasileira.

O conteúdo programático deve incluir o estudo da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura afro-brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.

O calendário escolar deve incluir o dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Em referência a morte de ZUMBI dos Palmares. Já em 2008, outra lei federal 11.645/ 2008, tornou obrigatório também o estudo da história e da cultura indígena, incluindo a contribuição na formação da sociedade brasileira, conforme a lei anterior.

Qual a importância da Lei 10.639 nas escolas que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. O objetivo dessa lei é combater o racismo em nossa sociedade através da educação, visto que em nossa educação existe uma supervalorização da história e cultura branco-europeia em detrimento das africanas e ameríndias.

Ensinado na escola que o brasileiro é resultado da mistura de três etnias: o branco europeu, o negro africano e o indígena nativo. A divisão do conteúdo ensinado, entretanto, não segue essa proporção. 

A história e complexidade dos povos indígenas e da população negra se encontram muitas vezes resumidas à descoberta do Brasil e ao período da escravidão.

A nossa grande diversidade é apagada nos bancos escolares. Há uma tentativa de homogeneizar a cultura brasileira sob o olhar do colonizador europeu.

No Brasil desde 1989 existe a Lei Federal n. 7.716 que define como crime qualquer forma de preconceito de raça ou de cor. Lei está que foi atualizada em 1997. Determinando crime discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião. Transformando racismo em crime.

Atualmente o dia 13 de maio é rememorado como o dia nacional da luta contra o racismo. O Brasil é uma mistura étnica dos povos que aqui chegaram e já estavam os povos indígenas, atualmente 50% da população se identifica como NEGRA ou PARDA.

Muitos livros didáticos não expressão o lado verdadeiro da história, em 1755 foi fundado a companhia geral do comercio do Grão Pará e Maranhão com a finalidade de transportar os produtos da produção paraense para Portugal e no retorno as embarcações traziam pessoas escravizada de origem africana, funcionado durante 22 anos.

 Aproximadamente 12.587 mil escravos africanos, muitos ficaram espalhando nas fazendas do Marajó no trabalho da pecuária. Alguns conseguindo fugir e se organizando em QUILOMBO.

Os escravos africanos e seus descendentes crioulos e mestiços influenciaram em profundidade a formação cultural do País, os aspectos de nossa cultura na religião, música, dança, alimentação, língua, temos a influência negra, apesar da repressão que sofreram as suas manifestações culturais mais cotidianas. 

A preservação da cultura negra significava a luta diária pela sobrevivência.

Embora ameaçados pelo cativeiro, proibidos de praticar os seus ritos, vítimas de violência e separação física entre pessoas do mesmo grupo familiar, eles continuaram lutando pela manutenção de seus valores culturais.

A partir desse dialogo expressado neste livro com objetivo de compreender nossa história Afro Amazônida com a necessidade de entender a multiplicidade dos clamores e gritos amazônicos provocados e mantidos, até hoje, pelo colonialismo interno.

Da mesma maneira que é importante, também, conhecer as bases, a realidade e a história da Amazônia brasileira a partir de seus povos, etnias e comunidades.

A presença afro- indígena é forte em vários aspectos culturais, como culinária, música e religião.

A influência não é apenas em elementos tradicionais. Hoje, a mistura de ritmos mostra que é possível trazer sons africanos, indígenas e ribeirinhos para estilos típicos do região do norte e compartilhado pelas regiões do Brasil em estilo único.

 

A cidade de Mazagão no Estado do Amapá é considerado, praticamente, o porto de entrada da raça negra no Amapá. Para lá foram negros originários do Norte da África, na região de Marrocos (Mauritânia), colonizados pelos portugueses que os trouxeram visando os domínios lusitanos a partir da construção de um forte na África. Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram os negros escravizados para a localidade Gurupá-Mirim, O Quilombo Gurupá Mirim, em Gurupá-PA, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.

No período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos fugidos, mas também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços, indígenas, entre outros. Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que possuem as mesmas tradições.

Associação Das Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupá foi fundada em 05/11/1999. Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o Governo do Estado do Pará, através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA, outorga em favor da ARQMG - Associação dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá.

O que teria acontecido com os indígenas da nação Tupinambá que habitavam próximo ao rochedo do forte de Gurupá antes da chegada dos portugueses. Os indígenas foram dizimados, escravizados, o certo que a coroa portuguesa se apoderou das terras gurupaense, num holocausto escondido entre os livros didáticos nas inúmeras batalhas entre portugueses e holandeses.

 

 A verdadeira vitima da invasão estrangeira e dos colonizadores portugueses, foram os indígenas da nação Tupinambá; Que ocupavam pacificamente essas terras. os verdadeiros donos.

À medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.

Com a colonização portuguesa atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em navios de pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os indígenas que eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era sua aldeia central.O que temos é uma praça a beira mar que homenageia através de um coreto o nome Mariocay que provavelmente eram da nação tupinambá, que de inicio a praça era denominada "Coronel Magalhaes Barata". em homenagem ao Interventor da época que tinha aliados políticos em Gurupá, com a troca de poderes Ascenção de um novo modelo politico e aqueda do BARATISMO, foi trocado o nome da praça e rebatizada como Praça Mariocay.

Jorge Hurley em 1936 no livro “ noções de historia do Brasil ” descreve que a Palavra mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary= queimado. Verdadeiro nome em Tupi: UMARY-CAY

Os holandeses chamavam de Mariocay os REMANESCENTES DA NAÇÃO TUPINAMBÁ que viviam no local onde atualmente é a sede da cidade de Gurupá.

