sexta-feira, 25 de agosto de 2023

 

Etimologia

Entre 1540 e 1542, Francisco de Orellana desceu o rio Amazonas em toda sua extensão, a partir dos Andes. O rio foi batizado de rio Orellana, mas era chamado pelos indígenas de Paraná-assú, dentre outros nomes.

Alguns trabalhos indicam também os nomes rio de la Canelario Grande de La Mar Dulce e rio Marañon.

Orellana, através do frei Gaspar de Carvajal, seu cronista, relatou ter encontrado em um lugar ao longo do curso do rio, possíveis guerreiras indígenas que, através dele, as relacionou com as mitológicas Amazonas, em referência a lendária tribo de mulheres guerreiras da mitologia helênica. A partir daí, o rio seria chamado rio das Amazonas, hoje Rio Amazonas, do qual derivou-se o termo Amazônia.

Em 1808, Humboldt usaria o termo Hileia (Hylaea) para denominar a região. Silva (1833) a chamaria de país das Amazonas (termo popularizado pelo barão Santa Anna Néri, 1899), Rugendas (1835) de região do Amazonas.

Martius (1858) a chamaria de Nayades. Wappäus (1884) usaria os termos "zona equatorial", "mata tropical" ou "Hylaea do Amazonas".



Homens da expedição de Francisco de Orellana construindo um pequeno bergantim, o "San Pedro", para ser usado na busca por comida.




  Forte de Santo Antônio, em Gurupá-PA, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Forte de Santo Antônio
Localização: Às margens do Rio Amazonas – Gurupá – PA
Número do Processo: 484-T-1952
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 361, de 05/07/1963

Descrição: Ingleses e holandeses precederam os portugueses em incursões na região amazônica e estabeleceram alguns pontos fortificados como Mariocaí, hoje Gurupá, na margem direita do rio Amazonas. Em 1623, os holandeses foram expulsos pelos portugueses e o Forte de Santo Antônio fundado por Bento Manuel Parente. O forte sofreu vários ataques em 1629 e 1639, acabando em ruínas e sem nenhuma restauração. Foi reconstruído pela primeira vez em 1690, por incunbência do Governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, sob um novo plano que o ampliou. Esta obra, assim como as de 1760 e 1774, nunca eram concluídas, e o forte, devido ao abandono, voltava a desmoronar. Não existia interesse em conservá-lo, sua localização era considerada ruim do ponto de vista estratégico porque, em consequência do grande número de ilhas e paranás, as embarcações tinham passagem longe dos canhões. Aquele ponto servia apenas para evitar o contrabando de especiarias e das pessas interceptando as canoas que vinham pelo Amazonas. Da fortificação resta apenas o muro de pedra, uma casa e parte da construção com forma poligonal. O acesso é feito através da escadaria que leva ao portão de ferro batido. Na ponta do lado do mar há um obelisco de construção posterior. Em 1963, é feito um novo pedido de tombamento e hoje está sob jurisdição do Ministério da Guerra.
Fonte: Iphan.



 O que significa a palavra Gurupá?
O nome Gurupá, Segundo Theodoro Braga é de origem Indígena e significa “Porto de Canoas”, devido o nome Gurupá ter surgido na fundação do forte Santo Antônio. Quantos anos tem a cidade de Gurupá para?Distrito criado com a denominação de Gurupá, em 1639. Elevado à categoria de vila com a denominação de Gurupá em 1639. Elevado à condição de cidade com a denominação de Gurupá, pela lei provincial nº 1209, de 11-11-1885.  Qual é o estado que Gurupá Limita-se?O Município de Gurupá está cortado longitudinalmente pela Ilha Grande de Gurupá, que é a segunda maior ilha do Delta do Amazonas. Está localizada perto da confluência dos rios Amazonas e Xingu a oeste da Ilha do Marajó, no estado do Pará,Brasil.O Município de Gurupá:  Em 1639, a povoação foi elevada à vila e, em 1885, à cidade de Gurupá.Gurupá concentra uma diversidade cultural que é resultado de uma longa história de ocupação do território por grupos diversos, como indígenas, imigrantes europeus e quilombolas. 



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 

Gurupá, linda cidade do estado do Pará

Dentro do município o transporte é feito por pequenas embarcações que navegam pela bacia hidrográfica da região. Por está localizada na região das ilhas, aproximadamente 90% da área do município está enquadrada como região de várzea ou igapó. As principais atividades econômicas do município estão concentradas: no pescado por ser abundante, na criação de animais para consumo (galinha, pato, porco, gado), plantações de frutos regionais, comércio, serviços autônomos, funcionalismo público municipal e estadual, além da extração do palmito. Há algumas décadas estava voltada para a extração de madeira de lei, sem manejo florestal, na extração do látex (borracha prensada ou defumada). Nosso município tem alguns patrimônios culturais, aqueles que serviram para a colonização da cidade e aqueles conhecidos como grandes obras que marcaram a história de Gurupá, como: o forte de Santo Antônio , igreja de Santo Antônio, Prefeitura Municipal, praça Mariocay e outras construções recentes que fazem parte das entidades.

