sexta-feira, 25 de agosto de 2023

 Suriname foi uma colônia de plantation holandesa nas Guianas, vizinha à colônia igualmente holandesa de Berbice, a oeste, e à colônia francesa de Caiena, a leste.

O Suriname foi uma colônia holandesa de 26 de fevereiro de 1667, quando as forças holandesas capturaram a colônia inglesa de Francis Willoughby durante a Segunda Guerra Anglo-Holandesa, até 15 de dezembro de 1954, quando o Suriname se tornou um país constituinte do Reino dos Países Baixos. O status quo da soberania holandesa sobre o Suriname e da soberania inglesa sobre os Novos Países Baixos, que haviam conquistado em 1664, foi mantido no Tratado de Breda de 31 de julho de 1667 e novamente confirmado no Tratado de Westminster de 1674.

Depois que as outras colônias holandesas nas Guianas, ou seja, Berbice, Essequibo, Demerara e Pomeroon, foram perdidas para os britânicos em 1814, a colônia remanescente do Suriname foi frequentemente referida como Guiana Holandesa, especialmente depois de 1831, quando os britânicos fundiram Berbice, Essequibo e Demerara na Guiana Britânica. Como o termo Guiana Holandesa foi usado nos séculos XVII e XVIII para se referir a todas as colônias holandesas nas Guianas, esse uso do termo pode ser confuso.

Guiana Holandesa

Bandeira do Suriname (1954-1975)

Embora a colônia sempre tenha sido oficialmente conhecida como Suriname ou Surinam, tanto em holandês quanto em inglês, a colônia foi muitas vezes não oficial e semi-oficialmente chamada de Guiana Holandesa (holandês: Nederlands Guiana) nos séculos XVIII e XX, em uma analogia com a Guiana Inglesa e a Guiana Francesa. Historicamente, o Suriname foi apenas uma das muitas colônias holandesas nas Guianas, outras sendo Berbice, Essequibo, Demerara e Pomeroon, que após serem assumidas pelo Reino Unido em 1814, foram unidas na Guiana Britânica em 1831. Os holandeses também controlaram o norte do Brasil de 1630 a 1654, incluindo a área que, quando governada por Lisboa, foi chamada de Guiana Portuguesa. Assim, antes de 1814, o termo Guiana Holandesa não descrevia apenas o Suriname, mas sim todas as colônias sob soberania holandesa na região em conjunto: um conjunto de políticas, com governos distintos, cujas fronteiras externas mudaram muito ao longo do tempo.

O trabalho escravo na colônia

Uma ilustração de um proprietário de plantação holandês e escravo das ilustrações de William Blake da obra de John Gabriel Stedman, publicadas pela primeira vez em 1792-1794

A economia da Colônia do Suriname dependia de pessoas escravizadas nas suas plantações. A mão de obra escrava foi fornecida principalmente pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais de seus postos comerciais na África Ocidental, para produzir suas safras. Açúcaralgodão e índigo foram os principais produtos exportados da colônia para a Holanda até No início do século XVIII, quando o café se tornou o produto de exportação mais importante do Suriname, o tratamento dado pelos proprietários aos escravos era notoriamente ruim. O historiador CR Boxer escreveu que "a desumanidade do homem para com o homem quase atingiu seus limites no Suriname",[6] e muitos escravos escaparam das plantações. A Bolsa de Valores de Amsterdã quebrou em 1773, o que desferiu um golpe severo na economia de plantation que foi ainda mais exacerbado pela abolição britânica do comércio de escravos em 1807.[7] Esta abolição foi adotada por Guilherme I dos Países Baixos, que assinou um decreto real a este respeito em junho de 1814, e que concluiu com o Tratado de Comércio de Escravos Anglo-Holandês em maio de 1818. Muitas plantações faliram como consequência da abolição do comércio de escravos. Sem fornecimento de escravos, muitas plantações foram fundidas para aumentar a eficiência.

Abolição da escravatura

A escravidão foi finalmente abolida em 1º de julho de 1863, embora os escravos só fossem libertados após um período transitório de dez anos em 1873.sso estimulou a imigração de trabalhadores contratados da Índia britânica, após um tratado para esse efeito ter sido assinado entre os Países Baixos e o Reino Unido em 1870. Além da imigração da Índia britânica, trabalhadores javaneses das Índias Orientais Holandesas também foram contratados para trabalhar em plantações no Suriname.[9] Ao mesmo tempo, uma tentativa malsucedida de colonizar o Suriname com agricultores empobrecidos da Holanda também foi iniciada.

Os recursos naturais do Suriname

No século XX, os recursos naturais do Suriname, que incluem borrachaouro e bauxita, foram explorados. A corrida do ouro que se seguiu à descoberta de ouro nas margens do rio Lawa estimulou a construção da Ferrovia Lawa em 1902, embora a construção tenha sido interrompida após a produção de ouro ter se mostrado decepcionante. Em 1916, a empresa norte-americana de alumínio Alcoa começou a minerar bauxita nas margens do rio Cottica, próximo ao vilarejo de Moengo. Em 1938, a empresa construiu uma fundição de alumínio em Paranam.


Mapa das Guianas de 1700

https://pt.wikipedia.org/wiki/Suriname_(col%C3%B4nia_holandesa


Independência do Suriname foi o processo de separação política entre Suriname e Holanda que deu-se no dia 25 de novembro de 1975. A partir dessa data o Suriname tornou-se uma república separada do Reino dos Países Baixos. O novo governo foi formado pelo ex-governador Johan Ferrier como presidente e o primeiro-ministro Henck Arron.Nos anos que antecederam a independência, quase um terço da população do Suriname emigrou para a Holanda, em meio à preocupação de que o novo país se sairia pior sob a independência do que como país constituinte do Reino dos Países Baixos. A política do Suriname degenerou em polarização étnica e corrupção logo após a independência, com o NPS usando dinheiro de ajuda holandês para fins partidários. Seus líderes foram acusados de fraude nas eleições de 1977, nas quais Arron ganhou mais um mandato, e o descontentamento foi tal que grande parte da população fugiu para a Holanda, juntando-se à já significativa comunidade surinamesa.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Suriname


bandeira nacional do Suriname é formada por cinco listras horizontais de cores: verde, branco, vermelho, branco e verde (proporções 2-1-4-1-2). E uma estrela dourada de cinco pontas no centro da bandeira.



A bandeira foi adotada no dia da Independência do Suriname, em 25 de novembro de 1975. A estrela representa a união dos grupos étnicos; a cor dourada significa sacrifício e altruísmo; o vermelho significa amor e progresso; o verde significa esperança e riqueza; e o branco significa justiça e liberdade.




 A história do Forte Santo Antônio de Gurupá remete às primeiras décadas do século XVII, após a fundação de Belém, e é tombado pelo IPHAN desde 1963. Construída em meados do século XVII, a fortificação remonta ao momento em que as forças lusitanas.



História da cidade de Gurupá

O território do Município de Gurupá está localizado no nordeste do Estado do Pará, na zona fisiográfica do Marajó e Ilhas. Primitivamente era habitado por ínidios, até que, em época desconhecida, os holandeses ali se estabeleceram construindo feitorias e portos fortificados.

Gentílico: gurupaenses

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Gurupá, em 1639.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Gurupá em 1639.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Gurupá, pela lei provincial nº 1209, de 11-11-1885.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Pelo decreto estadual nº 6, de 04-11-1930, adquiriu o extinto o município de Porto de Moz.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Gurupá e Porto de Moz.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 5 distritos: Gurupá, Carrazedo, Baquiá Preto, Taiassu e Areias.Pelo decreto-lei estadual nº 2972, de 31-03-1938, são extintos os distritos de Carrazedo, Baquiá Preto, Taiassu e Areias.

Pelo decreto-lei estadual nº 3131, de 31-10-1938, é criado novamente o distrito de Carrazedo e anexado ao município de Gurupá.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distrtios: Gurupá e Carrazedo.

Pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-1943, o município de Gurupá adquiriu o distrito de Itatupã ex-Sacramento, transferido do município de Mazagão, do território federal do Amapá.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Gurupá, Carrazedo e Itatupã.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Fonte: IBGE

 


A Lei 10.639/2003 obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e cultura afro-brasileira.

O conteúdo programático deve incluir o estudo da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura afro-brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.

