Projeto Cultural foi idealizado e Coordenado por GILVANDRO TORRES com objetivo do dialogo sobre a realidade de nossa Amazônia Gurupaense.
domingo, 20 de agosto de 2023
O MOVIMENTO SINDICAL D GURUPÁ NO ANO DE 1986. Era preciso se organizar e mobilizar o Sindicato, para tomar o poder? Começamos a mobilizar os trabalhadores para a formação de um Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gurupá onde o mesmo foi fundado em 26 de janeiro de 1975. Era coordenado pelos patrões, não acompanhava as lutas e organizações de interesse dos trabalhadores que estavam do lado dos próprios patrões sendo que eles defendiam seus interesses, em 1986 criamos a chapa de oposição chamada chapada dois com o tema “unidos Venceremos, já era a terceira eleição que tentávamos mais éramos derrotados como tínhamos certeza que as duas derrotas sofridas era por fraude dos que estavam assumindo o órgão de classe, tivemos que montar uma estratégia uma campanha restrita uma campanha relâmpago, essa organização custou para os trabalhadores rurais de Gurupá 54 dias de acampamento e o naufrágio criminoso do B/M. Livramento de propriedade da paróquia de Santo Antonio ocorrido na noite de 28 para 29 de março de 1986, vigiado por um comando da policia militar, que foi pedido pela administração do Município daquela época. Qual era a proposta ? A bandeira dois tinha como proposta de trabalho três bandeiras de lutas terra , saúde e produção luta pela posse da terra com a presidência do STR sob o comando dos trabalhadores rurais as delegacias sindicais tiveram prioridade pára defender os seus lotes ou a terra onde trabalha, com isso, criou-se maior divisão entre patrão e freguês, porque o patrão queria impor o direito de mandar na produção do freguês , a produção na maioria das vezes era, o patrão exigia produção que se não fosse alcançada seria conduzida outro coletores para aquela área . Como foi o poder de convencimento e conscientização com os trabalhadores rurais. Essa era a Idea patronal gerar lucros desenfreados sem os prejuízos as famílias que depois ficavam nas terras sem produção e o impacto ambiental... Decidimos reunir com as delegacias sindicais, e dar suporte para eles negociarem com os patrões, propostas aprovadas pelos trabalhadores. O posseiro teria de tirar a produção para vender aos patrões só retirar o que eles achassem necessário para sua sobrevivência como também pagar na hora da entrega, direito de vender só 30% da produção para o patrão e 5% para o freguês, direito de permanecer na terra. Essas propostas não foram aceitas pelos patrões, reagiram confirmando serem os dono da terra, tentaram meter gente nas áreas ocupadas para tirar a produção foi um dos momentos muito delicados que as comunidades eclesiásticas de base (CEB`s), reunimos o povo para reagir a opressão dos patrões, que sempre vinham acompanhados pelo Ministério Público com base em documentos, escrituras das terras que diziam sendo eles os donos das terras poderiam fazer o que bem entendessem das terras, por outro lado os posseiros estavam vendo as terras sendo devastadas e ainda a insegurança econômica dos companheiros , os patrões só pensavam no lucro vindo do extrativismo, madeira e palmito, e, isto era a primeira economia do homem do campo , quando o patrão via que o freguês tinha uma certa reserva de palmito ou madeira , e que não queria dispor deste recurso por ser a única por ser a única economia , óleo patrão metia gente na terra para retirar a produção sem avisar o poceiro , viveu-se um momento de muita dificuldade e atenção , como resolver está problemática?. O que aconteceria? As terras dos poceiros eram invadidas a mando daqueles que se diziam donos da terra o poceiro prejudicado tinha que recorrer a Promotoria de Justiça, comunicando a invasão e pedindo providencias, dependendo da queixa formulada a autoridade determinava a suspensão do trabalho, no entanto quando chegava o mandado em poder do acusado à vezes não tinha mais nada na terra até os trabalhadores já tinham saído da terra invadida. Essa forma de defender a terra ao poceiro não deu certo para defender a produção o poceiro precisava reagir para defender sua produção, para isso as delegacias sindicais com as lideranças das comunidades tiveram que reunir com o presidente dão STR e comunicar as autoridades do município o desrespeito a que os trabalhadores eram tratados por parte daqueles que se diziam donos da terra. Assumimos uma proposta de encaminhamento, queríamos negociar com eles a forma de tirar a produção, foi muito difícil, mais eles se conformaram com as nossas posições, varias casas foram queimadas, com ameaça de morte estávamos constantemente pelo Ministério Público pela Delegacia de Policia, a resistência era sempre feita com muito respeito , finalmente, os tempo mostrou que os trabalhadores não queriam terra para invadir, mas, para morar e trabalhar como se vê ate os dias de hoje. Entrevista: Edgar Pantoja de Souza
Relatado pelo Coronel José Lopes de oliveira, publicado no livro “Fortificações da Amazônia”, de Carlos Roque. Segundo fontes históricas os portugueses foram a quarta nacionalidade europeia a se estabelecer na região amazônica. Certamente houve muito derramamento de sangue tanto indígena, quanto europeu nesta região, diversas lutas com os Índios, entre flechas e armas de fogo da época, foi um genocídio silencioso em nossa historia. FONTE: CENTUR 4º ANDAR-OBRAS RARAS( TEM QUE AGENDAR PARA LER O LIVRO)
O começo da pesquisa: Foi com 18 anos de idade em uma viagem de mais de 24 horas de barco, deitado na rede e escrevendo meu diário de pesquisa passando pelas belezas da ilha grande de Gurupá, até a cidade de Breves e seus rios e estreitos, movimentados de barcos de diferentes calados, vilas e povoados, casas cobertas de palha à beira do rio.
