domingo, 20 de agosto de 2023

 

CIRCULO DE PALESTRA CULTURAL NA ESCOLA MARIOCAY NA CIDADE DE GURUPÁ -2016.

 

VISITA DO REPRESENTANTE DO CONSULADO DE PORTUGAL NA CIDADE DE GURUPÁ- 2016.

 

BELEZAS DE GURUPÁ PONTE DO BACA

 

NA JARILANDIA, DISTRITO DA CIDADE DE LARANJAL DO JARÍ NO ESTADO DO AMAPÁ

 GURUPAENSE DESCENDENTE DE JUDEU ELIEZER LEVY PERSONAGEM. A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL FOI ELABORADA NA RUA 13 DE MAIO, EM BELÉM. 

Acredite. A criação do Estado de Israel não seria possível sem conversas entre um cafezinho e outro em um antigo escritório de advogados na Rua 13 de maio em Belém. 

Ali, um judeu sionista e seu amigo advogado traçaram os passos que levariam a ONU a criar o Estado na célebre votação de 1947. 

Um capítulo desconhecido da história mundial que passa pelo bairro da Campina. Nascido em 29 de novembro de 1877, Eliezer Levy descendia de uma tradicional família de judeus. 

O pai, Moisés Isaac Levy era comerciante em Gurupá, onde o pequeno Eliezer fez os primeiros estudos. 

Acabou comerciante e depois executivo de multinacionais ligadas a borracha e a navegação . Ingressou na Guarda Nacional, onde chegou a coronel Levy. foi Advogado, prefeito duas vezes de Macapá e uma de Afuá. Entre 1918 e 1926, Eliezer Levy atuou como advogado no escritório de Francisco Jucá Filho, Procurador Geral da República e Álvaro Adolfo de Silveira, deputado estadual e chefe do Partido Conservador. 

Ainda que ele mesmo pertencesse ao Partido Republicano Federal desde a sua fundação. 

Apesar das divergências políticas, sua amizade com os colegas de trabalho teria futuramente importância decisiva na posição brasileira durante a votação na ONU para a criação do Estado de Israel. Levy fundou em 1918, o "Kol Israel" (A Voz de Israel), um dos primeiros jornais sionistas do Brasil e que pautava as conversas entre os advogados. 

Já no PSD de Magalhães Barata conseguiu eleger o amigo e advogado Álvaro Adolfo da Silveira, senador da República pelo partido. Álvaro Adolfo virou assessor político de Oswaldo Aranha à ONU, no momento em que foi votada a criação do Estado de Israel. Oswaldo Aranha, que presidiu a sessão, sabia muito sobre a realidade da palestina, porque o assessor era um especialista do assunto, herança das conversas com Eliezer Levy no velho escritório da 13 de maio., onde chegaram a discutir temas sobre a criação de Israel. 

Foi Álvaro Adolfo como coordenador da votação na histórica votação da ONU que convenceu Aranha a adiar a votação enquanto convencia 3 votos contrários a criação. 

A história é confirmada em um aparte na Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1973, feito por João Menezes, sobrinho e filho de criação de Álvaro Adolfo da Silveira. Pesquisa: Gilvandro Torres Arquivo 

público do Estado do Pará

 

Gilvandro Torres e Nilda Diamantino em um final de semana na praia de Maruda






 

'' ... Saudade é amar um passado que ainda não passou, É recusar um presente que nos machuca, É não ver o futuro que nos convida ... '' Pablo Neruda

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda

 

Município de Gurupá, lindas paisagens.

Rio Mararú, imagens de Gurupá

DATAS HISTÓRICAS DE GURUPÁ

 

DATAS HISTÓRICAS DE GURUPÁ

1631- A carta Régia de 19 de fevereiro de determinou que Manoel Guedes Aranha reconstruísse a fortaleza. 