O calendário escolar deve incluir o dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Em referência a morte de ZUMBI dos Palmares. Já em 2008, outra lei federal 11.645/ 2008, tornou obrigatório também o estudo da história e da cultura indígena, incluindo a contribuição na formação da sociedade brasileira, conforme a lei anterior.

Qual a importância da Lei 10.639 nas escolas que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. O objetivo dessa lei é combater o racismo em nossa sociedade através da educação, visto que em nossa educação existe uma supervalorização da história e cultura branco-europeia em detrimento das africanas e ameríndias.

Ensinado na escola que o brasileiro é resultado da mistura de três etnias: o branco europeu, o negro africano e o indígena nativo. A divisão do conteúdo ensinado, entretanto, não segue essa proporção. A história e complexidade dos povos indígenas e da população negra se encontram muitas vezes resumidas à descoberta do Brasil e ao período da escravidão.

A nossa grande diversidade é apagada nos bancos escolares. Há uma tentativa de homogeneizar a cultura brasileira sob o olhar do colonizador europeu. No Brasil desde 1989 existe a Lei Federal n. 7.716 que define como crime qualquer forma de preconceito de raça ou de cor. Lei está que foi atualizada em 1997. Determinando crime discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião. Transformando racismo em crime.

Atualmente o dia 13 de maio é rememorado como o dia nacional da luta contra o racismo. O Brasil é uma mistura étnica dos povos que aqui chegaram e já estavam os povos indígenas, atualmente 50% da população se identifica como NEGRA ou PARDA.

Muitos livros didáticos não expressão o lado verdadeiro da história, em 1755 foi fundado a companhia geral do comercio do Grão Pará e Maranhão com a finalidade de transportar os produtos da produção paraense para Portugal e no retorno as embarcações traziam pessoas escravizada de origem africana, funcionado durante 22 anos. Aproximadamente 12.587 mil escravos africanos, muitos ficaram espalhando nas fazendas do Marajó no trabalho da pecuária. Alguns conseguindo fugir e se organizando em QUILOMBO.

Os escravos africanos e seus descendentes crioulos e mestiços influenciaram em profundidade a formação cultural do País, os aspectos de nossa cultura na religião, música, dança, alimentação, língua, temos a influência negra, apesar da repressão que sofreram as suas manifestações culturais mais cotidianas. A preservação da cultura negra significava a luta diária pela sobrevivência.

Embora ameaçados pelo cativeiro, proibidos de praticar os seus ritos, vítimas de violência e separação física entre pessoas do mesmo grupo familiar, eles continuaram lutando pela manutenção de seus valores culturais.

A partir desse dialogo expressado neste livro com objetivo de compreender nossa história Afro Amazônida com a necessidade de entender a multiplicidade dos clamores e gritos amazônicos provocados e mantidos, até hoje, pelo colonialismo interno.

Da mesma maneira que é importante, também, conhecer as bases, a realidade e a história da Amazônia brasileira a partir de seus povos, etnias e comunidades.

A presença afro- indigena é forte em vários aspectos culturais, como culinária, música e religião.

A influência não é apenas em elementos tradicionais. Hoje, a mistura de ritmos mostra que é possível trazer sons africanos,indigenas e ribeirinhos para estilos típicos do região do norte e compartilhado pelas regiões do Brasil em estilo único.

 

A cidade de Mazagão no Estado do Amapá é considerado, praticamente, o porto de entrada da raça negra no Amapá. Para lá foram negros originários do Norte da África, na região de Marrocos (Mauritânia), colonizados pelos portugueses que os trouxeram visando os domínios lusitanos a partir da construção de um forte na África. Provavelmente foi pelos rios do estado do Amapá que vieram os negros escravizados para a localidade Gurupá-Mirim, O Quilombo Gurupá Mirim, em Gurupá-PA, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.

No período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos fugidos, mas também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços, indígenas, entre outros. Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que possuem as mesmas tradições.

Associacao Das Comunidades Remanescentes De Quilombos De Gurupa foi fundada em 05/11/1999. Título de Reconhecimento de Domínio Coletivo que o Governo do Estado do Pará, através do Instituto de Terras do Pará - ITERPA, outorga em favor da ARQMG - Associação dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá.

O que teria acontecido com os indígenas da nação Tupinambá que habitavam próximo ao rochedo do forte de Gurupá antes da chegada dos portugueses.Os indígenas foram dizimados, escravizados, o certo que a coroa portuguesa se apoderou das terras gurupaense, num holocausto escondido entre os livros didáticos nas inúmeras batalhas entre portugueses e holandeses.

 

 A verdadeira vitima da invasão estrangeira e dos colonizadores portugueses, foram os indígenas da nação Tupinambá; Que ocupavam pacificamente essas terras. os verdadeiros donos.

À medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá.

Com a colonização portuguesa atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em navios de pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os indígenas que eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era sua aldeia central.O que temos é uma praça a beira mar que homenageia através de um coreto o nome Mariocay que provavelmente eram da nação tupinambá, que de inicio a praça era denominada "Coronel Magalhaes Barata". em homenagem ao Interventor da época que tinha aliados políticos em Gurupá, com a troca de poderes Ascenção de um novo modelo politico e aqueda do BARATISMO, foi trocado o nome da praça e rebatizada como Praça Mariocay.

Jorge Hurley em 1936 no livro “ noções de historia do Brasil ” descreve que a Palavra mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary= queimado. Verdadeiro nome em Tupi: UMARY-CAY

Os holandeses chamavam de Mariocay os REMANESCENTES DA NAÇÃO TUPINAMBÁ que viviam no local onde atualmente é a sede da cidade de Gurupá.

Alguns historiadores e pesquisadores acreditam que os holandeses fizeram amizade com os indígenas e até comercializavam produtos, podemos descrever que o cotidiano dessa época:

1- Os indígenas produziam  roças, e trocavam os produtos com os Holandeses, eram especialistas também na pesca de tartaruga e no escambo troca de seus derivados como o óleo;

2- A  caça de animais silvestre com a comercialização da pele de onça, em troca os holandeses davam espelhos, roupas e utensílios para agricultura.

3-  Os Holandeses trouxeram pessoas escravizadas em suas embarcações provavelmente angolanos e ajudavam no trabalho pesado. e no cultivo das terras pretas existentes em Gurupá para plantação do tabaco que tinha um preço muito bom na Europa. Acredito que deveria ter um trabalho arqueológico de campo, ainda temos muitas informações guardadas neste solo. Gurupá Miri é um dos maiores sítios arqueológicos do período  Pré colonial.

 

 

 A Fortaleza de Santo Antônio, tombada pelo Iphan em 1963, hoje tem papel central na identidade da população de Gurupá. 

Construída em meados do século XVII, após a fundação de Belém, em 1616, a origem da fortificação remonta ao momento em que as forças lusitanas direcionaram-se a Corupá, na boca do rio Amazonas, para expulsar os holandeses instalados em uma construção fortificada armada num lugar conhecido como Mariocai. 

Vencedores, os portugueses restauraram as paliçadas e o forte provisório, ao qual deram o nome de Santo Antônio do Corupá. 

Na época, a construção não passava de um pequeno reduto de taipa e pilão, protegido por uma paliçada de madeira, onde se assentavam peças de artilharia e uma guarnição. 

Ao longo dos séculos, o local passou por diversas modificações, entre momentos de abandono e propostas de restauração e uso para proteção da região de invasores.

https://casadopatrimoniopa.wordpress.com/2018/04/19/exposicao-arqueologica-marca-entrega-da-fortaleza-de-santo-antonio-de-gurupa-pa/

 

Significado de Gurupaense

adjetivoRelativo a Gurupá, cidade e município do Estado do Pará.Etimologia (origem da palavra gurupaense). Do topônimo Gurupá + ense.substantivo masculino e femininoPessoa natural desse município.

Definição de Gurupaense

Classe gramatical: adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros
Separação silábica: gu-ru-pa-en-se
Plural: gurupaenses

gurupaense

 

Arquivo Forte de Santo Antônio de Gurupá (PA). Marco comemorativo dos feitos dessa Praça de Guerra mandado erigir o Presidente Washington Luiz.


Inspeção de Fronteiras. 

Forte de Santo Antônio de Gurupá, rio Amazonas, Estado do Pará

Rondon, Benjamin

Data:

1929-1930


 

Cerâmicas do sítio Jacupi, coleção Jean-Marie Royer. Fotos e desenhos: H. Lima, prancha elaborada por T. Viana.  