 




.......As casas eram de taipa, com assoalhos de paxiuba, muitas eram de palha, a agua era do amazonas, as mulheres lavavam roupa na beira do rio, algumas casa da segunda rua eram um espécie de barracão sem divisórias, parede de palha. 

As casas da primeira rua eram pintadas de branco, existia a casa Borralho, forte comerciante, que no dia da sexta feria santa distribuía alimentos e benções..... ...

Imigrantes marroquinos judeus estabeleceram comercio e até dois integrantes dessas famílias foram intendentes municipal. No rio jupati tive os melhores anos da riqueza da borracha, nosso comercio era grande, tínhamos fregueses e no estilo aviamento conhecido na região, por atracar no nosso porto, muitos barcos grandes com mercadoria sendo fregueses J. Fonseca. 

Ao compramos terras do português Tito Bastos, a politica sempre esteve no nosso dia a dia, sempre de oposição ao baratismo, até o próprio intendente em suas visitas no interior do estado passou pelo rio Mararú, onde fez uma parada na casa comerciante português Tito Basto, depois do almoço chamou nossa família e pegou no colo meu filho Adauto Torres, depois desse momento e alguns minutos reservados na sala com Santino Torres, passamos a ser aliados, sendo seu avó candidato a vereador junto com o comerciante Antônio Nogueira, ambos ficaram com a suplência. 

No ano de 1972 seu avó Santino Torres, foi eleito Vice Prefeito de Gurupá, elegendo seu pai “ Vava Torres”, Vereador, mais não ganhavam salário. Sua tia Dulcicleia Torres EXERCIA a função de Secretaria Geral da Prefeitura de Gurupá. Compramos uma casa na cidade e no rio Mararú construímos uma casa de três andares, com comercio forte, denominamos “CASA TORRES”, fazíamos aviamento na região, problemas de saúde fizeram a família comprar uma casa na capital com ajuda do José Rebelo, a morte da sua tia Dulcicleia Torres foi um grande baque, que nunca nos recuperamos, em 1979, seu avó Santino Torres faleceria seis anos depois. Gurupá só resta saudade, o rio amazonas é lindo visto daquele forte, as ruas de terra batida se enchem em dezembro com festa.....saudades de Gurupá’’.
 (depoimento da minha avó Palmira Diamantino Torres)

 


DATAS HISTÓRICAS DE GURUPÁ

1631- A carta Régia de 19 de fevereiro de 1631 determinou que Manoel Guedes Aranha reconstruisse a fortaleza. 1631- Chega o padre Luiz Figueira em Gurupá, este missionário era muito querido pelos indios, apesar da promessa de voltar da Europa trazendo mais missionários, seu navio naufragou perto da ilha do Marajó, impedindo que cumprisse sua promessa de voltar a Gurupá. 1636- Capitão Mor da Fortaleza era Valente Pedro da costa. 1637- Pedro Teixeira com 45 canoas e 900 homens. 1639- A Freguesia de Santo Antonio de Gurupá foi elevado vila Gurupá. 1651- Antonio Raposo Tavares o bandeirante que vinha de São Paulo em busca de ouro e escravos no final de sua famosa viagem de ida e volta de 11.000km até os Andes, Gurupá era um ponto intermediário para incursões conduzidas rio acima e rio abaixo onde escravizavam os indios. 1652- A Coroa Portuguesa permitiu que os jesuítas estabelecessem uma missão na Capitania de Gurupá. 1655- Dois jesuítas Missionários chegaram a Gurupá, encontrando hostilidades com os colonos que não admitiam a interferencia dos Missionários na questão com os indios que eram escravos. 1655- O Superior dos Jesuitas Padre Antonio Vieira esteve em Gurupá, nesta ano o cargo de Capitão de Gurupá era Manoel Fernandes Pereira 1656- Ficou estabelecido a Missão São Pedro, próximo ao forte, eclodiu uma revolta dos indios que foi domada com ajuda de Paulo Martins Garro, que assumiria o Comando do Forte depois de matar varios indios. 1658- O Capitão Mor de Gurupá era Paulo Martins Garro, que organizou umaexpedição até o rio Tocantins, sendo acompanhado por um missionário, 45 soldados portugueses, 450 nativos, consegui escravizar mais de mil índios Inheyguaras e Potyguaras. 1659- A Câmara de Belém apresentou à Coroa Portuguesa uma representação formal contra a jurisdição temporal dos Jesuitas nas aldeias, que estavam prejudicando os interesses dos colonos. 1661- Revolta entre colonos e jesuítas expulsam o padre alemãoJoãoFelipe Bettendorff. 1667 O capitão Mor da fortaleza era João Botelho, cruel e desumano com os índios. 1680- Jesuítas recusaram-se a enviar padres para ministrar à guarnição local do forte e aos residentes de Gurupá, em 1688 o Capitão Mor de Gurupá Manoel Guedes Aranha invadiu uma missão jesuíta e confiscou os nativos, o que forçaram os Jesuítas a desistirem da Missão em Gurupá. 1691- o Capitão Mor de Gurupá era Manoel Guedes Aranha, que remeteu uma carta ao Rei, queixando-se dos jesuítas que proibiam o trabalho escravo dos índios. 1692- Os Frades Capuchinhos da Piedade de São José, assumiram a responsabilidade pastoral da matriz de Santo Antonio de Gurupá, erguida como a segunda paroquia do estado do Pará, no mesmo ano o Rei Dom Pedro mandou erguer um convento no Carrazedo. 1692- Foi erguida canonicamente igreja matriz de Gurupá e se tornando a segunda paroquia de Gurupá. 1692- Dom Pedro mandou erguer um convento em Carrazedo, ainda podia ver as ruinas no ano de 1786, segundo Baena. 1693- Para evitar disputas de poder entre as ordens religiosas, através da Carta Régia datada no dia 19 de março do mesmo ano, distribuiu atribuições as atividades pastorais em Gurupá, confirmando aos Frades da Piedade as atividades religiosas na localidade. 1749- Duas epidemias de varíola e rubéola, eliminaram praticamente a presença indígena da cidade e dizimaram a guarnição militar, devido a precaridade na região. 1751- O relatório de João Antonio da Cruz Diniz Pinheiro, remetido ao Governador da epoca, faz referenciaao hospício administrado pelos Capuchinhos na paroquia da Gurupá. 1754- O Governador Francisco Xavier de Mendonça abriu os livros da Câmara com o termo da fundação, discursando onde os índios nada entendiam, caças e bebidas terminaram o ato, o cargo de CapitãoMorfoi extinto. 1759- O Tenente José Ribeiro da Costa Sotto Mayor, Comandante do Forte de Gurupá escreveu em uma relação de indios próximos ao Forte Santo Antonio de Gurupá 17 familias com 59 pessoas e mais 03 rapazes, 05 viuvas e 06 órfã, Além de uma familia com 06 pessoas e 07 indios solteiros fugidos. 1763- A vila recebe a visita pastoral do IV Bispo do Pará Dom Frei João de S. José e Queiroz. 1763- Em maio do mesmo ano passou por Gurupá João Pedro da Câmara, novo Governador de Mato Grosso também seu sucessor o Conde de Azambuja, ultilizou Gurupá para chegar até aquela provincia pelo curso d’ água do Xingú. 1765-Domingos Sambucetti, tinha abandonado a obra de reconstrução da Fortaleza de Santo Antonio, realizado uma nova tentativa em 1774, não tendo exito. 1743- Onaturalista francês Charles de La Condamine visita Gurupá 1757- O cargo de Capitão Mor de Gurupá foi extinto, por determinação do Governador Manuel Bernardo de Melo e Castro. 1760- A fortaleza de Santo Antonio estava em ruinas começou a ser reconstruída pelo Major de Engenharia Gaspar João Geraldo Gronfelts, ficando incabada, mesmo tendo mao de obras escrava de 40 indios. 1760- O padre Queiroz o passar a semana santa em Gurupá, observou a falta de alimento na vila e as obras do forte estavam paradas por falta de farinha de mandioca. 1761- O Comandante Almeida Pereira, fez um relatório detalhado sobre a situação do forte e destacou a presença de 7 peças de artilharia, 377 balas de artilharia, 29 granadas, 13 armas de fogo desmanteladas, 16 baionetas, 5 facas boas e 4 em mau estado. 1762- O Bispo D. Fr. João de S. José e Queiroz, celebra missa em Gurupá na semana santa. 1780- O bispo D. Caetano visita Gurupá. 1783- A Missão de São Pedro, em Gurupá, tinha 86 indios e todos servindo o chefe da guarnição, enquanto no Carrazedo agrupava 194 indios domesticados. 1783- Gurupá havia 393 habitantes, brancos 269 e escravos negros 124, segundo os dados censitários da epoca. 1784- Martinho de Souza Albuquerque, Capitão Geral do Brasil aportou em Gurupá no dia 30 de Outubro de 1784, onde conversou com os engenheiros sobre as obras da fortaleza. 1789- Gurupá estava com 442 habitantes, sendo 295 brancos e 147 escravos negros. 1799- Um Oficio Circular datado em 09 de janeiro de 1799, na qual determinava que os índios fossem retirados das aldeias e distribuídas nas diferentes povoações, sendo entregue ao Tenente Coronel Agostinho José Tenório a responsabilidade desdes os confins de Gurupá à Oeiras. 1800- exerceu o Comando da Fortaleza de Santo Antonio o Tenente José Leitão Fernandes que foi substitudo por Antonio José Guerreiro ficando no comando até 1812. 1812- O Comandante do Forte era o Coronel José Marinho Lisboa 1819- Passou por Gurupá os botânicos Carlos Martius e João Von Spix, que faziam pesquisas coletando material, chegaram ao rio jaburu onde avistaram diversos chacalotes dos quais os índios extraiam o âmbar. 1823- Gurupá deixa de ser posto fiscal na epoca o Comandante era Capitão Lucas José Ferreira da Silva. 1865- Começa a exportação da borracha 1819- Houve uma epidemia de varíola dizimando a população e Gurupá 1820- Houve outra epidemia matando muitos índios, escravos e a população da vila ficaramapenas 160 habitantes. 1823- Febres violentas, malária, tifo em Gurupá. 1836- Raimundo Joaquim Pantoja, partindo com o Alfares Francisco Pereira de Brito e soldados da praça de Macapá, chega em Gurupá e se encontram com os Cabanos. 1836- O Major Francisco Monterozzo comunica em oficio ao Presidente da Provincia do Pará, Marechal Jorge Rodrigues, que os Cabanos haviam se apossados de Gurupá e Santarém, chegando a vila de Macapá as principais autoridades desses dois municípios paraense. 1836- João Urbano da Fonseca, fundou o Conselho Defensivo de Gurupá, para combater os cabanos na região servindo de ponto de apoio as ações militares. 1839- Os cabanos atacaram o engenho Cojuba e foram perseguidos pelos soldados que prenderam 13 rebeldes. 1839- O Chefe Cabano Primitivo Correa e seus vinte homens se apresentando ao Alferes Ignacio José Cardoso da Fonseca, solicitando jus a anistia prometida pelas autorizades. 1842- Epidemias de malária. 1842- O Principe Alberto de Prussia passa por Gurupá em sua viagem no rio Amazonas. 1842- OTenente AntônioBaena fez um breve relatório de Gurupá. 1844 – Houve registro de 107 morte de malária a população ficou em 900 habitantes. 1856- Faleceu D. Celestina Custódia de Aragão, que se dizia proprietária das terras de Gurupá Mirim, a atividade principal de seus descendentes era comercializar escravos, seus herdeiros registraram estas terras perante o Vigário da epoca apresentando uma Carta de Sesmaria. 1865- Começa a exportação da borracha, era atividade predominante na área de várzea, anos de prosperidade que levaram o Prefeito da época convidar um arquiteto italiano a projetar e fiscalizar a construção do prédio da prefeitura, que estaria pronta em 1912, mais o prédio não chegou a ser terminado. 1866- Difundi-se o esquema de trabalho sendo o seringueiro o ultimo elo entre uma vida de semi escravidão, já que a relação patrão e empregador era baseado no aviamento dos barrações regida pelo regulamento dos seringais, parecido com atual situação dos barrancos de extração de ouro, chamados garimpos. 