Alguns historiadores e pesquisadores acreditam que os holandeses fizeram amizade com os indígenas e até comercializavam produtos, podemos descrever que o cotidiano dessa época:

1- Os indígenas produziam  roças, e trocavam os produtos com os Holandeses, eram especialistas também na pesca de tartaruga e no escambo troca de seus derivados como o óleo;

2- A  caça de animais silvestre com a comercialização da pele de onça, em troca os holandeses davam espelhos, roupas e utensílios para agricultura.

3-  Os Holandeses trouxeram pessoas escravizadas em suas embarcações provavelmente angolanos e ajudavam no trabalho pesado. e no cultivo das terras pretas existentes em Gurupá para plantação do tabaco que tinha um preço muito bom na Europa. Acredito que deveria ter um trabalho arqueológico de campo, ainda temos muitas informações guardadas neste solo. Gurupá Miri é um dos maiores sítios arqueológicos do período  Pré colonial.

 AUTOR: GILVANDRO TORRES

 

 

 


 

Pedro Teixeira, a Expedição que expandiu as fronteiras da Amazônia brasileira- AUTOR: GILVANDRO TORRES

 

Pedro Teixeira, a Expedição que expandiu as fronteiras da Amazônia brasileira.

 


Pedro Teixeira revelou-se decisivo para a definição do território do Brasil, ao subir o rio Amazonas até Quito, no Equador. Assim, este português contribuiu para a definição do maior país da América Latina.

O Brasil é o único da América que tem o português como língua oficial. Para delimitar as terras de Portugal e de Espanha, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, ele fundou o povoado da Franciscana, na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão.

Em 25 de Julho de 1637, chefiou uma Expedição partindo de Belém, com 45 canoas, setenta soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do rio Amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano Atlântico e o Peru, rota percorrida no século anterior por FRANCISCO DE ORELLANA.

Fundou Franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas.

A viagem foi registrada pelo Jesuíta CRISTÓBAL DE ACUÑA em obra editada em 1641.

Pedro Teixeira foi responsável por achar o melhor caminho terrestre-fluvial entre os Estados do Pará e o Maranhão e, as vias para as transações comerciais entre as cidades de Belém e Bragança, que antes ocorria somente via rio Caeté.

Assim encontrou o Caminho do Maranhão, criado pelos Tupinambás, posteriormente também serviu para condução do gado de Piauí à Belém.  Atualmente é uma das principais vias da capital, chamada de avenida Almirante Barroso.

 Pedro Teixeira

De Gurupá partiu, em outubro de 1637, esta incursão, considerada por muitos como a maior façanha sertanista da região, observando a área, buscou viabilizar o acesso à região peruana por via atlântica.

Subiu os rios Amazonas e Negro onde deixou parte do grupo. Prosseguindo, alcançou Quito, em outubro de 1638.

Pedro Teixeira tomava posse das terras em nome do rei de Portugal, embora este Reino ainda estivesse sob o domínio espanhol.

Favorecidos pelas boas condições de navegação, aqueles homens aventureiros deparavam-se a todo instante com riquezas naturais da flora amazônica como o urucu, primeira especiaria a ser exportada para a Europa.

A Expedição de Pedro Teixeira foi usada pela Coroa lusitana para reivindicar a posse da Amazônia. No contexto histórico essa ocupação do Vale do Amazonas, foi realizada através da instalação de fortes e missões religiosas nas margens dos rios.

Alguns capitães e sertanistas experientes, como Antônio Raposo Tavares, Manuel Coelho e Francisco de Melo Palheta, passaram a percorrer o Amazonas e seus afluentes descobrindo comunicações fluviais, atingindo aldeamentos espanhóis na região oriental da Bolívia, e coletando sem cessar as especiarias, com ajuda dos indígenas. As atividades desenvolvidas pela Coroa Portuguesa , assim e pelo religiosos  entre eles franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas, foram importantes na expansão territorial, na conquista e na consolidação do domínio português.

Pedro Teixeira Capitão português expandiu as fronteiras da atual Amazônia brasileira e sua  maior façanha, a primeira expedição subindo o rio Amazonas, de leste para oeste, até Quito, percorrendo mais de 10000km em terras desconhecidas, entre 1637 e 1639, possibilitou a aquisição de terras a oeste do Tratado de Tordesilhas, por Portugal, no século seguinte, aumentando o território da Coroa  Portuguesa.

1639-“O Capitão-mor Pedro Teixeira começa em Quito a sua viagem de regresso para o Pará. Acompanhavam-no vários religiosos, entre os quais o Padre Christobal de Acuña, jesuíta autor da relação desta viagem (Nuevo descubrimento del gran rio de las Amazonas), que partira de Cametá em 28 de outubro de 1637, terminou a sua famosa expedição no dia 12 de dezembro de 1639. O Capitão-mor Pedro Teixeira, de volta de Quito, chega à foz do Aguarico no Napo, e toma posse da margem esquerda deste último rio, em nome de Filipe IV, para servir de divisa entre os domínios de Portugal e Castela”.

O século XVI, quando os europeus atingiram o rio Amazonas, encontraram uma floresta habitada por povos indígenas durante a conquista e a colonização portuguesa desse território as populações indígenas foram reduzidas drasticamente, sobretudo por causa das doenças trazidas pelos europeus. Atualmente a Amazônia está composta principalmente por pessoas miscigenados (índios, brancos e negros). Pedro Teixeira foi um português que se tornou, em 1637, o primeiro europeu a viajar até toda a extensão do Rio Amazonas. Será sempre lembrado pela Expedição através do Rio Amazonas, chegando a região da Cordilheira dos Andes, de onde seguiram viagem até Quito (atual capital do Equador), na época a cidade pertencia a Real Audiência de Quito, um território administrativo, na época parte do Vice-Reino do Peru.

Gravura: Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia)