Em dezembro
de 2021 visitei a cidade de Manaus com a família, coletei informações
históricas e culturais, do estado do Amazonas, visitamos a aldeia indígena dos Tuyuka são um dos povos da família linguística Tukano Oriental do Noroeste
Amazônico, habitando a fronteira entre o Brasil e Colômbia.
Um historiador deve e pode aproveitar suas
ferias para disseminar a conhecimentos de outros povos para compreender melhor
o meio em que vive.
Durante a minha primeira viagem a Manaus
fomos de avião de Belém para Manaus aproximadamente duas horas de voo, e no
retorno a Gurupá fomos de ferry boaty de Manaus-AM a Gurupá-PA lindas paisagens
a ser navegado pelo Rio Amazonas entre as cidades que passamos Itacoatiara-AM, Parintins-AM, Juruti-PA,
Óbidos-PA, Santarém-PA, Monte Alegre-PA, Prainha-PA, Almeirim-PA e
finalmente Gurupá a viagem durou 51 horas via marítima.
Vi de perto a grandeza da árvore Samaúma da Amazônia, os
indígenas da Amazónia consideram-na a "mãe-das-árvores", as suas
raízes tubulares são também chamadas de sapopema, que em determinadas épocas
rebentam irrigando toda a área em torno dela e o reino vegetal que a circunda.
É
conhecida como "Árvore da Vida" ou a "escada do céu", o seu
diâmetro de porte belo e majestoso unido às sapopema (raízes), muitas vezes
formam verdadeiros compartimentos, transformados em habitações pelos
indígenas, sua altura, porte e beleza é
o destaque na imensidão da flora amazónica.
Visitei o Teatro Amazonas é um dos mais importantes teatros do Brasil e o
principal cartão-postal da cidade de Manaus. Localizado no Centro Histórico, foi inaugurado
em 1896 para atender ao desejo da elite amazonense da época, que idealizava a
cidade à altura dos grandes centros culturais.
De estilo renascentista entorno de sua
estrutura externa com os detalhes únicos na sua cúpula, tornou-se o maior
símbolo cultural de Manaus, e uma das expressões arquitetônicas responsáveis
pela fama da cidade de Paris dos Trópicos.
Por ser uma obra singular no país e
representar o apogeu de Manaus durante o ciclo da borracha, foi tombado como
Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1966.
O Ciclo
da Borracha corresponde ao período da história brasileira em que a extração
e comercialização de látex para produção da borracha foram atividades basilares
da economia.
De fato, ocorreram na região central da
floresta amazônica, entre os anos de 1879 e 1912, revigorando-se por pouco
tempo entre 1942 e 1945.
Na Amazônia a belle époque deu-se pela riqueza proveniente da extração do látex
que era extraído da árvore havea
brasiliensis, e o período entre 1870 e 1913, foi uma época sem igual para as
cidades de Belém e de Manaus, os centros da economia da borracha.
Conheci também o município de Presidente Figueiredo no Estado do
Amazonas, foi criado no ano de 1981 e recebeu este nome em homenagem ao
primeiro Presidente da Província do Amazonas, João Baptista de Figueiredo
Tenreiro Aranha. Localizado na região metropolitana de Manaus, com acesso pela BR- 174, tem
reservas ecológicas, indígena, mineração, hidroelétrica e uma floresta com várias cachoeiras.
A BR-174
é a principal rodovia existente na localidade, sendo responsável por interligar
Manaus-AM e Boa Vista, capital do Estado de Roraima. O município Presidente
Figueiredo está a Usina Hidrelétrica de
Balbina, cuja obra foi criticada pelos impactos sobre as populações tradicionais, a hidrelétrica é a única no
Estado do Amazonas.
A capital do Estado do Amazonas é considerada
a mais importante do país, e também é vista como uma oportunidade de entender
melhor o nosso passado.
Manaus já foi uma das mais importantes e
desenvolvidas capitais do nosso país, tendo sido inclusive a primeira cidade
brasileira a ter energia elétrica.
A natureza dentro da área urbana na cidade de
Manaus principalmente nos parques que foram preservados, como a Reserva Florestal Adolpho Ducke e
o Bosque da Ciência, calçadão da Ponta Negra, onde o
belíssimo Rio Negro aponta um novo horizonte manauara.
Dos tempos áureos da borracha restou o
esplendor de construções históricas como o impressionante Mercado Municipal Adolpho Lisboa,
também conhecido como Mercadão, está localizado às margens do rio Negro, no
Centro da cidade de Manaus, foi construída durante o ciclo da borracha com
material importado da Europa, sua estrutura em ferro fundido foi projetada pelo
engenheiro francês Gustave Eiffel, o
mesmo que projetou e deu seu nome à famosa Torre Eiffel de Paris.
Conheci vários bairros tradicionais de
Manaus, entre eles o bairro indígena Tarumã, foi uma grande experiência
cultural para toda vida em terras manauaras. E o banho na ponta Negra, zona
Oeste de Manaus.
CAPITULO
I
MANAUS
UMA CIDADE DENTRO DA FLORESTA AMAZÔNICA
Em 1542, a expedição de Francisco de Orellana descobriu o rio Negro, que lhe pôs o nome.
Foi o capitão espanhol Francisco Orelhana quem batizou a região após descer o
Rio Amazonas em 1541 neste percurso, encontrou grupos indígenas, com quem
guerreou.
Quando
em 1954 o espanhol Francisco Orellana explorava a região, sua expedição foi atacada
por uma tribo indigena cujos guerreiros eram mulheres, por isso foi chamado de Amazonas, segundo a lenda grega
comparavam as indias destemidas identificando o rio em que navegavam e que
posteriomente deu nome ao Estado da Federação da Republica do Brasil.
Manaus
surgiu a partir da Fortaleza do Rio Negro, vivenciou o auge do ciclo da
borracha, ficou conhecida no início do século XX como a Paris dos Trópicos,
atraindo investimentos estrangeiros e imigrantes de todas as partes do mundo. A
região de Manaus, antes da chegada dos colonizadores, era habitada pelos povos originários,
com destaque aos MANAÓS e os BARÉS.
A cidade de Manaus
tem sua origem na construção da fortificação portuguesa ocorrida,
possivelmente, em 1669.
Havia conflitos entre os portugueses e os índios da
tribo dos manaós possivelmente entre os anos de 1723 a 1728.
A tribo dos MANAÓS
negava-se a ser dominada e servir de mão de obra escrava.
As lutas só cessaram quando os militares portugueses
começaram a ligar-se aos manaós através de casamentos com as filhas dos
tuxauas, iniciando assim, a miscigenação na região segundo alguns livros e
fontes de pesquisas.
A
construção da fortaleza foi iniciada por Mota Falcão e finalizada pelo seu filho,
Manoel da Mota Siqueira. Possuía um formato quadrangular e foi construída em
pedra e barro, sem conter um fosso. Surgiu, então, o Forte de São José da Barra
do Rio Negro, que recebeu esse nome em invocação a Jesus, José e Maria, erguido
na margem esquerda do rio Negro.
Um
dos líderes da tribo dos manaós foi o indígena
Ajuricaba, forte opositor da colonização portuguesa. Ajuricaba foi preso e seria conduzido a Belém para julgamento.
Mas,
mesmo acorrentado, lançou-se nas águas do Amazonas, preferindo a morte do que a
escravidão.
Os
portugueses temiam outros povos indígenas da região seguindo o exemplo dos
Manaós, assim abrindo o caminho para uma invasão neerlandesa no vale do Rio
Negro.
Após
negociações de paz, que não duraram, os portugueses começaram uma "guerra
justa" contra os manaós em 1727.
Enviado
a Belém onde seria vendido como escravo, durante a viagem, preso em ferros,
Ajuricaba e seus homens tentaram matar os soldados da canoa onde estavam.
Falhada
a tentativa, Ajuricaba atirou-se à água com outro chefe, preferindo o suicídio
à escravidão. o indígena Ajuricaba. Guerreiro manaó, Ajuricaba foi líder de uma
das maiores guerras indígenas de resistência
na Amazônia.
Os
nascidos em Manaus adotam a forma indígena MANAUARA
para identificarem sua naturalidade.
