domingo, 20 de agosto de 2023

Nas minhas pesquisas sobre Gurupá, vivenciei muitos momentos.
















 

 

O nome do novo forte Santo Antônio foi uma homenagem e agradecimento à ajuda dos frades da província que colaborou com o recrutamento dos índios Tupinambás.

 

TODA NOSSA HOMENAGEM AOS JUDEUS "Um povo que colaborou muito na historia politica, econômica, cultural e social do município de Gurupá, para que as gerações não esqueçam que aqui estiveram famílias grandes de um pais distante, de costumes e tradições”.

 

As relações com os indígenas  chamados de Mariocay pelos holandeses eram amistosas, os europeus desenvolveram relações comerciais com os nativos. 

Os holandeses e irlandeses iniciaram uma feitoria na região com postos militares que chamamos de forte, acredito que o TABACO era cultivado na região por ser uma planta com demanda alta na Inglaterra e Holanda, era uma planta que crescia rápido e dava retorno imediato, os escravos angolanos foram trazidos pelos holandeses para feitoria de Gurupá, que chamavam de SÃO PEDRO DO CORPAPI e outras fontes denominavam forte do Mariocay. 

O contato com os índios foram feitos em 1616 trocando mercadorias como machado e chapéu, assim conquistaram a confiança dos indígenas. GILVANDRO TORRES-

 

Com a lei Provincial n° 1.209 de 11 de novembro de 1885 Gurupá foi elevada a cidade. O historiador Theodoro Braga a origem Gurupá é indígena e significa “Porto de canoas”. Essa era a bandeira do Brasil e o dinheiro usado na época.

 

Podemos observar que a politica das fortificações constitui-o expressivo capitulo no processo da dominação lusitana no Brasil. Era uma grande preocupação de defender o patrimônio ultramarino. A historia de Gurupá foi marcada em seu relevo por uma intensa disputa desde os holandeses com a fortificação levantada com auxílios dos índios locais e com o plano de estabelecer uma empresa mercantil nas terras exploradas até o rio Xingu entre os fortes Nassau, Maturu e Mariocay, este último seria um deposito das mercadorias exploradas pelo rio Xingu. A presença estrangeira foi dizimada pelas forças portuguesas em batalhas e conquista do forte, reconstruindo e expulsando a presença dos holandeses na região. Gurupá era sentinela avançada na região, à conquista lusitana foi essencial para expandir o domínio da coroa portuguesa na região até então desconhecida. Podemos citar o ano de 1929 quando Gurupá serviu de abastecimento das forças de Pedro Teixeira para tomada do forte do Torrego, também a artilharia pesada contra o navio do Capitão Roger North, do forte de Gurupá foi bombardeado reagindo à altura, fazendo que o inimigo se afasta-se do povoado. PESQUISA GILVANDRO

 

O nome do novo forte Santo Antônio foi uma homenagem e agradecimento à ajuda dos frades da província que colaborou com o recrutamento dos índios Tupinambás, foi erguido com pedras e como na época era raro o cal ou cimento, era feito com barro misturado com palha e erguido com as pedras o muro, arquitetura muito usada na época, com trabalho escravo indígenas daqueles tupinambás apelidados de mariocay que eram aliados aos holandeses, foi necessário erguer esse forte para expulsar os ingleses de Torrego, atual município de Mazagão e outros fortes no baixo amazonas.

 

RIO MOJU UM LUGAR CHEIO DE BELEZA NA ILHA GRANDE DE GURUPÁ- 2016

 

A bandeira de Gurupá foi criada através da Lei n° 352 do dia 06 de junho de 1969, na administração do Prefeito Municipal José Vicente de Paula Barreto Meio, que teve como Secretário Municipal de Administração o senhor Mário da Silva Machado, sendo que este projeto foi de autoria do poder público juntamente com vereadores. 


Baseando-se no Art. 10, § 3° da Constituição Federal criou-se a Arma Municipal e a Bandeira Municipal, símbolo forte nas comemorações cívicas. Sendo um dos nossos patrimônios cívicos, a bandeira municipal também representa nossos distritos através das estrelas que são Gurupá — distrito sede, Carrazêdo e Itatupã. 

A bandeira Municipal é um de nossos maiores patrimônios cívicos, pois, além de representar as cores do nosso município, representa também nossos pontos distritais, como já citado, lembramos que Carrazêdo está localizado na parte de cima do município, limitando-se com o município de Porto de Moz e Itatupã com o Amapá.