1870- Imigrantes marroquinos, espanhóis e portugueses passam a comercializar em Gurupá e fixar moradia, famílias judias que fugiam da guerra estabeleceram comercio forte mais a relatos de perseguição racial e politica; as primeiras famílias de judeus em Gurupá eram Azulay, Serfaty, Althair e Levy esta ultima migrou para Macapá. 1871- Devido a lei do ventre livre Aureliano nascido em 23 de setembro, foi concedido liberdade pelo Coronel Francisco Barreto Cardoso da Fonseca. 1885- Elevado à categoria de cidade, através da Lei Provincial n° 1.209 de 11 de novembro de 1885. 1890- Eleito o Conselho de Intendencia nomeado Francisco Cardoso Barreto da Fonseca Presidente, sendo composto os Vogais Maximiniano Rabelo Mendes, Manoel Barreto, João Francisco, Antonio Cardoso, Pedro da Silva e Benedito Bragança. Decreto lei 49 de 19 de fevereiro de 1890. O ultimo Presidente da Camara Regime Monarquico foi Alipio Urbano da Fonseca. 1892- O jornal o gurupaense passa a ser impresso ate o ano de 1901, cuja primeira edição saiu em 15 de novembro de 1892. 1892- O Comerciante Pedro Lima que tinha um comercio em Belém, onde comprava e vendia escravos, apresentou perante a Intendencia Municipal dizendo ser dono de toda posse “Gurupá mirim que vai do rio macacos até o igarapé Ajajó, originando uma Carta de Sesmaria. 1909- O jornal correio de Gurupá passa a funcionar como redator chefe Sr.Antônio Madeira. 1909- Houve um revoltante fato desumano, o Intendente Municipal Flaviano Batista cometeu o regime da palmatoria contra o Sr. Libanio dos Santos, ordenando que estende-se as mãos para o castigo, duas horas depois dessa agressão aportou em Gurupá o Senador Estadual José Porfirio a quem Libanio dos Santos levou a queixa exibindo as mãos ensanguentadas. Fato este que foi publicado no jornal Folha do Norte. 1910- O auge do ciclo da borracha, a iluminação a gás e feita por poste de ferro trazidos da Inglaterra, a construção da sede da prefeitura, cais do porto com uma escada de mármore é iniciado as obras. 1912- Anos de abandono e cidade que antes era iluminação pública era a gás, a cidade viveu a decadência dos áureos tempos da extração da borracha, a relatos em livros e pesquisas de Charles Wagley, que a cidade tinha até um coche fúnebre de primeira classe, tão bom quanto os da Santa Casa de Misericórdia de Belém, que o Prefeito havia adquirido. 1913- As casas de comercio de aviamento faliram 1920- Moradores deixam a cidade e passam a morar na ilha grande de Gurupá, comércios são fechados e casas abandonadas. A população ficou em 300 habitantes. O prédio da Prefeitura ficou inacabado, os navios, que antes atracavam quase todos os dias, passavam pelo rio sem parar. 1925- Muitos gurupaenses migram para Belterra com o sonho dourado da Fordilandia, inclusive meus avos residiram em Fordilândia por alguns anos. 1926- O Intendente Municipal de Gurupá Rainero Maroja, nomeia Secretario Tessoureiro Sr. Dalcidio Jurandir, que escreve o livro Ribanceira, baseado na vivência em Gurupá. 1929- O jornalista Remigio Fernandez da folha do norte no dia 31 de março de 1927, rotulou a cidade de:“Gurupá tapera”. 1929- O Presidente Washington Luis Pereira de Sousa visita Gurupá erguendo um marco para comemorar os fatos heroicos desta praça de guerra em junho de 1929. 1930-Gurupá incorpora as terras de Porto de Moz, perdendo posteriormente. 1937- Ultimo Juiz de Direito na Comarca de Gurupá foi Dr. Alvarao de Magalhaes Costa e o Adjunto de Promotor era Domingos Sanches da Silva. 1939- Faleceu Cleto Barreto da Fonseca, Tabelião sendo substituido por Antermogeno da Fonseca, conhecido por “ Caito Fonseca”. 1943 – Com a segunda guerra mundial o preço da borracha aumentou o preço. 1943- Instalado a SESP( serviço especial de saúde pública), seus últimos enfermeiros foram: Raimundo Ribeiro Dias,Valdemar Lopes da Cruz e Maria Alves. 1946- A sra. Odete Fonseca Pereira, funcionária da SESP, ajudou a fundar a igreja evangélica Assembleia de Deus em Gurupá. 1948- Muitos gurupaenses e nordestinos voltam para o município, para extração da borracha. 1948- Descendentes de portugueses estabelecem casas comerciais no interior da ilha grande de Gurupá, no Moju há relatos de três casas comerciais e no Mararú três casas, no murupucu um casa. 1949- existência de três cemitérios na cidade denominados: São Benedito, Santo Antonio, São Sebastião e dos Judeus.