O
decreto de criação da Província do Amazonas foi assinado por Dom Pedro II em
1850. O nome Amazonas é de origem indígena. Vem da palavra AMASSUNU, que significa RUÍDO
DAS ÁGUAS.
A
área que hoje corresponde ao Estado do Amazonas não pertencia a Portugal pelos
limites definidos no Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha
em 1494.
FONTE: https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/tratado-de-madri
Manaus
foi criada no século XVII para
demonstrar a presença lusitana e fixar
domínio português na região amazônica, que na época já era considerada
posição estratégia em território brasileiro.
A
Amazônia, de posse espanhola pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494, manteve-se
inexplorada até o século XVI, quando se tornou alvo de interesse de holandeses,
franceses, ingleses, irlandeses e, principalmente, de portugueses, que saíram
em 25 de dezembro de 1615 de São Luís do Maranhão e chegaram ao Pará, onde em
1616, instalaram na baía do Guajará o Forte do Presépio, nome que fazia
referência ao dia da saída do Maranhão.
Ao
redor do Forte de São José do Rio Negro
se desenvolveu o povoado do Lugar da Barra, que por conta da sua posição
geográfica passou a ser sede da Comarca do São José do Rio Negro.
A
história de Manaus inicia em uma aldeia indígena, em torno da Fortaleza de São
José da Barra, em 1669.
A
Fortaleza foi construída para assegurar o domínio da coroa de Portugal na
região, área da confluência do rio Negro com o Amazonas e o Solimões, e
controlar o portão de entrada dos confins ocidentais da Amazônia, reservados à
Espanha (1494), pelo Tratado de Tordesilhas. A Fortaleza que deu origem a
cidade desapareceu em ruínas em torno de 1850 em um incêndio, dando lugar a um
prédio que atualmente pertence à administração do Porto de Manaus.
Trechos da
Carta de João da Maia da Gama ao rei D. João V referindo o castigo dos Manaós,
a prisão e morte de Ajuricaba
(...)
dei conta a V. Magde. das mortes, damnos, e invazões que fazião os Indios
Manaus o (sic) Rio Negro, aos vaçallos de V. Magde.”; “o tracto, e amizade que
tinhão com os Olandezes”; “(...) zombando os Indios Manaus das nossas Tropas,
se levantavão com os resgates de V. Magde. huns sem o quererem pagar, outros
insultando e acometendo as nossas bandeiras que hião fazer os resgates
impedindolhe a força de armas a paçagem dos rios, matando alguns dos nossos, e
ainda o fizerão a outros debaixo de pás.”; “(...) aquelles Barbaros, e
principalmente ao infiel Ajuricaba, soberbo, e insollente que se intitullava
gor. de todas aquellas Nações”; “(...) e todos os insultos que se nos fazião
erão por sua ordem, ou indução como depuzerão muitas testemunhas.”; “(...) ao
mesmo tempo se queixavão os frades Missionarios daquelle rio da infidillidade
do dito Barbaro”; “(...) asaltou tres vezes com os seus aliados as nossas
Aldeyas Missionadas, athe que dezenganado o Rdo. Pe. de ver o seu trabalho
baldado requereo ao cabo prendesse o dito Ajuricaba, o qual o temeo fazer”;
“(..) mandei votar por todos os Ministros da Junta das Missões, que todos
votarão na guerra, exceto o Pe. Reytor do Collegio que variou no paresser dos
mais, e votando ultimamente o Bispo, requeria, ou recomendava a prompta
execução do castigo.”; “(...) vendo cheias todas as Condições que os tiolligos
(sic), Juristas, e Canonistas requerem para a guerra ser justa”; “(...) entendi
que não só de justissa, e de obrigação, mas de nececidade estava obrigado a
mandar fazer a guerra”; “(...) como tãobem mandar prender o Ajuricaba, e
castigallo”; “(...) por se comerem huns aos outros continuamente e não fazerem
difirensa de May a filha, e terem muitas mulheres”; “(...) quando me rezolvi a
mandalla executar [a guerra], foi por entender era preciza ao servisso de V.
Magde. e mais necessaria para o de Deos, e para a propagação da Santa Fé, e
sigurança dos dominios de V. Magde.”.