 

Cerâmicas coletadas no Forte de Santo Antônio de Gurupá. Fotos: N. Smith.  

 

  1. A HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

O nome Gurupá, Segundo Theodoro Braga é de origem Indígena e significa “Porto de Canoas”, devido o nome Gurupá ter surgido na fundação do forte Santo Antônio. O território do município de Gurupá, primitivamente era habitado por índios, até que em épocas desconhecidas, os holandeses se estabeleceram nas terras da região e construíram feitorias e portos fortificados.

 Com a chegada dos portugueses na região, travaram-se fortes batalhas terrestres e navais. Os holandeses foram vencidos o forte holandês destruído. No lugar os portugueses ergueram o “Forte Santo Antônio” em 1623, na aldeia da nação tupinambá, a margem direita do rio Amazonas, dando origem a cidade de Gurupá que na época era chamada de Ita. Do lugar, partiram as expedições portuguesas que expulsaram holandeses e ingleses da região, período de 1623-1647.

Distrito criado com a denominação de Gurupá, em 1639. Elevado à categoria de vila com a denominação de Gurupá em 1639. Elevado à condição de cidade com a denominação de Gurupá, pela lei provincial nº 1209, de 11-11-1885. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. Pelo decreto estadual nº 6, de 04-11-1930, adquiriu o extinto o município de Porto de Moz. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Gurupá e Porto de Moz. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 5 distritos: Gurupá, Carrazedo, Baquiá Preto, Taiassuí e Areias. Pelo decreto-lei estadual nº 2972, de 31-03-1938, são extintos os distritos de Carrazedo, Baquiá Preto, Taiassuí e Areias. Pelo decreto-lei estadual nº 3131, de 31-10-1938, é criado novamente o distrito de Carrazedo e anexado ao município de Gurupá. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Gurupá e Carrazedo. Pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-1943, o município de Gurupá adquiriu o distrito de Itatupã Ex-Sacramento, transferido do município de Mazagão, do território federal do Amapá. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Gurupá, Carrazedo e Itatupã, assim permanecendo até os dias atuais.

 O município de Gurupá está situado no estuário do Rio Amazonas, na chamada “Região das Ilhas”, no Estado do Pará. Conta com uma população estimada, segundo o IBGE de 33.755 habitantes (2020) dos quais 70% ainda residem no meio rural, dedicando-se principalmente a atividades como pesca artesanal, extrativismo e agricultura de subsistência. A rede hidrográfica é a principal via de comunicação do município com as regiões vizinhas, e também entre a cidade de Gurupá e as comunidades ribeirinhas. Esta rede é formada pelo próprio Rio Amazonas, seus canais e furos. A sede municipal localiza-se a cerca de 24 horas de barco de Belém – PA e a 12 horas de Macapá – AP. Cerca de 70% da área do município de Gurupá é considerada várzea, sendo, portanto, sujeita ao movimento sazonal e diário do nível das águas, situação comum em todo o estuário do Rio Amazonas. Uma parcela menor do território, cerca de 30% é considerada terra firme. A região de várzea é formada por um aglomerado de ilhas cuja vegetação original é a Floresta Amazônica (Floresta Ombrófila). O modo de vida e a sobrevivência da população ribeirinha estão intimamente ligados ao uso dos recursos florestais (exploração madeireira, extração do açaí em fruto e palmito, pupunha e óleos vegetais), caça e pesca, além da agricultura de subsistência, na qual destaca-se o cultivo da mandioca.

(Fonte: SETUR/PA, IBGE, Revista Regularização Fundiária e Manejo Florestal na Amazônia/IMAZON, pag. 14/15, abril de 2011).

Turismo

 Principais patrimônios artísticos e históricos:

Forte de Santo Antônio de Gurupá: Localiza-se na ilha grande de Gurupá, na confluência do rio Xingu com o delta do rio Amazonas, sobre um rochedo em posição dominante daquele canal de navegação, no atual município de Gurupá, no Estado do Pará, no Brasil.

 Igreja Matriz de Santo Antônio de Gurupá: Localiza-se na Avenida São Benedito. Construída em 1864 por ordem de D. Pedro II. O patrimônio pertence a Paróquia Santo Antonio – Diocese de Xingu. A matriz recebe anualmente inúmeros devotos de São Benedito, cuja festividade se realiza no período de 09 a 28 de dezembro.