 

A Lei Orgânica do Município de Gurupá é outro patrimônio muito importante que temos e foi promulgada no dia 05 de abril de 1990, na sala das sessões da Câmara Municipal de Gurupá, tendo como presidente o senhor Manoel Pedro dos Santos Marques, Hamilton Rodrigues da Silva, como 1º secretário, Raimundo Monteiro dos Santos, como 2° secretário, Manoel do Carmo de Jesus Pena, como relator e Wilson Jacob Benathar, Antônio Santana Alves Alho, Ivanete dos Santos Melo, Rosalina Barbosa Serão e Antônio Josinaldo Nunes dos Santos como membros que projetaram e votaram a referida lei municipal que foi sancionada pela prefeita municipal da época, Excelentíssima Senhora Esmeraldina Nunes dos Santos (já falecida). Preâmbulo da Lei Orgânica Municipal: ―O povo de Gurupá, Estado do Pará, Brasil, através de representantes reunidos em Câmara Municipal Constituinte, conforme os dispositivos constitucionais da República Federativa do Brasil e do Estado do Pará, rejeitando todo e qualquer tipo de discriminação, colonialismo e opressão; almejando a construção de uma sociedade justa, fraterna, igualitária e pluralista; confiando em que o valor supremo é a dignidade da pessoa humana e deve ser respeitada em seus direitos elementares e naturais; invoca a proteção de Deus e promulga a seguinte Lei Orgânica do Município de Gurupá, esperando que 58 ela seja um instrumento eficiente da paz e do progresso social, perpetuando os valores fundamentais da sociedade gurupaense‖. O artigo 1° da nossa lei maior tem como principais fundamentos: 1º — A cidadania; 2º — A dignidade da pessoa humana; 3º — O pluralismo político. Já em seu artigo 4°, nossa lei tem como principais fundamentos e/ou objetivos: 1 — Construir uma sociedade justa e solidária; II — Promover o bem estar de todos os munícipes, sem preconceitos de raça, cor, idade e qualquer forma de discriminação; III — Garantir o desenvolvimento nacional; IV - Erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais. Nossa constituição municipal especifica tudo o que podemos e o que não podemos, ou seja, nossos direitos e deveres, claro que nossa lei maior foi criada em conformidade com as leis do Estado do Pará e do Brasil, porém, como na maioria das vezes ela não é cumprida pelos munícipes e as irregularidades correm soltas. 



RUAS DE GURUPÁ

 Atualmente, a cidade ganhou outras ruas e travessas que com o crescimento da cidade, foram necessárias abrir outras ruas e criar suas denominações, 

Rua Mariocay em homenagem a tribo indígena do mesmo nome que marcou na história da colonização desta cidade.

 Trav. Brasil Norte em homenagem a antiga serraria que funcionou em Gurupá na década de 80. 

Rua Dico Dias – Justa homenagem ao saudoso Raimundo Ribeiro Dias que tanto contribuiu com a saúde do povo de Gurupá, sendo considerado por muitos o patrono da saúde deste município. 

Rua São José – Justo homenagem ao Santo Padroeira da igreja católica no mundo inteiro. 

Travessa Barradinha – batizada com este nome devido na entrada da travessa morar um senhor que tem este pseudônimo. 

Travessa do Alfinete – também esta travessa assim foi batizada por morar um senhor nesta travessa que atende por este apelido. 

Trav. 11 de Novembro – justa homenagem a data da emancipação política de Gurupá, dia em que Gurupá ganhou foros de cidade. 

Rua Tiradentes – Justa homenagem ao mártires da história brasileira Joaquim José da Silva Xavier que tive seu corpo esquartejado e pendurado em postes nas estradas que vão de Belo Horizonte até a cidade do Rio de Janeiro.


Trav. São Sebastião: Devido ao nome dado ao Cemitério Municipal. (Santo) 

Trav. 12 de outubro: Homenagem ao dia de Nossa Senhora Aparecida (padroeira do Brasil) e dia das crianças. 

Trav. Antônia Neves (antiga 07 de setembro): Homenagem a genitora do ex- vereador Hamilton Rodrigues da Silva. 

Trav. Wasington Luiz: Homenagem ao Presidente da República Wasington Luis, considerado por milhares de pessoas como um dos grandes governantes do Brasil. 

Trav. Dulcicléia Torres: Homenagem a uma ex-funcionária pública que também foi Secretária Municipal de Administração e filha do vice-prefeito da época no mandado do prefeito Juvenal do Vale Tavares. 