Fonte:
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?documento=carta-de-joao-da-maia-da-gama-ao-rei-d-joao-v-referindo-o-castigo-dos-manaos-a-prisao-e-morte-de-ajuricaba
Fonte:
https://vivamanaus.com/historia/
https://www.todamateria.com.br/estado-do-amazonas/
A
borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada,
e o Amazonas, como um dos principais produtores mundiais, orientou sua economia
para atender à crescente demanda.
Intensificou-se
o processo de migração para Manaus imigraram para o Amazonas, atraídos pela
produção da borracha, sendo que a maioria destes passou a viver em Manaus,
gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças
significativas.
Em
1892, iniciou-se o governo de Eduardo
Ribeiro, que teve um papel importante na transformação da cidade, através
da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento, esse
período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha a cidade ganhou o serviço de transporte coletivo
de bondes elétricos, telefonia, energia elétrica (segunda rede elétrica do
Brasil datada de 1895) e água encanada, além de um porto flutuante, que passou
a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras.
Teatro
Amazonas em 1906, a expressão mais significativa da riqueza na cidade durante o
ciclo da borracha.
O Teatro Amazonas tem uma importância
significativa na construção da identidade histórica de Manaus, pois resgata a
memória Cultural e possibilita a
tentativa de vislumbre de parte do cotidiano daqueles que construíram o teatro
Amazonas.
Teatro Amazonas. Foto de 1957. FONTE:
Revista O Cruzeiro (RJ), 1957. PESQUISA: Fábio Augusto. https://www.facebook.com/Manausdeantigamente/photos/teatro-amazonas-foto-de-1957/2088640864532694/
O Teatro Amazonas
representa o apogeu do ciclo da borracha, bem como a elite amazonense da época.
De
estilo renascentista entorno de sua estrutura externa com os detalhes únicos na
sua cúpula, tornou-se um dos monumentos mais conhecidos do Brasil e,
consequentemente, o maior símbolo cultural de Manaus, e uma das expressões
arquitetônicas responsáveis pela fama da cidade de Paris dos Trópicos.
Por
ser uma obra singular no país e representar o apogeu de Manaus durante o ciclo
da borracha, foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1966.
Na
área externa, a famosa cúpula chama a atenção pela imponência, composta por 36
mil peças nas cores da bandeira brasileira, importadas da Alsácia, na França.
A
maior parte do material usado na construção do teatro foi importada da Europa:
as paredes de aço de Glasgow, na Escócia; os 198 lustres e o mármore de Carrara
das escadas, estátuas e colunas, são da Itália.
A
decoração interior veio da França e é de estilo Louis XV.
Palácio Rio Negro construído
no início do século XX, em estilo eclético, para ser residência particular do
comerciante da borracha, o alemão Waldemar Scholz, foi adquirido pelo governo
em 1917, para tornar-se sede do Poder Executivo e residência do governador,
permanente como palácio de despachos até abril de 1995.
Atual
Centro Cultural Palácio Rio Negro e antigo Palácio Rio Negro, também conhecido
como Palacete Scholz .
Construído
em 1903. Foi residência de um rico exportador de borracha, o alemão Karl
Waldemar Scholz. Conhecido à época como Palacete Scholz.
O
prédio é um marco do período em que o Amazonas era um dos estados mais
prósperos da União.
O
comerciante alemão teve de hipotecar o imóvel, em seguida foi arrematado em
leilão pelo rico seringalista Luiz da Silva Gomes, o prédio foi primeiramente
alugado ao Estado do Amazonas.
Em
1918, o Governador Pedro Bacellar adquiriu o imóvel, que passou a denominar-se
Palácio Rio Negro.
O
Palácio serviu de sede do Governo e de residência dos governadores até 1959.
Foi utilizado apenas como sede do Governo em 1995. Tombado como Patrimônio
Histórico e Estadual em 1980.
O
Mercado Municipal Adolpho Lisboa,
também conhecido como Mercadão, está localizado às margens do rio Negro, no
Centro da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Construído durante o
ciclo da borracha com material importado da Europa, sua estrutura em ferro
fundido foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo que
projetou e deu seu nome à famosa Torre Eiffel de Paris.