 Prefeitura Municipal de Gurupá: Localiza-se na Avenida São Benedito, sede do Executivo Municipal, constituída de dois andares, é um dos mais antigos patrimônios de toda a região do baixo Amazonas.

 Símbolos Municipais: Criados através da Lei Municipal nº 352, de 06 de junho de 1969 na Administração do Prefeito Municipal José Vicente de Paula Barreto Melo.

Bandeira:

A bandeira de Gurupá foi, Projeto de autoria do Poder Executivo juntamente com os vereadores da época. As cores simbolizam céus e rios, nosso sol tropical e o Estado. As três simbolizam os três Distritos: Gurupá, Carrazedo e Itatupã.

 Brasão:

Em estilo hispano-lusitano, tendo no alto o sol a irradiar raios sobre uma estrela de cor azul, em cada centro superior, inferior e dos flancos direito e esquerdo de seu todo, haverá uma flor de lis em vermelho, lembrando as cores do Estado, ao centro do florão, dividido em duas partes, na direita uma Fortaleza recordando o marco inicial da cidade e os feitos heroicos de nossos antepassados. À esquerda, uma árvore de seringueira em corte, baseado no extrativismo do látex e da madeira, sobre fundo verde simbolizando nossas florestas. A fortaleza estará sobre fundo azul, lembrando nossos céus, rios. Uma faixa branca com a inscrição Gurupá – Pará – 1623 definirá o município, o Estado a que pertence e a data de sua fundação.

 

 

REFERÊNCIAS:

                               

Márcio Souza, Breve história da Amazônia- Editora. Marco Zero, 1994.                           

Samuel Murgel Branco, O Desafio Amazônico-editora Moderna, 1993.

Renata Paiva, História Pará- editora Ática 2010.

Antonio Ubirajara Bogea Umbuzeiro e Ubirajara Marques Umbuzeiro, Altamira e sua história – 4ª edição

Antonio Ubirajara Bogea Umbuzeiro, História e iconografia do Vale do Xingu.

Jimenez de la Espada, Viaje del capitán Pedro Texeira, aguas arriba del rio de las Amazonas : 1638-1639/ Dominio publico.

Tiese Júnior, Estudos Amazônicos - Editora Paka-Tatu, 2014.

Benedicto Monteiro/ Historia Do Pará -Editora Amazonia -2006.

Eduardo Romulo Bueno, canal "Buenas Ideias" no YouTube,

J. A. FONSECA, Culturas cerâmicas da Amazônia - Parte 1-2016.

https://www.viafanzine.jor.br.

Tamires Batista Silveira, influência do Tupi na língua portuguesa falada no Brasil. https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/influencia-do-tupi.

https://www.facebook.com/muitomaisgeografia

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/heranca-tupinamba

Fonte: História do Pará, autor Paraense: Benedicto Monteiro- editora Amazônia-2006.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Distribuição aproximada das nações indígenas no litoral brasileiro no século XVI


 Francisco de Orellana (TrujilloExtremadura; 1511 – c. entre o rio Amazonas e Orinoco?, novembro de 1546)[ foi um exploradorconquistador e corregedor espanhol na época da colonização hispânica na América. Participou da conquista do Império Inca e, posteriormente, da descoberta do Rio Amazonas. Foi nomeado governador em várias cidades, também foi considerado um dos mais ricos conquistadores de sua época. Em 1535, participou da pacificação e fundação de Portoviejo, onde ocupou os cargos de terceiro tenente, prefeito comum e vice-governador. Em 1537 refundou a cidade de Guayaquil, realojada por diferentes colonos espanhóis. No ano seguinte, recebeu o título de vice-governador de Guayaquil.Depois de terminar a reconstrução da cidade, partiu para Quito e, juntamente com Gonzalo Pizarro, organizou uma expedição que terminaria com a descoberta do grande rio. Depois de sobreviver à viagem pelo rio, partiu de volta à Espanha onde foi acusado de traição por acusações de Pizarro. Após ser absolvido organizou outra expedição, mas não obteve sucessos. Por esta razão, se dedicou à pirataria e voltou para o rio Amazonas, onde juntamente com a maioria de sua tripulação, morreu sem uma localização específica ao longo da foz do rio.