 

PEDRO TEIXEIRA E SUA EXPEDIÇÃO

A expedição de Pedro Teixeira e o "Tesouro Escondido" De Gurupá partiu, em outubro de 1637, comandada por Pedro Teixeira, uma expedição oficial com o objetivo de explorar um rio dominado por mulheres cavaleiras e guerreiras - o rio das Amazonas. Esta incursão, considerada por muitos como a maior façanha sertanista da região, contava com 47 grandes canoas, 70 soldados e 1200 índios flecheiros. Observando a área, Teixeira buscou viabilizar o acesso à região peruana por via atlântica. Neste trajeto, Belém seria a porta de entrada e, por isto mesmo, deveria ser muito bem guardada. A expedição - composta, entre outros, pelo cronista Maurício de Heriarte e alguns religiosos importantes, como o capelão franciscano Agostinho das Chagas - subiu os rios Amazonas e Negro onde deixou parte do grupo. Prosseguindo, alcançou Quito, em outubro de 1638. Pedro Teixeira tomava posse das terras em nome do rei de Portugal, embora este Reino ainda estivesse sob o domínio espanhol. Favorecidos pelas boas condições de navegação, aqueles homens aventureiros deparavam-se a todo instante com riquezas naturais da flora amazônica como o urucu, primeira especiaria a ser exportada para a Europa. Pousavam onde era possível, conduzidos por índios remeiros, montando acampamentos improvisados e navegando sempre nas mesmas horas do dia. Já na viagem de volta, em uma das margens do Rio Napo, na confluência com o Rio Aguarico, Pedro Teixeira fundou o povoado da Franciscana (16 de agosto de 1639) que, conforme as instruções que constavam no seu Regimento, deveria servir (...) "de baliza aos domínios das duas Coroas (de Espanha e Portugal)". Esta expedição foi descrita no livro Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas, editado em Madri em 1641. O governo espanhol mandou imediatamente recolher e destruir a publicação. Preocupava-se com a divulgação da rota para as minas peruanas e com as pretensões territoriais portuguesas relacionadas à sua Colônia na América, sobretudo no momento da Restauração. Esta medida, entretanto, não impediu que, mais tarde, a expedição de Pedro Teixeira fosse usada pela Coroa lusitana para reivindicar a posse da Amazônia. Vista por outro ângulo esta incursão deu condições, pelo menos no que se refere à identificação do território, para a ocupação do Vale do Amazonas, através da instalação de fortes e missões religiosas nas margens dos rios. No entanto, para o padre João Daniel, que ali já vivia, o verdadeiro "tesouro escondido" eram os nativos, cujas almas podiam ser convertidas. Alguns capitães e sertanistas experientes, como Antônio Raposo Tavares, Manuel Coelho e Francisco de Melo Palheta, passaram a percorrer o Amazonas e seus afluentes descobrindo comunicações fluviais, atingindo aldeamentos espanhóis na região oriental da Bolívia, e coletando sem cessar as especiarias, com ajuda dos nativos. Também estabeleceram algumas feitorias e postos de pesca. Combateram e foram combatidos por diversas tribos; vencedores, escravizaram milhares de índios. As atividades desenvolvidas por sertanistas e capitães, assim como por franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas, foram importantes na expansão territorial, na conquista e na consolidação do domínio português.

 Os rastros da exploração ilegal no município de Gurupá, causou destruição dos seringais na ilha grande de Gurupá. A consequência foi avassaladora dos latifundiários onde os posseiros extraiam madeira e palmito sem consciência ambiental. O povo ribeirinho tomou conhecimento dos seus direitos ao se organizarem e perceberem que a mata em pé dá mais lucro do que derrubada. A ilha grande de Gurupá tem um grande tesouro em sua floresta, uma região caracterizada pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais. Uma floresta predominada de palmeiras como açaizeiros e buriti, sendo aproveitadas desde as folhas até a semente. Varias espécies, arvores de grande valor madeireiro como Sumaúma, Ucuuba, Andiroba, Virola e Macacaúba, ribeirinhos moram na zona rural as proximidades dos rios e sobrevive da pesca artesanal, caça e extrativismo.Esta vivência ribeirinha transformada em poesia tem como objetivo conhecer e compreender o povo amazônico.

 