O Mercadão é um símbolo
da arquitetura do período áureo da economia da borracha e uma relíquia para
todo o Brasil.
O
nome Adolpho Lisboa na época da construção, era Prefeito da cidade de Manaus.
O
mercado foi construído em estilo Art
Nouveau, sendo um dos mais importantes exemplares mundiais da arquitetura
de ferro, seguindo as características do antigo mercado Les Halles de Paris.
A
construção também possui frentes formados por grades ornados em ferro, e vidros
coloridos, ladeando esse pavilhão existem dois menores, de forma octogonal,
possuindo também venezianas laterais em seu contorno e janelas em vidro (acima
das venezianas).
As
janelas são encimadas por grades de ferro decorados por motivos florais. Possui duas fachadas
totalmente distintas, uma de frente para o rio Negro e outra para a Rua dos
Barés. Sua inauguração se deu em 1883 e dessa época é datado o edifício
principal contendo um galpão de aproximadamente 45 metros de comprimento e 42
metros de largura, construído com estrutura de ferro.
A
estrutura é sustentada por 28 colunas, sendo os parapeitos onde estas se
apoiam, e as duas salas laterais, em alvenaria de pedra e tijolo. Seu
calçamento é de laje de cantaria, de forma retangular, e sua rua central é
calçada em paralelepípedos. As salas laterais possuem vinte "boxes",
separados entre si, por grades de ferro possuindo cada um, balcões de madeira,
com tampo em mármore.
Em
1890 foram construídos dois outros pavilhões (galpões) laterais de igual
tamanho, também com estruturas de ferro e cobertura de zinco.
O
Palacete Provincial foi inaugurado
oficialmente somente em 28 de fevereiro de 1875, quase um ano depois de haver
sido dado como concluído.
Nele
moraram e cumpriram missões de governo os Presidentes da Província do Amazonas
até 1888. Inaugurado oficialmente em 1875, o prédio já foi sede do Governo e
residência dos Presidentes da Província do Amazonas até 1888.
Funcionou
como Quartel da Polícia Militar do Amazonas por mais de 100 anos e, atualmente,
a Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas.
Sua
construção foi iniciada em 1861 pelo comerciante português Alexandre Paulo de
Brito Amorim para servir de residência a sua família, porém não concluiu a
construção.
O
prédio foi comprado pelo Custódio Garcia, capitão da Guarda Nacional e depois
vendido para José Bernardo Michellis, Presidente da Província.
As
obras foram concluídas no dia 25 de março de 1874 e, até 1875, o Palacete
passou a abrigar simultaneamente várias repartições públicas: a Assembléia
Provincial, a Repartição de Obras públicas, a Biblioteca Pública e o Liceu
Provincial, atual Colégio Amazonense D. Pedro II.
A
Biblioteca Pública do Amazonas está
localizada no Centro da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas.
Fundada em 1871, é a mais antiga biblioteca pública no estado e a maior em
número de acervos.
Na
biblioteca estão obras raras, periódicos antigos, material acadêmico extenso,
além de ser um dos lugares mais belos do Centro de Manaus para visitar para
estudar.
A
Biblioteca Pública do Amazonas está localizada mais precisamente na Rua
Barroso, esquina com a Avenida Sete de Setembro.
O
edifício-sede da biblioteca foi construído no período de 1904 e 1912, e, desde
lá, coleciona muitos fatos marcantes, como o incêndio que quase o destruiu, em
1945.
Reconstruído
dois anos depois, o lugar recebeu uma restauração parcial em 1985 e uma mais
completa em 2013, quando abriu novamente ao público.
Símbolo oficial do Estado
amazonense, a bandeira, foi adotada em janeiro de 1982. Seu
desenho consiste em um retângulo dividido em três faixas horizontais de mesma
largura nas cores branco, vermelho e branco.
No
canto esquerdo superior há um cantão azul, contendo 25 estrelas brancas de cinco
pontas. As estrelas apresentam-se dispostas de uma maneira peculiar: duas
linhas, uma na parte superior e outra na inferior, com oito estrelas cada.
Há
ainda mais oito estrelas dispostas em duplas em posição vertical entre as
linhas superior e inferior.