1631- Chega o padre Luiz Figueira em Gurupá, este missionário era muito querido pelos indígenas, apesar da promessa de voltar da Europa trazendo mais missionários, seu navio naufragou perto da ilha do Marajó, impedindo que cumprisse sua promessa de voltar a Gurupá. 

1636- Capitão Mor da Fortaleza era Valente Pedro da costa. 

1637- Pedro Teixeira com 45 canoas e 900 homens. 

1639- A Freguesia de Santo Antônio de Gurupá foi elevado vila Gurupá. 

1651- Antônio Raposo Tavares o bandeirante que vinha de São Paulo em busca de ouro e escravos no final de sua famosa viagem de ida e volta de 11.000km até os Andes, Gurupá era um ponto intermediário para incursões conduzidas rio acima e rio abaixo onde escravizavam os indígenas. 

1652- A Coroa Portuguesa permitiu que os jesuítas estabelecessem uma missão na Capitania de Gurupá. 

1655- Dois jesuítas Missionários chegaram a Gurupá, encontrando hostilidades com os colonos que não admitiam a interferência dos Missionários na questão com os indígenas que eram escravos. 

1655- O Superior dos Jesuítas Padre Antônio Vieira esteve em Gurupá, nesta ano o cargo de Capitão de Gurupá era Manoel Fernandes Pereira.

1656- Ficou estabelecido a Missão São Pedro, próximo ao forte, eclodiu uma revolta  que foi domada com ajuda de Paulo Martins Garro, que assumiria o Comando do Forte depois de matar vários indígenas que foram capturados para trabalhar como escravos na construção do forte. 

1658- O Capitão Mor de Gurupá era Paulo Martins Garro, que organizou uma expedição até o rio Tocantins, sendo acompanhado por um missionário, 45 soldados portugueses, 450 nativos, consegui escravizar mais de mil índios Inheyguaras e Potyguaras. 

1659- A Câmara de Belém apresentou à Coroa Portuguesa uma representação formal contra a jurisdição temporal dos Jesuítas nas aldeias, que estavam prejudicando os interesses dos colonos.


1661- Revolta entre colonos e jesuítas expulsam o padre alemão João Felipe Bettendorff. 

1667 O capitão Mor da fortaleza era João Botelho, cruel e desumano com os índios.

1680- Jesuítas recusaram-se a enviar padres para ministrar à guarnição local do forte e aos residentes de Gurupá.

1688 o Capitão Mor de Gurupá Manoel Guedes Aranha invadiu uma missão jesuíta e confiscou os nativos, o que forçaram os Jesuítas a desistirem da Missão em Gurupá. 

1691- o Capitão Mor de Gurupá era Manoel Guedes Aranha, que remeteu uma carta ao Rei, queixando-se dos jesuítas que proibiam o trabalho escravo indígena.

1692- Os Frades Capuchinhos da Piedade de São José, assumiram a responsabilidade pastoral da matriz de Santo Antônio de Gurupá, erguida como a segunda paroquia do estado do Pará, erguida canonicamente Igreja matriz de Gurupá.

1692- Dom Pedro mandou erguer um convento em Carrazedo, ainda podia ver as ruinas no ano de 1786, segundo Baena.

1693- Para evitar disputas de poder entre as ordens religiosas, através da Carta Régia datada no dia 19 de março do mesmo ano, distribuiu atribuições as atividades pastorais em Gurupá, confirmando aos Frades da Piedade as atividades religiosas na localidade. 

1749- Duas epidemias de varíola e rubéola, eliminaram praticamente a presença indígena da cidade e dizimaram a guarnição militar, devido a precariedade na região. 

1757- O cargo de Capitão Mor de Gurupá foi extinto, por determinação do Governador Manuel Bernardo de Melo e Castro. 

1760- A fortaleza de Santo Antônio estava em ruinas começou a ser reconstruída pelo Major de Engenharia Gaspar João Geraldo Gronfelts, ficando encabada, mesmo tendo mão de obras escrava de 40 indígena. 