Uma beleza de estrema grandeza da mata de várzea. às margens do rio amazonas, suas águas amareladas é tão volumosa repleta de canais e palafitas, é uma viagem cansativa pelo fato de você passar muito tempo no barco mais é uma beleza a cada instante em cada cena que podemos ver as belezas interioranas.
Recordações de Gurupá, quando tinha dezoito anos de idade eu conheci naquele povo a beleza exótica de uma cultura unindo o passado com o presente, minha origem onde jamais neguei e às vezes fico com os olhos cheios de lágrimas, toda vez que me lembro desse tempo que passei lá, toda vez que vejo o mar vem em minha lembrança às embarcações, casas de madeiras sobre palafitas, paisagens naturais e relembro com emoção tudo que vivi logo eu que sempre fui urbano e de repente me vi na zona rural, cercado por uma beleza incomensurável, com pessoas e estilos de vida completamente diferente do meu, foi um tempo de aprendizagem.
Pensei porque não escrever um livro sobre este município, passei 54 meses no rio mararú e absorvi muita experiência e analisei o cotidiano da vida ribeirinha principalmente no rio mararú.
Meu avó Santino Vieira Torres Vice Prefeito de Gurupá, n e meu pai Vavá Torres vereador eleito pelo ARENA II em 1972, com o Governador da época Aluísio Chaves e o Prefeito de Gurupá Juvenal Tavares, explicando as autoridades a tentativa de impeachment do Prefeito, quando o grupo do ARENA II invadiu a residência oficial do Prefeito e colocaram uma arma na cabeça do Prefeito Juvenal Tavares, que assinou carta renuncia, o grupo liderado pelo ARENA II foi a casa do meu avó Santino Torres por questões de ética não aceitou tal violência e negou-se assumir o cargo de Prefeito, viajando as pressas para o rio mararu, onde tinha uma casa de comercio.
O Prefeito foi para Belém e trouxe as autoridades para assumir o cargo novamente, meu avó Santino Torres nesta postura politica foi homenageado pelo Governador.
Cumpriu seu mandato politico e afasta-se da politica, com problemas de saúde muda-se para Belém com ajuda financeira de amigos da irmandade compra uma residência no bairro do Telegrafo tendo como fiador Sr. José Rebelo dono da REICON.
Ano de 1948 foi 1° eleição de Prefeito Constitucional de Gurupá Antônio Alberto dos Santos, foi nomeado Intendente municipal em 15/02/1947 pelo interventor José Faustino da Silva até a eleição do 1º Prefeito Constitucional.
As eleições na cidade de Gurupá estavam entre os partidos PSD e PSP, os candidatos eram o Coletor Federal Sr. Flodoaldo Pontes Pinto e Antemorgenes Mariocai da Fonseca, os candidatos a Vice Prefeito eram em chapas separadas estavam José Libânio de Souza Pará e Abílio Cardoso Lobato; Sendo Flodoaldo Pontes Pinto eleito 1°Prefeito de Gurupá em 11/01/1948.
A Câmara Municipal de Vereadores constituía com apenas quatro representantes, os eleitos foram: Daniel Pires Serra, Raimunda Machado Tavares (a 1° mulher eleita Vereadora do município), Eulálio Jose dos Santos, Teotônio Manoel Palheta.
O Padre Clemente Geiger Monsenhor, estava presente na posse do 1° Prefeito Constitucional.
RAIMUNDO RIBEIRO DIAS UM GRANDE GURUPAENSE! Filho de Aureliano de Alcântara Dias e de Sebastiana Ribeiro Dias Nasceu em 20 de março de 1915.
Exerceu funções de Fiscal do Município, nomeado pelo Decreto nº 13 de 23 de abril de 1946.
Nomeado por Decreto nº 11 no dia 31 de março de 1950 para exercer a função de Enfermeiro.
No dia 20 de outubro de 1951 foi transferido para a seção de protocolo e arquivista, sendo efetivado Enfermeiro no dia 02 de janeiro de 1955 pelo Decreto nº03/55.
Exerceu as funções de Tesoureiro, nomeado pelo Decreto nº 013/55.
No dia 23 de fevereiro de 1955.
Em 1956 licenciou-se para concorrer às eleições para o legislativo municipal.
Na cidade de Gurupá, uma escola leva seu nome em homenagem aos relevantes serviços prestados nesta cidade. A E.M.E. F Raimundo Ribeiro Dias, construída em 1996, inaugurada e vindo a funcionar em 1998 na esfera estadual passando a ser municipalizada em 2006.
Marinho de Abreu Paiva( capitão Marinho Paiva) Nasceu no rio mararú, Filho de Hermenegilda Abreu nasceu no dia 04 de outubro de 1883.
Na data de 01 de agosto de 1939 foi nomeado por portaria n° 09/39 para exercer as funções de Fiscal Geral da Prefeitura Municipal de Gurupá e responsável pela lancha Dulcinéia de propriedade da prefeitura.
No Decreto n° 023/48 de 01 de junho de 1948 foi nomeado para exercer os cargos de Fiscal Geral da Prefeitura e Administrador do mercado e do trapiche municipal.
Com a venda de um seringal no rio mararú, e com conhecimento de pessoas importantes na capital, sabendo de seus serviços importantes na comunidade católica e seriedade, consegui comprar a patente de Capitão da antiga Guarda Nacional.