No
centro há uma estrela maior que as demais.
SIMBOLISMO:
A combinação de azul e branco vem do fim do século XI, tempo em que foram
adotadas como cores do Condado Portucalense.
Foram
as cores levadas à batalha de Ourique, depois estiveram presentes nas bandeiras
real, imperial e republicana do Brasil e em quase todos os escudos e bandeiras
estaduais e municipais.
As
duas faixas brancas na horizontal representam esperança e a faixa vermelha, as
dificuldades superadas.
O
vermelho é explicado pelo contexto histórico em que a criação da bandeira
estava inserida. A cor simboliza os combates e foi adicionada à bandeira porque
ela seria levada aos campos de combate em Canudos, no ano de 1897.
As
25 estrelas presentes no cantão azul da bandeira do Amazonas representam os 25
municípios em que se dividia o estado em agosto de 1897. A estrela maior
representa a capital, Manaus.
Fonte:
https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/bandeira/bandeira-do-amazonas/
O
Brasão de Manaus é um dos símbolos
oficiais de Manaus, município brasileiro do estado do Amazonas.Foi adotado
primeiramente por Adolfo Guilherme de Miranda Lisboa, à época intendente
municipal por nomeação legal. O Escudo Municipal foi aprovado por Taumaturgo
Vaz mediante Decreto-Lei em 17 de abril de 1906.
Composição: Sol que
ilumina, na parte superior do croquis, encimando o Escudo, há a figura do sol,
em cujos raios (no sentido horário de um relógio redondo, em 180 graus
angulares) se inscreve a divisa 21 de Novembro de 1889. Quanto a esse elemento
cronológico, não se apresenta problema de interpretação, pois o artigo 1º do
Decreto esclarece que o mesmo se refere à data de adesão da antiga Província do Amazonas à Proclamação da
República.
Quanto
à figura do sol em si, a mesma já era de amplo uso em antigos brasões
aristocráticos e monárquicos europeus. Além disso, a figura solar passou a
fazer parte do Escudo D’Armas do Estado do Amazonas, sendo, portanto, de amplo
conhecimento dos dirigentes municipais de Manaus;
Encontro das águas,
para a seção menor do lado esquerdo do Escudo, o Decreto n. 17 evocava;
a)
elementos naturais hidrográficos, ou seja, o encontro das águas dos rios Solimões e
Negro;
b)
elementos históricos concernentes à expedição espanhola comandada por Francisco
de Orellana, em meados do século XVI (1542), cujo transporte se deu em duas
embarcações tipicamente europeias, os bergantins devem ser elaborados no sentido
de descida do Rio Solimões, bem como respeitando o sentido de descida das águas
do Rio Negro.
Origens:
para a seção menor do lado direito do Escudo, o Decreto n. 17 evocava elementos
do núcleo humano que foi considerado a origem mais remota da cidade de Manaus:
a)
o Forte de São José da Barra do Rio
Negro;
b)
as casas de palha de índios;
c)
o encontro de um português com uma
índia, representando as pazes entre os adventícios e os nativos por meio do
casamento do comandante militar com a filha de um cacique.
Riqueza:
para a seção maior do Escudo, o Decreto n. 17 evocava, mas não mencionava
diretamente, a seringueira, que representava a origem da riqueza que tornara
Manaus um dos grandes centros urbanos do norte brasileiro.
Quanto
à representação alegórica da seringueira,
a mesma deve levar em conta que essa espécie botânica, embora seja altamente
dispersa no interior da floresta, alcança até cinquenta metros de altura e
apresenta uma copa bastante irregular, nada frondosa em comparação, por exemplo,
a da castanha-da-amazônia.
Vi
de perto o encontro das águas do Rio
Solimões é um nome brasílico frequentemente dado ao trecho superior do rio
Amazonas no Brasil, desde sua confluência com o rio Negro até a tríplice
fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia.
O
nome foi dado pelos cronistas ibéricos na época do descobrimento por não
possuírem de conhecimento e equipamentos suficientes para a navegação na
região, a fim de facilitar suas entradas no reconhecimento das regiões
compreendidas pelo grande rio.