1783- A Missão de São Pedro, em Gurupá, tinha 86 indígena e todos servindo o chefe da guarnição, enquanto no Carrazedo agrupava 194 indígena domesticados.

1783- Gurupá havia 393 habitantes, brancos 269 e escravos negros 124, segundo os dados censitários da época. 


1784- Martinho de Souza Albuquerque, Capitão Geral do Brasil aportou em Gurupá no dia 30 de Outubro de 1784, onde conversou com os engenheiros sobre as obras da fortaleza. 

1789- Gurupá estava com 442 habitantes, sendo 295 brancos e 147 escravos negros. 

1799- Um Oficio Circular datado em 09 de janeiro de 1799, na qual determinava que os indígenas  fossem retirados das aldeias e distribuídas nas diferentes povoações, sendo entregue ao Tenente Coronel Agostinho José Tenório a responsabilidade desdês os confins de Gurupá à Oeiras.


 Os rastros da exploração ilegal no município de Gurupá, causou destruição dos seringais na ilha grande de Gurupá. 

A consequência foi avassaladora dos latifundiários onde os posseiros extraiam madeira e palmito sem consciência ambiental. 

O povo ribeirinho tomou conhecimento dos seus direitos ao se organizarem e perceberem que a mata em pé dá mais lucro do que derrubada. 

A ilha grande de Gurupá tem um grande tesouro em sua floresta, uma região caracterizada pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais.

Uma floresta predominada de palmeiras como açaizeiros e buriti, sendo aproveitadas desde as folhas até a semente. 

Varias espécies, arvores de grande valor madeireiro como Sumaúma, Ucuuba, Andiroba, Virola e Macacaúba, ribeirinhos moram na zona rural as proximidades dos rios e sobrevive da pesca artesanal, caça e extrativismo.

Esta vivência ribeirinha transformada em poesia tem como objetivo conhecer e compreender o povo amazônico.

 

PESQUISA DO MUSEU EMILIO GOLD REVELA GRANDE DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA EM GURUPÁ NO ESTADO DO PARÁ

Gurupá está localizado na confluência dos rios Xingu e Amazonas, no arquipélago do Marajó. 
O município possui pouco mais de 31 mil habitantes (IBGE, 2014) e “já foi uma localidade central nas principais transformações históricas da Amazônia, desde a colonização europeia até a época da borracha, depois da qual houve uma grande decaída populacional e econômica da região. 
Com apoio da Prefeitura Municipal de Gurupá, os trabalhos arqueológicos iniciaram na Reserva Ambiental do Jacupi. Helena Limaafirma que a região de Gurupá possui mais de cinquenta sítios arqueológicos identificados e estima que haja um número muito maior de sítios ainda não descobertos. 
Vários materiais já foram coletados como cerâmicas, carvões e amostras de solo, de diversas épocas. 
Há vestígios de povos desde antes da chegada dos europeus à Amazônia até períodos mais recentes. 
Os materiais coletados foram trazidos para a Reserva Arqueológica do Museu Goeldi onde se encontram em análise. 
Apesar de recentes, os estudos já possibilitam inferir algumas informações surpreendentes. 
As cerâmicas, por exemplo, apresentam traços estilísticos que mostram contatos culturais com povos do norte da América do Sul. “Isso é muito interessante porque a arqueologia vinha falando de fluxos estilísticos no sentido leste-oeste, ao longo do Rio Amazonas. Mas, ao contrário do que se imaginava em Gurupá, a cerâmica mostra uma circulação de informações no sentido norte-sul, passando pelas Guianas e Amapá e indo até o rio Xingu, atingindo regiões como a Volta Grande. 
As pesquisas arqueológicas também demonstram que nós ainda temos muito para aprender sobre sustentabilidade com as populações nativas que habitaram a Amazônia. 
Um exemplo são as chamadas terras pretas antropogênicas, solos férteis de coloração escura que não existem na natureza por si só, e são resultado de trabalho humano realizado há centenas e até milhares de anos atrás. 
Existem várias áreas de terra preta em toda a Amazônia, com tamanho variando de poucos metros quadrados a muitos hectares. “Sítios grandes em Gurupá mostram intensidade de ação humana e vários locais onde essa terra preta era formada.


