Projeto Cultural foi idealizado e Coordenado por GILVANDRO TORRES com objetivo do dialogo sobre a realidade de nossa Amazônia Gurupaense.
domingo, 20 de agosto de 2023
Estirão de saudade Intocável pintura, rios que viram ruas em seus habitantes imaginários de um universo de pescador, sonhos ilustrados em redes de pesca e barcos encantados num rio sem ruas. De baixo da chuva na procissão, do dia de São Benedito nas ruas da cidade Gurupá contempla a fé. O ribeirinho vence os inúmeros estirões de rio, que está em seu caminho até os furos secos navega para chegar à cidade e participar dos festejos de dezembro. Os sinos da igreja alertam, para novos tempos... Atravessando o rio Amazonas, em barcos regionais de longe vejo Gurupá, te poetizo a cada suspiro entre as maresias da ilha grande Ás margens do rio Mararú nasceu minha origem do lado esquerdo, separando de Gurupá destas paisagens tão verdes. Encantei-me com aquelas terras de várzea, navegando em igarapés na ilha do Salvador, Gurupai até o rio Manjo. Riqueza desta ilha, onde os cabanos ali se esconderam no rio Mariony onde a seta ainda resiste.
Olhar Gurupaense Contemplo o pôr-do-sol, do forte de Santo Antônio tomar açaí pastoso vindo da ilha grande de Gurupá comer um peixe assado na folha de bananeira na beira do rio Mararú. Isso é tão Paraense, isso e ter orgulho de ser gurupaenses,ter nascido no interior desse estado tão rico culturalmente onde me sinto tão à vontade,no meio do meu povo ribeirinho. Tomar banho no igarapé me renova em cada viagem, pela ilha grande de Gurupá. Eu acho linda a visão da frente de Gurupá, seus barcos ancorados e as pessoas circulando na hidroviária são tão cheia de segredos e tão fascinante ao mesmo tempo em que tem um significado todo especial ao ser banhado pelo rio amazonas. Uma visão que sempre acompanhou minha vida, mergulho poeticamente nesta água onde revelo em cada poema de minha vida, um pouco de tudo que vivi. Em cada palavra fatos e situações da minha origem.
Poetizar a cidade de Gurupá é escrever um pouco dessa linda historia sabendo que foi no período que precedeu à conquista do Pará, em 1616 pelos portugueses, sabe-se que ingleses e holandeses faziam comércio com os índios que habitavam a foz do Amazonas e, para assegurar seus empreendimentos, construíram pontos fortificados naquele rio. Entre os pontos fortificados, criados pelos holandeses. Achava-se o de Mariocay, situado à margem direita do rio Amazonas, no lugar onde hoje se encontra a sede municipal. Em 1623, esse forte, foi arrasado por Bento Maciel Parente, que se intitulava, nos documentos oficiais, Capitão-Mor da Capitania do Pará e primeiro descobridor e conquistador de Gurupá e rios do Amazonas, tendo fundado, no mesmo local de Mariocay, o Forte de Santo Antônio de Gurupá que, pela falta de conservação, acabou em ruínas e, apesar de várias tentativas de reconstruí-lo, as obras não foram concluídas. A freguesia de Santo Antônio de Gurupá foi criada em 1639, Com a Lei nº 1.209, de 11 de novembro de 1885, Gurupá foi elevada à condição de cidade. Segundo Theodoro Braga a origem do nome de Gurupá é indígena que significa “ porto de canoas”.
Forte de Santo Antônio de Gurupá Das muralhas do forte, visto do alto do rochedo. O canal de Gurupá se torna uma figura absoluta Primeiramente pelos holandeses e depois pelos portugueses Que se renova a cada Maré e cada batalha Surpreendem todos, que te admiram. Não só pela sua historia mais pelas suas águas profundas Vira referência na vida dos ribeirinhos Sua essência não se silencia, Com sua beleza incomensurável De esse pôr do sol. Nas margens do amazonas Em torno da histórica fortaleza Canhões apontando para o horizonte Admiro-te belíssimo. Forte que originou a cidade de Gurupá.
São Benedito de Gurupá Daí toda força e poder Segurança da tua sabedoria Nestas águas que banham a cidade de Gurupá Tira de mim o medo e a dúvida Invoca seu espírito de grandeza Sopra tua divina luz Nestas águas do rio Amazonas Desta alma confusa Dá a clareza de aceitar e cumprir tua vontade. Ajuê.
Historias que o povo conta em Gurupá Fonte: Dona Felicia Pesquisa: Manoel Lobato Tema: Passageiro padroeiro Dona Felicia, faleceu com 103 anos de idade, genitora de José Libanio de Souza Pará( Zeca Pará), que era Advogado e foi Adjunto de Promotor em Gurupá. Contava que a imagem de são Benedito todo ano era pintada na capital paraense, a imagem era retirado do altar e levado em canoas a vela, próximo ao mês de dezembro como era de costume. Segundo a historia, o barco que estava ancorado no porto de Belém, que sairia com destino a Gurupá, quando chegou próximo ao horário de sair um certo senhor moreno com poucas roupas, perguntou se poderiam vender uma passagem para tal destino, com a resposta dos tripulantes positiva, o certo homem calmamente entrou no barco a vela, seriam longos dias até o destino. Ao saírem de Belém já ao entardecer, os tripulantes com sono e certo passageiro perguntou se quisessem dormir, que ele conhecia a rota e sabia pilotar o barco, todos ao concordarem foram dormi. Quando acordaram já de dia, estavam ancorados na frente da cidade de Gurupá, todos ficaram assustados, porque a vigem durava dias. O barco estava ancorado na frente da igreja matriz, o zelador da igreja ao fazer a limpeza da igreja ficou surpreso ao ver a imagem de são Benedito no altor, como a mesma estava em Belem para ser restaurada, foi em direção do barco para saber quem havia trazido a imagem e quem colocou no altar, pois a igreja estava fechada e só ele terias as chaves. Ao olhar o barco viu os tripulantes no toldo da embarcação e foi indagar a situação, ao conversar com os tripulantes estavam assustados e surpresos por estar ali, então perceberam que o passageiro era São Benedito, que veio com eles. O zelador tocou os sinos e avisou a todos que a imagem de São Benedito tinha chegado, em poucas horas todos estavam na igreja louvando tal fato com milagre.
A pesquisa do Antropólogo americano Charles Wagley, que esteve em Gurupá no ano de 1948, o levantamento foi realizado no banco de dados da Universidade da Florida na biblioteca “George A. Smathers”, que dispõe do material digitalizado onde consta notas de campos e fotografias, do projeto Gurupá. A equipe formada por Charles Wagley, sua esposa Cecilia Roxo, Eduardo Galvão, as informações pertencem a Universidade da Flórida.
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