E
do é o maior afluente da margem esquerda
do rio Amazonas, na Amazônia, na América do Sul.
É
o sétimo maior rio do mundo em volume de água.
Tem
sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica. Conecta-se com o Orinoco
através do canal do Cassiquiare.
Na
Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais
afluentes são o rio Branco e o rio Vaupés.
Disputa
ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare. Drena a região leste dos
Andes na Colômbia.
Após
passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e, a partir dessa união, este último
passa a chamar-se rio Amazonas.
A
influência europeia logo apareceu em Manaus e Belém, na arquitetura das construções
e no modo de vida, fazendo do final do século XIX e começo do século XX a
melhor fase econômica vivida por ambas cidades. A borracha chegou a representar
40% das exportações brasileiras.
Belém e Manaus viveram uma era de
prosperidade, destacando-se entre as cidades mais ricas do Brasil nessa época,
em decorrência de toda a borracha extraída e exportada da Amazônia.
Ex-Governador
do Amazonas, Eduardo Ribeiro, que
nasceu no dia 18 de setembro de 1862 e faleceu no dia 14 de outubro de 1900.
Entre suas ações mais importantes, estão a construção do Teatro Amazonas, o Reservatório
do Mocó, a Ponte de Ferro da Sete de
Setembro, o Palácio de Justiça e
inúmeras outras obras, que transformaram Manaus na conhecida Paris dos
Trópicos. O objetivo da ação é, além de promover o resgate da memória do Estado
do Amazonas. Eduardo Gonçalves Ribeiro, governador do Amazonas entre
1890 e 1891; e entre 1892 e 1896. Esse é um dos poucos registros de Eduardo
Ribeiro, morto prematuramente em 1900 aos 38 anos. Ele
foi o primeiro negro a exercer um cargo de Governador de Estado no Brasil.
A
Região Metropolitana de Manaus,
situa-se no Estado do Amazonas e é composta pela união de oito municípios: Manaus, Careiro da Várzea, Iranduba,
Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.
Os
bairros de Manaus, município brasileiro e capital do estado do Amazonas. Desde
2010, a Prefeitura Municipal de Manaus reconhece 63 bairros oficiais, e os dados foram coletados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A imponente floresta
amazônica ocupa praticamente toda a totalidade do maior estado brasileiro em
extensão territorial, o Amazonas possuindo a maior
biodiversidade do mundo, estima-se que a bacia do rio Amazonas concentra em
torno de 20% de toda a água doce do nosso globo.
CAPITULO
II
MANAUS
FICOU CONHECIDA COMO A "PARIS DOS TRÓPICOS" DURANTE O CICLO DA
BORRACHA, ENQUANTO BELÉM FICOU CONHECIDA COMO "PARIS N'AMERICA".
A
era da borracha deixou uma riquíssima herança arquitetônica e cultural nas
cidades de Manaus e Belém. A extração da borracha ; que teve seu ápice entre
1879 e 1912 e, depois declinou, experimentando uma sobrevida entre os anos de
1942 e 1945.
Durante
os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas
riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, oi na floresta amazônica
que de fato se desenvolveu a atividade da extração da borracha, a partir da
seringa ou seringueira (Hevea brasiliensis), uma árvore que pertence à família
das Euphorbiaceae; Extração de látex de uma seringueira.
Do
caule da seringueira é extraído um líquido branco, chamado látex, que é a
borracha. Através de um tratamento industrial, eliminam-se do coágulo as
impurezas e submete-se a borracha resultante a um processo denominado
vulcanização, resultando a eliminação das propriedades indesejáveis.
Torna-se
assim imperecível, resistente a solventes e a variações de temperatura,
adquirindo excelentes propriedades mecânicas e perdendo o carácter pegajoso.
A
semente da seringueira é rica em óleo, que pode servir de matéria-prima para a
produção de resinas, vernizes e tintas, e, por ser rica em nutrientes é usada
na fabricação de suplementos alimentares. Indígenas ainda usam as sementes da
seringueira como alimento.
O
Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em
Manaus e o Mercado Ver-o-Peso, em
Belém, foram construídos durante o Ciclo da Borracha.