Cerâmica de Gurupá apresenta características únicas, diz pesquisadora. Estudo aponta contato entre grupos do Pará, Amapá e Guianas.

Foto: Cerâmica encontrada em Gurupá tem traços do estilo Koriabo, encontrado em povos mais ao norte do Pará (Foto: Acervo projeto OCA/MPEG) 

Cerâmica de Gurupá apresenta características únicas, diz pesquisadora. Estudo aponta contato entre grupos do Pará, Amapá e Guianas. Do G1 PA Um projeto arqueológico em Gurupá, na ilha do Marajó, surpreendeu pesquisadores com evidências de novos contatos entre os povos da Amazônia. Através de escavações e coleta de materiais, os arqueólogos encontraram peças com estilos diferentes das cerâmicas tapajônica e marajoara, indicando que as civilizações que viviam na floresta antes do descobrimento interagiam com mais povos do que se pensava. "Sabemos que a comunicação do passado pré-colonial seguia o fluxo do rio. O Amazonas era uma grande avenida, mas o que está nos surpreendendo é a ausência de semelhanças estilísticas entre a cerâmica encontrada em Gurupá e as peças do restante do Marajó e de Santarém. 
A semelhança é com artesanato Koriabo, que aparece nas Guianas e no Amapá", explica a arqueóloga Helena Lima, coordenadora do projeto Origens, Cultura e Ambiente (OCA). De acordo com a pesquisadora, a semelhança entre a cerâmica de Gurupá e de civilizações ao norte do estado do Pará fizeram com que os arqueólogos debatessem a possibilidade da interação entre povos que não são ligados pelos grandes rios. "Percebemos semelhanças muito fortes, então começamos a discutir o baixo Amazonas como área de intenso fluxo estilístico, de ideias e estilos em sentido norte-sul ou sul-norte", disse. "É absolutamente viável pensar em comunicação fora do fluxo dos grandes rios", afirma. Tesouro oculto Segundo o Museu Goeldi, desde o século XIX o arquipélago do Marajó serve como referência para pesquisa sobre as culturas da região antes da chegada dos portugueses. Apesar disso, o projeto OCA é a primeira iniciativa a explorar o potencial de Gurupá. "O município de Gurupá, embora tenha potencial arqueológico muito grande, com mais de 50 sítios, nunca havia sido pesquisado. Houve um inventário do Iphan realizado em parceria com a UFPA entre os anos de 2008 e 2009 que resultou em uma publicação de um livro que já apontava uma cerâmica diferente das demais culturas amazônicas, não relacionada com conjuntos conhecidos", explica Helena Lima, coordenadora do projeto , realizado pelo Museu Emílio Goeldi. Riqueza ameaçada A cidade de Gurupá está localizado entre os Xingu e Amazonas, no arquipélago do Marajó. O município possui pouco mais de 31 mil habitantes de acordo com o censo do IBGE, e tem abundância de sítios arqueológicos espalhados pela Reserva Ambiental de Jacupi, um local que desperta interesse de madeireiros e loteadores. Entre os materiais coletados, os pesquisadores encontraram cerâmicas, carvões e amostras de solo de diversas épocas. Há vestígios de povos desde antes da chegada dos europeus à Amazônia até períodos mais recentes. 

Os itens foram trazidos para a Reserva Arqueológica do Museu Goeldi onde são analisados. 
Fonte: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2015/08/arqueologos-descobrem-contato-de-povos-do-marajo-com-guianas.html (18/08/2015).