MINHAS PESQUISA SOBRE GURUPÁ AOS 18 ANOS

No ano de 1998 pesquisei no rio Mararú na zona rural de Gurupá a extração de açaí, depois da decadência da produção de palmito em conserva e da exploração de madeira, a ausência das fabricas e madeireiras, veio o novo eldorado o ouro dos gurupaense. A colheita do açaí é praticada por muitas famílias, sendo destinado ao consumo familiar como para a venda, utilizando mão de obra na sua grande maioria masculina normalmente jovem. O trabalho é frequentemente realizado por duas pessoas, uma para subir nos açaizeiros e colher os cachos e outra para debulhar os frutos, colocando o açaí em peneiros. Quando para o consumo, em que a quantidade colhida é menor, os cachos podem ser debulhados em casa com a ajuda das mulheres. Muitas crianças (meninos, principalmente) a partir dos 12 anos, já participam desta atividade, tendo a vantagem de poder subir nos açaizeiros mais finos que não suportariam o peso de um adulto. Os açaizais de onde se extraí o fruto situam-se principalmente nas margens dos rios e igarapés, Mais só depois da organização do sindicato dos trabalhadores rurais de Gurupá, os posseiros passaram a ter consciência ambiental. Nestas limpezas de açaizal, a área é roçada, retiram-se cipós e plantas trepadeiras agarradas às touceiras do açaizeiro, cortam-se os estipes mais altos, que já não suportam o peso de uma pessoa, permitindo-se assim uma maior penetração dos raios do sol. No passado houve intensa extração de palmito por palmiteiros as áreas de açaizais foram muito reduzidas, com isto poucas famílias dispõem de uma produção suficiente para a comercialização. A safra do açaí, nesta região ocorre de março a agosto, a presença de marreteiros, no período da safra percorrem o rio Mararú comprando o açaí que é destinado principalmente ao mercado de Breves. Estes atravessadores entregam os paneiros na tarde do dia anterior ou pela manhã e recolhem a produção nos portos das casas até o início da tarde, aproveitando para vender alguma mercadoria. O preço pago pela lata do fruto de açaí é bastante variável de atravessador para atravessador variando até numa mesma de localidade. A venda do açaí, principalmente no início da safra, quando os preços são mais elevados, permite às famílias a acumulação de capital suficiente para a realização de investimentos, como motores a óleo diesel que serve de gerador de luz, motores rabeta para pequenas embarcações e aquisição de parabólica, produtos de serventia ao modo de vida dos ribeirinhos. Quando viajava no barco da família observava grandes geleiras ancoradas às margens do canal de Gurupá, barco de menor porte adaptados a barcos de pesca com redes de pesca, as atividade pesqueira no município de Gurupá no ano de 1998, nesta época é caracterizada de forma artesanal, onde os transportes utilizados para pescar e para se locomover são o barco (com capacidade de armazenamento de aproximadamente de uma tonelada), o casco ou canoas (praticamente todas as casas possuem em torno de uma ou duas canoas para seu transporte); Hoje é raro encontra esse tipo de transporte, nos trapiches, encontra-se uma nova embarcação popularizada com “catraia”, uma embarcação pequena embotida por um motor rabeta de 5hp, por sinal muito veloz, nos rios da grande ilha de Gurupá. A atividade pesqueira em Gurupá é voltada ao consumo familiar e a comercialização, sendo afetada por pescadores de outros municípios. Os peixes capturados que ganham expressivo destaque à comercialização são os grandes bagres migradores: dourada (Brachyplatystoma rousseauxii), piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii) filhote (Brachyplatystoma filamentosum), e independente de não ser bagre a sarda (Sarda sarda), a pescada (Plagioscion spp.) e o pacu (Methynnis spp.) também ganha espaço neste cenário, porém em menor dimensão. Pesca-se também o aracu (Leoporinus agassi) e o acará (Aequidens spp.), contudo são destinados ao consumo familiar e comercializados em pequena escala no mercado municipal. Ocorre também a pesca do camarão regional (Macrobrachium amazonicum), que nos períodos de junho a dezembro. É realizada, sobretudo com matapi, uma armadilha de talas de jupati (Raphia vinifer) que juntamente com uma isca feita de farelo de babaçu (Orbinya speciosa) a “poqueca” serve à captura de camarão. Estes matapis são confeccionados na própria região, Destacam-se também para a pesca de peixes no igarapé denominada tapagem com malhadeiras e pari( feito de tala de bambu, tecido com cipó), esta pesca artesanal é feita por familiares e membros da comunidade. Foi com 18 anos de idade em uma viagem de mais de 24 horas de Belém para Gurupá, de barco, deitado na rede, passando pelas belezas da ilha do Marajó, em Breves e seus rios e estreitos, movimentados de barcos de diferentes calados, vilas e povoados, casas cobertas de palha à beira do rio.






















E nas raízes culturais que se nutre a identidade de um povo, sua memoria, seus valores, suas vivencias, suas historias. Primeiramente iniciei no ano de 1998, foi se aperfeiçoando em uma pesquisa respaldada por uma minuciosa consulta em documentos nos arquivos público do Pará, na biblioteca UEPA e CENTUR, entre acervos pessoais das inúmeras viagens ao município até os dias atuais. A importante colaboração dos amigo o Oficial de Justiça Manoel Lobato e Ambientalista Pedro Alves Vieira, que gentilmente emprestou históricos documentos e livros sobre a cidade de Gurupá, colaborando para novas gerações. Minha família Torres, nas inúmeras conversas sobre o cotidiano de Gurupá, informações preciosas para aperfeiçoar esta pesquisa. Tenho certeza que esta obra regional será lida pelos gurupaenses interessados em conhecer a historia de Gurupá, nossa essência amazônica, nossas belezas naturais, através de uma linguagem simples e de fácil acesso. Convido o leitor a ler e “reler” a historia que nos pertence e dela não podemos abrir mão e nem esquecer nossa origem. Esta obra verdadeiramente gurupaense é um futuro protótipo para criação do museu municipal de Gurupá.