A
Malásia, que investiu no plantio de seringueiras e em técnicas de extração do
látex, foi a principal responsável pela queda do monopólio brasileiro. Henry Wickham foi buscar as semente da
seringueira que produzia a borracha mais forte, durável e almejada pelos
ingleses.
Após
enfrentar os perigos da floresta, e experiências que quase o levaram à morte, Henry Wickham retorna à Inglaterra com
milhares de sementes raras de seringueira que, depois foram estudadas no jardim
botânico de Londres, o Kew Gardens, foram enviadas para plantações nas colônias
inglesas tropicais.
Trinta
anos depois, a Inglaterra conseguiu superar o Brasil no monopólio da borracha e
dominar os suprimentos mundiais da matéria-prima. foram contrabandeiadas mais de 70
mil sementes de seringueira e por isso o Brasil faliu na sua extração e
exportação.
Sir Henry Alexander Wickham
(29 de maio de 1846 – 27 de setembro de 1928), botânico inglês, conhecido por
ser o autor do contrabando de cerca de 70.000 sementes de seringueira, Hevea brasiliensis, na região
de Santarém no Pará em 1876. As sementes foram encaminhadas ao Royal Botanic
Gardens em Londres e, após selecionadas geneticamente, enviadas para plantações
na Malásia. É um dos mais ilustrativos casos de biopirataria de espécies
amazônicas.
Fonte: livro “O ladrão do fim do mundo: Como um inglês roubou 70 mil
sementes de seringueira e acabou com o monopólio do Brasil sobre a
borracha”.Autor Joe Jackson-editora Objetiva- 2011.
Manaus uma das mais belas cidades da Amazônia, rica
pela natureza e suas belezas arquitetônicas, vasto hábitos, aromas e costumes
que só em Manaus podemos observar, desde as delicias do café regional com
tucumã, é para o almoço uma banda de tambaqui,
No dia 5 de
setembro como feriado estadual, celebrando a elevação da categoria de
Província, deixando de pertencer a Província do Grão Pará e se tornando
independente, com a Proclamação da República houve a mudança de Província para
Estado.
Parque Ecológico do Janauari é um dos pontos desse
roteiro, é o local onde fica o Restaurante (Almoço Incluso), e a trilha por
dentro da selva, habitadas por macacos e preguiças, para ir até o lago das
Vitórias Régias.
A viagem segue com destino à comunidade indígena
onde os índios oriundos do alto Rio Negro e de diferentes etnias se reúnem para
compartilhar conosco suas danças e cultura.
Como convidados de honra, somos chamados para
participar de um ritual de apresentação acompanhado de muita alegria,.
Próximo ao parque, visitaremos a comunidade de
casas flutuantes para a contemplação do peixe Pirarucu, o gigante das águas
doces da Amazônia.
A experiência da pesca do pirarucu é feita no
Flutuante. Eles ficam em tanques e você adquire a isca no local.
Por fim, a última parada para observar o fenômeno
Encontro das Águas, local onde o Rio Negro e Solimões se encontram sem que suas
águas se misturem, uma experiência que encanta aos olhos de todos.
Uma incrível experiência o encontro das águas é fenômeno hidrológico que une
os rios Negro e Solimões, onde as águas dos dois rios correm lado a lado sem se
misturar por uma extensão de mais de 6 km.
Nas margens do Rio Negro, numa área acessível
apenas por barco, fica a base da tribo indígena.
.Essa atividade mostra um pouco da sua cultura e
costumes através de cerimônias, danças e culinária, este último, uma mistura de
peixe, farinha e formiga frita.
Depois de percorrer quase uma hora de barco, pelo
rio Negro, a primeira parada foi na Tribo Indígena Tuyuka, onde fomos recebidos
com uma pequena demonstração da cultura, costumes e rituais indígenas da tribo.
Dançamos, comemos e apreciamos o estilo de vida deles.
Uma pequena caminhada na floresta que terá em media
30 minutos de duração, durante o percurso teremos a oportunidade de conhecer a
sumaúma, uma das maiores espécies de árvore da Amazônia.
Na aldeia tivemos a oportunidade de provar as
formigas fazem parte da alimentação deles. As formigas tinham gostinho de
amendoim.