Trav. Cap. Liberato Borralho: Homenagem ao grande comerciante local, filho de família de grande relevância, este homem foi sogro do senhor Oscar José dos Santos que também foi prefeito de Gurupá e considerado por muitos como o patrono de Gurupá por suas largas propriedades na cidade e no interior e grande criação de gado e acúmulo de grande riqueza nas décadas de 60,70 e 80. 

Av. São Benedito: (antiga 11 de novembro) primeiro foi uma justa homenagem à data do aniversário da cidade, sua emancipação política e a partir do governo de José Vicente de Paula Barreto Meio (1980), foram mudados os nomes das ruas, e a antiga 11 de novembro passou a se chamar Av. São Benedito em homenagem ao santo protetor da dignidade negro no Brasil, muito cultuado e festejado nesta cidade.

 Av. Santo Antônio (antiga Bento Maciel Parente) primeiro foi dado esta denominação em homenagem a um dos colonizadores de Gurupá e navegante português e com a nova lei de 1980, a avenida passou a ser denominada Santo Antônio em homenagem ao Padroeiro da cidade e do município de Gurupá.

 Trav. Abílio Gama: Foi uma justa homenagem ao senhor Abílio Ostílio da Gama, grande líder comunitário que esteve presente em várias das lutas sociais do povo trabalhador e que sempre dirigiu sua comunidade (São Raimundo) na Ilha do Gurupaí, local onde sempre morou. Lembrando também que Abílio Gama como era conhecido foi um dos fundadores do partido dos trabalhadores em Gurupá e participou ativamente da tomada do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gurupá e na fundação das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs).



RUAS E TRAVESSAS Quanto aos nomes das principais ruas e travessas da cidade, citaremos apenas as mais importantes: 


Rua Capitão Pará: Justa homenagem ao Senhor José Libânio de Souza Pará, prestador de vários serviços públicos entre os quais destacamos o de Promotor de Justiça de Gurupá por nomeação legal. 

Rua Francisco Lima: Justa homenagem ao grande comerciante do Rio Mojú que foi conhecido por Chico Lima, figura de grande importância para o comércio local nas décadas de 60 e 70. 

Rua Antônio Raposo Tavares: Homenagem ao famoso Bandeirante que teve em Gurupá um dos pontos de referência através de sua fortaleza para os combates navais, onde se procedeu a conquista da Amazônia. 

Trav. Padre Enéas de Lima: Foi vigário da paróquia de Santo Antônio de Gurupá o Reverendo Enéas de Lima entre os anos de 1922 a 1924. 

Trav. Caíto Fonseca: Homenageia o antigo político morador de Gurupá onde foi também Telegrafista dos Correios, tendo sua residência onde hoje se localiza a rádio 87,9 FM, sede do Conselho Tutelar e SAAE.


 

Rua Flávio Batista foi uma das grandes conquistas da luta social de um povo que via no desenvolvimento da cidade mais uma perspectiva de vida e mudança para sua família e seus filhos, então o motivo necessário para que se aumentassem as ruas, ampliasse a cidade de modo geral, pois não haviam mais 84 lugares para construção de novas casas, residências do colonos e ruralistas que migravam para a cidade no início da década de 90, e como não havia mais espaço, o povo com conjunto resolveu abrir ruas na área denominada Xingu — Bairro, que naquela época era comandada por uma empresa espanhola, comandada na cidade pelo Ex-prefeito José Vicente de Paula Barreto Meio e o senhor Estevão Almeida que vigiou esta área durante muitos anos, resultado que no final, este senhor encontra-se doente na casa de seus filhos e quanto a empresa que tanto defendia nunca lhe pagou nada pelos serviços prestados durante várias décadas. 

Depois da resistência dos invasores, a maior luta foi para que se aterrasse a bendita Flávio Batista e somente a partir do ano de 2001, esta foi aterrada, assim como todas as ruas alagadas que havia na cidade, sendo os aterros uma das maiores obras e objetivos do prefeito Nogueira. 

Parte de nossas travessas e ruas eram completamente alagadas, onde se trafegava através das pontes de madeira construídas pelos moradores e outras vezes com ajuda da prefeitura do município, sendo que atualmente, nenhuma rua da cidade encontra-se sem aterro. 

A inauguração e funcionamento da Marchetaria em Gurupá — área da Xingu é mais um exemplo de vitória das lutas sociais e através da formação e legalização das associações, tornou-se possível por em prática e funcionamento vários projetos de melhoria para a população, onde ensina e ao mesmo tempo dá empregos diretos para jovens que não tinham uma profissão fixa.