 

Gurupá é uma cidade do interior do Pará – pequena no tamanho, mas riquíssima em história e cultura. É a porta de entrada da maior e mais cobiçada floresta tropical do planeta. Ela surgiu às margens do rio Amazonas, num lugar que era habitado pelos índios Mariocai e, posteriormente, recebeu influencia dos diversos colonizadores holandeses e portugueses que ali se instalaram. No decorrer de 400 anos de história grande número de pessoas famosas pisaram em suas terras e interagiram com os moradores locais. Religiosos, naturalistas, pesquisadores e cientistas de renome passaram por lá, como por exemplo: Padre Antônio Vieira, Alexandre Rodrigues Ferreira, Domingos Ferreira Penna, Charles Wagley, Eduardo Galvão, Dalcídio Jurandir, Moacir Werneck de Castro, Jacques Cousteau e irmã Dorothy Stang. Dessa interação tão diversificada, surgiu um povo forte e combatente. Os gurupaenses são reconhecidos como uma gente aguerrida, que não se intimida diante das dificuldades e luta bravamente por seus objetivos. Muitos fatos interessantes e curiosos fizeram parte de sua história, tornado essa cidade uma referência em movimentos populares e de valorização das populações tradicionais.

 

A EXTRAÇÃO DE AÇAÍ EM GURUPÁ EM 1999

No ano de 1999 pesquisei no rio Mararú na zona rural de Gurupá a extração de açaí, depois da decadência da produção de palmito em conserva e da exploração de madeira, a ausência das fabricas e madeireiras, veio o novo eldorado o OURO DOS GURUPAENSE. A colheita do açaí é praticada por muitas famílias, sendo destinado ao consumo familiar como para a venda, utilizando mão de obra na sua grande maioria masculina normalmente jovem. O trabalho é frequentemente realizado por duas pessoas, uma para subir nos AÇAIZEIROS e colher os cachos e outra para debulhar os frutos, colocando o açaí em paneiros. Quando para o consumo, em que a quantidade colhida é menor, os cachos podem ser debulhados em casa com a ajuda das mulheres. Muitas crianças já participam desta atividade, tendo a vantagem de poder subir nos açaizeiros mais finos que não suportariam o peso de um adulto. Os açaizais de onde se extraí o fruto situam-se principalmente nas margens dos rios e igarapés, Nestas limpezas de açaizal, a área é roçada, retiram-se cipós e plantas trepadeiras agarradas às touceiras do açaizeiro, cortam-se os estipes mais altos, que já não suportam o peso de uma pessoa, permitindo-se assim uma maior penetração dos raios do sol. No passado houve intensa extração de palmito por palmiteiros as áreas de açaizais foram muito reduzidas, com isto poucas famílias dispõem de uma produção suficiente para a comercialização. A safra do açaí, nesta região ocorre de março a agosto, a presença de atravessadores, no período da safra percorrem o rio Mararú comprando o açaí que é destinado principalmente ao mercado de Breves. Estes atravessadores entregam os paneiros na tarde do dia anterior ou pela manhã e recolhem a produção nos portos das casas até o início da tarde, aproveitando para vender alguma mercadoria. O preço pago pela lata do fruto de açaí é bastante variável de atravessador para atravessador variando até numa mesma de localidade. A venda do açaí, principalmente no início da safra, quando os preços são mais elevados, permite às famílias a acumulação de capital suficiente para a realização de investimentos, como motores a óleo diesel que serve de gerador de luz, motores rabeta para pequenas embarcações e aquisição de parabólica, produtos de serventia ao modo de vida dos ribeirinhos.


 

FATOS QUE ACONTECERAM EM GURUPÁ NO DISTRITO DE ITATUPÃ

Monstro de Gurupá O cidadão José do Nascimento dos Santos, vulgo Zé Dino, este que para muitos é considerado o monstro de Gurupá, foi autor de um ato considerado desumano e reprovado perante a sociedade. Ao decorrer dos anos, este cidadão levava seus filhos para extração de palmito na mata de várzea, em dado momento mandava seus filhos masculinos para outra rota no meio da mata, ficando apenas com uma de suas filhas, que submetia a abusos sexuais desde os 12 anos, ameaçando a mesma e mantendo relações sexuais com o próprio genitor. Ao completar 17 anos a filha que foi abusada desde os 12 anos fugiu de casa e constituiu família, mais ao tomar conhecimento que sua irmã menor estaria sendo vitima também dos abusos pelo próprio pai e com cumplicidade de sua genitora. A genitora era alcoólatra e fingia não saber da situação, todos na comunidade perceberam e denunciaram, em relatos verídicos sabe-se que a filhas menor teria engravidado três vezes e abortado e Zé Dino teria enterrado vivo as criança no próprio quintal. As crianças chorando muito foram enterradas, com cumplicidade da própria genitora, ocorreu a prisão preventiva do acusado que confessou com riqueza de detalhe os fatos. Em 2014 foi julgado em júri popular foi condenado, o distrito do Itatupá teve essa triste historia verídica que será contata por muitas gerações. 





Fonte: período cedido a PJ-GURUPÁ, participei como Auxiliar do Promotor de Justiça Dr, Cezar Augusto dos Santos Motta.

 

FESTA RELIGIOSA DE SÃO BENEDITO NA CIDADE DE GURUPÁ